O boom dos destilados nacionais: país se destaca pela inovação e valorização de insumos regionais

O boom dos destilados nacionais: país se destaca pela inovação e valorização de insumos regionais

Destilados brasileiros têm apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionando a indústria local e conquistando cada vez mais consumidores

A qualidade e a diversidade dos produtos fabricados no Brasil têm sido reconhecidas tanto no mercado interno quanto no exterior, contribuindo para a consolidação de marcas brasileiras no cenário mundial. Com um histórico de tradição na produção de bebidas alcoólicas, o país se destaca pela capacidade de inovação e pela valorização de insumos regionais.

O investimento na destilação nacional é mais do que a busca por excelência. É um compromisso com a qualidade que transcende fronteiras. Cada destilador nacional carrega consigo o orgulho de produzir sabores autênticos e incomparáveis, enraizados nas tradições e no cuidado artesanal. Nossa dedicação com a qualidade é a essência de cada gota, e é com satisfação que vemos o reconhecimento crescente desse compromisso apreciado ao redor do mundo.

 

Cachaça Capitão, de Bom Jardim de Minas, premiada no Spirits Selection du Concours Mondial de Bruxelles, no ano passado – foto divulgação

 

É verdade que ainda dependemos de bons maquinários que, infelizmente, somente temos na Europa e na América Central, mas esse cenário vem mudando. Com investimento da indústria de destilados nacionais, abre-se a oportunidade para atrair novos investidores.

O aumento do interesse do consumidor por destilados locais e artesanais tem impulsionado o crescimento do setor, estimulando a criação de novas marcas e a expansão de linhas de produtos já consolidados. A busca por bebidas que reflitam a identidade e a cultura brasileira tem sido um dos principais motores desse crescimento. Não podemos deixar de mencionar que a criação de destilados nacionais também visa um consumo mais inteligente de álcool e, com isso, a diminuição do volume alcoólico.

O crescimento dos destilados brasileiros não apenas fortalece a economia do setor, mas também reafirma a qualidade e a criatividade presentes na produção do país em diferentes segmentos. Com um mercado em ascensão e um potencial ainda a ser explorado, essas bebidas prometem continuar conquistando paladares e ganhando reconhecimento em todo o mundo. De norte a sul, a arte da destilaria nacional floresce, trazendo consigo uma riqueza de tradição e inovação.

*Alex Mesquita é mixologista, consultor de bares e diretor criativo de coquetéis no restaurante Elena, no Rio de Janeiro.

Drinques sem álcool são novas estrelas nos cardápios de bares e restaurantes pelo Brasil

Drinques sem álcool são novas estrelas nos cardápios de bares e restaurantes pelo Brasil

Drinques sem álcool estão em cardápios em que, antes, apenas bebidas alcoólicas se destacavam. Há pouco tempo, quando não existia alguma opção sem álcool no menu, preferiríamos preparar algo gaseificado, como uma soda artesanal de maçã verde. Com a preocupação em oferecer um drinque mais leve e refrescante, até mesmo porque os clientes buscam melhor qualidade nos ingredientes e menos açúcar, isso tem mudado.

Essa mudança começou em 1980, quando Dale Degroff, conhecido com o rei dos coquetéis no mundo, popularizou o famoso Cosmopolitan, em Nova York. O clássico e charmoso drinque iniciou a busca por ingredientes mais saudáveis e leves, e os não alcoólicos preparados com maior cuidado ganharam destaque. Cada vez mais se fala em bebidas com baixo teor alcoólico, ou até mesmo 0% de álcool.

A tendência segue um caminho de hábitos mais saudáveis, que se tornam muito necessários. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que o Brasil está entre os países que mais consomem bebidas alcoólicas na América Latina. Com a pandemia, o consumo de vinhos e outras categorias aumentou consideravelmente no país. Nesse mesmo sentido, o mercado de destilados cresce e a busca por novidades é constante. E os drinques sem álcool em suas versões enlatadas e, até mesmo, embaladas a vácuo surgem como boas opções nas prateleiras e nos serviços de entrega.

Acompanho esse movimento desde 2012 e sempre incluí nas minhas consultorias os famosos “softs” – coquetéis a base de chás e sem álcool, contendo um xarope artesanal ou, a depender do caso, um industrial bem feito, sem glúten e sem outros conservantes – que também têm se tornado mais populares no mundo.

Na carta de drinques do Naga, além de novas receitas alcoólicas, apresento algumas opções sem álcool, como o chá de hibisco com xarope de flor de sabugueiro e limão siciliano, que compartilho a receita abaixo. Agora temos total certeza de que não consumir álcool não se trata de “modismo” e, sim, uma escolha por parte dos clientes. Afinal, álcool nunca será uma necessidade.

 

Foto Tomás Rangel | Drinque Hibiscus&Flores, do Naga

 

Hibiscus&Flores
Ingredientes
50 ml chá de hibiscos
20 ml xarope sem álcool de flor de sabugueiro
25 ml suco limão siciliano

Preparo
Bater na coqueteleira todos esses ingredientes com gelo e depois servir com coagem simples para um copo long drink também com gelo.
Como decoração, adicionar uma mini rosa comestível.