Apresentamos algumas mulheres que fizeram história na música e que seguem transformando cenários.
Quando falamos sobre Rock, automaticamente pensamos em artistas e bandas masculinas. Mas você sabia que uma das pioneiras do gênero foi uma mulher? Memphis Minnie e sua guitarra pegada no Blues, nascente do rock’n roll, foram gigantes entre os anos 1920 e 1950, deixando seu talento como legado e canções que ganharam covers famosos como “When The Levee Breaks” na versão de Led Zeppelin, que se transformou em um grande clássico da banda. Minnie é apenas um exemplo de tantas mulheres que seguem quebrando barreiras musicais e sociais, mostrando toda a potência feminina e botando pra quebrar.
Memphis Minnie – Foto: Divulgação
Cá entre nós, listas podem conter sempre uma dose de injustiça. Para tantos nomes necessários, o espaço sempre acaba sendo curto demais. Com essa a seguir não será diferente, mas selecionamos paixões femininas, antigas e recentes, desse gênero que se reinventa a cada dia.
Patti Smith – Foto: Divulgação
Patti Smith
Impossível não começar citando a “poeta do punk”. Patti com seu feminismo, inteligência, sensibilidade e composições afiadíssimas, teve um grande papel no movimento punk-rock nova-iorquino nos anos 1970, principalmente após lançar seu primeiro álbum “Horses”. Sucesso também como escritora, ela segue na ativa, influenciando gerações.
Rita Lee – Foto: Guilherme Samora | Divulgação
Rita Lee
Se falamos sobre a poeta do punk, não poderíamos deixar de fora a rainha do rock brasileiro. Rita transcende o gênero: fez carreira no rock mas se jogou em diversos estilos e produziu sucessos atemporais, da psicodelia dos Mutantes passando pela Bossa Nova, pop, MPB e muito mais. Arrojada, ácida e brilhante, Rita é patrimônio nacional e muito róquenrou.
Brittany Howard – Foto: Divulgação
Brittany Howard
Alma e voz da incrível Alabama Shakes, Brittany segue brilhando em sua carreira-solo. Seu álbum de estreia, “Jamie”, foi gravado após uma longa viagem de carro, partindo de Nashville, sua cidade natal. O trabalho é também uma viagem pela vida da artista e seu hibridismo musical. Apesar do timbre potente, o rock de Brittany é um acalento para ouvidos e coração.
HAIM – Foto: Divulgação
HAIM
Com três álbuns lançados, a banda é 100% feminina e formada por três irmãs. O som passeia pelo indie e pop, podendo ser ouvido em uma festa, em uma trilha de um filme ou com o som alto em casa. Rock divertido e versátil!
Miley Cyrus – Foto: Divulgação
Miley Cirus
Por essa nem a gente esperava. Miley já passou por muitas fases na sua carreira que começou quando era apenas uma criança. Nem sempre deu certo, mas a cantora parece ter encontrado o tom certo: cresceu, amadureceu e lançou seu último álbum com muitas pitadas de pop-rock-punk, combinando perfeitamente com sua voz rasgada.
Avisamos ali em cima, né? Essa lista teria tudo para ocupar muitas páginas. Como não é possível, que tal aproveitar e conferir a playlist que preparamos especialmente para esta coluna? Lá você escuta as artistas citadas e muito mais. Dá o play!
Para os amantes das trilhas sonoras, o Oscar vai além da experiência visual do cinema, e leva a um universo de sons a serem explorados.
O primeiro impulso dos cinéfilos-musicais é ficar de olho nos indicados do ano à melhor soundtrack, é claro, mas para quem curte muito som e cinema, o que vale mesmo é maratonar as produções de todas as categorias e aproveitar as pérolas sonoras que irão aparecer.
Neste ano, filmes muito ligados à música e, principalmente, ao jazz e blues, brilharam nas indicações e nos prêmios, por isso, juntamos aqui algumas dicas dos nossos favoritos à estatueta “tem-que-ver-tem-que-ouvir”.
A Voz Suprema do Blues – Foto: Divulgação
A Voz Suprema Do Blues Netflix
O longa marcou uma triste indicação póstuma de melhor ator ao incrível Chadwick Bosman, em seu último trabalho, em que dá vida ao trompetista Levee, contracenando com a potente Viola Davis, que interpreta Ma Rainey, a “mãe do Blues” neste drama musical ambientado nos anos 1920. Imperdível!
