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Bom de copo: a quantidade de hidratação ideal

Bom de copo: a quantidade de hidratação ideal

A ideia de que pessoas adultas devem consumir ao menos dois litros de água por dia virou um senso comum. Porém, para uma hidratação ideal é necessário observar o peso, a idade, o tipo e a intensidade da atividade física praticada e até mesmo o clima de onde se vive.

hidratação ideal

Foto: Getty images

Para não restar dúvidas, o ideal é consumir 40 ml por quilo ao dia. Então, uma pessoa de 70 kg deve beber 2,8 litros de água. Se ela vive em um país quente, como o nosso, e ainda é ativa, há a necessidade de aumentar esse volume para 60/65 ml.

Esse número surpreende a maioria das pessoas, mas é bom lembrar que alguns alimentos potencializam a hidratação. Incluir na alimentação diária de 200 a 400 g de vegetais e frutas é um bom hábito, já que têm grande quantidade de água. Alguns chegam a mais de 90%, como o chuchu e a pera.

Outras práticas ajudam a alcançar a hidratação ideal. No trabalho, deixar uma garrafa de água acessível, que possa ser visualizada na mesa do escritório, evita a desidratação ao longo de um dia corrido. Em casa, beber um copo de água logo após ir ao banheiro, é outro hábito que auxilia a reposição. E um alerta importante: idosos devem incluir essas práticas mais vezes ao dia, por terem uma resposta mais lenta do corpo sobre a necessidade de hidratação. Portanto, quanto mais velha é a pessoa, maior deve ser a atenção à quantidade de água ingerida.

Também é preciso ter cuidado com a qualidade da água. A maioria das cidades brasileiras tem tratamento adequado para a água em suas companhias de saneamento básico.

Apesar disso, é sempre bom lembrar que a água da torneira não é para ser ingerida, por causa da presença do cloro usado durante o tratamento. Buscar filtros que contenham carvão ativado é a melhor alternativa e eles devem ser trocados a cada seis meses.

E uma dica interessante: quando há problemas com abastecimento, é o consumo da água gaseificada que pode ser o mais indicado. Como a inserção de gás na água requer um processo industrial adequado, a segurança torna-se praticamente completa.

E o pH?

Discussões nas redes sociais aumentam a busca por “água menos ácida”

Mesmo com informações compartilhadas na internet a respeito, não existe consenso científico sobre o pH alcalino e seus benefícios para a saúde. Os estudos mostram que beber água “mais ácida” não está relacionado com o desenvolvimento de doenças. Talvez a maior prova disso é que o consumo de água com limão em jejum é cada vez mais recomendado pelos médicos. Não há dúvidas de que a água, qualquer que seja, é essencial à saúde.

Bom de copo: a bebida da vez agora é o chá

Bom de copo: a bebida da vez agora é o chá

Parece curioso, mas no país do cafezinho o chá vem conquistando cada vez mais espaço. Preocupadas com a saúde e a qualidade de vida, as pessoas estão mudando seus hábitos de consumo e incluindo no seu dia a dia boas xícaras de chá. De 2013 a 2018, o consumo no Brasil cresceu 25%, quase o dobro da média mundial, de 13%. As gôndolas dos supermercados, que medem o comportamento do consumidor, mostram essa tendência, com chás dos mais diferentes tipos. Definitivamente, foi quebrado o paradigma de que chá é coisa de velho e deve ser tomado quente.

Aromático e saboroso, o chá se tornou o companheiro do dia a dia do brasileiro. Foto: Getty Images

Aromático e saboroso, o chá se tornou o companheiro do dia a dia do brasileiro. Foto: Getty Images

Ele fica ótimo gelado, em drinques e tem sido muito usado na gastronomia. Hoje, há chefs que utilizam o chá em seus pratos como ingrediente – o matchá, por exemplo, pode ser usado em doces. Ao mesmo tempo, os restaurantes têm lançado mão do chá em harmonizações, com opções quentes ou geladas que combinam com entradas, pratos e sobremesas.

Os chás podem ser energizantes ou relaxantes. Os primeiros têm naturalmente um composto químico chamado teína, que age no corpo humano como um energizante, da mesma forma que o café. A diferença entre a teína no chá e a cafeína no café é o modo como ela afeta o seu corpo: a teína proporciona um efeito energizante longo e suave, enquanto a cafeína implica em picos pontuais de energia, altos, mas curtos.

Os chás relaxantes têm pouca (ou nenhuma) teína. Essa quantidade da substância é proporcional ao nível de oxidação ao qual as folhas de chás são submetidas; esses processos de oxidação são os que originam a classificação de chás entre preto, vermelho, verde, branco e azul (oolong) – ou seja, os chás brancos contêm pouquíssima teína e os chás pretos contêm muita teína. Isso é importante na hora de escolher quais chás estarão no seu dia a dia. Chá preto pela manhã para energizar, chá branco (conhecido como chá da beleza) antes de dormir, chá vermelho depois de refeições, pelas qualidades digestivas, e assim por diante.

Vale lembrar que essas classificações só se aplicam aos chás – as bebidas provenientes da Camellia Sinensis. As infusões e Rooibos têm suas próprias qualidades químicas, que por sua vez variam de acordo com os ingredientes nas mesclas em que são apresentados.

