Conheça o Circuito das Águas Paulista, uma rota turística para todos os gostos

Conheça o Circuito das Águas Paulista, uma rota turística para todos os gostos

Do turismo de aventura à gastronomia, o Circuito das Águas paulista combina momentos de sossego com adrenalina em meio à Serra da Mantiqueira.

Do tupi, “Mantiqueira” significa “serra que chora”, devido à grande quantidade de nascentes na região. Na Serra, que abrange o leste do estado de São Paulo e o sul de Minas Gerais, estão nove cidades do Circuito das Águas: Águas de Lindóia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro. Cada uma oferece diferentes tipos de ecoturismo aos visitantes, além de gastronomia caprichada e descanso em família.

 

Foto - Divulgação

Foto – Divulgação

 

A 130 quilômetros de São Paulo e 110 de Campinas, a cidade de Socorro conta com passeios de aventura pelo céu e pelas águas do Rio do Peixe. O Hotel Fazenda Parque dos Sonhos possibilita, desde 2002, atividades aquáticas como rafting e bóia cross, e rapel e cavalgadas, em mais de 600 mil metros quadrados de natureza.

Foto - Ricardo Beccari

Foto – Ricardo Beccari

 

O lugar disponibiliza também seis tirolesas, sendo que a mais longa conecta São Paulo a Minas Gerais. Com um quilômetro de extensão, a descida da Tirolesa do Pânico traz uma incrível visão panorâmica do vale, até chegar à cidade mineira de Bueno Brandão. O Parque dos Sonhos recebe em média 20 mil visitantes por ano nos 20 apartamentos e 10 chalés disponíveis. Na diária do hotel, estão inclusos café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.

 

Foto - Ricardo Beccari

Foto – Ricardo Beccari

 

Socorro possui ainda um ponto de parada cafeeiro, a Fazenda 7 Senhoras. Com mais de 100 anos de tradição, a fazenda renasceu em 2011, com o plantio de mais de 70 mil mudas de café. Desde então, são mais de 365 hectares plantados com os tipos Catuaí Vermelho, Amarelo, Mundo Novo e Bourbon. De quinta à sábado, é possível visitar as plantações, a pós-colheita e a cafeteria do local, onde um dos baristas apresenta alguns métodos de preparo do café para degustação.

Para finalizar o dia, um dos lugares mais disputados para apreciar o pôr-do-sol na cidade é o Mirante da Pedra Bela Vista. Prepare-se para avistar Socorro e o entorno a mais de 1250 metros de altitude.

 

Foto - Divulgação

Foto – Divulgação

 

Outro ponto de parada no Circuito das Águas é a pacata Serra Negra, a 80 quilômetros de Campinas e 150 da capital. Com 30 mil habitantes, o lugar é conhecido pelo comércio de roupas de couro e de malhas, basta uma caminhada pela rua Coronel Penteado para encontrar diversas opções de vestuários e doces típicos. A rua se inicia na Praça Sesquicentenário, de onde saem os passeios de teleférico até o Cristo Redentor da cidade.

Após as compras, uma opção de pausa para o almoço está no alto da serra, o restaurante Shangrilá. O local oferece um cardápio que conta com ceviches, massas, frutos do mar e carnes. Para o friozinho da montanha, as fondues da casa, de queijo artesanal, carne e chocolate são boas pedidas.

Àqueles que procuram um tour etílico, a micro destilaria Hof possibilita não só a degustação e compra de licores, vodcas e gins premiados, como também a visitação pelo lugar para uma apresentação da produção e dos processos de fabricação dos rótulos. Martin Braunhloz, fundador da marca, iniciou a fabricação de destilados após o sucesso de um licor de leite de cabra. As bebidas, feitas a partir de uma fonte de água próxima à propriedade, garantem excelência dos produtos, que já ganharam nove medalhas em premiações, como Concours Mondial de Bruxelles 2018 e New York International Spirits Competition 2017.

