13 restaurantes para tomar as mais gostosas e diferentes sopas em São Paulo

13 restaurantes para tomar as mais gostosas e diferentes sopas em São Paulo

Quando chega a época mais fria do ano, nada se compara a tomar boas sopas, e alguns restaurantes de São Paulo oferecem opções deliciosas em grande estilo

Não é novidade que o frio pede mesas fartas e pratos fumegantes. Dependendo da sua inclinação culinária, você pode preferir uma lasanha ou um ossobuco com risoto, uma polenta com linguiça, uma fondue ou até mesmo um sukiyaki. Mas para ir direto ao ponto de convergência de todas as culinárias quando baixa aquele frio, sugiro as mais gostosas e diferentes sopas de São Paulo – aquelas que não conseguimos fazer em casa.

Gosto da típica francesa que vem em “montgolfière”, que é aquela capa de massa folhada que cobre a sopa tipo um suflê e a mantém quente até quebrá-la e você comer tudo misturado. Em São Paulo, só se encontra esse preparo no Bistrot de Paris, na rua Augusta, e no Ça Vá, do chef Érick Jacquin. A versão mais comum dessa sopa e deliciosa quando bem-feita é a que vem apenas gratinada. Nesse caso, recomendo o Chef Rouge ou Le Jazz.

Se o restaurante for português, a pedida é o caldo verde que vale ouro quando os ingredientes são de qualidade. Indico o Rancho Português, que utiliza um chouriço que faz a diferença, e o Espírito Santo. Os dois são muito bons! Já os amantes da cozinha sírio-libanesa devem procurar bons endereços como o Arábia, o Miski ou ainda o Arabesco, e pedir o kibe labanie – sopa feita de mini kibes fritos mergulhados em coalhada fresca quente com hortelã. É uma delícia!

Quando o assunto é japonês, todo mundo gosta do missoshiru, mas o prato não passa de um pequeno boas-vindas. O lamen japonês é outro parente da sopa que caiu no gosto do paulistano. Esse macarrão japonês encontra caldos de muita qualidade, uns mais quentes ainda em função do teor de pimenta, no Lamen Kazu, no Jojo Ramen e no Tan Tan.

 

Pho bo, do Bia Hoi, na Vila Buarque - Foto divulgação

Pho bo, do Bia Hoi, na Vila Buarque – Foto divulgação

 

Ainda na levada asiática, uma novidade bacana é o Bia Hoi – casa vietnamita que serve o pho bo, um caldo típico do Vietnã à base de ossos de boi, carne de porco e frutos do mar com pimenta. Além de diferente, o prato é bem interessante. Vale a pena!

E para quem não abre mão do boteco no melhor estilo Vila Madalena, a dica é o Pira Grill, com suas sopas (de vários sabores) servida dentro do pão italiano. Temos que reconhecer que tem seu charme. Bom apetite!

6 bares aconchegantes em São Paulo para prestigiar a chegada do inverno

6 bares aconchegantes em São Paulo para prestigiar a chegada do inverno

Uma volta por alguns dos melhores bares da cidade para aproveitar o friozinho em grande estilo

Na coluna da edição de maio falamos sobre as baladas e casas noturnas de São Paulo, que voltaram com tudo no pós-pandemia. Nada mais justo do que, agora, destacar os “esquentas”, lugares onde encontramos os amigos e aquecemos as turbinas para a balada. Fora que o inverno está chegando e nada melhor do que um bar aconchegante com bons drinques e petiscos para levantar os ânimos.

Começo pelo centro da cidade, que tem sido premiado nesses anos com lugares para lá de bonitos e competentes. É o caso do Bar dos Arcos, literalmente embaixo (sim, no subsolo) do Theatro Municipal de São Paulo. Não dá para acreditar que montaram uma estrutura daquelas em torno dos arcos que foram feitos em 1911 com gordura de baleia, pedras e conchas. O cardápio está à altura tanto nos comes e bebes drinques– e a coxinha de pato com laranja e gengibre é hit.

