Vinhos brasileiros de qualidade: conheça 10 rótulos nacionais

Vinhos brasileiros de qualidade: conheça 10 rótulos nacionais

Um brinde à qualidade dos vinhos brasileiros: paulistas, catarinenses, pernambucanos e gaúchos

Não é de hoje que os vinhos brasileiros surpreendem a qualquer visitante que chegue do exterior e não imaginava encontrar bons vinhos por aqui. E não é apenas no Rio Grande do Sul, onde se concentra mais de 85% da produção do vinho brasileiro. Estados como Santa Catarina, Pernambuco e São Paulo, por exemplo, dão o que falar em originalidade de vinhos. O conhecido crítico inglês Oz Clarke não se furtou em dizer que Santa Catarina é o Médoc brasileiro – famosa região de Bordeaux.

 

 

Não resta dúvidas de que o nosso ponto forte é o espumante com suas características de frescor e jovialidade, há inúmeros maravilhosos, mas temos também vinhos brancos, tintos e rosés sensacionais. Relacionei dez vinhos nacionais que recomendo que você experimente. Copie a lista ao lado para sua próxima ida ao mercado, a empórios e a adegas de sua preferência:

  • Thera Rosé da Vinícola Thera. De Santa Catarina, custa em torno de R$ 138.

 

  • Villaggio Grando Pinot Noir 2014, sai por R$ 180 no site do produtor, é um espetáculo de elegância.

 

  • Hiragami Torii, um Cabernet Sauvignon excepcional de um produtor japonês radicado na Serra Cata, em Santa Catarina, custa em torno de R$ 86,50 no site Vinhos & Vinhos.

 

  • Cave Amadeu Brut Rosé é a melhor relação qualidade e preço de um rosé. Do produtor Mario Geisse de Pinto Bandeira, é vendido por R$ 62 no site do produtor.

 

  • Valmarino Espumante Nature Sur Lies 2015, da Serra Gaúcha. Simplesmente surpreendente pela complexidade e frescor! Custa R$ 98 no site da Valmarino.

  • Entre Vilas Cabernet Franc de vinhedos orgânicos produzidos no estado de São Paulo, em São Bento do Sapucaí. Um espetáculo de pureza e frescor com tipicidade da casta. Custa R$ 120 no site.

 

  • Guaspari Vale da Pedra Sauvignon Blanc, de Espírito Santo do Pinhal, no interior de São Paulo. É uma preciosidade de frescor com relva cortada e frutos cítricos, e custa R$ 109 no site da Sonoma.

  • Rio Sol Assinatura de Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah e Malbec, produzido no Vale do São Francisco, em Pernambuco. Espetáculo de vinho que você encontra no site do produtor por R$ 138.

  • Era dos Ventos Trebbiano da Serra Gaúcha, que resgata uvas dos imigrantes, um espetáculo de densidade e frescor, e custa R$ 170 no site Família Kogan.

 

Saúde!

Ensaio Fotográfico: Claudio Elisabetsky

Ensaio Fotográfico: Claudio Elisabetsky

Nos anos de 80 e 90 do século passado e na primeira década deste, a propaganda brasileira viveu seu período áureo, com peças esbanjando qualidade e criatividade. Foi nessa época que grandes publicitários despontaram aqui no país, bem como fantásticos diretores capazes de contar de forma primorosa uma história completa em apenas 30 segundos e fotógrafos com olhar apurado.

 

Elisabetsky em ação no início dos anos 90

Elisabetsky em ação no início dos anos 90

 

Um dos expoentes desse último grupo foi Claudio Elisabetsky, paulistano que não gosta de ser chamado de “fotógrafo de publicidade” por causa de sua vasta produção, com foco principalmente em ensaios autorais e editoriais de moda. “Quem me convenceu a trabalhar com publicidade foi o [José] Zaragoza. Ele não vende produtos ou ideias, a mercadoria dele é o encantamento. Quando ele fala, todo mundo fica quieto para ouvir e se inspirar. De 1985 a 2010, período no qual eu trabalhei para agências de propaganda, o via como um dos últimos moicanos, uma figura rara, que passava verdade e credibilidade. Tive o orgulho de fotografá-lo”, relembra Elisabetsky, que fez também retratos de outros grandes pioneiros da Publicidade brasileira, como Geraldo Alonso (da agência Norton), Luiz Salles (da Salles Interamericana) e Alex Periscinoto (da Almap). O registro dessa trinca de ases foi produzido para uma edição especial da revista “Vogue”.

