Conheça o charmoso vilarejo de Caraíva, com diversas opções de lazer e de gastronomia

Conheça o charmoso vilarejo de Caraíva, com diversas opções de lazer e de gastronomia

Antes da pandemia, a vila a 30 km ao sul de Trancoso era frequentada apenas por turistas mais aventureiros. Hoje, essa pérola do litoral baiano se tornou uma espécie de Ibiza brasileira, um destino inesquecível

Pouca gente sabe que Caraíva, fundada em 1530, é a vila mais antiga do Brasil. E foi ao largo desse lugar de rara beleza, onde o rio de mesmo nome se encontra com o mar, que foi avistado o Monte Pascoal por Pedro Álvares Cabral. Até poucos anos atrás, a luz elétrica vinha de geradores e o lugar oferecia apenas restaurantes de pescadores e poucas pousadas rústicas. Com o sucesso estrondoso de Trancoso na última década, as pessoas começaram a explorar as praias mais ao sul, em especial a praia do Espelho que fica na metade do caminho para Caraíva e que trouxe rapidamente condomínios e atrações internacionais para coroar suas festas de Réveillon.

Mesmo tendo que enfrentar 30 km de estrada de terra e uma fila para atravessar o rio Caraíva de canoa, a vila original cresceu, formando mini bairros e adentrou o limite da reserva dos índios pataxós, originários do lugar. Uma parte importante da magia é que não se entra de carro por ali. Os únicos veículos que circulam são as charretes puxadas por jegues, que levam as malas dos turistas quando a pousada fica mais distante.

A população mais que dobrou em poucos anos, com a ocupação por brasileiros e europeus moradores que vieram para ficar, já que a era do home office se estabeleceu. Hoje, o refúgio conta com inúmeros restaurantes de todos os tipos de culinária e pousadas de luxo, algumas até com heliponto. Listo, então, alguns dos melhores estabelecimentos.

Foto Shutterstock

Foto Shutterstock

 

Em primeiro lugar destaco o imbatível Boteco do Pará, que está ali desde que conheço a região, há 25 anos. Para os que gostam de cerveja, o lugar oferece a mais gelada de Caraíva, além do melhor pastel de arraia e do melhor peixe assado na telha pescado pelo próprio Zé Pará, proprietário e nativo da região. Sempre peço caipiroska de cajá para acompanhar o fabuloso pôr do sol no rio. Perto dali, está o bar Comune, que também apresenta o mesmo visual privilegiado. O local foi um dos primeiros a trazer uma chef e um mixologista de São Paulo para a vila. Com drinques super bem executados para acompanhar tostadas de avocado ou tartares variados, é parada obrigatória.

A Cachaçaria é, como o nome sugere, um bar que serve talvez as melhores caipirinhas de Caraíva, mas também é um restaurante com cardápio surpreendente, onde você pode pedir desde um cupim com musseline de batata baroa e agrião até um ótimo prato vegetariano ou mesmo vegano. Já o Odara está sempre lotado, com um menu autoral, que vai de frutos do mar variados até um medalhão com aligot… que tal?

E se der vontade de comer uma pizza no melhor estilo napolitano, acabou de abrir uma tão boa que já virou point e fica na praça bem em frente à chegada das canoas. Para fechar a noite, é no forró do Pelé, também na avenida dos Navegantes, onde tocam as melhores bandas até o dia raiar.

Se quiser um pico mais isolado, atravesse o rio, ande por 2 km e vá até a ponta do Satu! No caminho, tome um banho na Ponta do Camarão, o melhor mar da região. Aproveite e boas festas!

6 novidades gastronômicas para conhecer no Brooklin Paulista 

6 novidades gastronômicas para conhecer no Brooklin Paulista 

Despontando como um dos bairros que mais recebem lançamentos imobiliários na cidade, a região do Brooklin anuncia novidades gastronômicas para acompanhar a velocidade do crescimento local

Nascido em 1922 como Brooklin Paulista, esse bairro de São Paula abrigava famílias de imigrantes alemães e ingleses que moravam em chácaras. Foi ali que foi fundada, em 1911, a sociedade Hípica Paulista, o primeiro e o mais tradicional centro hípico do Brasil. Aliás, o lindíssimo clube, referência social na cidade, está cravado como uma mancha verde no meio da região.

O Brooklin, que abrange as ruas com nomes de estados norte-americanos, sempre passou a sensação de oferecer todo tipo de comércio a cada quarteirão. Agora, a configuração do lugar vem mudando rapidamente e restaurantes e novos modelos de comércios também não param de aparecer. Para falar das novidades gastronômicas deste novo bairro, tive a ajuda da Thaís Helena, uma amiga super gourmet e moradora da rua Nebraska há 20 anos, com quem fui visitar alguns dos bons restaurantes da região.

