logo
logo
Hora Campinas: Confira as dicas da semana

Hora Campinas: Confira as dicas da semana

Nos meses de junho e julho, você confere o melhor dos delivery de Campinas e região no Hora Campinas. Veja as dicas da semana!

Gastronomia bate à porta 

A Laticínio Búfala Almeida Prado se uniu ao chef Antonio Maiolica para desenvolver aPopUpCucinauma rede com os melhores produtores da região de Jaú, cidade do interior paulista. O programa combina frutas e vegetais orgânicos, cogumelos, cafés e avocados de origem, cervejas e gelatos artesanais, pães de fermentação natural, dicas de harmonização com vinhos e receitas. O chef escolhe os melhores ingredientes da estação e monta os pratos. São massas moldadas à mão acompanhadas por molhos simples e saborosos, carnes de vida digna temperadas e assadas lentamente, e sobremesas clássicas para serem compartilhadas. A Pop Up Cucina tem um sistema de entregas exclusivo dos pratos e produtos no número (14) 98162-4901. 

O menu à la carte do tradicional D’Autore Restaurante vai desde entradas, como o Polvo com polenta e alho negro, passando por pratos principais, como o Polvo & Gnocchi Frito, o Chorizo Black Angus com purê de mozzarela, até deliciosas sobremesas como o Manjar de Coco e o Creme Catalão com Churros. A casa de gastronomia contemporânea está funcionando por delivery de terça a sábado para o almoço e jantar e aos domingos para o almoço. Os pedidos podem ser feitos diretamente pelo contato do restaurante: (19) 3307 – 3921 (telefone fixo e WhatsApp) ou pelo aplicativo Ifood. 

Chorizo Black Angus com purê de mozzarella, farofa e chimichurri do D'Autore

Chorizo Black Angus com purê de mozzarella, farofa e chimichurri do D’Autore

 

Influenciadores se reinventam na quarentena com novos aprendizados

Influenciadores se reinventam na quarentena com novos aprendizados

Lives de yoga, aulas online de meditação e dança, exercícios em casa compartilhados no Instagram, workshop de drinks, e-commerce de flores e até leituras de mapa astral são possibilidades para conquistar leveza e boa consciência em período de confinamento. Os produtores de conteúdo e empreendedores têm mostrado incrível versatilidade na quarentena.  

Tábata Chang é formada em Nutrição, trabalha como influenciadora digital no ramo fitness, incentivando pessoas a levarem uma vida mais saudável com bom humor. Para esse período de isolamento, ela compartilha dicas no seu Instagram de como fazer exercícios em casa e atingir o bem-estar. O nome do projeto não poderia ser outro, é Quarentreino.   

Influenciadora fitness Tábata Chang

Influenciadora fitness Tábata Chang

“Não é necessário que você frequente academias ou box de crossfit para estar bem com o seu corpo. Exercícios funcionais feitos em casa poderão te ajudar na conquista da boa forma e, passado o distanciamento social, são boas opções para quem não tem tempo ou não pode ir à academia”, pontua.

Tábata mostra que é possível fazer esses exercícios sem equipamentos ou com conjunto de elásticos e garrafões de águaNo meu perfil, você encontra vários treinos de funcional elaborados por um profissional de educação física. 

A influenciadora é casada com o consultor de marketing e fotógrafo Claudio Marques, que começou a fazer drinques por hobby e hoje compartilha semanalmente as receitas nas redes sociais.

Procuro inspiração no YouTube, em canais como Educated Barfly, Steve The Bartender e How To Drink. Mas também uso apps como o Mixologist para descobrir drinques mais específicas de acordo com os ingredientes que tenho disponíveis”, conta.  

Como os dois buscam uma rotina saudável, as bebidas ficam para as ocasiões especiais e os dias de gravações. “Busco fazer receitas que não levem açúcar também”.  drinque favorito de Claudio é o Manhattan, à base de Bourbon. “É super fácil de fazer e toda pessoa fã de whisky com certeza irá amar. 

Assessor e fotógrafo Claudio Marques com seus drinques feitos em casa

Assessor e fotógrafo Claudio Marques com seus drinques feitos em casa

Tendências dos astros

Para uma verdadeira conquista de autoconhecimento, a astrologia se mostra como um caminho, como régua e compasso.  A astróloga Claudia Lisboa é professora há 40 anos, e hoje disponibiliza cursos online e faz leituras de mapa astral na internet. “O céu afeta cada um de forma diferente e os canais digitais tem possibilitado maior acesso a esse conhecimento”, revela. 

