Inovação humana se torna a verdadeira riqueza do século 21 e já constitui um dos setores que mais cresce no mundo
As economias tradicionais da manufatura, agricultura e comércio por séculos pareciam ser as únicas fontes de renda possíveis na vida de uma sociedade. Com a descoberta e o desenvolvimento da internet nos anos 1990, a evolução tecnológica acelerou muitos estudos, criou profissões e abriu novos espaços. Quem diria que hoje, mais de 30 anos depois, estaríamos onde estamos, na era da tecnologia com criatividade?
Um novo mundo, em um novo formato (agora também virtual), que desencadeou o desenvolvimento de uma nova economia. Tecnologia, design, programação, produções audiovisuais, fotografia, propriedades intelectuais, novas mídias, música, imprensa, artes visuais e arquitetura são alguns dos desdobramentos da gigantesca indústria da economia criativa e ainda em larga escala de ascensão.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as atividades desse setor criativo estão baseadas no conhecimento, produzindo bens tangíveis e intangíveis, tanto intelectuais, quanto artísticos, por meio de conteúdo criativo e que gere valor econômico para a sociedade.
foto Varijanta | iStockphoto
Vamos usar o exemplo de um aplicativo? Um dia alguém estava em casa e ao procurar uma dor da sociedade para solucionar e transformar em um novo negócio, teve o seguinte pensamento: Por que não facilitar as compras para quem não pode sair de casa? E assim nasceram Rappi e iFood. Então, podemos pontuar que a criatividade em ação molda o futuro.
A economia criativa é o futuro em criação. Um futuro que vem sendo moldado pela própria sociedade e podemos observá-la na quantidade de novos negócios que emergem durante a revolução digital. Novos negócios, novas mídias, novas profissões, novas soluções e tantas outras novidades formam essa ampla indústria.
Em 2011, no Brasil, a Secretaria da Economia Criativa foi implementada dentro do Ministério da Cultura para monitorar e regulamentar as atividades e acelerar as estruturas de crescimento do setor.
Hoje, nosso país é considerado um dos maiores produtores de criatividade do mundo, superando países como Espanha, Itália e Holanda. Por ano, são movimentados mais de 700 bilhões de dólares e essa é uma das economias que mais cresce e de forma acelerada, quase que desenfreada. Criatividade e inovação humana se tornaram a verdadeira riqueza do nosso século.
*Gabi Lopes é empresária, atriz, palestrante, modelo e influenciadora com mais de 2,8 milhões de seguidores. Foi finalista do reality “O Aprendiz”.
Cidades australianas que recebem este mês alguns jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino possuem perfis bem diferentes, mas são igualmente modernas, dinâmicas e ricas em opções culturais, experiências gastronômicas e atrações em meio à natureza
A história se repete no mundo todo – todo grande país tem duas cidades que dividem a atenção e a preferência dos viajantes: nos Estados Unidos, a disputa é entre a urbana Nova York e a solar Los Angeles; na Itália, o centro financeiro de Milão é o outro lado da moeda representado pela hedonista Roma; na Espanha, a sobriedade de Madri é totalmente antagônica à descontração típica de Barcelona; enquanto na África do Sul a nervosa e sufocante Joanesburgo é o oposto da relaxada e exuberante Cidade do Cabo. Até no Brasil essa dicotomia se manifesta no confronto entre a organização e a riqueza de São Paulo ao caos e o charme natural do Rio de Janeiro.
Na Austrália, não tinha como ser diferente: Sydney é a cidade que mais parece uma comunidade de loiros de olhos azuis que surfam e velejam entre as bonitas construções que remetem a uma “Londres dos trópicos”; já Melbourne é uma metrópole hiper cosmopolita onde indianos, coreanos, chineses e japoneses parecem ser mais numerosos que os descendentes dos britânicos. Até os aborígenes parecem ter uma presença maior em Melbourne do que em Sydney.
Royal Botanic Gardens com o skyline de Melbourne ao fundo – foto Divulgação
Melbourne é uma das cidades com mais área verde por habitante no planeta, e é também uma metrópole muito bem conservada e gerida. No quadrilátero conhecido como CBD (Central Business District), a maioria das ruas não é aberta ao tráfego de carros e motos, apenas bondes circulam por lá – e de graça! Nessa região, onde ficam praticamente todos os grandes hotéis, a oferta de restaurantes de comida asiática é absurda: microunidades da rede Sushi Hub vendem delícias japonesas em quase todas saídas do metrô; a cada esquina, é possível encontrar pelo menos uma casa de lamen chinês ou de churrasquinho coreano; aqui e ali, indianos e tailandeses ocupam os espaços que sobram. Na minúscula Degraves Lane, de frente para estação de trens de Flinders Street, uma lanchonete serve hambúrgueres feitos com carne de avestruz e de… canguru!
