De Torquato Neto, passando por Luiz Melodia e Alice Ruiz, até o belo timbre de Mãeana, novidades reverenciam os grandes nomes da música brasileira
Começo falando do nosso poeta inspirador. Saiu pelo Círculo de Poemas – clube de assinaturas da editora Fósforo – uma edição da poesia inicial de Torquato Neto. “Canetadas”, como dizia Luiz Melodia (foto), que nasceram antes dos clássicos feitos para a canção brasileira como “Mamãe Coragem” (gravada por Gal Costa e Nara Leão). É um livro interessante para conhecer mais a fundo esse grande autor da canção manifesto “Geléia Geral”, com Gilberto Gil.
Dessa mesma coleção temos o maravilhoso “Cancioneiro Geral” (1962-2023), reunindo pela primeira vez em livro a obra do baiano José Carlos Capinan, também autor de letras absurdamente belas como “Movimento dos Barcos”, com Jards Macalé. Gosto muito desse tema que foi lindamente chamado por Alice Ruiz, poeta parceira de Arnaldo Antunes e Itamar Assumpção, de “poesia pra tocar no rádio”. São de Alice as letras de “Socorro” (gravada por Arnaldo e por Cássia Eller) e “Vou Tirar Você do Dicionário” (gravada por Zélia Duncan).
foto divulgação
Mas, como estamos “torquatando”, pulo para outro assunto. Acabamos de lançar o documentário “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”, dirigido por Alessandra Dorgan. Sou a diretora musical do filme e a entrevista que Melodia me deu para o “Vozes do Brasil vol.1” foi o pontapé dessa história. A produção é toda contada por ele mesmo, com sua voz e com imagens de arquivo inacreditáveis, incluindo um super 8 caseiro feito na Bahia, logo depois do sucesso de “Juventude Transviada”.
O lançamento foi no festival “É Tudo Verdade”, em abril, e já é um sucesso. Tem Gal Costa, Wally Salomão, Renato Piau, Macalé, Itamar, Sergio Sampaio, Banda Black Rio e tem ainda Jane Rei, musa de sua vida toda. Um orgulho ter feito esse registro, contar essa história de uma das vozes mais bonitas desse país.
Outra notícia quente, abalando corações, é o encontro de Caetano Veloso e Maria Bethânia para uma série de shows como nunca se viu antes. Estádios!! Filas imensas para a compra de ingressos para o que parece ser o show da década. Dois artistas que são parte do melhor que se faz na música brasileira. Inspirados pelo rádio, por Orlando Silva, por João Gilberto, pelo samba do recôncavo e ainda referências para cantores e compositores de muitas gerações. Sorte a sua se garantiu o seu lugar!
E, por fim, uma notícia que não é tão nova assim, mas que merece a sua escuta: Mãeana cantando JG (João Gilberto e João Gomes). Já ouviu? Uma delícia de repertório com essa voz divina de Ana Claudia Lomelino, um dos timbres atuais mais lindos. Talvez não toque na rádio que você está acostumado a escutar, mas nas plataformas tem! Como dizem, procure saber!
Aproveite para ouvir Capinan, Torquato, Luiz Melodia, Jards Macalé… Até a nossa próxima viagem!
A potência das mulheres brasileiras compositoras que escrevem e cantam e inspiram gerações de músicos
Uma das maiores vantagens em ser uma acumuladora de livros é poder recorrer à biblioteca particular na hora de pensar em um programa de rádio ou em uma coluna para escrever. Este mês falamos sobre compositoras do Brasil – essas artistas incríveis que raramente têm seus nomes citados nas emissoras de rádio, mesmo nas raras frequências que tocam apenas música brasileira.
Elenco neste texto belas edições que contam sobre a vida e a obra de Dolores Duran, Maysa, Dona Ivone Lara, Joyce, Marina Lima, Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan, Marisa Monte e um livro especial sobre compositoras da chamada “era do rádio” – essas totalmente invisíveis. Lembrando que a pioneira Chiquinha Gonzaga enfrentou dificuldades para exercer seu ofício e que Dilú Mello, que teve canções gravadas por Inezita Barroso e Nara Leão, é uma ilustre desconhecida até hoje.
