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Países europeus anunciam que vão banir o carro a combustão até 2040

Países europeus anunciam que vão banir o carro a combustão até 2040

Ciclistas em Amsterdã

A recente greve dos caminhoneiros e toda o imbróglio do diesel no país nos fazem pensar como o Brasil ainda engatinha no quesito “energia limpa” – e como as pessoas são dependentes dos carros movidos a combustíveis fósseis por aqui, algo que só traz danos ao meio ambiente. O dióxido de carbono liberado durante a queima desse tipo de combustível é o principal responsável pelo aquecimento global.

Segundo relatório publicado pela revista científica The Lancet, a poluição foi responsável por nove milhões de óbitos no mundo em 2015. No Brasil, a poluição mata mais de 100 mil pessoas por ano. Em países europeus e emergentes, esses índices e dados têm feito os governos tomarem decisões importantes para garantir a redução das emissões. Por aqui, infelizmente, esta ameaça à saúde não é levada a sério.

O anúncio recente de seis países europeus – Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Espanha, França e Noruega – que prometem tirar o carro a combustão das ruas até 2040, dando lugar a veículos elétricos e com novas tecnologias, diz respeito a isso.

O Bundesrat, conselho federal alemão, quer vetar os motores de combustão interna até 2030. Copenhague (na foto acima), com seus 346 km de ciclovias, comprometeu-se a ficar neutra em carbono até 2025. Madrid pretende banir carros do seu centro até 2020. França e Inglaterra também anunciaram a proibição de carros movidos a diesel e gasolina em vinte anos.

A Noruega tem metas fortes de extinção dos carros convencionais. Ela  quer parar de produzir e importar veículos a combustão entre 2025 e 2040. Até 2020, Oslo, a capital, promete deixar o centro da cidade livre de carros, o que irá favorecer pedestres e ciclistas, além de lojistas e comerciantes. Está provado que o comércio melhora quando as pessoas podem andar a pé livremente e com segurança. Amsterdã, conhecida como a capital da bicicleta, é outra cidade exemplo nesse sentido. Chega a ter mais bicicletas do que pessoas são 880 mil bicicletas em Amsterdã, quatro vezes mais que o número de carros e 80 mil unidades a mais que o total de habitantes.

O Brasil ainda está na contramão dessas tendências, resistindo até mesmo à redução de velocidade nas ruas. Mas um dia chegaremos lá.

Em São Paulo, um sinal de esperança é o sucesso da avenida Paulista aos domingos, que, fechada para carros, se transforma num calçadão alegre e democrático, com milhares de pessoas aproveitando a vida.

O Pro Coletivo ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligente.

A especialista Gelma Franco fala sobre as nuances do café

A especialista Gelma Franco fala sobre as nuances do café

São sabores, aromas e terroirs diversos que encantam o público apreciador do café, parcela que vem aumentando significativamente no Brasil. Segundo pesquisas, o consumo de café gourmet tem crescido em média 13%, enquanto o do café tradicional aumenta cerca de 2% ao ano.

Mas o que diferencia o café gourmet do tradicional? E o especial, por que ele é chamado assim? Vale a pena mergulhar nesse assunto para curtir um ritual ainda mais gostoso com o café.

São considerados tradicionais os cafés da espécie Robusta e que apresentam um amargor acentuado, proveniente de defeitos dos grãos e de uma torra mais escura. Já o café superior, uma mistura de Robusta com Arábica, é geralmente usado em máquinas de café e na produção de sachês e cápsulas de grandes marcas. O gourmet recebe esse nome por ter 100% dos seus grãos da origem Arábica, uma espécie mais doce do que a Robusta.

