Da Provence ao interior de São Paulo, alguns dos melhores vinhos rosés do mercado

Da Provence ao interior de São Paulo, alguns dos melhores vinhos rosés do mercado

Os vinhos rosés nos remete a Bordeaux, na França, da Idade Médiaquando se produzia vinho misturando as castas brancas e tintas, e se vinificava tudo junto. O resultado era um vinho mais claro do que os tintos, um rosé chamado de “Clairet, ou Clarete, como conhecemos. Os portugueses faziam o mesmo e o vinho era conhecido como “Palhete”. E os ingleses, que sempre foram um mercado enorme e grande apreciador de vinhos, adoravam. 

Com o tempo, Bordeaux se voltou mais aos tintos, com extração tal como vemos hoje. Os grandes produtores de rosé, então, sempre foram os provençais. Na Provencese encontra os vinhos rosados mais finos e é um verdadeiro hábito local consumi-los com sua culinária. 

Foto Mark Swallow | Getty Images

 

São companhia ideal para as saladas Niçoise e as tapenades, para os vinagretes, peixes grelhados, canapés, queijos jovens de massa mole, frutos do mar e para aves. Quando eu era jovem, e isso faz muito tempo, era simplesmente inaceitável alguém servir um peru que não fosse acompanhado de um rosé… aliás é ótima harmonização. 

Eu relacionei alguns rosés de diversas procedências para você se deliciar. Aproveite: 

Acima, Languedoc AOC Hecht e Bannier, Lagarde Rosé e Guaspari Syrah Rosé

 

Da França sugiro quatro delesCôtes de Provence AOC Grand Ferrage Rosé 2017 do produtor M. Chapoutier, por R$ 235,48 na MistralChâteau St-Hilaire Rosé Tradition Coteaux d’Aix-en Provence a R$ 165,68 na Premium Wines; o Bag-in-Box de 3 litros do Domaine de Saint Ser Cuvée Les Retanques de Barmefan, por R$ 360 na Chez Franceo Languedoc AOC Hecht & Bannier, que custa R$ 164,12 na Vinci Vinhostodos da Provence. 

De Portugal, que na minha opinião faz os melhores rosés depois dos franceses, sugiro experimentar o Bairrada Frei João Rosado DOC Colheita 2017, por R$ 136,68 na Vinci Vinhos. 

Já da Argentina, o delicioso vinho de Mendoza, o Lagarde Roséestá por R$ 148 na Ravin ena mesma importadoranão deixe de provar o Marichal Reserve Collection Blanc de Noirque sai pelo mesmo preço. 

Entre os nacionais, sugiro conhecer o elegante Rosé da Guaspari de Espírito Santo do Pinhal, em São Paulo, feito com a uva Syrah e que custa R$ 98 no site da Guaspari. E do Chile, experimente o Montes Cherub Syrah Rosé da Viña Montes, vendido por R$ 152,59 na Mistral 

Finalizando a lista, indico um delicioso espanhol, o Marqués de Aldaz Rosado 2017 da casta Granacha, a R$ 90,57 na Vinci Vinhos. 

Nessa primavera, faça uma imersão nos rosésSaúde! 

Marketing e marcas: atrizes, apresentadoras e cantoras são os rostos de marcas

Marketing e marcas: atrizes, apresentadoras e cantoras são os rostos de marcas

Elas só tinham uma chance. Não podiam errar. Não havia teleprompter. O texto era decorado minutos antes. Às vezes, humanamente erravam, ou esqueciam o roteiro. Mas tiravam de letra. O improviso reinava. Elas eram adoradas pelo público. Sua credibilidade garantia o sucesso de marcas anunciadas.

A história da propaganda dos anos 1970 na televisão brasileira começou a ser contada ainda no final dos anos 1950 e início da década de 1960 por comerciais feitos ao vivo pelas primeiras garotas-propaganda do país.

Idalina de Oliveira, Meire Nogueira e Neide Alexandre, hoje senhoras na faixa dos 80 anos, foram as primeiras anunciantes de produtos na telinha. Tornaram-se verdadeiras celebridades do marketing.

Na metade dos anos 1960, uma garota-propaganda em especial pulou dessa categoria para as telenovelas e virou a “Namoradinha do Brasil”. Sim, em 1964, Regina Duarte estreou na TV fazendo publicidade para a geladeira Frigidaire. Depois vieram as top models, como Luiza Brunet, que aos 18 anos era a estrela de todas as campanhas do jeans Dijon.