O Som do Silêncio – Foto: Divulgação
O Som do Silêncio Amazon Prime
Não, não é sobre a clássica canção de Simon & Garfunkel. Neste caso, o som do Heavy Metal permeia o filme indicado à categoria principal que conta a história de um baterista (o incrível Riz Ahmed, também indicado por sua brilhante atuação), que perde a audição e, por sua vez, sua grande paixão: poder tocar. Apenas assista.
Soul – Foto: Divulgação
Soul Disney +
Na animação da Disney que mexe com o coração de todos os adultos (o filme não é para crianças, estamos certos disso), a música é a protagonista. Além do multiartista Jamie Foxx emprestar sua voz para Joe Gardner, um professor que tem o jazz como seu maior amor, a produção conta com composições e arranjos do renomado músico Jon Batiste. Um carinho para a alma e os ouvidos!
The United States vs. Billie Holiday – Foto: Divulgação
The United States vs Billie Holiday Hulu
Dirigido por Lee Daniels, do impressionante “Preciosa” (2009), o longa mostra um recorte da vida intensa e turbulenta de uma das maiores vozes da música, interpretada pela cantora Andra Day, também indicada ao Oscar por sua atuação. Por muitos motivos, é um filme necessário e, destacamos aqui a canção “Strange Fruit”, uma forte marca do pioneirismo de Billie na luta pelos direitos civis nos anos 1960.
Para não sermos injustos com as tantas obras presentes e elogiadas nesta edição da maior premiação do cinema, montamos uma playlist especial com as músicas das produções das diversas categorias. É só dar o play (no filme e no som) e curtir!
Artistas que nos transportam para a região de diversos ritmos.
Nosso país é conhecido mundialmente pela diversidade cultural. Somos uma nação que possui uma variedade imensa de hábitos e costumes, onde cada região tem seus próprios trajes, comidas, danças e músicas típicas. Com essa explosão de misturas, que tal conhecer um pouco mais sobre os nossos ritmos tropicais e contemporâneos?
Nessa viagem, vamos rumo à região Norte. Atravessando a Amazônia, encontramos os mais diversos ritmos, como Lundu, Congo, Bumba Meu Boi, Marujada, entre outros. Todos possuem influências de percussão africana, um sopro dos estilos europeus e uma bela pitada de tradições indígenas. São músicas que traduzem a alegria e o colorido desse lugar, com saias rodadas, palmas e muita malemolência, e instrumentos como tambores, banjo, clarinetes e maracas que dão um show de cadência e harmonia.
Remexendo no baú musical nortista, nos anos 1980, vemos que a lambada dominou o Brasil e o grupo Kaoma tocava em todas as rádios com seu hit “Chorando Se Foi”. Na década de 1990, “Tic Tic Tac” de Carrapicho e “Vermelho” de Fafá de Belém (com participação de David Assayag) levaram as cores do Festival Folclórico de Parintins para o mundo e popularizaram de vez o Boi Bumbá.
Recentemente, o que tem predominado nos streamings das novas gerações é o Carimbó. Um gênero de dança de roda criado no Pará, cujo nome é oriundo de um tambor artesanal, chamado de “Curimbó”. Esse som vem embalando as pistas de danças e é até temas de novelas. Gaby Amarantos, Dona Onete, Felipe Cordeiro e Jaloo são exemplos de nomes conhecidos dessa cena brasileira atualmente.
Foto – Divulgação
Também nos encantamos com uma galera que vem mostrando toda a versatilidade que a música brasileira pode oferecer. Nelson D, ítalo-brasileiro nascido em Manaus, com seu som super experimental, a paraense Luê e seu soul-pop repleto de referências regionais, o rock manauara da República Popular, o rap com pitada de R&B de Anna Suav, o ritmo gostoso da Farofa Tropikal, entre tantos outros talentos que descobrimos a cada dia. O tempero musical do Norte é mesmo especial.
Quer curtir essa viagem com a gente? Então dá o play para ouvir os artistas citados nesta coluna na nossa playlist preparada especialmente para cada edição. Aumente o som!
Não é de hoje que a disseminação da cultura pop de países latino-americanos vem ganhando força. Com um empurrãozinho digital, vemos e ouvimos muito mais produções dos nossos vizinhos latinos, seja no audiovisual, em séries e filmes que fazem sucesso nos streamings ou nas redes sociais, que têm o poder de viralizar músicas e danças literalmente da noite para o dia.