E o que falar do chamado café especial? Para ser considerado “especial”, tecnicamente ele precisa ser 100% arábica, ter rastreabilidade comprovada,  colheita seletiva – somente dos grãos cerejas –, ser plantado acima de 900 m de altitude e ter muito controle de qualidade. Além disso, a doçura do café pode elevar bastante a sua pontuação. Mas é importante você saber que essa classificação atesta somente o tipo da espécie e não as qualidades  sensoriais do café. Segundo a classificação mundial da Associação dos Cafés Especiais (SCA), que pontua os cafés de 0 a 100, só podem ser considerados “especiais” os cafés com notas sensoriais acima de 84 pontos.

Já provei muito café “gourmet” com bastante defeitos e torra oxidada. Então, muito cuidado para não comprar “gato por lebre”. Essa diferença mostra como existem diversas nuances do café. O bom café não é amargo, nem muito escuro e dispensa açúcar. Ah, e café bom é café fresco, porque café é uma fruta.

Cafezinho gostoso e coado em casa

A quantidade correta de pó é de 10 g para cada 100 ml de água. O ideal é que ele seja moído na hora do consumo, porque logo depois da moagem começa a oxidar.

Com água filtrada, coe antes das bolhas se formarem, pois a água fervente pode queimar o café. Tenha o cuidado de escaldar o bule e a xícara. Evite a garrafa térmica, que dá um gosto desagradável.

Despeje a água em movimentos circulares em cima do pó, que não deve ser compactado.

Depois de usado, guarde o café em pó em um pote hermeticamente fechado na geladeira. O ideal não é guardar por muito tempo.

Tipos e preços

Café tradicional  Com embalagem simples, tipo almofada, varia entre R$ 15 e 25 o kg.

Café superior Usado em máquinas e cápsulas, custa entre R$ 35 e R$ 50 o kg.

Café gourmet O preço médio oscila entre R$ 50 e R$ 70 o kg.

Café especial Seus preços variam de R$ 70 a R$ 100 o kg.

Gelma Franco é especialista em café, ex-diretora da Associação Brasileira de Café e proprietária da rede de cafeterias IL Barista.

Conheça as Manas Bonetti, especialistas em mosaico artístico

Conheça as Manas Bonetti, especialistas em mosaico artístico

As Manas Bonetti, especialistas em mosaico artístico, em ação no seu estúdio em Santa Catarina

Elas são mestres mosaicistas  pela Scuola Mosaicisti del Friuli de Spilimbergo, na Itália, onde estudaram durante três anos, e as maiores especialistas em mosaico artístico do Brasil. De martelinha na mão, ferramenta usada desde o Império Romano, as irmãs gêmeas catarinenses Marielle e Michelle Bonetti – as Manas Bonetti – vêm criando obras admiráveis e ganhando o mundo com essa arte. A dupla lembra que muitos artistas no período romano, na tentativa de eternizar as suas obras, renunciaram aos pincéis e as realizaram com fragmentos de materiais mais resistentes. A palavra mosaico vem do grego mousaikón, que pode ser traduzido como “obra digna das musas”.

Foi na Itália que as irmãs de Urussanga se encantaram com o mosaico. Entre 2007 e 2009 elas já haviam participado de cursos de vitrais em Murano, e retornaram à Itália para se formar mestres na Arte Musiva.

Em junho, entre os dias 18 e 23, as Manas Bonetti minisstraram curso no espaço Obra de Arte, ensinando técnicas tradicionais e o mosaico romano, bizantino e contemporâneo. Foram seis dias e 48 horas de aula, com material incluso. Em outubro deste ano as Manas voltarão a ministrar o curso no mesmo espaço.

Os planos da dupla incluem mais cursos pelo Brasil e um tour pela Itália em 2019, visita guiada aos locais com maior concentração de mosaicos romanos e bizantinos. O mosaico considerado mais antigo data de 3500 a.C. e foi descoberto na cidade de Ur, na antiga Suméria, na região da Mesopotâmia.

Lugar de sonho

As Manas Bonetti não poderiam ter encontrado um recanto mais apropriado para ministrar seus cursos de mosaico: o Espaço Obra de Arte, idealizado por Carmen Lígia, é um oásis em meio ao concreto da capital paulista.