Harmonizando esses deliciosos drinques com a vista da Serra da Mantiqueira, o descanso é garantido e as energias são recarregadas para outras aventuras pela região.

Em construção e transformação, o ator Bruno Gagliasso é aliado de causas ambientais importantes

Em construção e transformação, o ator Bruno Gagliasso é aliado de causas ambientais importantes

Em 1999, com 17 aninhos, Bruno Gagliasso estreou na Globo, no episódio “Papai é Gay!” do programa interativo “Você Decide”. Hoje aos 38 anos, Bruno é quem decide seu próprio destino. Após participar de mais de 20 novelas e séries da emissora, resolveu sair da Globo e assinou com a Netflix.

A mudança, além de dar um refresh em sua carreira de ator, abre espaço para que ele se dedique também a outras de suas paixões: a família, o empreendedorismo e a preservação ambiental.
Sempre com sua esposa, Giovana Ewbank, e seus filhos Titi (de 7 anos), Bless (6) e Zyan (1), ele divide seu tempo entre a casa que a família mantém na cidade do Rio de Janeiro e o sítio na serra fluminense, onde Bruno está implantando um bonito projeto ecológico.

Como empreendedor, ele atua como sócio na vodca orgânica e artesanal Voa, como anjo-investidor da start up CredPago e como proprietário de duas pousadas em Fernando de Noronha – a Maria Bonita (aberta em 2015) e a recém-inaugurada Maria Flor.

 

Bruno Gagliasso - (Foto Thiago Bruno)

(Foto Thiago Bruno)

 

Sua saída da Globo teve a ver com uma necessidade de fazer coisas diferentes, de ter mais tempo para investir no seu lado empreendedor?
Eu digo sempre que não foi uma saída, são novos tempos. Fui e sou muito grato a tudo que vivi na Globo, foi lá que amadureci como ator. Mas hoje sou muito feliz na minha nova casa. A Netflix me traz a possibilidade do novo. Eu sou um ator que fez de tudo em novelas e elas sempre terão um lugar especial no meu coração. Só que, nesse momento, meus olhos brilham por outras coisas. Digo que estou respirando a liberdade, então, sim, foi para ter mais tempo como empreendedor, como pai, marido, como ser humano ligado às causas ambientais e, acima de tudo, como artista inquieto que sou.

Em quais projetos você está envolvido, nessa área de teledramaturgia?
Estarei em uma série que é uma produção internacional e que, assim como tudo no mundo, acabou sendo afetada também pela pandemia. Não posso falar muito sobre ela ainda, mas seu lançamento está previsto para 2022. Tenho estudado bastante e estou muito empolgado. E tem outro lançamento muito esperado por mim – e acredito que pelos brasileiros também – que é o filme “Marighella”, que vai estrear aqui no Brasil este ano, finalmente.

 

Foto divulgação - Filme Marighella

Foto divulgação – Filme Marighella

 

Voltando à sua porção empreendedora, gostaria que você falasse um pouco da sua associação ao grupo que produz a vodca Voa. O que despertou o seu interesse nessa bebida?
Fico muito feliz em doar um pouco da minha essência para um produto totalmente brasileiro, feito com o nosso talento. Mas como tudo em minha vida é sempre sobre relações, meu envolvimento se deu por causa do Mario Bulhões, que fundou a Voa e é meu amigo há 20 anos. Isso é essencial para mim. Quando ele me apresentou a Voa eu fiquei empolgado porque acredito em produtos que tenham alma, e a Voa tem. Foi a primeira coisa que me atraiu. Acho que a gente tem tudo para quebrar esse preconceito que ainda existe nesse segmento, de que destilados nacionais não são excelentes.