Primeiro, recomendo um livro que trata justamente dessas personagens apagadas da história: “A Mulher na Canção – A Composição Feminina na Era do Rádio”, escrito por Denise Mello. Traz Tia Ciata, Maria Firmina dos Reis, Marilia Batista e vai até Maysa e Dolores. Um belo retrato que chega até os anos 1950. Vale a leitura e a busca por essas canções, uma delas é “Fiz a Cama na Varanda”, de Dilú Mello, que também era acordeonista e apresentadora de programas de rádio e TV.
Dolores Duran foi parceira de Tom Jobim na maravilhosa “Estrada do Sol”, foi musa de João Donato e inspiração para muitas compositoras que vieram depois. Marina Lima abriu seu primeiro disco com “Solidão”, clássico de Dolores, em um arranjo todo pop e que serviu como uma declaração: aqui as mulheres compõem e fazem isso muito bem. Maysa foi uma rebelde, cantou a condição feminina em primeira pessoa, largou um casamento (assim como Chiquinha) e seguiu administrando sua carreira e uma multidão de amores.
Dona Ivone Lara, a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de uma grande escola de samba – foto Acervo Dona Ivone Lara
Joyce Moreno foi apresentada por Vinicius em seu primeiro disco e é respeitada por seu violão no mundo todo. E quando falo em Joyce, peço a você que vá além de “Clareana” e “Feminina”, seus maiores sucessos no rádio. Ouça sua discografia, se aprofunde nessa viagem e morra de vergonha porque a Europa e o Japão compram mais seus discos do que o Brasil. Dona Ivone Lara ganhou reconhecimento no mundo do samba sendo a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de uma grande escola. Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan e Marisa Monte já fazem parte de uma geração de cantautoras com caminhos abertos a partir dos anos 1980 com Marina. O Brasil é um manancial. Somente precisa saber buscar. Não se limite às plataformas. Uma tarde buscando velhos LPs pode trazer boas e deliciosas surpresas.
E os livros, como disse no começo desta coluna, são aliados importantes para a bela jornada do conhecimento. Rodrigo Faour escreveu sobre Dolores Duran; Lira Neto fez a biografia de Maysa; Lucas Nobile lançou “A Primeira Dama do Samba” sobre Dona Ivone; Marina Lima fez uma autobiografia deliciosa; Zélia Duncan foi indicada ao prêmio Jabuti com seu livro de crônicas. Tem muito assunto, muitas autoras, muitas vozes. E eu nem falei aqui das compositoras do século 21…
Confira sugestões dos sons que brilharam no ano passado e um olhar sobre o que pode se destacar na música brasileira daqui para a frente!
Já viramos o ano e, para essa coluna inaugural de 2024, trago uma retrospectiva nem um pouco ortodoxa sobre a música brasileira. Começo com o projeto “Relicário”, do Selo Sesc, que não é apenas um show transformado em memória, é todo um registro histórico. Cada disco vem acompanhado de um precioso material que contextualiza o evento. No ano de 2023, foram quatro lançamentos, o primeiro foi João Gilberto em uma gravação de 1998 no Sesc Vila Mariana. No repertório de clássicos do samba sempre revisitados por ele, temos uma música inédita do grande Herivelto Martins com Waldemar Ressurreição, “Reo Sem Coroa”. São quase duas horas de música boa, bem gravada, com um dos nossos maiores cantando Dorival Caymmi, Ary Barroso, Pixinguinha, Tom Jobim e outras maravilhas. Se quiser o disco físico, é possível encontrá-lo nas lojas das unidades do Sesc e o libreto vale a pena!
Os outros lançamentos são: Adoniran Barbosa no Sesc Consolação, em 1980 – um show delicioso, cheio de histórias contadas pelo maior cronista musical da paulicéia; João Bosco, em 1978, com o disco “Tiro de Misericórdia”, inteiro com as letras do genial Aldir Blanc e ainda com a ditadura militar sobre nossas cabeças; e Zélia Duncan, em 1997, no Sesc Pompéia, em um registro lindo depois do primeiro grande sucesso cheio de baladas e blues de Renato Russo e Joan Armatrading. Nesse “Relicário” vem de bônus uma entrevista com o jornalista Zuza Homem de Mello, nosso mestre, no projeto “Ouvindo Estrelas”.