 

Coquetel Do Fogo Que Em Mim Arde, de gim, Campari, espumante brut e sucos de laranja, limão e grapefruit, do Bar dos Arcos (bares) - Foto Reprodução | Facebook

Coquetel Do Fogo Que Em Mim Arde, de gim, Campari, espumante brut e sucos de laranja, limão e grapefruit, do Bar dos Arcos – Foto Reprodução | Facebook

 

Pertinho dali, no Largo do Arouche, escondido dentro do septuagenário restaurante francês La Casserole, encontra-se o Infini (“infinito”, em francês). O nome traduz a sensação que as paredes, todas recobertas por espelhos, passam a quem está ali, de frente para o belíssimo bar que funciona no fundo. É lindo e, para chegar até a discreta porta de entrada, é necessário passar pelo salão principal do restaurante e beirar a cozinha. Belisque um cone de steak tartare, tomando um Apple Martini e viaje na atmosfera do lugar.

Outra maravilha do Centro é o Bar do Cofre, situado no porão da sede do extinto Banespa. Após lances de escada, no agora Farol Santander, encontra-se essa pérola guardada atrás de grades de aço, literalmente dentro dos cofres do então Banco do Estado de São Paulo. O lugar é lindo, com o piso todo de mármore e as portas de concreto do mesmo jeito de quando abrigava as joias e pertences dos endinheirados na época. Sentar ali tomando um drinque e comendo um croquete de pupunha é um programa verdadeiramente chique. As bebidas e as comidinhas são muito bem executadas, mesmo porque o local é dos mesmos sócios do competentíssimo SubAstor, na Vila Madalena, que eu frequento desde 2009.

Nessa meca etílica onde, para chegar, é preciso descer uma escada pelo meio do bar Astor e atravessar uma cortina de veludo, a carta foi criada por Fábio la Pietra, que já representou o Brasil em concursos pelo mundo afora. Minha dica é chegar no balcão e pedir uma porção de mandiopã com zatar e apenas dizer para o barman qual o destilado de base que você quer. E o deixe criar, você não vai se arrepender.

Já o Fel, ao lado da Bar da Dona Onça, no Copan, é um bar balcão de mármore com iluminação perfeita e um serviço exemplar. O lugar é focado em coquetéis, que são perfeitos.

Por fim, vamos ao Paraiso, na rua Manoel da Nóbrega onde uma portinha diz apenas Punch Bar e a tradução em japonês. Só entra quem reservou antes e após tocar a campainha. Uma vez lá dentro, começa uma imersão por um meio pub e meio speakeasy no Japão. É verdadeiramente uma viagem. Tanto as comidinhas à la izakaya quanto os drinques à base de soshu ou de yuzu (cítrico japonês) valem muito a pena. Não esqueça de fazer reserva em todos antes de chegar.

Com os perigos da pandemia afastados, casas noturnas voltam a funcionar em São Paulo

Com os perigos da pandemia afastados, casas noturnas voltam a funcionar em São Paulo

 A cena noturna paulistana volta a oferecer opções de clubes e pistas para todos os gostos

No começo de abril de 2020, o setor de bares, restaurantes e baladas sofreu como nenhum outro os prejuízos da pandemia. As casas noturnas foram obrigadas a suspender totalmente as atividades e não tiveram nem a alternativa de trabalhar em formato reduzido. Agora, com a situação recentemente controlada, as noites de São Paulo voltam com tudo.

Basta filtrar pelo tipo de som para escolher onde você pode curtir até de manhã. Não importa se a levada é sertaneja, samba-rock, black music, house, eletrônica ou até mesmo música latina, alguma pista animada aguarda quem quer se divertir e dançar, regado a drinques autorais, antes reservados aos bares de esquenta.

Das casas que bombavam antes da pandemia, algumas conseguiram manter seus endereços e outras tiveram que se mudar, mas continuam firmes e fortes. Vários investimentos estão sendo feitos na área e podemos esperar grandes novidades para o segundo semestre.

Por enquanto, quem gosta de sertanejo segue frequentando o Vila JK (antigo Villa Mix, na Vila Olímpia) e o Villa Country, na Água Branca. As duas casas trabalham com esquema parecido, mesclando shows de bandas sertanejas e emendando com pistas lotadas. As reclamações sobre a demora para entrar são mais frequentes no Vila JK, talvez por ser um lugar com capacidade menor.