Começo por uma pérola do oriente que fica na esquina das ruas Nova York e Florida. Trata-se do Ian, um restaurante de comida árabe, mais especificamente Armênia cozinha da qual sou fã de carteirinha. São detalhes no tempero e nos formatos que fazem a diferença. As mezzes são deliciosas, assim como as esfihas, que são mais “esticadinhas” que o comum. Mas ali também é possível pedir o delicadíssimo mantã, composto de barquinhas de massa crocante recheadas de carne ou a torre Ian (foto), que é um kibe montado tão bonito quanto gostoso.

Torre Ian | Foto Reprodução Facebook

Torre Ian | Foto Reprodução Facebook

 

No quesito italiano, o bairro ganhou há 3 meses uma opção de qualidade, que é a Lolla Osteria, do mesmo grupo dono do Lolla Meets Fire, no Itaim. O lugar é super charmoso, iluminado e com pé direito alto. O restaurante ocupa três andares em uma esquina da rua Michigan e tem um rooftop com bar muito agradável, onde rola além da carta de bar padrão um menu só de Negronis… que tal?

Ainda na levada italiana, o Il Piato, na rua Guariauva, é comandado por aquele que foi responsável pela cozinha do Vinheria Percussi por muitos anos, e é outro mini pastifício com belíssimas opções, não só como restaurante, mas também como rotisserie. Vale a pena experimentar o ravioli de brie ao molho de abobrinha e mascarpone ou o ótimo filé à parmegiana.

E é claro que não poderia faltar novidades com foco na carne, afinal estamos no Brasil. O Butcher’s Kit originalmente abriu suas portas para oferecer kits para churrasco com todas as variedades de carnes nobres. Mas a casa também tem uma área de convivência, onde pode-se degustar os cortes inclusive aquele que você acaba de adquirir e harmonizar com vinhos ou cervejas da ampla carta do lugar.

Outro endereço surpreendente é o Doce Vida Steakhouse, na esquina da rua Nova York com a Nebraska. É uma Steakhouse especializada em cortes de carnes bovinas 100% Wagyu e cortes de cordeiros oriundos da raça “île de France”, reconhecida como das melhores no mundo. O lugar é muito legal, bem iluminado e confortável. Para acompanhar essas carnes premium, a casa oferece pranchas de legumes grelhados e polenta crocante!

Com tantas esquinas ocupadas por novidades gastronômicas, destaco também uma super padaria. A novidade é O Pão Padaria Artesanal, que fica na Ribeiro do Vale com a rua Flórida e oferece tudo que uma padaria premium pode apresentar. São pães de fermentação natural, croissants, brioches… tudo muito bom! E ainda tem um balcão que dá para a rua (no estilo street flow), onde é possível tomar um café.

Agora você já sabe, atravessou a ponte, o Brooklin é logo ali! Até!

ABC Paulista se destaca em qualidade de vida e oferece boas opções de gastronomia para moradores e visitantes

ABC Paulista se destaca em qualidade de vida e oferece boas opções de gastronomia para moradores e visitantes

A região escolhida há algumas décadas como sede de montadoras, da indústria de plásticos e de vários outros setores também se destaca em qualidade de vida e apresenta excelentes pções gastrônomicas

Andaram me perguntando por que nunca escrevo e nem comento nada a respeito dos atrativos gastronômicos da região do ABC, apesar da importância econômica que ela representa. Pesquisei e encontrei restaurantes, bares e até padarias que atendem os moradores e visitantes em grande estilo. As perguntas vieram de passageiros, cujos destinos por aqui estão concentrados nessa área. A verdade é que não frequento Santo André (SA), São Bernardo do Campo (SB) e São Caetano do Sul (SCS). Mas também é verdade que as poucas pessoas que conheço que moram ou moraram por lá só tem boas histórias para contar dessas cidades que acolheram fábricas enormes nas décadas de 1960, 1970 e 1980.

Muitas famílias de franceses cujos filhos estudavam no Liceu Pasteur na época moravam por lá porque empresas multinacionais, como a francesa Rhodia, eram sediadas na região. A Rhodia, no caso, em Santo André. Já a Scania, a Toyota, a Volkswagen e a Bombril se instalaram em São Bernardo. Não à toa a região é conhecida como grande geradora de empregos e de riqueza.