Filipe Catto lançou o disco “Belezas São Coisas Acesas por Dentro” com o repertório de Gal Costa – foto divulgação
E entre os discos inéditos, obras frescas e artistas jovens, destaco a cantora e compositora baiana Assucena. Seu primeiro disco solo é o “Lusco Fusco” e saiu em novembro passado. Assucena fez parte do trio“As Baías”, com Rafael Acerbi e Raquel Virgínia e – também no ano passado – fez uma linda homenagem à Gal Costa com o show “Rio e Também Posso Chorar”. É uma cantora romântica e contemporânea, que busca nos anos 1970 uma sonoridade pop e brasileira. Sobre a canção que abre o disco, que tem uma levada samba rock, ela disse: “É um desafio de que gosto, fincar os pés no meu tempo sonoro sem me perder de minhas raízes”. Sua voz é maravilhosa e traz ainda a produção do pernambucano Pupillo e a co-direção artística de Céu.
Assim como Assucena, Filipe Catto é uma cantora do século 21. Gaúcha, compositora e dona de voz poderosa, Catto lançou o disco “Belezas São Coisas Acesas por Dentro” com o repertório de Gal Costa. Começou como um tributo e, hoje, é um dos shows mais incríveis da cena pop. Um repertório muito bem escolhido, romântico e roqueiro, libertário e sexy.
Muita coisa interessante aconteceu em 2023, mas o que cabe nesta coluna são essas sugestões, meus queridos leitores. Gosto sempre de lembrar o mestre Paulinho da Viola: “Quando penso no futuro, não me esqueço do passado”. O tempo é absolutamente relativo, se é que vocês me entendem. Bom ano, bom verão e boa escuta!
Expoentes da música brasileira já apresentam repertórios originais, criativos e diversificados
Quero começar este texto falando de alguns expoentes da nossa música brasileira, alguns ícones e outros jovens que merecem uma escuta atenta. Vou dividir por instrumentos e devo começar pelo gênio Pixinguinha e seu saxofone. Compositor, arranjador e maestro que foi inventor de gêneros e estilos. Ao lado de Benedito Lacerda, ele criou clássicos estudados até hoje. O sax faz a segunda voz mais grave, enquanto a flauta sola na melodia. Busque esses duetos e entenda por que o choro é considerado a música erudita brasileira.
Entre os contemporâneos, encontramos essa genialidade em Nailor Proveta, Teco Cardoso e Léa Freire. Já os mais jovens, destaca-se o clarinetista Alexandre Ribeiro, que talvez seja o mais próximo deles. Não posso esquecer do maravilhoso Paulo Moura e sua gafieira, e de Rafael Rabello e seu violão de sete cordas. Os dois acompanharam Elizeth Cardoso e Ney Matogrosso entre outros grandes da nossa canção, mas quero que você tenha a vontade de ouvi-los em gravações instrumentais em que a originalidade e o virtuosismo criativo aparecem em sua maior expressão.
E nossos pianistas carregam larga história! Temos o grande compositor Cristovão Bastos, parceiro de Chico Buarque em belíssimas e conhecidas canções como “Todo Sentimento”, mas também companheiro de palcos e projetos do saxofonista Mauro Senise com quem divide o lindo álbum “Ouro Negro”. Já o jovem pernambucano Amaro Freitas é um assombro! De seu piano original, saem referências a Moacir Santos e Thelonius Monk na mesma intensidade.
Joana Queiroz, compositora e multi-instrumentista – foto divulgação
Mulheres instrumentistas são muitas. Falei anteriormente de Léa Freire, uma grande inspiração para diversas gerações. Merecidamente, Léa tem um documentário sobre sua trajetória, “A Música Natureza”, de Lucas Weglinski. Assista! Joana Queiroz, uma das integrantes do delicioso Quartabê, toca clarinete, clarone e outros sopros. Tem influência de Léa, mas também de Hermeto, Itiberê e trilha um caminho próprio dos mais interessantes.
