Marcas se posicionam na pandemia e agradam público

Marcas se posicionam na pandemia e agradam público

Nunca foi tão simples acertar o alvo. Horário definido, público-alvo, exposição de marca, mensagens diretas, veiculação multiplataforma, na TV aberta, por assinatura, Youtube, Facebook e Instagram. Durante a quarentena, as marcas chegam diretamente ao target, principalmente por meio das dezenas de lives musicais.

De carona no carisma de cantores e cantoras, alguns entre os mais famosos do país, várias empresas se apressaram em patrocinar esses eventos remotos, anunciar doações, transmitir mensagens de otimismo e conscientização diante da pandemia.

Era isso exatamente o que as pessoas esperavam delas, conforme apontaram inúmeras consultas populares realizadas desde o início da expansão do novo coronavírus (Covid-19). Uma das primeiras empresas a modificar seu logotipo aplicando uma máscara de proteção, o banco Itaú também liderou pesquisa realizada em maio sobre quais marcas se posicionaram positivamente em relação à pandemia.

 

Itaú inclui máscara em seu logotipo durante a pandemia

 

O estudo realizado pela Toluna Influencers e Croma Group apontou, na sequência, Ambev, Magalu, Santander e Natura no Top Five. Boticário, Bradesco, Nestlé, Americanas e Casas Bahia completaram a relação das dez mais.

Chama a atenção na lista de 50 marcas citadas pelo público, fintechs como AME Digital e Pic Pay, serviços de pagamento utilizados para doações durante as lives.

As marcas mais agressivas em Marketing, porém, não se limitaram a esse tipo de ação. Promoções referentes ao tema foram anunciadas aos quatro cantos garantindo apoio especialmente aos microempreendedores, camada mais afetada no mundo dos negócios.

Os grandes bancos foram os primeiros a ampliar prazos e datas de pagamento de empréstimos. Pic Pay, sistema de pagamento eletrônico, se mostrou ainda mais criativo ao celebrar parceria com a imobiliária Lello para parcelar valor do aluguel de maio e junho em até 12 vezes.

O Itaú, de novo ele, líder de imagem de marca, além de tudo, e da doação de R$ 1 bilhão ao projeto “Todos pela Saúde” de combate ao novo vírus, ainda firmou parceria com a Uber para oferecer 200 mil viagens aos profissionais de saúde da prefeitura de São Paulo.

Integrante de outro setor dos mais atingidos desde o início da pandemia, a Azul lançou promoção para venda de viagens em 12 parcelas a serem usufruídas entre julho deste ano e abril de 2021.

A importância do marketing e da publicidade durante a crise também pode ser medida por meio de estudo realizado pela agência Propeg, que revelou que apenas 1% da população entendia que as marcas não deveriam fazer publicidade neste período.

 

O que pensa a agência?

Mário D’Andrea, presidente da Associação Brasileira das Agências de Propaganda, comenta como a pandemia afetou a criação das propagandas. “As pessoas estão assustadas e agoniadas e, por isso, esperam conforto vindo das marcas, algo que não encontram nas notícias ou nas erráticas declarações de governos. Por isso, acredito que as marcas que estão conseguindo se conectar emocionalmente com as pessoas neste momento não serão esquecidas pelas pessoas lá na frente, quando as coisas voltarem ao normal”.

 

Como serão os voos no futuro?

Como serão os voos no futuro?

A pandemia e as quarentenas trancaram muita gente em casa por três meses ou até mais. Só que muitos querem, precisam e vão viajar. Mas como serão essas viagens? Muita coisa vai mudar, com certeza. 

Os aeroportos vão adotar cada vez mais procedimentos touchless, sem que você precise tocar em nada, com mais comandos por voz e mais robôs se ocupando da sua interação com a companhia aérea na hora do check in. Dispensers com álcool em gel, termômetros infravermelhos (que medem a temperatura à distância) e oxímetros estarão em todo lugar. O aeroporto vai parecer um laboratório de exames clínicos, mas nem assim os assintomáticos serão detectados. 

No embarque e na hora da imigração, medidas de distanciamento serão incrementadas e uma boa providência que algumas companhias estão tomando é criar aqueles túneis de desinfecção, onde os passageiros passam por uma névoa de produtos esterilizantes. 

Dentro do avião, todo mundo permanecerá usando máscaras, e a tripulação deve ter indumentárias ainda mais seguras, como aventais, luvas e echarpes de material antimicrobiano. Ao contrário do que muitos pensam, o ambiente dentro de uma aeronave não é “um bufê de vírus”: elas são equipadas com filtros e circuladores de ar que renovam 99,9% do oxigênio das cabines, eliminando todo tipo de micróbios em suspensão. 

Uma empresa de design italiana desenvolveu peças de acrílico que proporcionam um maior isolamento entre quem está sentado em uma poltrona e seu vizinho, mas é pouco provável que essa proposta (foto) seja adotada: o uso obrigatório de máscaras faciais de tecido é muito mais eficaz. 

Foto divulgação

Cada passageiro fará sua refeição em uma hora diferente, enquanto os vizinhos seguem protegidos. Isso evita que todos tirem suas máscaras ao mesmo tempo. Revista de bordo ninguém mais vai querer tocar, a não ser que ela venha novinha e ensacada para ser manuseada pela primeira vez. O banheiro deve ser usado apenas em casos de extrema necessidade, e precisará ser totalmente higienizado a cada visita. 

Bem-vindos ao novo normal e boa viagem!

Radar

Fora do ar 
Por causa da pandemia, algumas empresas aéreas que já estavam em situação financeira complicada acabaram encerrando suas atividades definitivamente. Esse é o caso da FlyBe (uma das maiores do Reino Unido), a South African, a Avianca e a Virgin Australia. Segundo especialistas, a recuperação do setor só deve ocorrer no segundo semestre de 2021 ou a partir de 2022.

Virgin again 
A Virgin Atlantic, que em março começaria a voar de Londres/Heathrow para São Paulo/Guarulhos, depois adiou a estreia para outubro, agora anunciou que não vai mais operar nessa rota.

Montanha ru$$a 
Agora que a demanda está baixa, as companhias aéreas oferecem promoções e preços atraentes para incentivar as pessoas a voltarem a viajar. Mas lá na frente essa situação deve se inverter. Com suas frotas reduzidas, a expectativa é que, em breve, o aumento da demanda pressione os valores para cima. Foi assim após os atentados de 11 de setembro. Segundo a Dollar Fight Club, em um primeiro momento os preços das passagens despencaram 18%, mas no período seguinte subiram 25%.