Santo André já foi eleita uma das dez melhores cidades do Brasil para se viver várias vezes, por causa de sua infraestrutura, das áreas verdes e da renda per capita. São Caetano, por sua vez, foi premiada como a melhor cidade para se criar filhos, em função da quantidade e do nível das instituições de ensino que abriga. Junte a isso a proximidade do litoral Santos e Guarujá ficam a 40 minutos do ABC e poderá entender a razão de a região contar hoje com quase 3 milhões de habitantes.

Listo aqui algumas das casas que dão orgulho aos moradores. Começo o dia com o pão e o café da manhã da Padaria Brasileira, em São Caetano do Sul, eleita disparada a melhor da região. Para o almoço, três churrascarias se destacam, todas em São Bernardo. São elas a Tordilho SBC, a Varandão e a Casa da Costela. Não à toa as três vivem lotadas no almoço!

Para quem curte um sushi e a culinária japonesa como um todo, as melhores opções são o Okay Sushi (SA), o Zensei Sushi (SA) e o Tominaga Sushi Bar (SCS). Para quem não dispensa uma boa massa ou um belo parmegiana, recomendo La Trattoria di Jaime (SB) e o Empório Nero D’avola (SCS).

Por fim, sendo o ABC uma extensão de São Paulo, não poderiam faltar boas pizzarias. As melhores e mais concorridas são a Tutto Pizza (SBC) e a Grazie Napoli (SA). Ambas fazem pizzas de longa fermentação com molho e farinha importada. Vale conhecer! E para não dizer que faltou um autêntico boteco para fazer um happy hour com clientes e amigos, conheça o Buteko Zé do Brejo (SCS), com seu famoso torresmo de rolo e suas pimentas dedo de moça recheadas, e o Boteco Casarão (SA) famoso por suas caipirinhas e pela sua feijoada.

Grazie Napoli | Foto Reprodução Facebook

Grazie Napoli | Foto Reprodução Facebook

 

Espero que com essas dicas as viagens de trabalho para essa região tão pulsante se tornem ainda mais agradável. Até!

Quem aprecia as delícias que Buenos Aires agora tem o câmbio a favor para uma visita ainda mais agradável

Quem aprecia as delícias que Buenos Aires agora tem o câmbio a favor para uma visita ainda mais agradável

Apesar da crise ecônomica, a capital argentina – Buenos Aires – está ainda mais impecável e cheia de atrações culturais, gastronômicas e hoteleiras

Tanta beleza e história reunidas sob o céu porteño já fazem de Buenos Aires o campeão absoluto em destino turístico dos brasileiros há muito tempo desde o final dos anos 1920, quando a economia e o tango eram cobiçados pelas castas mais exclusivas do mundo, principalmente da Europa. De lá para cá, o país hermano passou por algumas crises econômicas e o turismo se democratizou, nessa cidade construída por imigrantes europeus com bom gosto e estética aristocrata.

Acabei de voltar de lá e, acredite se quiser, apesar da crise, a capital argentina está impecável e cheia de novidades. Para se ter uma ideia, se você levar dinheiro cash, seja dólar ou real, e trocar por pesos em algum câmbio confiável muito cuidado com as notas falsas dadas em casas de câmbios sem referências, suas contas vão sair pela metade ou menos do preço que lhe custaria se pagasse com cartão (fora o IOF).

São muitas opções de passeios. Uns podem preferir a levada do centro de compras tipo Calle Florida e seu comércio agressivo tipo Galeria Pacífico, outros vão querer curtir as feirinhas e os antiquários de San Telmo ou ainda a modernidade e o agito de Puerto Madero que continua crescendo verticalmente no melhor estilo Miami.

Costumo me hospedar e fazer meus passeios e minhas compras pela Recoleta. Fica a meia hora a pé do fantástico Museo Malba e o trajeto é sempre um banho de beleza no quesito parques, estátuas e cafés. É nesse bairro que estão alguns dos melhores hotéis, bares e restaurantes da cidade. Faço questão de citar o competentíssimo El Mirassol, na famosa Recova, onde também há várias outras opções de gastronomia.

Apesar de gostar muito desse circuito de sempre, acho que o mais legal, hoje, é visitar bairros como Palermo, Belgrano e Nuñes, onde abriram lugares fora da curva. São regiões de muito bom gosto com um ar de Argentina mais tradicional misturado à modernidade das novidades.

 

Corte Comedor | Foto Reprodução Facebook

Corte Comedor | Foto Reprodução Facebook

 

Hospedando-se por esses lados, você pode, por exemplo, aproveitar uma caminhada no parque chamado Lago Grande de Palermo, ainda conhecido como El Lago de Regatas. Também é nesse bairro que se encontra o famoso Don Júlio, conhecido como a melhor carne de Buenos Aires e que se deve fazer reserva com quase um mês de antecedência. A duas quadras dali os mesmos donos montaram o El Preferido, restaurante especializado em comidas típicas argentinas. É imperdível!