Uma dupla de trompete e contrabaixo acústico formada pelos irmãos Sidmar e Sidiel Vieira, 2Vieira, é uma das formações mais instigantes que vi nos últimos anos. São excelentes músicos e tiram desse encontro timbres e texturas deliciosos!
Busque na plataforma que preferir, compre discos e frequente as casas em que se apresentam. Indico o Instrumental Sesc Brasil – que toda terça-feira ocupa o teatro do Sesc Consolação com shows gratuitos às 19h e a recém-criada noite de jazz no Azucar Club, na Vila Madalena. A música feita no Brasil é a mais diversa do planeta. Ouvi-la é uma grande e prazerosa aventura!
Pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor, João Donato criou obra extensa que é um verdadeiro marco para a música brasileira, além de referência para novas gerações
Peço licença para falar de João Donato e das deliciosas vezes em que nos encontramos para o Vozes do Brasil e outros projetos de música que faço. Seu jeito leve ao piano, seu suingue incomparável, sua doçura melódica – tudo isso estava presente na hora de responder sempre delicadamente as minhas entrevistas. O multi-instrumentista e ícone da MPB – natural de Rio Branco, nas profundezas da Amazônia – nos deixou em julho deste ano e teve incríveis 74 anos de carreira.
Certa vez, ele chegou para gravar o ‘Vozes do Brasil’, ao vivo no Sesc Vila Mariana, com um papel dobrado no bolso e disse: “Palumbo, estou com esse papelzinho aqui. Foi o Jobim que me deu, uma música que nunca toquei, posso tocar no seu programa?”. Em outra ocasião, Donato não quis tocar nada, estava sem vontade, mas contou muitas histórias sobre o Acre, os rios, e ouvimos uma seleção de temas instrumentais maravilhosos que ele gravou fora do Brasil.
foto divulgação
Gosto de ouvir João Donato por ele mesmo. Tenho dois LPs que ganhei autografados no Festival MIA de Araçatuba, de 2019, que vivem na vitrolinha da sala. O “Quem é Quem”, de 1973, é aquele clássico que tem Donato tocando piano elétrico e um elenco de arranjadores absurdo: Dori Caymmi, Lindolfo Gaya, Laercio de Freitas e Ian Guest. Tem ainda parceria com Marcos Valle, Paulo César Pinheiro e as maravilhas do irmão Lysias Enio – autor da letra de “Até Quem Sabe”, que é uma das canções mais lindas do mundo. Nesse disco, Donato canta quase tudo, exceto “Mentiras”, que tem a belíssima voz de Nana Caymmi ainda bem jovem.
Outro álbum é “Raridades”, lançado em 2018, uma compilação de faixas avulsas (hoje chamaríamos de singles), com Donato ao piano e uma participação de Nara Leão em “Fim de Sonho”. A cantora também gravou “Amazonas”, que é uma música maravilhosa!
Eu tenho uma verdadeira lista de preferidas de João Donato. Começo com todo o “Cantar”, LP de Gal Costa que ele produziu em 1974 – gosto do piano e dos arranjos que ele assina para ela. E Donato com Caetano temos “A Rã” e “Flor de Maracujá” com Lysias, que são duas delícias.
Sigo com “Brisa do Mar”, parceria com Abel Silva. Uma bossa abolerada, letra linda e aquela divisão que faz querer dançar juntinho, alegre e triste ao mesmo tempo. E “Minha Saudade” com João Gilberto, daquele disco “João Donato e seu Trio Muito À Vontade” de 1962, e “Café com Pão”, gravado com Paula Morelenbaum em 2011. João Donato fez “A Paz” com Gilberto Gil e “Gravidade Zero” com Tulipa Ruiz. Fez “Estrela do Mar” com Rodrigo Amarante e “Síntese do Lance” com Jards Macalé.
Sua música e genialidade são atemporais. Ninguém toca como ele, ninguém compõe como ele. Gosto de dizer que artistas assim são sozinhos um gênero musical. Quando a música começa, você já sabe quem é.
O bom de uma obra longa e bonita assim é que se torna eterna. Nunca perderemos João Donato, o artista sem igual. Faz muita falta a sua risada, além da sua doçura, suas camisas coloridas, os bonés, a simpatia. Vamos ouvi-lo sempre. Com saudade.
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