A crise vivida pela pandemia já era prevista por astrólogos e o período é de tirar boas reflexões, que são inadiáveis. “É um momento de mudança de paradigmas, precisamos transformar nossa relação com a economia, com o consumo, com nossas famílias, e isso vem da atitude de cada um”.  

Claudia pontua que, apesar de buscarmos respostas nos astros, tudo depende das ações humanas. O céu aponta tendências, spossibilitarmos as transformações positivas que esse período pede, vamos colher bons frutos daqui alguns anos”. Nas redes sociais da astróloga, é possível mergulhar nessas reflexões.  

Novas cores, texturas e formas

“Preciso trazer vida e cor para a minha casa” e “obrigada, você salvou o meu dia!” são frases que a florista Silvia Meili passou a ouvir muito com o isolamento social. Dona da “Une Fleur Atelier”, em Moema, na zona sul de São Paulo, ela é especialista em bouquets especiais e arranjos. 

 “Agora as pessoas pedem para enviar flores para parentes e amigos que estão sozinhos e distantes, fazendo com que sintam a presença um do outro, é um movimento muito bonito e que, com certeza, traz bem-estar”.

No Instagram do ateliê, chegam pedidos de flores que podem ser entregues na cidade toda. “As orquídeas são as preferidas do público nesse momento, independente de datas especiais, além de arranjos coloridos de astromelias”, conta. Para Silvia, a flor é uma possibilidade de se descobrir e um gesto de carinho e cuidado que se intensificou na quarentena.  

Kit de arranjo e bombons do "Une Fleur Atelier"

Kit de astromelias e bombons do “Une Fleur Atelier”

 

Emicida celebra “AmarElo Prisma” e reflete sobre a pandemia

Emicida celebra “AmarElo Prisma” e reflete sobre a pandemia

Nelson Mandela narra uma de suas atividades favoritas na autobiografia “Longa caminhada até a liberdade”. Cultivar uma horta significava manter-se são na penitenciária, onde ficou preso durante 27 anos sob o regime de segregação racial da África do Sul, o Apartheid. “Eu via a horta como uma metáfora para certos aspectos de minha vida. Um líder também deve cuidar de sua horta; ele também planta sementes, e então observa, cultiva e colhe o resultado”, escreveu.  

Para Emicida, plantar significa cultivar o bem viver e se voltar para o ritmo da terra. Mandela é, inclusive, a leitura de cabeceira do cantor. “As plantas me fizeram ter uma rotina. Notei que a jabuticaba está crescendo, é maravilhoso perceber essa evolução, agora estou dentro do andar natural do tempo”, repara, com um sorriso espontâneo e sincero.  

Em 2019, Emicida lançou o álbum "AmarElo"

Em 2019, Emicida lançou o álbum “AmarElo”
Crédito: Júlia Rodrigues

Seu álbum mais recente, “AmarEelo”, lançado em outubro de 2019, é uma homenagem ao cotidiano tranquilo. “Sou um velhinho de 80 anos no corpo de um rapper”, define o paulistano do “fundão” da zona norte. “Não moraria no centro da cidade, vocês não iam querer me ver na janela pedindo para abaixar o volume do som”, conta o agora morador de uma casa com jardim em Mairiporã, fora do eixo central da metrópole e onde passa a quarentena. “Estou próximo da Cantareira, o ar é mais puro”, defende e brinca.  

O sorriso e o tom de brincadeira talvez não sejam os comportamentos mais associados a um rapper. Emicida quebra estereótipos. A tônica de suas canções continua sendo os apontamentos de uma realidade com violência policial e racismo – questões duramente atuais no mundo -, e desde 2009 está nas rádios, na internet e nos encontros de rima da zona sul da capital paulista, que lançaram o cantor no cenário musical do país.  

Os problemas sociais também são vivências, infelizmente, presentes nas periferias de cidades brasileiras. A São Paulo de Emicida e de milhões de habitantes não foge a essa dura regra. Mas a suavidade, a alegria de viver e o amor são experiências humanas e subjetivas comuns a todos.

Então, o samba, o tom de voz mais baixo, as parcerias com outros ritmos e até o flerte com o pop ganham espaço na obra do artista. “Nos tirar a positividade é reduzir a nossa vida ao sofrimento e àquilo que não é causado por nós”, define. 