 

Festa da D.Edge - Barra Funda | Foto Divulgação

Festa da D.Edge – Barra Funda | Foto Divulgação

 

Já quem quer curtir um rock estilo underground, vai se acabar no Madame, na Bela Vista, bem ali onde funcionou o Madame Satã, desde 1983. A casa é muito boa, toda no estilo gótico e com um som maravilhoso. Já se você gosta de black music – desde o funk anos 70, rap e até hip hop raiz – o DJ Puff e seu time comandam o som no Up Club, na Vila Madalena. O local é super bem equipado, com música e luzes de primeira.

Quem gosta de house music vai para a velha e boa Disco, no Itaim. Essa balada, que é uma das mais chiques e caras de São Paulo, já recebeu personalidades internacionais ao longo dos seus quase 30 anos. Camarotes e outros espaços privilegiados devem ser reservados com muita antecedência. A nova onda entre os jovens endinheirados é fechar a casa para festas particulares.

Por fim, os clubbers loucos por música eletrônica não pensam duas vezes na hora de escolher. Há mais de 20 anos, a D.Edge, na Barra Funda, é sinônimo internacional de meca da música eletrônica. Em constante evolução, tanto na programação quanto no design do clube e na estética musical, é mundialmente reconhecida como integrante das top 5 do planeta. A programação é repleta de noites conceituais e apresenta os melhores DJs do mundo. Aproveite!

7 restaurantes árabes de qualidade que você precisa conhecer em São Paulo

7 restaurantes árabes de qualidade que você precisa conhecer em São Paulo

Bairros paulistanos oferecem cada vez mais opções de excelentes restaurantes árabes 

A influência da cultura árabe no Brasil é notória. Basta saber que são 15 milhões de árabes no país, entre imigrantes e descendentes, sendo 4 milhões só no estado de São Paulo. No começo do século passado, quando começaram a chegar os primeiros imigrantes sírios e libaneses, essa culinária tinha como público apenas os membros da colônia, que dominavam o comércio de tecidos e de armarinhos na capital paulista.

Até hoje existem pequenos restaurantes da melhor qualidade escondidos em meio às lojas no centro da cidade, em endereços pouco divulgados entre a 25 de março e o Pari.

As variações de tempero da comida árabe dependem essencialmente da origem de cada família. Sírios, libaneses, turcos e armênios foram formando aqui uma legião de fãs nos quatro cantos da maior cidade do Brasil. Eu tenho verdadeira loucura por essa comida tão rica em sabores e tão bonita quando posta à mesa. Por isso, listo os meus endereços preferidos em São Paulo, com os detalhes de cada um que me parecem relevantes.

Começo pelas casas que têm balcão de rua, para quem tem pressa e quer comer rapidinho ou levar uma bandeja para viagem. Nesse caso gosto do Halim, perto da Paulista, que apresenta ótima coalhada fresca e esfiha de carne ou verdura fechada, e do Jaber, que tem lojas pela Vila Mariana e no Itaim, e apresenta boas esfihas abertas e um ótimo
kibe frito.

 

compartilhar - SAJ Restaurante - Foto Instagram / Divulgação

Famosa quadra de pasta para compartilhar – SAJ Restaurante – Foto Instagram / Divulgação

 

Para almoçar, gosto da rede de restaurantes Saj, que está em vários pontos dos Jardins e oferece ótimas pastas, como homus (pasta de grão de bico), babaganuche (pasta de berinjela) e coalhada seca. A coalhada, inclusive, harmoniza com quase todos os pratos da culinária árabe e gosto muito misturada ao tabule ou ao kibe de forno. Na unidade do Saj da rua Joaquim Antunes, bem à vista dos clientes e no meio do salão, está um forno libanês de assar pão árabe. Aliás, esse forno se chama Saj, daí o nome do restaurante.

Para uma refeição em um lugar mais aconchegante e confortável, recomendo o Arábia, na Haddock Lobo, e o Miski, na Joaquim Eugênio de Lima. Esses dois endereços são ideais para comer pratos como kafta de cordeiro, kibe de carne ou de peixe ao forno, charutinhos de uva recheados e todos os outros pratos mais elaborados da cozinha libanesa. Ambos apresentam alguns pratos libaneses inusitados e de sabor inigualável, como o chich barak (capeletinhos cozidos na coalhada com hortelã) e o kibe labanie (mini kibes cozidos na mesma coalhada). E atenção, não vá ao Miski sem experimentar a sensacional esfiha fechada de ricota – é fora da curva.