Mas a maior atração gastronômica da cidade não é nenhum restaurante, bar ou lanchonete, é o Queen Victoria Market, o mercadão municipal da cidade. Espalhado por vários galpões em estilo vitoriano (claro!), é um paraíso para quem adora experimentar os mais frescos e variados queijos, frios, frutas, pães e antipastos. Na seção de peixes e frutos do mar, dá para comprar por apenas 12 dólares australianos (menos de R$ 40) uma bandejinha com 12 ostras frescas abertas na hora e prontas para serem devoradas. Quem for ao Mork’s terá a oportunidade de provar o chocolate quente mais cremoso do universo, que pode ser acompanhado por tentadores s’mores (marshmallows maçaricados).
Ostras frescas do Queen Victoria Market – foto Kike Martins da Costa
No lado oposto do CBD, a National Gallery of Victoria apresenta até o dia 20 de agosto a megaexposição “Melbourne Now” – uma espécie de Bienal com a produção de 200 artistas locais. Perto dali, ficam o Royal Botanic Garden e o Albert Park – onde todo ano são realizados o GP de Fórmula 1 e o torneio de tênis Australian Open. Os jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino serão disputados um pouco mais adiante, no recém-reformado Rectangular Stadium, situado no complexo esportivo que sediou as Olimpíadas de 1956.
Sem sair de Melbourne, mas distante uns 10 km do Centro da cidade, fica a praia de St. Kilda, que parece um balneário inglês da primeira metade do século 20, com casarões de frente para o mar, hotéis que já viveram dias mais glamurosos e um parque de diversões totalmente perdido no tempo e no espaço. Mas a esplanada que faz as vezes de um calçadão e o píer são perfeitos para agradáveis caminhadas no fim da tarde ou no amanhecer.
As magníficas formações rochosas da Great Ocean – foto Kike Martins da Costa
Para quem tiver tempo, vale muito a pena fazer um ou dois tours pelos arredores de Melbourne. Se só der para fazer um, não deixe de conhecer a Great Ocean Road, uma longa faixa de praias de frente para o Mar da Tanzânia que é pontilhada por majestosas formações rochosas conhecidas como Twelve Apostles. O outro passeio que faz muito sucesso é um rolê pelo Yarra Valley, uma das principais regiões produtoras de vinhos da Austrália. Na vinícola St. Hubert’s funciona um restaurante de atmosfera deliciosa e comidinhas idem.
Sala de degustação da vinícola St. Hubertus – foto Kike Martins da Costa
Dias ao ar livre
Já Sydney, que no mapa parece pertinho de Melbourne, mas na verdade fica a 850 km na direção Nordeste, é uma cidade mais outdoor, para ser aproveitada em passeios a pé ou de barco. Os turistas se concentram na esplanada do porto, que fica entre a majestosa Harbour Bridge e a icônica Ópera. A ponte parece uma Torre Eiffel inclinada, com suas impressionantes estruturas de metal. Já a Ópera é uma joia arquitetônica assinada pelo dinamarquês Jørn Utzon e inaugurada em 1973. O complexo cujas linhas foram inspiradas nas formas das conchas do mar e das velas dos barcos abriga oito auditórios – cada um dedicado a um tipo de espetáculo: balé, música sinfônica, teatro, concertos de câmara, ópera, shows pop… não deixe de fazer o tour guiado que apresenta os detalhes e curiosidades históricas da construção, que a cada ano recebe 8 milhões de visitantes.
Vista da Baía de Sydney, com a Harbour Bridge e a Ópera em destaque – foto Shutterstock
Dali pertinho, do pier 3 do porto, saem barcos para algumas das praias mais distantes, como Manly, Watsons Bay e Dee Why. Mas é do outro lado da cidade que fica a praia mais visitada da cidade: Bondi Beach. Com ampla faixa de areia e ondas de tamanho médio, é um lugar perfeito para passar uma preguiçosa tarde. Nas ruas da vizinhança, a oferta de charmosos bares, restaurantes e cafés é enorme.
Orla de Bondi Beach – foto Kike Martins da Costa
Para quem não consegue viajar sem fazer umas boas comprinhas, a dica é fazer uma visita ao Queen Victoria Building, uma imponente galeria de lojas com cinco andares aberta em 1898 que atualmente abriga as mais sofisticadas grifes britânicas, italianas, francesas e norte-americanas. Se a fome bater, faça um pit stop no Tea Room para apreciar um pratinho de três andares com finger sandwiches de pepino e de salmão, acompanhados por uma taça de champagne ou uma xícara de darjeeleng.
