As redes sociais nunca foram tão estratégias para as marcas
Com uma média de 3 horas e meia por dia em redes sociais, o Brasil está entre os cinco países do mundo que mais tempo gasta nesse tipo de plataforma. E se rede social é uma estrutura de pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns, essa definição ficou muito mais clara durante a pandemia.
Nunca marcas e consumidores falaram entre si, olho no olho, ou na tela, como nesses seis meses de isolamento e distanciamento social. Da parte das empresas, a comunicação antes voltada à mídia de massa, especialmente a TV, migrou em grande parte para a internet e especialmente para os aplicativos de contato direto com seu público.
É fácil de compreender que as pessoas, em quarentena, fizeram de seu telefone celular o maior companheiro. Grandes campanhas de propaganda igualmente foram para as redes sociais.
Marca número 1 do mundo em cosméticos, a norte-americana Maybelline, que desde 1996 pertence à multinacional francesa L’Oreal, promoveu pela primeira vez no Brasil uma grande estratégia com as principais influenciadoras de make up do país. Em vez de uma agência de publicidade, o trabalho foi realizado por uma empresa de influencer marketing e social media, a SamyRoad.
Impactando mais de 15 milhões de seguidoras, a campanha no Instagram e outras plataformas da Internet, contou com a participação de 13 influenciadoras, inclusive a atriz Larissa Manoela, ícone de uma geração de jovens atraídas por maquiagem.
De carona no comportamento social imposto pela pandemia, a rede de lojas de bricolagem Leroy Merlin também usou o Instagram para lançar uma ação divertida. Por meio de um filtro de reconhecimento facial, em uma espécie de jogo para casais, um sorteio definia de quem era a vez de lavar a louça, varrer a casa ou cozinhar, entre outras tarefas domésticas.
Outra conseqüência da quarentena foi o aumento considerável de pessoas que passaram a cozinhar em casa, índice que chegou a atingir 93% dos brasileiros. E, se comida caseira remete ao tradicional arroz com feijão, a maior fabricante nacional desses alimentos, Camil, não perdeu a oportunidade.
Em parceria com a chef Rita Lobo (capa São Paulo desta edição da 29HORAS), sucesso no canal GNT com seu “Cozinha Prática”, lançou uma série especial de receitas com os famosos grãos, diariamente, num hub próprio de conteúdo e no site “Panelinha” da apresentadora.
A quarentena também proporcionou um novo caminho para os pequenos e médios comércios de bairro, os mesmos que no início da pandemia sofreram perdas de receitas irreparáveis. Além da ajuda de grandes e-commerces, que lhes prestaram assessoria e estrutura para que continuassem vendendo, esses comércios também contaram com ajuda oficial.
Por iniciativa da Associação Comercial de São Paulo, a campanha “TamuJunto” incentivou a população a prestigiar seus vizinhos comerciantes, em uma parceria importantíssima para a retomada dos negócios e o futuro da economia na pós-pandemia.
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