 

O ator com a vodca orgânica Voa, da qual é sócio - Foto Thiago Jenne

O ator com a vodca orgânica Voa, da qual é sócio – Foto Thiago Jenne

 

Com esse investimento, você se junta ao time de artistas que possuem marcas de bebidas premium, como George Clooney (sócio da tequila Casamigos), o cantor Bruno Mars (do rum Selva Rey) e o ator Ryan Reynolds (do gim Aviation). A que tipo de marcas você gosta de ver o seu nome associado?
Que responsa estar nesse time, hein? Gosto de me associar a marcas que eu consumo, mas principalmente a marcas que eu acredito. Não é a quantidade que me interessa. Hoje, além da vodca Voa, sou sócio da Credpago e tenho duas pousadas em Noronha, que são meu orgulho. Está bom por enquanto, se não o ator não pode criar mais. E estou em ebulição.

Você parou de comer carne após ter visto de perto a devastação causada por pecuaristas na Amazônia e, em consequência dessa mudança de hábito, saiu da sociedade das hamburguerias Burger Joint. Esse é um exemplo da sua preocupação de ligar seu nome a marcas que tenham a ver com o seu estilo de vida?
Hoje eu não consumo mais carne vermelha. E sair dessa sociedade foi uma consequência dessa escolha alimentar. Defendo o consumo consciente, mas não sou radical. O que desejo é que a gente saiba a origem do que a gente come. Nesse caso da hamburgueria eu não poderia manter um negócio em que o produto principal é a carne vermelha, seria totalmente incoerente com as minhas escolhas. Ainda tenho muito a aprender, digo que estou em um processo de aprender e entender como eu, Bruno, posso ser parte de um mundo mais saudável. Estou em construção, em transformação. Nesse processo eu já aprendi muito, mas sei que ainda falta muito também.

 

Bruno Gagliasso com os painéis de energia solar em seu rancho - Foto Thiago Jenne

Bruno Gagliasso com os painéis de energia solar em seu rancho – Foto Thiago Jenne

 

A casa onde você vive com sua família no Rio é uma residência energeticamente autossuficiente. Você participou da elaboração do projeto dessa casa? Você tem um interesse especial por arquitetura?
Sou completamente apaixonado por arquitetura e muito curioso também. Meu sogro é arquiteto, tenho alguns amigos e sócios arquitetos e aprendo muito com eles. Se não fosse ator, com certeza, eu seria arquiteto ou engenheiro. Mas o grande segredo da minha casa é como ela foi projetada. Moro na casa que Cláudio Bernardes fez para ele próprio viver e respeito muito sua arquitetura. Sempre fui fã dele, do pai e do filho. Tudo começa neste projeto. Tenho placas solares no teto que comecei a usar na minha casa e agora também tenho no rancho. Tento ser sustentável em tudo o que posso. Saber que minha casa é movida a energia limpa e através do sol me enche de orgulho.

A propósito, me fale sobre as suas duas pousadas em Noronha. A sustentabilidade foi uma prioridade no projeto das duas, não?
Eu invisto em coisas que eu acredito. Sempre fui muito fã de Noronha, vou para lá há mais de dez anos, tenho grandes amigos ali e foi assim que nasceu o desejo de fazer a Maria Bonita. Deu tão certo que agora construímos a Maria Flor. Nosso sonho, porque tenho sócios diferentes nas duas pousadas, quase foi adiado por causa da pandemia e da crise, mas com muita convicção e resiliência, ela foi inaugurada. A Maria Bonita e a Maria Flor são lugares de contemplação de tudo que há de mais perfeito na natureza, são lugares para a gente se conectar com o interior, curtir e ficar em paz. Os dois projetos são no estilo rústico contemporâneo, sempre prezando a sustentabilidade, os materiais de design nacional e o artesanato local.

