Lugares para passar momentos bucólicos com uma farta cesta de piquenique em família

Lugares para passar momentos bucólicos com uma farta cesta de piquenique em família

Com 20 mil habitantes, Sousas é o distrito mais antigo de Campinas. Desde sua fundação em 1896, a região abriga fazendas de café que foram transformadas em charmosos sítios para aluguel de temporada, restaurantes, bares e cafés – e muitos oferecem uma deliciosa experiência de piquenique em meio à natureza.

O casarão do primeiro hotel do distrito hoje é o restaurante Fazenda Floresta Park. Aos finais de semana e feriados, 26 pontos do jardim são reservados para que adultos e crianças possam desfrutar de um piquenique. Com reserva online e muito espaço, os locais possuem distanciamento de 30 a 40 metros – com mesas e redes – e podem ser escolhidos entre as opções: na mata, perto da horta, com vista, para adultos e para pessoas com dificuldade de locomoção.

 

Família no piquenique da Fazenda Floresta Park – Foto Rodolfo Trevisan

 

Selecionado o espaço, a cozinha começa a preparar os quitutes. A cesta inclui delicioso pão caseiro, mini pães de queijo, geleia, manteiga da fazenda, rosca doce, frios, bolinhos de chuva, doce de abóbora, bolo de cenoura, maçã, café orgânico, suco de laranja e água.

Os pequenos podem brincar com os animais da fazenda, participar das atividades com monitores, e colher verduras na horta – tudo incluso no valor do piquenique. Todos os meses são introduzidas novas atividades, basta ficar de olho no Instagram @fazendafloresta_1830 para saber das novidades.

 

Charme familiar

Vizinho ao Sousas, a apenas cinco quilômetros dali, está o Joaquim Egídio. Distrito ainda mais pequenino – com apenas 5 mil habitantes – abriga ruas de paralelepípedos e casas coloniais, que são cenário bucólico perfeito para um brunch em família. Dali é possível avistar o Pico das Cabras e o Observatório Municipal de Campinas, que cercam a região.

Em datas comemorativas, as princesas Branca de Neve, Elsa e Ariel invadem o restaurante Padoca do Vila, e visitam as crianças em seus piqueniques particulares. Ao chegar, um trenzinho transporta a família, contornando o lago e a mata.

 

Cesta do Padoca do Vila – Foto divulgação

 

Para ter energia para entrar no conto de fadas, são servidos dois tipos de cestas, o de café da manhã – que inclui café, leite, suco de laranja, pão de queijo, pão artesanal, manteiga de ervas, frios, requeijão de corte Atalaia e bolos de cenoura com brigadeiro e fubá com goiabada – e a cesta de brunch, que conta com pão rústico, queijos brie e Atalaia, presunto parma, azeitonas, nozes, patês e tortas salgadas. É possível adicionar vinhos tinto, rosé ou branco, e espumante à cesta. As duas opções são servidas para 2 ou 4 pessoas.

Logo atrás à Padoca do Vila, em meio à mata, está o restaurante primogênito, o tradicional Vila Paraíso, que conta com um extenso menu de massas caseiras, peixes e carnes, assinado pelo chef Ricardo Barreira. Vale provar o Pirarucu da Amazônia com castanha de baru e farofa de pequi; e o Fetuccine Burrata, com o queijo gratinado sobre a massa ao molho de tomates pelados ao toque de pesto e camarões rosa puxados no vinho branco. Basta escolher sua sombra e desfrutar de um dia com ares interioranos no meio de Campinas.

 

Restaurante Vila Paraíso – Foto divulgação

 

 

Duas poderosas marcas do segmento do turismo de luxo se instalam no Estado em 2021

Duas poderosas marcas do segmento do turismo de luxo se instalam no Estado em 2021

O terreno que, por 90 anos, abrigou o Hospital Matarazzo (fechado desde 1993) na Rua São Carlos do Pinhal, deve finalmente receber em 2021 o complexo Cidade Matarazzo, que vai incluir o Hotel Rosewood São Paulo, poderosa marca do segmento do turismo de luxo.

 

Fachada do novo Rosewood São Paulo, na Cidade Matarazzo.

 

O hotel palácio e as residências serão instalados entre o edifício de 1943 totalmente restaurado – onde funcionava a Maternidade Matarazzo – e uma torre construída pelo vencedor do Prêmio Pritzker, Jean Nouvel. Serão 180 quartos, e todos os interiores terão assinatura do aclamado arquiteto e designer francês Philippe Starck. O lugar contará ainda com dois restaurantes, incluindo um localizado em uma varanda com vista para os Jardins, um bar e um salão de caviar.

 

Interior assinado pelo designer francês Philippe Starck

 

Para o lazer e bem-estar, haverá duas piscinas – sendo uma no terraço e outra entre jardins paisagísticos – e um grande spa, com 50 atividades em 6 mil metros quadrados. Os hóspedes do hotel também terão acesso a um estúdio de música, sala de cinema e lojas de grifes nacionais e internacionais.