Há poucos anos, por exemplo, vimos o reggaeton, estilo musical de maior sucesso na América Latina, ultrapassar fronteiras e ser cantado por artistas das mais diversas vertentes musicais mundo afora. O ritmo, muito comparado ao funk brasileiro por suas origens periféricas, que enfrenta tantos preconceitos e estigmas, conseguiu atingir uma popularidade gigante e agregar diferentes tipos de público. Não à toa, vemos grandes artistas do pop brasileiro atual, como Anitta e Pablo Vittar, surfando nessa tendência e unindo forças com outros nomes de peso, como J Balvin, Maluma, Bad Bunny, Daddy Yankee, entre outros. Além disso, o reggaeton é também um dos gêneros que mais cresce dentro do Spotify.
É interessante perceber como a música latina já é vista com outros olhos. Por muito tempo, ao pensarmos em faixas cantadas em espanhol, era normal vir à cabeça canções românticas ouvidas em novelas, sem conhecermos e darmos o valor merecido à tamanha riqueza musical que nossos países vizinhos têm a oferecer. Citamos aqui, então, alguns artistas contemporâneos que vão muito além do reggaeton:
Muito conhecida no universo underground do pop latino, a cantora e compositora de origem colombiana é um nome em alta. Em seu mais recente álbum “Miss Colombia”, ela passeia por diversos estilos, de ritmos tradicionais a experimentais. A capa, que ilustra esta coluna, no estilo quinceañera, é um espetáculo à parte.
Nascido no Texas, mas com ascendência venezuelana, o cantor é apaixonado pelos ritmos latinos. Na estrada há tempos, Devendra e seu som indie, aquele famoso “gostoso de ouvir”, canta em inglês, em espanhol e também em português. Inclusive tem músicas gravadas com Marisa Monte e Rodrigo Amarante.
A dupla porto-riquenha lançou “Regresa” no ano passado , seu álbum de estreia conta uma história triste, mas de amor à pátria. Após o furacão Maria devastar Porto Rico, eles saem de Nova York, voltam a sua origem e produzem um disco com muito significado, mas sem perder a identidade dançante, cheia de groove e com muitas pitadas de eletrônico.
Buscabulla – Foto Mara Corsino
Ficou interessado em escutar mais artistas latinos? Então aproveite para curtir a playlist que preparamos com os artistas citados aqui e muito mais. Dá o play!
Nosso radar, sempre ligado no mundo da música, já capta os nomes que prometem muito som bom neste ano. De gente nova no pedaço aos que já fazem barulho faz tempo, deixamos aqui algumas de nossas apostas e álbuns fresquinhos para já ficarmos de olho nos próximos meses.
Com apenas 17 anos, Alfie Templeman é um prodígio do indie pop e, certamente, ainda vamos ouvir falar bastante dele. O teen britânico que escreve, toca e grava suas próprias músicas desde seus 7 anos, mostra que idade não significa nada e entrega um som de qualidade. Arlo Parks é outro nome para deixar anotado. A jovem inglesa nos presenteou com a sua voz doce e letras sensíveis em singles lançados entre 2018 e 2020. Este ano, seu álbum de estreia, “Collapsed in Sunbeams”, já está com data marcada para o fim de janeiro e as expectativas são altas.
Alfie Templeman e Arlo Parks – Fotos divulgação
Ainda em terras inglesas, mas saindo do gênero indie-folk-pop, a banda Shame – e seu som post-punk para lá de bom – lança seu segundo trabalho, “Drunk Tank Pink”, após sucesso de crítica e público do álbum anterior, de 2018. E com muito mais tempo de estrada, quem lança álbum novo, em breve, é o Foo Fighters. O 10º trabalho de estúdio da banda, “Medicine At Midnight”, está previsto para o começo de fevereiro e já tem música nova nas plataformas de streaming para dar um gostinho do que vem por aí.
Banda Shame – Foto divulgação
Nas apostas nacionais, são muitos os nomes que prometem brilhar ainda mais em 2021. O pernambucano Afroito, com seu som R&B em universo afrofuturista e cheio de ancestralidade, é um deles. Tem ainda um possível novo álbum da sempre incrível Liniker, e a revelação super jovem de 2020, Ana Frango Elétrico que entrou em diversas listas gringas de melhores álbuns com “Little Eletric Chicken Heart” e promete seguir ganhando o mundo com seu talento. As faixas trazem produções de puro bom gosto em trabalhos que vão de remixes de Marcos Valle a parceiras com artistas como Curumin, Henrique Ludgério, Luluca e Bruna Croce, outro nome, inclusive, para ficar de olho neste ano.
Afroito, Liniker e Ana Frango Elétrico – Fotos divulgação
Como a música não para, seguiremos com os ouvidos atentos e buscando os melhores sons por aqui e mundo afora. Ficou curioso para ouvir os artistas citados? Então dá o play na nossa playlist com as faixas must-listen e apostas de 2021.
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