 

Emicida em meio às suas criações no computador e anotações

Emicida em meio às suas criações no computador e anotações

Em 2020, ano pandêmico, AmarElo se transformou em “AmarElo Prisma”, cujo conteúdo se espalha em formato de vídeo (às quartas-feiras, no canal no YouTube do rapper), podcast (às sextas-feiras, nas plataformas de streaming), imagem e texto (em seu Instagram, Facebook e Twitter). São reflexões, poesias e conversas. Emicida está em constante renovação.  

Tal qual uma sinfonia, o “AmarElo Prisma” foi organizado em Movimentos, que são lançados e destrinchados semanalmente. São quatro Movimentos no total, cada um regido pelos valores de “AmarElo”.

São: Paz (dialoga com o corpo), Clareza (aborda a mente e a saúde mental), Compaixão (fala da alma, empatia e capacidade de conexão com o outro) e Coragem (diz sobre o coração, o poder de criar uma nova história juntos, independente do medo gerado pelo desconhecido). Esta última, inclusive, traz a filosofia africana Ubuntu como referência (“eu sou porque nós somos”). “Juntos podemos fazer muita coisa foda”, reflete. 

Arte se semeia em casa

Emicida é Leandro Roque de Oliveira. Filho de Jacira Roque. “Fui criado por alguém que mesmo trabalhando duro em casas de família, ouvia muita música no rádio, lia poema em voz alta para treinar a leitura, ela é símbolo de perseverança e força para mim”, lembra. Dona Jacira, como é conhecida pela família e pelos quase 9 mil seguidores nas redes sociais, hoje é escritora e artista plástica.  

Ela lançou, em 2018, o livro autobiográfico “Café”, que narra suas memórias desde a infância – como o período difícil em uma escola de freiras – até a maternidade e outras experiências atuais. Mas Jacira faz isso de forma leve, amarrando as narrativas como se estivesse recebendo o leitor em casa para uma conversa ou um café da tarde gostoso.

“Minha mãe chorou muito quando o Renato Russo morreu, parecia que um tio meu tinha morrido. Ela amava Legião Urbana! É esse o papel da arte na vida dela”, resume o cantor, que também tem um irmão artista – o produtor musical Evandro Fióti.  

Cantor ao lado de sua mãe, dona Jacira, e de seu irmão, Evandro Fioti

Cantor ao lado de sua mãe, dona Jacira, e de seu irmão, Evandro Fióti

Cultivo de boas reflexões

A escuta é, muitas vezes, mais importante que a fala. “Quando nos fechamos em bolhas, ouvimos apenas quem pensa de forma parecida, assim estamos aplaudindo a nós mesmos”, define o rapper, que integra o time de comentaristas do programa da GNT “Papo de Segunda”, agora transmitido da casa de cada um. 

Toda segunda-feira, assuntos comportamentais, políticos e sociais são colocados em pauta para os humoristas e atores Fábio Porchat e João Vicente, o escritor Francisco Bosco,  e Emicida compartilharem suas visões. “Gosto daquele ambiente porque sei que eles terão olhares diferentes dos meus, e eu respeito muito isso, a vida é infinitamente possível”. Tanta sensibilidade faz o cantor parecer o mais quieto, mas, ao mesmo tempo, muito analítico naquele espaço. 

Paternidade e masculinidade são temas comuns nos episódios. “Não sei o que ser homem significa, mas ser pai me transformou em uma pessoa melhor, é mágico”. Emicida é pai de Estela, de 9 anos, e Teresa, de 2. Para o rapper, esses assuntos não eram recorrentes há pouco tempo, mas hoje já dominam rodas de conversas. “Isso tudo graça às mulheres que fazem a denúncia do machismo e aos homens que entram na discussão e conscientizam os outros”, comenta. 

 Flores que se alastram

Entre 2005 e 2009, o cantor ficou conhecido por seus improvisos, que o tornaram um dos MCs mais conhecidos de São Paulo. Venceu onze vezes consecutivas a batalha de MC da Santa Cruz e por doze vezes a Rinha dos MC, encontros em que rappers disputam as melhores rimas.

Na época, Emicida acumulou milhares de acessos em cada batalha sua no YouTube. Leandro, então, criou o acrônimo E.M.I.C.I.D.A (Enquanto Minha Imaginação Compuser Insanidades Domino a Arte). 