A casa foi concebida em 1996 como um atelier aberto, um espaço de trabalho e experimentação que reúne também natureza, bem-estar e gastronomia. O ponto forte é o jardim, repleto de plantas nativas e um centenário bambuzal, que traz ao visitante um astral de casa de campo, ideal para uma pausa criativa no dia a dia. Há ainda uma loja que vende peças de talentosos designers, entre elas algumas obras das Manas Bonetti, que estarão expondo no local. Um lugar que vale a pena conhecer.

Obra de Arte – Espaço de Múltiplas Artes – Rua Indiaroba, 97, Moema, tel. 5535-5928

As melhores feijoadas de São Paulo

As melhores feijoadas de São Paulo

Feijoada do Bolinha

Convidativa, como na música de Chico Buarque, a feijoada é prato democrático, que combina com o frio do outono, com futebol e caipirinha.

O historiador Luís da Câmara Cascudo disse certa vez que a feijoada “é um prato em construção”. Nada mais exato para definir uma criação que é inexata na sua origem (até hoje controvertida) e na sua composição (ao longo do tempo, ela se modernizou, ficou mais light e ganhou novos acompanhamentos). O que há de certo é que este é o prato-símbolo da gastronomia brasileira. De Norte a Sul, não há quem não goste de saborear uma feijoada completa, de preferência com o arroz branquinho, couve manteiga feita na hora, laranja em pedaços, farofa, uma pimenta malagueta… E, claro, uma caipirinha, para esquentar ainda mais o clima dessa refeição, perfeita quando a temperatura baixa.

Quem nunca ouviu que a feijoada foi inventada pelos escravos, que teriam misturado restos do porco desprezados pelos senhores de engenho ao feijão e à farofa de todo dia? Segundo os pesquisadores, isso não passa de mito. “Nunca encontrei nenhuma referência histórica de que o prato nasceu na senzala. O que se sabe é que houve influência europeia na criação”, diz Vilson Caetano de Souza Junior, professor da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia. Ele lembra que, no início do século 18, a base da alimentação dos escravos era a farinha de mandioca e de milho. “Nesse período de penúria alimentar, o porco era reservado apenas aos doentes, assim como a galinha e os ovos. As vísceras eram valorizadas em pratos como tripa de boi frita, de origem portuguesa. Os restos do porco não eram rejeitados, porque eram considerados iguarias na mesa da população abastada”, afirma.

Só no século 19 é que o hábito de comer feijão se estabelece no país. Agrega-se então o toucinho no caldo para dar gosto e sal. A partir daí, acredita ele, pode ter nascido a feijoada, influenciada por pratos europeus que misturam carnes, legumes e verduras, caso do cozido português e do cassoulet francês.

A verdade é que a feijoada, como disse Câmara Cascudo, ainda está em ebulição. Novos arranjos vêm sendo adicionados ao desfile apetitoso de pertences e novos estilos de apresentação reinventam esse prato que é paixão nacional. A seguir, veja onde comer uma bela feijoada nessa época de ventos frios e muita torcida.

ONDE COMER

Dinho’s:

O restaurante serve uma feijoada de qualidade excepcional às quartas e sábados. Organizada em buffet, ela custa R$ 98 por pessoa. Já quem quiser saborear o prato em casa, pode pedir a versão para viagem (R$ 168), que serve até quatro pessoas.

Alameda Santos, 45, Cerqueira César, tel. 3016-5333.

Bolinha:

A feijoada desfila quase que diariamente pela casa. De terça a domingo o restaurante serve, entre 11h e 23h, tanto a versão completa quanto a “magra”. Preços entre R$ 99 (durante a semana) e R$ 125 (finais de semana).

Av. Cidade Jardim, 53, Jardim Europa, tel. 3061-2010.

