Como combinar segurança sanitária e uso de modais sustentáveis em viagens pelo Brasil nos próximos meses?
Em todo o mundo, a quarentena provocada pela Covid-19 mostrou que podemos respirar um ar de melhor qualidade nos centros urbanos. A drástica redução da poluição atmosférica deixou claro que isso não é apenas possível e desejável, mas também imprescindível. Para ter saúde precisamos utilizar mais modais sustentáveis, diminuindo assim a nossa pegada de carbono.
É o caso da bicicleta, adotada de forma maciça na Europa, e dos modais elétricos, que se encontram em alta na pós-pandemia. Em uma pesquisa feita no Reino Unido pela consultoria Venson, 45% dos entrevistados disseram que a melhoria dos níveis de poluição do ar os fez pensar na compra de um carro elétrico. Todo esse impacto ambiental positivo, causado pelo isolamento social, aumentou o interesse por transportes sustentáveis também no setor de turismo.
BIKES E ELÉTRICOS
O sofisticado Botanique Hotel & SPA, na Serra da Mantiqueira, é um exemplo. O seu rigoroso protocolo de higiene e proteção contra a Covid-19 inclui a mobilidade sustentável. Os hóspedes não podem levar seus carros até os chalés – são apenas 17 habitações em uma área verde imensa, envolta por Mata Atlântica. Assim que chegam ao hotel, eles são recebidos por simpáticos funcionários que os transportam em carrinhos elétricos até os quartos. Desde a abertura, em 2012, a circulação exclusiva de modais elétricos garante que não haja emissões de poluentes e ruídos indesejáveis. A ideia também é estimular as pessoas a caminhar e pedalar – bicicletas estão disponíveis para os hóspedes, além de sugestões de trilhas na natureza.
AUTONOMIA E PRATICIDADE
Viajar com carros elétricos nos arredores de São Paulo é possível com a Beepbeep, que opera na capital paulista, em São José dos Campos e Campinas, com veículos compartilhados. Em julho, instalou uma estação no Aeroporto de Viracopos; e no início de setembro, no Aeroporto de Guarulhos. Os carros são higienizados pelas equipes móveis, garantindo a segurança sanitária, e a cobrança é feita por minuto. “Nossos carros têm bateria com autonomia de 300 quilômetros e podem ser devolvidos em qualquer uma das 60 estações, nas três cidades. O cliente pode, por exemplo, começar a locação em São Paulo e encerrar em Viracopos, para pegar o seu voo”, explica André Fauri, fundador da startup.
INTERMODALIDADE NO TURISMO
Já a Movida, de aluguel de carros, estimula a integração de modais, oferecendo bicicletas elétricas, o que é perfeito para turbinar a experiência em viagens. Ela fechou uma parceria estratégica com a start-up E-Moving e passou a ser a primeira locadora brasileira a ir além do carro, com 800 bicicletas.
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