Mercado doméstico da aviação civil terá mudanças significativas 

Mercado doméstico da aviação civil terá mudanças significativas 


A paralisação nos aeroportos por causa da pandemia do novo coronavírus promoveu um pandemônio nas companhias aéreas brasileiras. A Latam, que historicamente disputava a liderança do mercado doméstico com a Gol, entrou em recuperação judicial e deve sair desse processo menor do que a Azul, tradicionalmente a terceira colocada. Essa, pelo menos, é a expectativa de especialistas do mercado e de analistas de investimentos.

Em 2019, a Gol terminou como líder, com uma fatia de 37,7% do mercado doméstico, seguida de perto pela Latam, com 34,7%. A Azul, que cresceu muito com o fim das operações da Avianca Brasil, ficou com “apenas” 23,6%, segundo informações compiladas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Agora, neste segundo semestre que deve marcar o início da retomada do setor, a Gol deve se consolidar ainda mais na liderança, fechando o ano provavelmente com algo entre 40 e 45% do bolo, enquanto Latam e Azul devem ficar cada uma com parcelas em torno dos 25-30% do mercado total.

Segundo a consultoria britânica OAG, que é a maior rede global em termos de informações sobre tráfego aéreo, o Brasil foi o país que teve a maior queda no número de assentos ofertados em voos domésticos após a pandemia ter sido decretada pela OMS, em março. A empresa comparou os dados de julho de 2019 contra os de julho de 2020. O encolhimento por aqui foi de 72%, o mesmo percentual verificado na Austrália. No Canadá, a redução foi de 69%, e nos Estados Unidos, de 47%.

Ainda segundo esse mesmo levantamento da OAG, a British Airways teve, entre as grandes empresas do planeta, a maior queda, com redução de 83%. As únicas empresas que tiveram resultados positivos em julho foram a indiana IndiGo – com aumento de 11,6% em relação a 2019 - e a China Eastern, com aumento de 5,3%.
No Brasil, no auge das medidas para frear a disseminação da Covid-19, a Azul chegou a cancelar 90% de seus voos, a Gol estima ter reduzido sua oferta em 92% e a Latam atingiu uma diminuição de 95% em suas operações.

Radar

Fora do ar
Enquanto as unidades do Brasil, do Chile, do Peru, do Equador, da Colômbia e do Paraguai do Grupo Latam encaram o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, a subsidiária argentina do grupo teve suas operações encerradas por tempo indeterminado. A Latam Argentina representava apenas 1,8% do faturamento total do grupo e operava com uma frota de 15 aviões. Transportava, em média, 3 milhões de passageiros ao ano .

Novo player
A empresa de baixo-custo chilena Jet Smart, que tem voos regulares de Santiago para São Paulo, Salvador e Foz do Iguaçu, negocia com a Anac para operar voos domésticos aqui no Brasil. A empresa é controlada pelo conglomerado Indigo Partners, que opera também a Frontier Airlines, a Volaris e a WizzAir.

Agora vai?
Com seu mais recente lançamento, o 737 Max, aterrado desde março de 2019, a Boeing quer dar um fim a essa novela logo. Após redesenhar completamente o recurso automático que causou dois terríveis acidentes, a Boeing já está promovendo voos para obter a certificação e a liberação do modelo junto às autoridades. Se tudo der certo, os primeiros voos com passageiros devem ocorrer no Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), em novembro – o feriado de maior movimento nos aeroportos dos Estados Unidos.

 

Sustentabilidade: passo a passo para ser um consumidor mais consciente

Sustentabilidade: passo a passo para ser um consumidor mais consciente

A humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas para atender as nossas necessidades de água, energia e alimentos, e não é preciso dizer que essa situação certamente vai ameaçar as novas gerações.

Se você está se perguntando o que pode fazer para colaborar, ou melhor, o que não fazer para manter uma relação responsável entre as vontades e necessidades você está no caminho certo. A tomada de consciência é o primeiro passo.

Vamos começar imaginando que cada peça que compramos teve um impacto e deixou uma pegada. Cada roupa, acessório ou objeto usou energia e água na sua fabricação e se você começar a olhar de forma mais curiosa vai acabar indo além e se perguntando onde foi feito, por quem e como.

Nessa etapa você já pode começar a escolher produtos que compra levando em consideração mais do que apenas preço e a vontade de “ter”. O consumidor da nova era, da Ecoera, coloca na conta o meio ambiente, a saúde humana e a dos animais, não se contenta com meias verdades e vai além, quer saber qual o posicionamento da marca que produziu aquela peça no que diz respeito à igualdade de gênero, aos movimentos sociais e à conservação das nossas florestas.

Mas vamos começar pelo começo. Aqui vai um passo a passo simples para você iniciar essa jornada e se tornar um consumidor mais consciente:

Etiqueta do Sou de Algodão, movimento que apoia a produção de algodão nacional

#1

Primeiro de tudo pergunte se realmente você precisa daquele produto. Aproveite para organizar seu guarda roupa ou estante ou armário da cozinha. No caso da moda, veja se a peça que deseja comprar pode ser coordenada com outras que você já tem.

#2

Sempre experimente a peça antes de adquirir ou analise suas especificidades antes de fechar a compra. Assim, não leva para casa uma roupa que não lhe cai bem ou um objeto que não lhe agrada e que vai ficar parada sem uso.

#3

Pesquise, seja curioso e busque o máximo possível de informações sobre a marca que fabricou a peça que está levando. Faça sempre as seguintes perguntas antes de finalizar uma compra: quem, como e onde foi feita a peça que vou vestir. Promova marcas que são transparentes, valorizam seus colaboradores e usam materiais mais limpos e de menor impacto ambiental.

#4

Pense a longo prazo e prefira peças de qualidade, que possam durar muito tempo. O barato sai caro. Desconfie quando o preço é muito baixo, pois o material provavelmente também é de baixíssima qualidade e a mão de obra não foi paga de forma justa.

#5

Leia a etiqueta e promova o que é feito no Brasil. Em tempos de crise e no mundo pós-pandemia, temos a oportunidade e a responsabilidade de valorizar peças nacionais, colaborar com a economia local e garantir empregos.

Em tempos de sustentabilidade e de urgências ambientais e sociais, cada um de nós pode e deve fazer parte das mudanças que o mundo pede. O consumo consciente é uma questão de hábito: pequenas mudanças em nosso dia-a-dia têm grande impacto no futuro. Vamos juntos!