Para Radha Arora, presidente da rede Rosewood, o hotel manterá o espírito brasileiro. “Seja no spa, com tratamentos 100% nacionais, ou na coleção de arte, criteriosamente selecionada para valorizar as obras de 57 artistas locais que representam a arte paulista”, conta. Uma das obras é da artista Sandra Cinto que, para a piscina na cobertura do hotel, pintou a mão azulejos com desenhos que homenageiam a flora e a fauna brasileira.

 

Interior assinado pelo designer francês Philippe Starck

 

E, a 180 km de São Paulo, em Campos do Jordão, a rede de hotéis de luxo Six Senses assume a administração de seu primeiro empreendimento na América do Sul, encravado na Serra da Mantiqueira, em meio a 283 hectares de Mata Atlântica de Altitude preservada.

Agora com a marca Six Senses, o conhecido Botanique Hotel – aberto em 2012 por Fernanda Ralston Semler, que sempre foi referência de luxo e hospitalidade – agora terá sete suítes principais com 60 a 90 metros quadrados, e 13 vilas privadas de 110 a 300 metros quadrados, todas cercadas por vegetação exuberante, garantindo a mais absoluta privacidade de seus hóspedes.

 

Botanique Hotel, em Campos do Jordão, agora adquirido pela rede de luxo Six Senses

 

Outras 14 vilas serão construídas de maneira modular, usando matérias-primas locais, de forma a minimizar o impacto na flora e fauna ao redor. Será possível ainda comprar uma das 37 residências da marca, e ter acesso a todas as instalações, comodidades e serviços do hotel.

O resort contará também com o Alchemy Bar, que servirá uma variedade de “bebidas vivas”, de probióticos caseiros a tônicos feitos com ingredientes locais, além de um menu de drinques tradicionais.

 

Botanique Hotel, em Campos do Jordão, agora adquirido pela rede de luxo Six Senses

 

Ao ar livre, haverá uma programação de exercícios, incluindo capoeira, trilhas para caminhadas e passeios a cavalo para explorar a mata nativa e observar a beleza ao redor.

O spa terá oito salas de tratamento, suítes de relaxamento, piscina de flutuação, banho de CO2 e sauna úmida de chuva tropical para uma série de terapias. Será um verdadeiro paraíso holístico com programação de bem-estar integrando ioga, desintoxicação e anti-envelhecimento, com previsão de lançamento ainda neste semestre.

 

 

Com arquitetura e comida típicas do país europeu, Holambra é ideal para descanso e está próxima a grandes cidades

Com arquitetura e comida típicas do país europeu, Holambra é ideal para descanso e está próxima a grandes cidades

Com apenas 15 mil habitantes, a 36 quilômetros de Campinas e 130 da capital paulista, Holambra é lembrada pelo Festival das Flores, mas tem muito a oferecer aos visitantes durante todo o ano. Cercada por referências ao país holandês, a arquitetura típica é observada nas casas da rua Dória Vasconcelos (ponto de parada para fotos) e no Moinho dos Povos Unidos, que com dez andares (sendo seis abertos à visitação) e 38 metros de altura, é considerado o maior da América Latina.

 

Sanduíche Spek en Gouda, do Hoek Burger – Foto divulgação

 

A cidade possui um circuito gastronômico com comidas do país em simbiose com o Brasil. É o caso do Hoek Burger, fundado por Gabriel Rocha. Hoek, que significa “esquina” em holandês, oferece saborosos sanduíches como o Spek en Gouda, com queijo Gouda, bacon e maionese. Além de entradas típicas holandesas, como a Patat Speciaal (batatas fritas temperadas) e a Mini Frikandel, salsichas tradicionais do país com ketchup e curry, maionese da casa e cebola picada; e sobremesa, como o stroopwafel, que na casa é servido com sorvete e nutella entre duas bolachas.

Inaugurado em 2019, o Hotel 1948 é uma ótima parada para descanso após um dia em Holambra. As referências ao país europeu se dão na numeração 1948, data da imigração holandesa no Brasil, e na fachada do hotel, que possui uma arquitetura repaginada das clássicas casas. São treze acomodações, todas com varanda e uma pequena cozinha. As entradas dos quartos são independentes, e não conectadas por um corredor, e o self check in e check out garante maior segurança e praticidade aos hóspedes.

 

Hotel 1948, em Holambra – Foto divulgação

 

Flores sempre vivas

Moradora da região, Marina Pierobom vive de suas habilidades manuais. Formada em Turismo e Administração, a Naná, como é conhecida, decidiu ter uma vida mais tranquila longe de São Paulo e do antigo trabalho em uma multinacional. Na nova cidade, trabalha na secagem de flores para produzir arranjos mais duradouros em sua própria loja.