La Tambouille:

O caldo de feijão é o “welcome”, servido em taças e acompanhado de mini linguiças ao vinagrete, no bar. Depois vem a seleção das carnes e os acompanhamentos, servidos em porcelanas finas e cumbucas de prata (foto acima). Mas o que importa é que a feijoada é muito bem feita e saborosa. Só aos sábados, por R$ 123.

Av. Nove de Julho, 5.925, tel. 3079-6276.

Rancho Português:

Com a chegada do frio, a casa serve a Feijoada à Transmontana, da região de Candedo (feijão branco com joelho de porco defumado, pé, rabo, orelha, costela, paio português, cenoura e chouriço) às quartas e sábados, no almoço, por R$ 191 para duas pessoas.

Avenida dos Bandeirantes, 1051, tel 2639-2077.

O sucesso das franquias no setor de alimentação

O sucesso das franquias no setor de alimentação

O famoso sanduíche Dogue Alemão, do Cão Véio

Com a cachorrada solta

O cão está cada vez mais velho, mas está em plena forma e começa a dar cria. O gastropub Cão Véio acaba de completar cinco anos em Pinheiros e inicia sua expansão, por meio de franquias. Nos últimos meses, inaugurou quatro novas unidades, e muitas outras ainda virão.

O empreendimento é fruto de uma sociedade entre Henrique Fogaça, (jurado do programa “Masterchef Brasil” e chef do restaurante Sal), o músico Fernando Badauí (vocalista do CPM22) e Marcos Kichimoto, ex-promoter de festas. A casa é o lugar ideal para almoços, happy hours e noitadas regadas a boa comida e bebida.

Como seus donos, o espaço tem uma pegada hardcore, além de várias referências caninas na decoração e no cardápio. O Labrador Retriever, por exemplo, é o nome que se dá ao peixe do dia com crosta de castanha do Brasil, servido com mandioca cremosa e farofa de milho, enquanto o Bulldog Inglês é o nome do hambúrguer com cheddar, bacon, cebola caramelizada e picles.

Em 2016, os sócios abriram a empresa para franquias. Com consultoria da Global Franchise, uma das principais redes de consultorias de franquias do mundo, o trio de sócios tem como meta totalizar 60 franquias no país daqui a dez anos.

“Escolhemos o Cão Véio para abrir aqui na Zona Leste e não poderíamos ter feito uma opção melhor. Tem dia que chegamos a ter duas horas de espera. Se tivéssemos começado do nada, sem uma marca forte e sem a imagem do Fogaça por trás, ia demorar um tempão para chegarmos onde estamos”, avalia Carlos Eduardo Martins, um dos sócios da unidade do Tatuapé.

Bolo da avó é sucesso

Criada por Sônia Ramos em 2010, na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a Casa de Bolos começou de forma despretensiosa – Sônia sempre gostou de fazer bolos e decidiu arriscar – , mas nesses oito anos provou que a empreendedora, conhecida como Vó Sônia, tem mão e talento para o negócio. Hoje a rede conta com mais de 300 franquias no país, que vendem 70 sabores de bolos.

Só em 2017, Vó Sônia inaugurou 55 unidades, com faturamento anual de R$ 182 milhões, um aumento de 17% em relação a 2016. Este ano a empresa estreou na lista das  50 maiores franquias do Brasil, ranking divulgado pela ABF. Para Rafael Ramos, diretor de marketing da empresa e o filho caçula de Sônia, o objetivo é atingir em 2018 a marca de 350 franquias em todo o país, chegando a 400 unidades até o final de 2020.

Setor faminto:

R$ 43 bi foi o faturamento do segmento de franquias de alimentação no Brasil em 2017

34% das 50 Maiores Marcas de Franquias do Brasil, estudo da ABF, são do nicho de alimentação, que predomina no ranking

3° lugar é da marca Cacau Show, com 2081 unidades

1ª vez a marca Casa de Bolos entra nessa lista, com mais de 300 unidades no Brasil