 

Pousada Maria Flor - Fotos Carol Sabio

Pousada Maria Flor – Fotos Carol Sabio

 

Já em Paraíba do Sul, no Rio, você mantém o Rancho da Montanha, onde toca um grande projeto de reflorestamento e um santuário de reabilitação de espécies resgatadas das mãos de traficantes de animais. Conta para a gente quais são os seus objetivos com essas duas iniciativas.
O Rancho é o meu projeto de vida! Era um simples terreno em Membeca, mas quando a gente começou a projetar, eu logo entendi que não queria que fosse uma casa na serra, mas uma casa com propósito, um lar, um lugar onde quero estar com minha mulher e meus filhos. A ideia é que ela seja inteira sustentável e por isso vai ter selo de sustentabilidade. Além disso, lá as árvores frutíferas vão ser para os pássaros, para os animais… Já plantamos seis mil árvores. A meta era plantar 40 mil, mas agora já estou sonhando em ter 100 mil árvores lá! Vamos cuidar de animais maltratados, ter horta orgânica… O Rancho da Montanha se tornou também uma área de soltura de animais silvestres. Sou patrono do Instituto Vida Livre e lá nós reabilitamos animais silvestres que são apreendidos de traficantes, animais que são atropelados ou maltratados. Cuidamos e soltamos. Entende por que é tão especial pra mim? Sempre que posso estou lá não só para acompanhar tudo de perto, mas para fazer parte dessa construção com a mão na massa.

 

Bruno plantando uma muda em seu rancho, na região serrana do Rio de Janeiro - Foto divulgação

Bruno plantando uma muda em seu rancho, na região serrana do Rio de Janeiro – Foto divulgação

 

Você acredita que a pandemia do coronavírus é uma consequência da emergência ambiental que o planeta está vivenciando?
Acredito que tudo o que a gente faz influencia no funcionamento do planeta. Exatamente tudo. E, se continuarmos desse jeito, essa não vai ser a única “pausa” que teremos que dar no mundo. Dessa vez foi por causa de um vírus, são milhões de mortos no mundo, mas o planeta já está gritando de diversas outras formas.

E, na sua opinião, qual seria a solução para isso? O que deveria ser prioridade na política ambiental brasileira?
A minha visita com a Gio ao Amazonas a convite do Greenpeace, recentemente, foi assustadora. Pessoas que defendem o meio ambiente sendo ameaçadas de morte. Deveríamos, entre muitas outras coisas, diminuir o desmatamento o máximo que pudermos, mas o que está acontecendo é justamente o contrário. Hoje, qualquer ação positiva é importante e vai impactar o meio ambiente.

Até alguns anos, você era um jovem focado exclusivamente na sua bem-sucedida carreira de ator. Quando foi que você teve um clique e decidiu valorizar mais o seu lado empreendedor? A paternidade te deixou mais consciente e preocupado com a preservação da natureza?
Percebi ainda novo que eu poderia ser muitas coisas. Minha mãe é empreendedora, então sempre tive essa curiosidade e vontade de empreender. Não me considero um empresário, mas sim um empreendedor. Hoje em dia me sinto mais focado em me aliar a empresas, produtos e causas que eu acredito e, que, de alguma forma, pode me ajudar a ajudar. Na Credpago, por exemplo, é muito bacana porque é como se fosse uma linha de crédito para quem não tem fiador, temos ajudado muitas pessoas. Isso sem falar no rancho, que talvez seja o maior exemplo de um sonho realizado. Hoje eu posso ter um espaço para reflorestar e plantar milhares de árvores, para fazer a soltura de animais. Por causa desses negócios, posso me aliar e ajudar em causas que acredito como a CUFA (Central Única das Favelas), de quem eu sou parceiro e muito mais.

Qual o legado que você quer deixar para os seus filhos e seus admiradores?
Um dos motivos pelos quais estou tão envolvido nessa luta e nesse desafio é despertar esse sentimento nos meus filhos. Esse é o meu legado principal. E o Rancho é parte desse legado, saber que vamos poder motivar nossos amigos, familiares, os vizinhos do rancho, os alunos da escola lá de perto. Quando o corona passar quero levá-los lá também. Motivar quem me vê nas redes, na televisão, nas entrevistas a entender que somos parte da natureza e a partir disso ser um agente de transformação. Se eu conseguir deixar esse legado, já vou me considerar um cara realizado.