Criou a Lá da Naná em 2015, em Holambra e, desde então, com as técnicas aprendidas em cursos de botânica, se dedica a produzir pendentes, arranjos, topos para bolos e kits “faça você mesmo” com flores secas. Para este fim de ano, elaborou um pequeno enfeite de natal, feito de pinha, flores e musgos, para que crianças (e adultos) possam presentear, enfeitar suas casas e desenvolver seus lados lúdicos com materiais naturais. Para 2021, Marina planeja ministrar um curso online com aulas sobre secagem e acessórios com flores. “Para que outras pessoas, assim como eu, consigam desenvolver uma nova habilidade como hobby ou até mesmo ter sua própria marca”, conta. Os produtos são vendidos no site ladanana.com.br e no Instagram @la_da_nana.

 

Arranjo da loja Lá na Naná – Foto divulgação

 

 

Três cervejarias artesanais de Campinas se unem por uma boa causa

Três cervejarias artesanais de Campinas se unem por uma boa causa

Do hobby de produzir cervejas entre amigos, nasceram três cervejarias no bairro tradicional dos universitários de Campinas, o Barão Geraldo. Durante a pandemia, Tábuas, Garimpero e Confra da Mantiqueira decidiram se unir por uma causa maior e produzir um rótulo em conjunto, a Ciclo Básico, em prol do Hospital das Clínicas da Unicamp.

 

Cervejaria Tábuas

São despojadas as características da Cervejaria Tábuas, as dezenas de cadeiras de praia e mesas de carretel de madeira são disputadas aos finais de tardes e noites de quinta a domingo. Na casinha ao fundo, são servidas entre oito e dez tipos de cervejas, todas produzidas pela casa, e rotativas, já que os cervejeiros Alexandre Montagnana e Guilherme Manganello sempre apresentam novas receitas. “Em outubro, lançamos mais quatro cervejas em comemoração aos quatro anos da cervejaria”, conta Alexandre.

Os amigos, que se conheceram no curso de Engenharia de Alimentos na Unicamp, começaram a se interessar por cervejas artesanais no final da graduação, e como já haviam estudado sobre o processo de produção na faculdade, decidiram aprimorar os testes e se especializaram na área. Após mais de 300 receitas e com mais um sócio, Alexandre Ferreiro, inauguraram a Cervejaria Tábuas, em 2016.

Rua Teresa Zogbi Geraij Mokarzel, 33 – Barão Geraldo, Campinas

 

Cervejaria Garimpero

Juntos desde a infância, Erikson Hoff, Ícaro Sampaio, Filipe Falcão e Marcos Barros seguiram profissões diferentes, de Medicina à Engenharia. Mas há dois anos, unidos pela paixão por cerveja, decidiram abrir uma cervejaria no bairro onde cresceram, a Garimpero. Ícaro, mestre cervejeiro da casa, abandonou a vida de engenheiro civil para se especializar e dedicar totalmente ao antigo hobby. “Fazer as cervejas no local nos dá uma maior liberdade para experimentar novas receitas, produzir lotes pequenos, entender do que o público está gostando, e nos permite ter sempre o frescor da cerveja”, explica. São oito torneiras, uma dedicada para uma produção convidada da região, e as outras sete são criações da casa, que mudam a cada semana. Desde a abertura, já foram produzidos mais de 65 rótulos.

Av. Santa Isabel, 462 – Barão Geraldo, Campinas

 

Confra da Mantiqueira

Das serras de Córrego do Bom Jesus, em Minas Gerais, a 1500 metros de altitude, brotam as águas das cervejas da Confra da Mantiqueira, ou Confra, como é conhecida. Por ser uma nanocervejaria, com produção de 4 mil litros mensais, os amigos e mestres cervejeiros, Júlio Sartori e Daniel Simões, têm um controle maior sobre os processos de produção e qualidade das cervejas. Descendo a serra, no bairro de Barão Geraldo, em Campinas, a Confra vende suas mais de dez cervejas registradas, além das receitas comemorativas e das cervejarias ciganas que produzem em sua fábrica. Atualmente, com o distanciamento social, quem visita a casa é acomodado na praça em frente, com sombra e cerveja ainda mais que fresca.

Rua José Martins, 503 – Barão Geraldo, Campinas

 

Unindo ciclos

Em abril as similaridades uniram a Confra, a Garimpero e a Tábuas. As cervejarias decidiram lançar o rótulo Ciclo Básico, nome em homenagem ao campus que une diversos cursos da Unicamp e moradores do bairro. “Mesmo sendo vizinhos e concorrentes, sempre tivemos amizade. Com o fechamento dos bares, decidimos aproveitar o momento e produzir um rótulo em conjunto. Como estamos próximos à Unicamp, doamos parte da renda das vendas para o Hospital das Clínicas”, conta Ícaro. O primeiro lote da American Pale Ale com notas cítricas esgotou em apenas dois dias, agora está em seu segundo lote e pode ser comprada nos sites das marcas e apreciada nas cervejarias.