Das ruas paulistanas, Emicida ocupou muitos lugares com a sua música. O lançamento de “AmarElo” aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo, em novembro do ano passado. “Muito importante trazer um concerto de rap para cá”, Emicida anunciou no palco. “Isso aqui é o resultado do sonho coletivo de muita gente. Essa conquista é o que anistia o espírito de quem veio antes de nós e sofreu”, declarou.  

E, falando em espírito, Emicida lembra que, há 500 anos, pessoas negras eram entendidas como sem alma e, assim, a escravidão aconteceu e perdurou no mundo. “Parece distante, mas as consequências são muito atuais. No lançamento do álbum, naquele ambiente de arte, pegamos a nossa alma de volta”. 

Mc Carol no desfile da LAB na São Paulo Fashion Week

Mc Carol no desfile da LAB na São Paulo Fashion Week

Os projetos se multiplicam. Fundada em 2008 pelos irmãos Emicida e Fióti, a Laboratório Fantasma (LAB) é um hub de entretenimento que tem gravadora, editora, produtora de eventos e marca de roupas. Em 2016, a LAB estreou na São Paulo Fashion Week. “As passarelas do nosso país precisam ser um reflexo do que se vê em nossas calçadas, aquilo também foi importante para muita gente”. 

Neste mês, estreia a LAB Fantasma TV no Twitch, maior plataforma de e-sports do mundo. Emicida está em todos os lugares. Nas ruas, na TV e nos diferentes palcos, o rapper segue ocupando muitos espaços e, ao lado de outros artistas, planta mudanças importantes por onde passa. 

Papo reto na pandemia da Covid-19 

Emicida discorre sobre os impactos do novo coronavírus no Brasil e os posicionamentos necessários em meio à crise 

Emicida analisa a pandemia e seus impactos no Brasil

Emicida analisa a pandemia e seus impactos no Brasil. Crédito: Victor Balde

Na sua visão, qual o papel de cantores e artistas neste momento?

O mesmíssimo papel de qualquer outra pessoa comprometida com a civilização e não com a barbárie.  Ajudar a construir pontes que facilitem a travessia de quem se encontra em situações mais adversas. Se não for possível ajudar a construir, não atrapalhar quem está construindo já é uma grande ajuda. Artistas não são diferentes do resto dos seres humanos, aliás, para a natureza, a arte nem existe. Tudo é vida, manifestação da existência. Tudo está comprometido com a vida e a transformação necessária para que a vida aconteça, do bolor das comidas que se decompõe até as orquídeas que tanto admiramos.

Então, a arte, para mim, hoje, é se comprometer profundamente com a continuidade do ciclo da vida, isso não é feito somente por profissionais da área. A agricultura familiar produzindo e distribuindo cestas básicas de alimentos orgânicos via Movimento dos Sem Terra (MST) e os médicos no front, lutando contra o coronavírus, é esse o comprometimento com a transformação de que falo. 

Como você tem mudado a sua rotina de criação nesse momento de isolamento? Como é trabalhar em casa e cuidar de filhos e casa tudo junto?

Eu não estou preocupado em criar, sinceramente. Estou preocupado com quem, diferente de mim, atravessa esse período em uma situação desconfortável, de maneira semelhante às que já vivi. Tenho estudado piano, feito tarefas escolares e brincado com as crianças, feito exercícios físicos em casa, meditação, lavado louças e banheiros e cozinhado. Aprendi a fazer queijos e isso tem sido uma alquimia interessantíssima! Uma brincadeira mágica com a microbiologia, que é uma faca de dois gumes, desespera o mundo com a Covid-19, mas também gera as transformações mágicas dos laticínios. Eu me sinto o Rick Moranis no filme “Querida, Encolhi as Crianças”, quando fico observando essas transformações.

O fato é que o meu compromisso é ser uma pessoa melhor, que vai embora daqui sem ter estragado o planeta. Isso faz parte da minha rotina antes da pandemia. Esse é o meu lance: valorizar coisas simples, talvez por isso eu não esteja em frangalhos emocionais como muitos amigos. O sorriso da minha família me recarrega a bateria todos os dias e eu, independente do estresse que sentir, tenho o compromisso de sempre fazer quem eu amo sorrir, nem que seja uma vez no dia. 

Como foi a experiência de fazer uma live? Qual foi o retorno do público?