Por fim, como você imagina que será o “novo normal”, a vida em tempos pós-pandemia e pós-vacinação?
Eu tento manter a esperança nas pessoas. Espero que elas acordem e entendam a importância do voto, se conscientizem politicamente, que finalmente entendam a importância que temos no meio ambiente e como somos agentes transformadores.

 

Bruno_fotodivulgação

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Passo a passo para uma jornada mais saudável e sustentável em 2021

Passo a passo para uma jornada mais saudável e sustentável em 2021

Um ano mais saudável e sustentável

2020 foi um ano desafiador, marcado pela maior pandemia dos últimos tempos, que abalou todas as nações, com enormes efeitos econômicos, sociais e emocionais. Foi também um ano marcado por índices históricos e terríveis de queimadas no Pantanal e na Amazônia. A pandemia apertou o botão da urgência e o interesse pela sustentabilidade aumentou de forma significativa: pessoas e empresas se deram conta de suas responsabilidades e da necessidade de ação.

Agora começamos um novo ano, e 2021 nos traz inúmeras possibilidades de fazermos diferente, com mais cuidado com as pessoas e com o planeta. Vamos acompanhar mais de perto o que os governos e as empresas estão fazendo para deixar uma pegada mais responsável para as futuras gerações, e assim escolher com mais critério representantes, marcas e produtos.

 

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Temos que nos reinventar e agir para fazer deste ano uma jornada mais saudável e sustentável. Assim, sugiro aqui cinco passos simples:

1. Reconhecer que nossas atividades e decisões diárias tem impacto no meio ambiente (consumo de água, energia, resíduos) e nas pessoas (boas condições de trabalho, inclusão e equidade).

2. Repensar nossa forma de adquirir e usar bens materiais e imateriais além de estar sempre atentos à nossa responsabilidade e, dessa forma, evitar desperdício de água, usar sacolas reutilizáveis, separar bem nossos resíduos, e até garimpar em brechós (há várias opções online enquanto não estivermos todos vacinados) e reformar roupas antigas.

3. Renovar nosso compromisso com as pessoas e com o planeta a cada manhã, criando metas atingíveis, sem angústia pois não tem como sermos 100% perfeitos e não tem marca 100% sustentável.

4. Reciclar ideias que tivemos lá atrás e acabamos não tirando do papel por algum motivo, e usar a criatividade para inová-las e colocá-las em prática agora.

5. Revelar nossas experiências e boas práticas para o mundo, seja para a família, a comunidade onde vivemos ou nas redes sociais. Assim podemos inspirar mais gente, ou mesmo encontrar outras pessoas inspiradoras pelo caminho!

 

E para seguirmos juntxs nessa trilha mais consciente, deixo um presente para você. Baixe aqui o Calendário da Sustentabilidade Ecoera, com datas especiais que falam sobre o planeta e as pessoas.

Espero continuar lado a lado com você, por um futuro melhor em 2021!

A moda é repórter fiel de uma época, e a nossa é de urgências sociais e ambientais

A moda é repórter fiel de uma época, e a nossa é de urgências sociais e ambientais

A moda espelha as mudanças de um tempo, de uma geração, e até de uma sociedade. Em um mundo ativista, a maneira como nos vestimos diz muito sobre nós, espalha a nossa visão de mundo. Perguntas como qual a origem do material da camiseta que vestimos, qual a mensagem que determinada estampa ou cor reverbera –, ou ainda o que está por trás dela, no que diz respeito à mão de obra – são questionamentos cada vez mais frequentes. Afinal, ninguém quer usar uma roupa feita por uma marca que usa trabalho escravo em sua manufatura ou é confeccionada a partir de um material que polui nossos mares, rios e oceanos, não é mesmo? 