Apenas alguns quarteirões mais longe em direção à Província de B.A. (a grande Buenos Aires), está o também lindíssimo bairro de Belgrano, que abriga outro minibairro chamado de Belgrano R. O local teve forte influência Inglesa e ali se encontra a Plaza Castelli, toda rodeada por restaurantes, entre eles o Jolie Bistrô, que está em alta no momento. E é nessa praça que fica a estação Belgrano R de trem. Aliás, um superprograma é ir até a região de trem, saindo de Retiro (a estação central em Buenos Aires).

Andando mais alguns quarteirões, bem na divisa com o bairro de Nuñes (o último antes da província), está um restaurante discreto e detentor de algo único. Trata-se do Corte Comedor, uma butique de carnes que tem um corte que só se encontra lá: a parte de cima do Ojo de Bife (olho de bife), chamada Ceja (sobrancelha)… E pode acreditar que é o corte mais saboroso que você já comeu!

De volta ao centro, caso tenha escolhido um voo que chega e sai de Aeroparque (nosso Congonhas), você ganha no mínimo uma hora na ida e na volta, já que o aeroporto está cravado no meio da cidade, de frente ao Río de la Plata. Programe-se para fazer uma última refeição em outra parrilla da minha preferência, a tradicional Happening, que fica também na avenida Costanera e de frente ao rio.

Que disfrutem!

Delícias do inverno: Bistrôs, osterias e outros refúgios gastronômicos acolhedores em São Paulo

Delícias do inverno: Bistrôs, osterias e outros refúgios gastronômicos acolhedores em São Paulo

Pode falar o que quiser, mas em São Paulo é assim: no frio, o que decide onde vamos almoçar ou jantar é o aconchego do lugar. É normal: assim como na primavera gostamos da luz e do frescor dos terraços, no inverno queremos os bistrôs, as osterias e outros redutos gastronômicos acolhedores. Não importa se o ambiente é um pouco apertado ou se o ruído das vozes está acima do normal – aliás esses detalhes, que normalmente nos incomodam, passam a ser até bem-vindos. O importante é a sensação de estar a salvo do frio da rua e frente a um cardápio com pratos apetitosos.

A gastronomia evoluiu e o conceito de cantina e osteria também. Não param de abrir casas que podemos denominar como representantes da nova geração das então cantinas, mas com ambiente e cardápio atualizados. Nessa levada, recomendo o Piccolo – que é a versão mais descontraída e intimista do restaurante Piú – e o Moma (Modern Mama Osteria), que conta com dois endereços na cidade (Itaim e Pinheiros).

Para se ter ideia, o Moma tem à frente de sua cozinha os premiadíssimos Salvatore Loi (ex-Fasano) e o Paulo Barros (fundador do Due Cuochi). Tanto no Piccolo como no Moma, os cardápios vão de polentas de diferentes sabores até tagliatas, cordeiros, massas e ragus de todos os tipos. Vale muito a pena e os preços são bastante honestos!

Menos moderno e praticamente igual há 30 anos, também gosto do Nello’s, em Pinheiros. Uma cantina como antigamente, bem simples e super acolhedora com menu de massas tradicionais bem-feitas e com preço mais do que justo. E em um meio termo entre esses dois estilos de italianos e muito adequado para o inverno, está o Modi Giardino, em Perdizes. Vá de polenta com linguiça para entender a qualidade desses embutidos de produção selecionada.

Se a vontade de se esquentar remete a um bistrô francês, penso que o Le Jazz é o que mais atende a esse desejo. Falo das unidades de Pinheiros e dos Jardins, mais acolhedoras do que as que estão em shopping. Aliás, não sou fã de restaurantes em shoppings, muito menos no inverno!

 

Cassoulet e tarte tatin do Le Jazz | Foto Divulgação

Cassoulet e tarte tatin do Le Jazz | Foto Divulgação

 

Ali, para se aquecer, é só optar por uma boa sopa de cebola, por um steak au poivre ou a la moutarde, por um escondidinho de rabada ou até mesmo por um belo cassoulet. É sempre uma satisfação! Outro bistrô, menos variado, mas que também cumpre o estilo com uma boa sopa de alho poró ou um belo steak ao molho de champignon, é o Rendez Vous, na Fradique Coutinho.

Para não dizer que valorizo somente opções franco-italianas, também dou o maior destaque a um bom restaurante alemão, como o Winduck, em Moema, onde um paprika schnitzel ou um belo kassler resolvem esse assunto com muito sabor. E, claro, essa é a época certa para tomar um belo vinho tinto! Saúde!