 

Fernando Lyon e José Zaragoza, da DPZ.

Fernando Lyon e José Zaragoza, da DPZ.

 

Trinca de pioneiros Geraldo Alonso, Alex Periscinoto e Luiz Salles;

 

Elisabetsky clicou também os sucessores desses “dinossauros”. Fez um close do então rechonchudo Nizan Guanaes logo que ele iniciou seu voo solo, nos primórdios da DM9, na Rua Hungria. Washington Olivetto foi pego de surpresa em uma das infindáveis madrugadas da W/Brasil, que era uma agência que praticamente trabalhava non-stop 24 horas por dia nos anos 90. “De surpresa, não!”, corrige Claudio. “Nada envolvendo o Washington é feito no improviso, sem um lay-out prévio!”, ri.

 

Nizan Guanaes

Nizan Guanaes

 

Washington Olivetto

Washington Olivetto

 

Outro que ficou na mira de Elisabetsky foi Tomás Lorente (1962-2009), diretor de arte conhecido por suas criações simples e, ao mesmo tempo, elegantes e sofisticadas. Foi para Tomás, a propósito, que Elisabetsky produziu em 1998 essa imagem abaixo, para uma campanha da Telefónica que visava mostrar que a operadora estava sempre a postos para conectar pessoas de todas as idades, origens e profissões, desde os adolescentes das metrópoles às populações dos cafundós do Brasil. A ideia era retratar um ribeirinho da Amazônia, mas como o prazo e o orçamento estavam curtos, a solução foi ir até aqui pertinho, na Barra do Sahy, e fotografar um pescador. “Essa foto tem uma luz diferenciada e umas escolhas estéticas bem livres que eu fiz, porque o trabalho com o Tomás sempre permitia isso. Gosto quando tenho liberdade para criar. Me sinto estimulado quando compro a ideia e a mensagem que devem ser transmitidas”, conta o fotógrafo.

 

Tomás Lorente -

Tomás Lorente

 

Foi o que aconteceu nessas campanhas do Lar Escola São Francisco e do ‘Jornal da Tarde’. “A foto da pessoa com deficiência causa um incômodo e um desconforto, mas gera empatia e solidariedade. A foto do Papai Noel armado é parecida, porque já diz tudo quase sem palavras. A vida não é cor-de-rosa, ela é em preto-e-branco. Jornal lida com a realidade, não com a fantasia”, comenta Elisabetsky.

Quando trabalha em estúdio, o fotógrafo em geral tem tudo totalmente sob controle: a luz, o clima, o figurino, a maquiagem, o(a) modelo etc. Mas toda regra tem a sua exceção, e quando o trabalho inclui crianças e animais, por mais simples que seja, ganha uma boa dose de imprevisibilidade. “Trabalhar com criança é um jogo de paciência. Em geral contratávamos três modelos. Se não desse certo com o primeiro, tentávamos com o segundo e ainda tínhamos a opção de atingir o resultado desejado com o terceiro. Foi assim nessas campanhas da Q-Suco, que eu fiz em 1989 para a Standard, e da Hipoglós, de 2000, para a agência Grey.”

 

Campanha Ki-Suco - 1989

Campanha Ki-Suco – 1989

 

Mas pior ainda era trabalhar com bicho. Em 2002, Elisabetsky foi convocado para fazer o pôster do filme ‘Cidade de Deus’ e tentou fazer o que havia sido pedido com uma galinha “genérica”, providenciada por alguém da produção. Com todo cuidado e delicadeza para não estressar a ave, a equipe ficou horas e horas tentando fazê-la abrir as asas, mas ela não dava a menor bola para os pedidos. Aí contrataram uma galinha “profissional”, que chegou acompanhada de um tratador e um maquiador. Em cinco minutos, ela deu conta do recado e fez a pose que estava sendo pedida. Mas, ao contrário da outra, que foi dirigida tendo como prioridade o bem-estar animal, essa galinha profissa teve um tratamento mais heterodoxo – não é fácil a vida das bailarinas e atrizes. Para abrir suas asas, foi aterrorizada por seu tratador.