Por falar em comida, uma visita à Austrália só é completa se incluir ao menos uma refeição numa das renomadas steakhouses deste país que disputa com o Brasil o título de maior exportador de carne bovina do planeta. Na mais recente lista do World’s 101 Best Steak Restaurant Awards, nada menos que cinco desses estabelecimentos ficam em Sydney: o Rockpool Bar & Grill (na 8ª colocação), o Kingsleys (na 31ª), o Bistecca (no 32° lugar), o Porteño (40º) e o The Guidley (43º). Nos cardápios dessas casas, é informado sempre o corte, a raça, a origem, o tipo de alimentação e o índice de marmoreio, que antecipa o nível de maciez e sabor da carne, facilitando a escolha. Os preços são bem mais salgados que a comida, mas assim que você morder, vai sentir que o investimento nessa experiência vale cada centavo.
Espaço de exposições da White Rabbit Gallery – foto Kike Martins da Costa
Para conhecer o que há de melhor e mais relevante na arte contemporânea chinesa, vale pegar um metrô até a White Rabbit, uma magnífica galeria criada pela magnata da mineração Judith Neilson, com três andares nas proximidades do bairro universitário de Ultimo.
Espaço de exposições da White Rabbit Gallery – foto Kike Martins da Costa
E em Sydney acontece a abertura da Copa do Mundo de Futebol Feminino, no gigantesco Australia Stadium, que fica a 20 km do Centro da cidade e tem capacidade para acomodar confortavelmente 70 mil espectadores.
Se você quiser ter contato com aqueles animais incríveis que só existem na Austrália – mas não vê a menor graça em ver essas criaturas enjauladas em zoológicos – a dica é ir ao Wild Life Sydney (ao lado do Aquário Municipal, pertinho do Centro, na região conhecida como Darling Harbour), onde é possível tomar café ao lado de coalas e ver de perto crocodilos, ornitorrincos e diabos da Tasmânia. Outra opção – mais trabalhosa – é ir a um dos vários santuários da região metropolitana onde os bichos têm mais liberdade, como o Koala Park e o Featherdale. O Koala Park, por exemplo, fica no subúrbio de Pennant Hills e tem também wombats, emus, dingos e várias espécies de marsupiais. O mais legal é poder se aproximar dos cangurus e deixar eles comerem uma ração apropriada diretamente na sua mão!
Quando você for se aventurar por esta linda e distante nação, tenha em mente que as duas cidades possuem perfis bem diferentes, mas uma viagem a Sydney não exclui uma visita a Melbourne ou vice-versa. Na verdade, uma é complementar à outra.
Coala do Koala Sanctuary de Sydney – foto Kike Martins da Costa
A melhor maneira de ir à Austrália é via Santiago. A australiana Qantas opera voos diários e diretos entre a capital do Chile e Sydney. A Latam tem também voos diários entre Santiago e Sidney, mas com uma rápida escala técnica em Auckland (Nova Zelândia), sem troca de avião. A partir de setembro, a Latam terá três voos semanais de Santiago direto para Melbourne.
Os cangurus do Moonlit Sanctuary, em Melbourne – foto Kike Martins da Costa
Em cartaz no Teatro Poeira, o espetáculo “Todas as Coisas Maravilhosas” fala da importância de prestarmos atenção às pequenas dádivas do nosso dia a dia
Celebrando seus 40 anos de carreira no palco, Kiko Mascarenhas encena até o final de agosto no Teatro Poeira o monólogo “Todas as Coisas Maravilhosas”, com texto dos ingleses Duncan MacMillan e Joe Donahuer e direção de Fernando Philbert (“O Caso”, “Três Mulheres Altas”, “O Escândalo Philippe Dussaert”). A peça, embora seja muito engraçada, é completamente consciente de que, quando encaramos perdas e depressão, uma grande força de vontade é exigida para lembrar porque vale a pena continuar vivendo. Essa busca é a potência que torna o texto fascinante. No palco, Kiko interpreta um menino de seis anos de idade que descobre que sua mãe sofre de depressão. A partir daí, ele começa a escrever listas de todas as coisas maravilhosas que podem fazê-la recuperar a vontade de viver e as deixa em locais estratégicos, para que ela encontre e redescubra “motivos” para continuar viva. É um espetáculo que mexe com a imaginação e nos estimula a prestar atenção na vida em todos os seus pequenos detalhes. De um banho de chuva ao macarrão à bolonhesa.
Foto divulgação
Teatro Poeira
Rua São João Batista, 104, Botafogo, tel. 21 2537-8053.
Ingressos de R$ 40 a R$ 80.