O setor é rápido, ágil, tem o poder de se adaptar e vem enfrentando consequências de uma produção que não se integrava às questões sobre o planeta e as pessoas. A boa notícia é que a criatividade sempre foi uma aliada, e projetos de impacto positivo vem surgindo a cada estação. 

 

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A moda, por vocação, aponta novos caminhos e antecipa tendências. Desde a Revolução Industrial, participativamente de todas elas. Vestiu as mulheres com uniformes no pósguerra, aumentou seus ombros em sinal de força com as ombreiras nos anos 1980 e, na virada do milênio, democratizou o estilo proporcionado acesso a todos. Nas últimas décadas, em um mundo pós globalizaçãoem que a escala e lucro não combinavam com consciência e natureza, perdeu o foco e deixou de ser contemporânea de si mesma. 

Felizmente, passamos da era da máquina para a das informações e da conectividadeNesse novo mundoconectado e em rede, a moda tem uma nova função, um novo papel nesse ano que se anuncia: o de espalhar a mensagem da consciência e da responsabilidade com o meio ambiente e com a sociedade. 

Marcas e consumidores finais se encontraram em momentos de restrição e dúvidas neste ano. Se relacionaram de outra forma, em outros formatos e desenvolveram novos canais de comunicação. 2021 será de mais açãoe as marcas serão convidadas a mostrar de fato como estão colaborando para um mundo melhor. Já sabemos que sustentabilidade não é tendência, é garantia de futuro.  

Desejo a todxs um ano novo mais saudávelresponsável, inclusivo, diverso e sustentável. Vamos juntxs! 

Sustentabilidade: Investidores já procuram empresas mais sustentáveis e transparentes para caminhar junto

Sustentabilidade: Investidores já procuram empresas mais sustentáveis e transparentes para caminhar junto

O Environmental, Social and Governance (ESG) ou Ambiental, Social e Governança (ASG) é um índice que avalia as ações das corporações segundo suas práticas sustentáveis relacionadas ao meio ambiente, as suas condutas no que diz respeito ao pilar social, e à sua gestão como um todo.

Esse tema não é nada novo, mas até pouco tempo era exclusivo das reuniões fechadas e, hoje, começa a fazer parte do cotidiano das empresas. A agenda se abriu e todos os envolvidos na cadeia de produção começam a se familiarizar com o conceito. No caso da moda, beleza e design, setores de grande visibilidade, pela velocidade das informações, e das mídias sociais, essas três letras vêm ganhando espaço.

Pesquisas apontam crescente preocupação com a sustentabilidade nesses setores desde 2016. As mídias sociais confirmam a vocação dos três setores em espalhar mensagens, portanto estamos falando de uma tendência de consumo em que cada vez mais, empresas e consumidores estão atentos à pegada deixada pelos seus modos e hábitos. Da conscientização sobre os resíduos gerados pela indústria da moda, ao manejo de recursos naturais na movelaria, decoração e design; e a produção de embalagens de menor impacto no mercado da beleza e dos cosméticos, a necessidade de ajustes é evidente.

Quando falamos de ESG precisamos sair da superfície das discussões, pensar nos métodos e não apenas em resultados. Um produto bem avaliado sob o ponto de vista comercial, não indica, necessariamente, uma boa performance socioambiental. Uma peça best seller, uma bolsa, uma calça ou um acessório sucesso de venda não indica boas práticas. No entanto, uma empresa que pretende encontrar seu lugar de fala na jornada da sustentabilidade já está se deparando com uma rotina de questionamentos em que as vendas estão mais alinhadas ao planeta e às pessoas.

No Movimento Ecoera, temos refletido sobre as mudanças trazidas pela pandemia da Covid-19 nos mercados de moda, beleza e design, e o que já sabemos é que o novo normal coorporativo, guiado pelo ESG, será mais transparente.

Sabemos que os investidores estão em busca de empresas mais saudáveis e sustentáveis, em que o lucro e os atributos sustentáveis podem e devem caminhar lado a lado. Vamos juntxs!