Já a galinha da Polenghi não exigiu tanto trabalho. A campanha de 2001 trazia porquinhos, cachorros e outros bichos se disfarçando de ratos para terem direito de comer o saboroso queijinho. A seção de fotos, em estúdio, transcorreu sem grandes incidentes. Nem toda galinha é temperamental…

Por falar em modelos, em sua passagem pelo universo da Publicidade, Claudio Elisabetsky trabalhou com alguns grandes nomes. Em uma campanha de 1993 do Guaraná Antárctica que era cheia de frases de duplo sentido, clicou Rodrigo Santoro em início de carreira (abaixo). Em outra peça dessa mesma campanha, da agência W/Brasil, Taís Araújo com 17 aninhos aparecia sob o slogan “Chocolate com Guaraná”.

 

Campanha da W/Brasil para o Guaraná Antárctica de 1993

Campanha da W/Brasil para o Guaraná Antárctica de 1993

 

Na campanha também da agência W/Brasil para a grife Triton, em 1994, quem aparece no canto inferior direito da foto é ninguém menos que a supermodel Gisele Bündchen, ainda com 14 anos!

No exterior, Elisabetsky teve a oportunidade de clicar Cindy Crawford para uma campanha da Azaléa em 1996, em Los Angeles. A supermodel foi muito profissional e muito educada, entregando tudo o que era pedido em apenas alguns poucos minutos de trabalho. O mesmo não pode ser dito de Bruce Willis, que foi contratado pela agência Lowe Loducca em 1998, depois que Arnold Schwarzenegger recusou o trabalho para essa campanha da Ajinomoto. O ator estava rodando um longa-metragem no estado de Idaho e a equipe brasileira foi até lá fazer um filme publicitário (dirigido por Fernando Meirelles) e as fotos – a cargo de Elisabetsky. Na noite antes do trabalho, o elenco e os produtores do longa fizeram uma festinha e Willis comandou as pick-ups. Elisabetsky aproximou-se dele e disse: “Como DJ, você é um ótimo ator”. Na hora, Willis nem ligou para a brincadeira. Mas, no dia seguinte, compareceu à sessão de fotos acompanhado de um assistente e era só com essa pessoa que a equipe poderia falar. Ninguém estava autorizado a dirigir a palavra diretamente ao ator. A situação ficou mais spicy do que uma tonelada de Ajinomoto!

Essas são apenas algumas histórias do fotógrafo. Para contar tudo o que ele viveu, precisaríamos de uma edição especial sobre seus “causos”.

 

Veja abaixo a seleção de fotos de Claudio Elisabetsky.

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A estética inovadora de Jader Almeida

A estética inovadora de Jader Almeida

Reconhecido mundo afora, o designer segue com intensa produção e olhar atento às tendências do setor.

A edição de 2021 do prêmio internacional Red Dot Design foi marcada pelo número recorde de inscrições vindas de 60 países. A premiação destacou pela quinta vez, na categoria produto, o catarinense Jader Almeida. Não é à toa tamanho ênfase ao trabalho do designer, já que ele acumula mais de 500 produtos em seu port- fólio atemporal e consolida o estilo que une tecnologia, elegância e simplicidade há 16 anos.

 

Jader Almeida - Foto: Renata Larroyd

Jader Almeida – Foto: Renata Larroyd

 

A assinatura de Jader para a cadeira premiada Olive contempla a geometria sofisticada e elegante criada a partir de um inusitado jogo de apoios feitos de metal fundido, em uma composição harmônica de materiais. O assento estofado e o encosto da peça trazem aconchego. O produto dialoga com as tendências que o designer já percebe com a chegada da pandemia. “A busca pelo conforto está em alta e as pessoas dão mais valor à qualidade e à durabilidade de seus móveis, da iluminação, e de seus ambientes como um todo. Com um olhar mais apurado, reconhecem a importância de um bom designer.”

É justamente sobre filtrar e materializar as necessidades das pessoas que seu trabalho se firma. As conhecidas linhas finas dos produtos – sejam poltronas, cadeiras, luminárias e estantes – buscam a convivência elegante entre os objetos de um espaço. “Uma peça não agride, não impõe e, sim, coexiste”, define.

Diretor criativo da marca Sollos, Jader Almeida também conquistou o iF Design Award 2020, o mais conceituado prêmio de design do mundo. “Busco criar produtos com valores duráveis. Valorizo os mestres, mas com o olhar para a frente para o consumidor ser o portador da peça que produzo.”