Peste suína africana pode ameaçar a suinocultura brasileira
Enquanto a população brasileira monitora a disseminação da variante Delta do coronavírus, suinocultores ficam espertos para detectar qualquer sinal de que a peste suína africana tenha chegado ao Brasil e acometido suas criações.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e outras 21 organizações de 18 países da América Latina instalaram um comitê para definir estratégias de prevenção à peste suína africana na região. A doença, que em 2018 praticamente dizimou o rebanho de suínos da China, o maior do mundo, recentemente teve um foco detectado na República Dominicana.
O comitê continental deve lançar, em breve, uma campanha para estimular a conscientização sobre a importância dos cuidados preventivos no combate à doença, em um movimento com ações junto a produtores, governantes e a sociedade. A expectativa é que, unificando esforços nesse comitê, a região poderá monitorar com mais atenção problemas e riscos, contribuindo para a implementação mais rápida de eventuais medidas de contenção.
Caso surja algum caso suspeito de peste suína africana no Brasil, a Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) será a instituição oficialmente indicada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) para testar e confirmar os diagnósticos. A detecção de casos da peste suína pode ser feita por ensaios sorológicos como Elisa e Imunoperoxidase, ensaios moleculares de PCR e pelo isolamento de vírus em células.
A peste suína africana é uma doença viral e hemorrágica que não oferece risco à saúde humana, mas pode ser altamente letal em criações de porcos e leitões, pois é facilmente transmissível. O impacto econômico de uma possível “epidemia” no Brasil seria catastrófico, pois a produção de carne suína envolve milhares de pequenos produtores no Sul do país e movimenta toda uma cadeia de fornecedores, processadores e transportadores. Além disso, a carne suína é um item básico na dieta dos brasileiros.
Prosa rápida
- Agro é pop
A cantora Beyoncé está construindo uma fazenda de maconha no estado norte-americano da Califórnia. “Explorei os efeitos do canabidiol durante minha última turnê e experimentei seus benefícios para dor e inflamação. Isso ajudou nas minhas noites agitadas e na inquietação que vem por não conseguir dormir”, disse a cantora, que também pretende investir em apicultura e na produção de mel orgânico.
- Gergelim por cima
A área cultivada com gergelim no Brasil cresceu 230% só no último ano, saltando de 53 mil hectares na safra 2018/2019 para 175 mil hectares na colheira 2019/2020. A produção cresceu 123%, saindo de 41,3 mil toneladas para 95,8 mil toneladas do grão. Em 2010, a produção nacional não passava de 5 mil toneladas. O estado de Mato Grosso, sobretudo os municípios de Canarana e Água Boa, concentra a maior parte da produção.
- Tudo em dia
A taxa de inadimplência dos produtores rurais brasileiros é muito menor do que a média da população nacional. Segundo pesquisa da Serasa Experian, o índice do pessoal do Agro é de “apenas” 15,9%, enquanto a média geral é de 37,7%. No estado de Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, a taxa de inadimplência do produtor rural é de 23,5%, enquanto o geral é mais que o dobro, 47,7%. O padrão se repete em Goiás (28% entre agricultores versus 40,2% da população geral), Mato Grosso do Sul (16,1%, ante 41,8%) e Santa Catarina (17,5%, contra 32,2%
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