Companhia aérea espanhola opera voos diários entre São Paulo e Madri com um moderno Boeing 787 Dreamliner e quer se consolidar como uma das melhores opções de conexão entre o Brasil e mais de 30 destinos europeus
Em dezembro de 2003, a Air Europa começou a operar voos regulares na Espanha com meia dúzia de aeronaves. Hoje, a empresa possui 52 aviões Boeing 787 Dreamliner e 737 (NG e Max) e voa para 55 destinos. “Nosso core é a conexão. Temos 23 rotas ligando as Américas ao nosso hub no aeroporto Adólfo Suárez Madrid-Barajas e, de lá, voamos para mais de 30 destinos na Europa, além de Tel Aviv (Israel), Marrakech (Marrocos) e Tunis (Tunísia)”, explica Gonzalo Romero, diretor das operações da Air Europa no Brasil.
Celebrando em 2023 os dez anos da rota São Paulo a Madri, a empresa só não amplia suas frequências entre Guarulhos e Barajas por causa do atraso na entrega de novas aeronaves da Boeing. “Temos uma ocupação de 95% nessa rota. 70% dos brasileiros que voam com a gente pegam voos de conexão para cidades como Lisboa, Roma, Paris, Londres e Copenhague. Apenas 30% ficam em Madri. E dois terços dos passageiros iniciam sua viagem no Brasil, enquanto apenas um terço começa sua viagem na Espanha. À medida que a recuperação econômica da Europa for se confirmando, a ideia é aumentar o número de voos”, conta Gonzalo. Segundo ele, a América Latina teve e segue tendo uma retomada muito forte no pós-pandemia, enquanto a Europa ainda patina.
Foto Divulgação
Graças a acordos de code share com as brasileiras Gol e Azul, é possível embarcar com um mesmo bilhete e despachando apenas uma vez as bagagens de Porto Alegre a Santorini ou de Cuiabá a Ibiza.
“Cada vez mais gente vem descobrindo as vantagens de viajar com a gente. Nossa frota é super-moderna, nosso atendimento é atencioso, nossos preços são competitivos e nossa rede de conexões é inteligente e abrangente. Executivos de grandes empresas espanholas como Telefónica, Santander e Mapfre adoram a nossa Business Class. Acredito que o nosso futuro aqui no Brasil será ainda mais brilhante”, finaliza Gonzalo.
Radar
Alta gastronomia
Quem voa nas confortáveis poltronas full flat da Classe Executiva da Air Europa tem a oportunidade de degustar um menu assinado pelo conceituado chef basco Martín Berasategui. Dono do premiado restaurante que leva o seu nome na cidadezinha de Lasarte-Oria, no norte da Espanha, ele comanda ainda operações em Barcelona, Tenerife, Bilbao e Madri. No total, essas casas todas somam nada menos que 12 estrelas Michelin!
Venda para o grupo IAG
Há cerca de dois anos, o poderoso IAG (International Airlines Group), dono de companhias aéreas como British Airways, Iberia, Level, Vuelling e Air Lingus, assinou um contrato de intenção de compra com a Air Europa. O negócio não pode ser concluído porque ainda aguarda uma aprovação das autoridades europeias que regulam as questões de concorrência em segmentos-chave da economia, como o transporte aéreo. Mas as negociações prosseguem.
De Mallorca ao infinito
A Air Europa nasceu em 1986, na ilha de Mallorca, operando voos charters. Essa pequena ilha espanhola de 600 mil habitantes no Mediterrâneo recebe, a cada verão, mais de 8 milhões de turistas! Tendo a inovação como um de seus pilares, a Air Europa hoje é reconhecida pela incorporação das tecnologias mais avançadas para a digitalização e otimização dos processos e também por seu sólido compromisso com a sustentabilidade e a descarbonização.
O local presta homenagem ao boêmio e divertidíssimo artista que integrava o grupo musical Originais do Samba e brilhava na TV no humorístico “Os Trapalhões”
Com ambiente descontraído, petiscos tentadores, drinques exclusivos e cervejas geladinhas, o Bar do Mussum inaugura sua primeira unidade no Shopping Downtown. Um lugar onde, certamente, Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, adoraria beber o santo “mé” de todos os dias e curtir um samba com os amigos. O projeto foi idealizado por Sandro Gomes, filho do artista, e o publicitário e empresário Diogo Mello – ambos também fundadores da cerveja Cacildis, que está completando 10 anos em 2023. Para beliscar, o cardápio oferece bolinhos de abóbora com camarão, croquetes de rabada com molho de melado e cachaça, coxinhas de vatapá, bolinhos de feijoada com molho de cerveja e mostarda, barriga de porco com molho de goiabada e linguiças artesanais flambadas na cachaça. Para beber, além das cervejas da Cacildis, tem coquetéis como o Leite de Mula Manquis (batida feita com cachaça, leite de coco, cupuaçu e capim limão).
Foto divulgação
Bar do Mussum
Avenida das Américas, 500 (Shopping Downtown, Bloco 6).
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