Chich barak, do restaurante Arábia -Foto Facebook | divulgação

 

Apesar da maioria dos estabelecimentos em São Paulo serem de origem síria ou libanesa, também temos representantes da cozinha armênia pela cidade. A Casa Garabed, em Santana, traz o melhor dessa vertente da cozinha árabe, desde 1951. Para mim são as melhores esfihas abertas da cidade, como a versão com carne cordeiro, que é deliciosa. Não deixe de experimentar o Madzunov Kiofté, uma iguaria que consiste em mini kibes redondos recheados com pinolis nadando numa sopa de coalhada com hortelã. É divino!

E para quem curte os doces árabes, quase todos à base de nozes ou pistache, vale a visita a uma loja tão bonita quanto gostosa na Avenida Indianápolis, a Alyah Sweets, dirigida por libaneses recém-chegados na cidade. Até!

Andaluzia: Conheça a charmosa região no sul da Espanha na melhor época do ano

Andaluzia: Conheça a charmosa região no sul da Espanha na melhor época do ano

Um passeio pela terra do flamenco na melhor época do ano aproveitando a luz da primavera, que deixa a região ainda mais bonita

Passei o fim do ano na Espanha e voltei encantado pela Andaluzia. A temperatura em pleno inverno ficou entre 8 e 15 graus debaixo de céu azul. A região é conhecida como muito quente porque termina no estreito de Gibraltar, ou seja, no norte da África. Tanto é que todos recomendam evitar o verão, quando o calor fica acima de 40 graus.

E é por isso que estou sugerindo esse passeio para a primavera local, entre março e maio, com temperaturas agradáveis e quando a luz da época embeleza mais ainda a paisagem. O roteiro é: Sevilha, Córdoba e Granada.

Sevilha, além de linda, é perfeita para caminhar. A cidade velha é uma viagem no tempo e é permeada de laranjeiras carregadas de fruta, o que dá um tom laranja em toda a região. Como essas laranjas são secas, praticamente sem suco, as árvores ficam intocadas, lotadas de fruta e parecem até ser de mentira. A arquitetura com influência moura também é belíssima.

 

Construção históricas de Córdoba, na Espanha | Foto Arquivo Pessoal

 

 

A música e a dança flamenca são expressões máximas da mescla de influências culturais que a Península Ibérica como um todo recebeu. Se quiser assistir a uma apresentação em uma casa de show, OK…, mas sinceramente não precisa. Nos lugares mais turísticos sempre há apresentações fantásticas que mostram toda a intensidade dessa arte. O que não faltam são praças, monumentos e belas catedrais para passear o dia todo. Meu lugar preferido foi a Plaza de España.

De Sevilha para Córdoba são duas horas de carro (150 km) em estrada perfeita. O fato de Córdoba ter sido uma cidade romana e um importante centro islâmico na Idade Média explica a grandiosidade das construções e da arquitetura. A famosa e imensa La Mesquita data do ano 784 e alguns séculos depois se tornou a Catedral de Córdoba. Tão grandioso quanto é o lindíssimo Alcázar de los Reyes, que na origem era um forte romano, e mistura jardins, banhos árabes e mosaicos romanos.

Por fim, é obrigatório conhecer a Puente Romano de Córdoba, do século I a.C, que merece uma pausa para meditação. A água em volta proporciona o pôr do sol mais lindo da cidade.

Mais 200 km e chegamos a Granada, aos pés da Sierra Nevada – montanha que abriga a única estação de esqui do sul da Espanha. Mas o verdadeiro impacto está na Alhambra. É simplesmente imperdível! Essa fortaleza, no topo de uma colina, reúne palácios reais e espelhos d’água da dinastia Nasrid, misturados às fontes e aos pomares dos jardins de Generalife. O nome significa castelo vermelho e é a oitava maravilha do mundo! Faça a reserva de tickets no mínimo 20 dias antes, porque é o lugar mais visitado da Espanha.

Nosso tour andaluz acaba por aqui e nem falei da gastronomia…as três cidades citadas são repletas de restaurantes e bares onde, além das tapas e do excelente presunto local, recomendo focar nos arrozes e paellas. Tenho certeza de que esses tesouros vão ficar para sempre na sua memória!