Sete décadas depois, essas garotas-propaganda agora são apresentadoras, atrizes, cantoras e modelos. Se antes as pioneiras trabalhavam pelo salário que ganhavam das emissoras, hoje negociam altos cachês, que variam exatamente pelo seu grau de credibilidade.

Entre 2014 e 2017, Fátima Bernardes estrelou comerciais da Seara. Parou quando a Lava Jato chegou à JBS, preocupada com sua imagem. Três anos depois, já em 2020, concordou em voltar a anunciar os produtos da marca, segundo informações, por um cachê anual de R$ 10 milhões.

APRESENTADORA FÁTIMA BERNARDES NA CAMPANHA DA SEARA

 

Quase no mesmo patamar, mesmo que há 10 anos fora da TV, a atriz Ana Paula Arósio topou mostrar sua cara, conforme dizem, por um contrato de R$ 8 milhões para divulgar um novo produto do banco Santander.

As garotas-propaganda do mundo moderno aparecem também na internet, principalmente nas redes sociais, onde suas contas atingem milhões de seguidores. São, além de tudo, influenciadoras. Experimentam e divulgam lançamentos, recomendam produtos de beleza ou simplesmente usam roupas, sapatos e acessórios, e trocam alguns milhares de reais pela menção das marcas.

A cantora Anitta é exemplo dessa prática, inserindo marcas em seus clipes e, desde o início da pandemia, em suas lives. A lista é grande e inclui a cantora Ivete Sangalo e as atrizes Paolla Oliveira e Taís Araújo, sem contar, claro, a campeã Giselle Bundchen.

Exclusividade, porém, custa caro. Mas também funciona de modo contrário. Primeiro uma marca escolhe uma garota-propaganda pouco conhecida do público, e depois usufrui do sucesso que ela mesmo proporciona.

Foi assim com a bailarina Aline Riscado, do time de balé do Domingão do Faustão entre 2011 e 2014, que graças às campanhas da cerveja Itaipava se tornou conhecida em todo o país. Como embaixadora da marca e rosto conhecido pelo público, até quando desfila como rainha de bateria as pessoas se lembram da cerveja.

Embora uma prática antiga do marketing, as garotas-propaganda estão mais do que nunca na moda.

Novo disco de Ilessi passeia por diferentes estilos e traz composições fortes

Novo disco de Ilessi passeia por diferentes estilos e traz composições fortes

Cantora e compositora carioca de nome bonito, Ilessi – que significa “casa do existir” em iorubá (idioma falado em países africanos, como Nigéria) – lança seu primeiro disco autoral, “Dama de Espadas”, neste mês em todas plataformas digitais. A força do trabalho já é perceptível na capa em azul e vermelho, e na mistura de estilos musicais, como blues, bolero e xote. 

FOTO DIVULGAÇÃO | LORENA DINI

“Sou a flor da nova abolição na manhã brasileira”

 

É tudo muito vivo, os gêneros vão se amalgamando, e elementos de diferentes origens vão despertando nas letras, nas memórias, nas melodias”, conta. O novo disco traz composições na maioria de Ilessi e outras com parcerias, como Thiago Amud. “É um músico que me conhece como poucosDevo muito a ele. Ele fez os arranjos e a direção musical do meu segundo álbum, Mundo Afora: Meada, e é o autor de Ladra do Lugar de Falafeita para mim”.  

A música dessa parceria já tem clipe no Youtube e traz elementos visuais e discussões atuais, como a força e luta da população negra. “Sinto que está se abrindo um caminho onde as mulheres negras reconhecem seu pensamento, seu discurso, sua verdade, sua subjetividade, sua criatividade, sua inteligência, sua beleza, com segurança, alegria, altivez e voz”. 

Filha do compositor Gonzaga da Silva, Ilessi cresceu em um ambiente musical, que agora se reflete no domínio de diferentes estéticas e estilos do novo trabalho. “É um disco de uma liberdade muito grande! Em casa todo mundo ouvia música, o tempo todo, eu cantava o tempo todo, especialmente as músicas do meu pai e as coisas que ele ouvia, como Beatles, Elis, Milton, Caetano, Nana e Djavan”.