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“Grande Sertão: Veredas” ganha versão dirigida por Bia Lessa e estrelada por Caio Blat

O espetáculo-instalação “Grande Sertão: Veredas”, inspirado na obra de Guimarães Rosa e dirigido por Bia Lessa, fica em cartaz até o dia 27 no Teatro Arena, do Sesc Copacabana.

Montagem de Bia Lessa será uma instalação

Caio Blat figura no elenco do espetáculo. Foto: Divulgação

Para dar vida ao mítico sertão, a diretora Bia Lessa reuniu nomes como Egberto Gismonti (música), Dany Roland (trilha musical), Camila Toledo (concepção espacial, com a colaboração de Paulo Mendes da Rocha) e Sylvie Leblanc (figurino). O elenco traz Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luisa Arraes e a jovem revelação Isabelle Nassar.

A montagem narra a epopeia do jagunço Riobaldo, que atravessa o sertão para combater seu maior inimigo, Hermógenes, fazer um pacto com o diabo e descobrir seu amor por Diadorim. É uma instalação, porque o público acompanha parte dos bastidores, vivenciando a dissolução das fronteiras entre início e fim do espetáculo, entre teatro e artes plásticas, entre literatura e encenação.

Teatro Arena do Sesc Copacabana

Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, tel. 21 2547-0156. Ingressos de R$ 7,50 a R$ 30.

Fundador da Cacau Show, Alexandre Costa tornou a marca a 4ª maior franquia do país

Fundador da Cacau Show, Alexandre Costa tornou a marca a 4ª maior franquia do país

O empresário Alexandre Tadeu da Costa começou seu grande negócio, a Cacau Show, na Páscoa de 1988. Na época, aos 18 anos, ele costumava revender bombons e trufas nas padarias e supermercados da zona oeste de São Paulo. Preocupado com uma encomenda enorme que surgiu de repente, de dois mil ovos de 50 gramas, ele correu à fábrica que era a sua fornecedora.

Cacau Show é uma das maiores franquias do Brasil

Cacau Show tem lojas espalhadas por mil cidades, 5 fábricas e faturamento de R$ 3,5 bilhões por ano

Diante do não da fábrica, decidiu produzir ele mesmo todos os ovos. Comprou a matéria-prima e contratou Cleusa Trentin, que fazia chocolate caseiro, para ajudá-lo nesse desafio. Assim, após três dias e com jornadas de trabalho de 18 horas, o pedido foi entregue conforme prometido. O lucro dessa primeira encomenda, cerca de R$ 2 mil, foi o capital inicial para a criação da Cacau Show, estabelecida então em uma sala na empresa dos pais de Alexandre, no bairro paulistano da Casa Verde.

O empresário, então, criou um catálogo de vendas para encomendas e a empresa começou a decolar. Funcionários foram contratados e Alexandre fez seu primeiro curso de chocolates na Bélgica. Assim, veio a primeira loja da Cacau Show, que nasceu em 2001, em Piracicaba, no interior de São Paulo. Depois de uma década e investimentos, vieram outras 230 lojas, o que já fazia da Cacau Show a maior rede de chocolates finos do Brasil. Hoje, a empresa conta com mais de 2.250 mil franquias espalhadas pelo país.

Paula Pfeifer, escritora que recuperou a audição com a tecnologia, trabalha para aumentar número de “surdos que ouvem”

Paula Pfeifer, escritora que recuperou a audição com a tecnologia, trabalha para aumentar número de “surdos que ouvem”

“A surdez é uma jornada solitária e assustadora”, define a escritora Paula Pfeifer. A gaúcha nasceu ouvindo, era encantada pelo som do mar, do vento que vinha do Norte e pelo canto dos pássaros. Aos poucos, tudo começou a soar mais baixo até que em um certo momento o seu mundo emudeceu.

Paula Pfeifer é escritora e blogueira

Autora do projeto “Surdos que Ouvem”, Paula trabalha para promover reabilitação auditiva

Muitas barreiras surgiram. Ainda menina, via-se cada vez mais distante de quem conversava com ela. Afastada das vozes, aprendeu a ler lábios e se empenhava para disfarçar seus problemas de audição. Aos 16 anos, recebeu o veredito do médico: estava surda. “Fiquei me sentindo péssima e escondi de todos o máximo que pude. Acho que nesse dia entrei no armário da surdez”.

Embora tivesse saudade de ouvir as pessoas que amava, e até mesmo de barulhos singelos, como a chave girando na porta, Paula fugia da reabilitação auditiva. Em parte, porque tinha vergonha de que a vissem com os aparelhos no ouvido.

Já formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Santa Maria, Paula escolheu uma profissão em que não precisasse se comunicar muito. Prestou concurso e tornou-se técnica do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul, onde ficou de 2002 a 2014.

Em 2010, iniciou um projeto que mudaria a sua vida e a de milhares de pessoas. O blog “Crônicas da Surdez”, onde relata suas experiências e compartilha as vivências de seus leitores. “O blog foi fundamental para eu quebrar a ideia de que era a única azarada no planeta passando por isso.

São 460 milhões de pessoas na mesma situação. E a jornada da surdez é igual para todo mundo, envolve sentimentos universais como medo, raiva, negação, luto e tristeza”. Os relatos foram compilados no livro de mesmo nome, lançado em 2013.

Em 2015, houve o lançamento de “Novas Crônicas da Surdez: Epifanias do Implante Coclear”, que conta as histórias de surdos que voltaram a ouvir graças à tecnologia. Entre eles a própria Paula. “Recuperar a audição em 2013 por meio da cirurgia de implante coclear foi como ter fi cado em uma cadeira de rodas por mais de vinte anos e um belo dia poder levantar e sair correndo”, ela descreve. “Nunca alimentei o sonho de que voltaria a ouvir e cá estou, completamente surda e ouvindo”.

Autora do projeto “Surdos que Ouvem”, que foi premiado pelo Facebook Community Leadership Program com US$ 1 milhão, Paula trabalha para promover a reabilitação auditiva e quebrar paradigmas e preconceitos. “Quero mostrar que a surdez é invisível, mas nós não”. Hoje ela se sente feliz por ter conseguido transformar sua solitária experiência em uma rede de apoio. Todos os dias é lembrada com mensagens de agradecimento, vindas dos quatro cantos do país. Mas a fonte maior de conforto é ouvir a voz do seu filho, Lucas, de um ano e meio, e a de seu marido, o médico Luciano, chamar o seu nome.