Bacana, mas nem se compara com um concerto ao vivo. As pessoas interagem bem, é legal o fato de quem está Acre vivenciar uma experiência junto com quem está em São Paulo, simultaneamente. Fizemos uma gigante, 8 horas, só canções de nossa autoria, algo impossível para muitos artistas, mas, para a gente, é só rotina. Nunca tínhamos tocado 8 horas seguidas. Às vezes, os shows têm 4 horas (se empolgamos no improviso), mas nesse aí a gente empolgou mesmo, e ainda faltou música. 

 O mundo vai mudar muito na pós pandemia. Muitos já observam como a mobilidade urbana sofrerá grande impacto, além de preocupações ambientais e discussões de direitos econômicos e sociais estarem muito em alta mundo afora. Mas, na sua opinião, o Brasil acompanhará esse caminho?

O Brasil é o único lugar onde o coronavírus vai se transformar em um detalhe devido à dimensão dos abismos sociais e a irresponsabilidade de quem está ocupando o Palácio do Planalto. Essa brincadeira de chamar pandemia de “gripezinha” vai comprometer, no mínimo, duas gerações. Uma chaga inesquecível.

Lembra quando Israel chamou o Brasil de anão diplomático? Hoje somos menos do que isso, um micróbio irrelevante em qualquer discussão frutífera a respeito de um bom caminho para o planeta. Vai doer e vai doer por muito tempo, por mais que tenhamos mentes brilhantes aqui dentro, o maior freio de mão que poderíamos ter está com a faixa presidencial. Elegeram uma âncora e agora todos vão pagar, pois a única vocação de uma âncora é descer o máximo que puder. 

 O que precisamos fazer para que o amanhã não seja um ontem com novo nome como você canta em “AmarElo”?

Podemos aprender que a perspectiva europeia que ainda norteia as grandes movimentações desse lugar não é necessariamente uma mentira, mas é apenas uma forma de analisar a realidade e que muitas outras podem acrescentar e nos tornar um lugar melhor se as observarmos com a capacidade de aprender. Os Yanomami estão aqui ainda, por que não os trazemos à luz? Povos que antecedem a chegada dos europeus, eles lidam com essa terra há 10 mil anos, tem muito a nos ensinar, mas os parâmetros que essa sociedade preferiu seguir são esses de uma mão única que destrói tudo por onde passa e depois da catástrofe põe a culpa em Deus. Deus é cada árvore cortada e cada criança quilombola chorando por ver sua casa derrubada pelas forças armadas, Deus é sempre o mais vulnerável.  

 

Disco do Aldir Blanc e Maurício Tapajós vira seriado

Disco do Aldir Blanc e Maurício Tapajós vira seriado

O emblemático LP duplo que leva os nomes de “Aldir Blanc e Maurício Tapajós“, lançado em 1984, ganha inédita adaptação visual para série de ficção. Criada e dirigida por Frederico Cardoso com os atores Guida Vianna e Lionel Fischer no elenco, “Imagem Vinil” personifica crônicas bairristas extraídas das 20 composições autorais do disco. A série será exibido em rede nacional a partir de 4 de junho, às 21h, na Prime Box Brazil. O teaser da obra traz depoimento exclusivo do Aldir sobre bastidores de criação do álbum.
Disco "Aldyr Blanc e Maurício Tapajós"

Disco “Aldir Blanc e Maurício Tapajós”

A narrativa cômica dramática capta galeria de situações que desvendam a Tjiuca, na zona norte do Rio de Janeiro. “Um bairro intenso, frequentado por juventude frenética e morada de idosos conservadores, que não fogem de comemorações e de botecos”, contextualiza Cardoso, nascido e residente do local há 48 anos. Embora amparado pela licença dramática, o roteiro de onze episódios independentes não distorce a criação dos letristas. “Há, no entanto, interpretações minhas e dos atores, haja vista que a riqueza de detalhes das composições dá margem a diferentes compreensões”, ressalva Frederico.

Maurício (interpretado por Roberto Rodrigues) conota o sentimentalismo das faixas “Perder um Amigo” e “O Bonde” no episódio inicial, “Saudades”. O advogado com escritório na famosa Praça Saenz Peña não quer sair do seu bairro de origem para viver com Fátima (Clarisse Zarvos). Envolvido por lembranças do seu falecido avô, embarca em uma viagem imaginária pela Tijuca Antiga. Vai ao “cinema” (onde atualmente é uma farmácia e igreja) e passeia de “bonde” (percurso do táxi). Ele chega a desmarcar clientes e de nada adianta o seu irmão e sua noiva quererem o tirar dessa paranoia.

Atores Roberto Rodrigues e Clarisse Zarvos no episódio "Saudades", de "Imagem Vinil"

Atores Roberto Rodrigues e Clarisse Zarvos no episódio “Saudades”, de “Imagem Vinil”

O realismo estético norteou a fotografia da obra, dirigida por Cristiano Moraes. Captação de luz natural nas cenas e filmagens externas sem interferências na rotina local foram alguns recursos utilizados. O Bar da Dona Maria, boteco na Rua Garibaldi onde Aldir e Maurício se reuniram com parceiros para compor foi um dos cenários escolhidos, que se junta ao Estádio do Maracanã, ruas e comércios. O elenco principal também é formado pelos atores Marcello Melo, Maria Clara Guim, Christian Santos, Anderson Quack, Flávio Bauraqui e Arlindo Paixão (Mongol)A faixa “Querelas do Brasil” é o tema da trilha sonora de abertura dos episódios, que trazem animações de Leandro Ferra.

“Imagem Vinil” é produzida por Cinema Petisco, Cidadela e Pé de Moleque Filmes. “Ouvia o disco na adolescência por causa do meu pai, na década de 80, e isso me deu vivência musical. Escutando-o repetidas vezes, entendi as letras pelo pensamento visual.  Quando decidi filmá-lo, o desafio foi transpor não só as faixas, mas poesias e pinturas do LP, que parece um livro. Vejo nitidamente nos episódios a realidade paralela e atemporal que Aldir e Maurício criaram”, esclarece Frederico Cardoso sobre a idealização do projeto.

O compositor Aldir Blanc, conhecido também por músicas como “O Bêbado e a Equilibrista”, eternizada na voz de Elis Regina, morreu em 4 de maio deste ano no Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, após luta contra o coronavírus. Ele tinha 73 anos.

Sexta é dia de pizza: Conheça alguns delivery especiais

Sexta é dia de pizza: Conheça alguns delivery especiais

Precisamos manter algumas tradições vivas para seguirmos firmes na rotina de trabalho diferente e durante o distanciamento social em meio à pandemia. Pedir uma pizza em uma sexta-feira à noite é uma boa opção. Então, aqui vão duas dicas de delivery especiais em São Paulo:

QT Pizza Bar

A QT Pizza Bar, na região central da cidade, apresenta dois novos sabores de pizza até o fim do mês (31 de maio), para pedidos no delivery ou take away.

A chef Vitória Calmon criou a Pizzanoffee (Banana com especiarias, Doce de leite caseiro e Merengue suíço maçaricado – R$ 30) inspirada na sobremesa inglesa Banoffee e a primeira pizza doce da casa. O outro sabor é a Rucuola(Rúcula em duas versões: pesto e selvagem, Tomates assados e Queijo de cabra – R$ 40). O cliente que pedir as duas pizzas ganha um desconto, o combo sai pelo valor de R$ 55.

O cardápio prioriza as redondas individuais, feitas com a técnica de fermentação “sourdough”, em que a massa é fermentada com lactobacilos e leveduras presentes naturalmente no ambiente e nos grãos do cereal do qual a farinha foi feita.

Os pedidos devem ser feitos na própria pizzaria ou pelo Ifood, Rappi ou Uber Eats. A área de entrega da QT é de 7 km.

Pizzanoffe, da QT Pizza Bar, em São Paulo

Pizzanoffe, da QT Pizza Bar, em São Paulo

Lellis Tratoria e Pizzaria

A Lellis Trattoria e Pizzaria, nos Jardins, promove uma promoção especial para seu serviço de delivery durante a quarentena. Para todos os pratos do serviço de entrega da cantina , o cliente tem 20% de desconto. Já na Pizzaria Lellis todas as pizzas, com exceção das brotinhos, terão 30% de desconto.

As mais pedidas da casa são: Di Parma (molho de tomate fresco, presunto di parma, rúcula, tomate seco e mozarela especial), Premiata (calabresa especial, cebola raxa, mozarela especial e molho de tomate fresco), Portuguesa, Marguerita e Atum à moda da casa.

Os pedidos podem ser feitos pelo Rappi, Ifood e pelo delivery próprio, no número (11) 3062-7699. O cardápio completo pode ser acessado aqui.

Pizza di Parma, da Lellis Pizzaria

Pizza di Parma, da Lellis Pizzaria