Como preparar

A água não pode ferver, pois queima as folhas, tira as propriedades e o sabor. Ela deve ser desligada quando começam a surgir as borbulhas. Para 200 ml de água, deve ser usada apenas uma colher de chá (2 g). Atente para o tempo de infusão. Para o chá verde, apenas 2 minutos; para o branco, o Pu Erh e o Oolong, 3; para o preto, 4; a infusão com frutas pede 6; e a infusão com especiarias exige 8 minutos. O chá gelado deve ser feito a partir de um concentrado, misturando na hora em uma jarra com muito gelo.

Michel Bitencourt é CEO da Tea Shop Brasil, companhia espanhola com 96 unidades na Europa e América Latina, que conta com 34 lojas no Brasil.

Bom de copo: drinques feitos com vinho

Bom de copo: drinques feitos com vinho

Uma tendência nova e crescente é o uso do vinho em coquetéis, que ganham elegância, charme e sabor com as qualidades dessa bebida rica e super aromática. Embora o espumante seja empregado tradicionalmente em drinques com frutas – um clássico é o coquetel de champanhe –, os vinhos mais indicados para a mixologia são os brancos, os rosés e os Portos.

Quando adicionado a outras bebidas, como o gim, o vinho ressalta suas características aromáticas, além de sua acidez peculiar. Um exemplo é o drinque Winehouse, servido no Terço Bar, na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Um dos mais pedidos da casa, ele é uma junção de gim, vinho do Porto branco, rosas, amora, hortelã e tônica.

Porto Tônica, uma bebida popular em Portugal e deliciosa, feita com vinho do Porto branco. Foto: Divulgação

É possível também usar o vinho como espuma na mixologia. O recurso é bem interessante, pois dá o toque final no copo, e pode ser feito com diversas técnicas e ingredientes. Os principais são a clara de ovo, a gelatina e o versawhip, feito com proteína da soja.

O Smurfs, por exemplo, é feito com o xarope Monin de maçã verde, um mix de cítricos e a espuma de vinho rosé, que vai por cima.

Um drinque muito popular em Portugal é o Porto Tônica, delicioso e refrescante para o verão. Gosto muito de usar o Porto Branco Chip Dry da Taylor’s, que é perfumado, complexo e muito aromático. Excelente como aperitivo, esse drinque é simples: em um copo alto você coloca 60 ml de Porto Branco e completa com água tônica gelada, rodelas de limão siciliano, folhas de hortelã e pronto.

O importante é fazer a mistura certa, colocando as quantidades ideais para que haja harmonia entre as várias bebidas escolhidas e os insumos.

Outro drinque interessante com o tradicional vinho do Porto, mas dessa vez com o tipo Ruby, é o que leva café Nespresso, licor Chambord de framboesa, Porto e gelo. Tudo é batido e servido na hora, fica maravilhoso. Dos vinhos do Porto, os ideais para drinques são o branco e o Ruby .

De qualquer forma, a dica principal é não ter medo, usar a criatividade e apostar também no que agrada o seu paladar. Não dá para criar um drinque com uma bebida que você não gosta, não é? Ótimo início de ano!

Que tal um Periquitonic ou Periquipeach?

Um dos vinhos mais vendidos no Brasil, o português Periquita tem sido degustado também em coquetéis. O Periquitonic é composto por meia taça de Periquita branco, gelo e água tônica – e guarnecido com fatias de limão siciliano e hortelã. Já o Periquipeach leva meia taça de Periquita rosé, gelo, suco de pêssego e um toque final de alecrim. Ambos são fáceis de fazer em casa e são puro frescor nas tardes quentes de verão, à beira da piscina ou mesmo em uma refeição com os amigos.

Bom de copo: A tequila vai muito além da balada

Bom de copo: A tequila vai muito além da balada

Conhecida por sua face notívaga, brilhando no cenário de festas e baladas mundo afora, a tequila vem sendo valorizada por outras características, o que tem provocado uma grande mudança nesse mercado. Em vez da bebida fácil e barata, engolida em shots, fortalece-se agora a de alta qualidade, degustada, harmonizada e apreciada em diferentes circunstâncias.

A tequila é feita a partir da destilação do agave azul, uma planta que nasce nas montanhas do Estado de Jalisco, no México. Como acontece com o champagne, que só pode ser assim chamado caso seja produzido na região de Champagne, na França, a bebida é uma denominação de origem controlada: ela só é realmente tequila se foi produzida nas regiões mexicanas que plantam agave. Mais precisamente nos estados de Michoacán, Nayarit, Guanajuato, Tamaulipas e Jalisco, territórios de solo vulcânico, ideais para o cultivo dessa planta interessantíssima, frequentemente confundida com um cacto.

Drink com tequila

Margarita com morango. Foto: Divulgação

O agave demora oito anos para ser colhido e 44 minutos para ser cortado e encaminhado com agilidade para a destilação. Na produção da bebida utiliza-se apenas o miolo, chamado de pinha. Após a colheita, a pinha é levada até a sede da Tradicional Hacienda de Tequila, permanecendo 72 horas em aquecimento. Depois é triturada e levada para os tanques de fermentação. A tequila pode ser 100% de puro agave ou ter uma parte cortada por álcoois neutros.

Bebida-símbolo do México, já era consumida na região central do país antes da chegada dos europeus, e era então conhecida como pulque, bebida fermentada e produzida a partir da seiva do agave americano. Quando os conquistadores espanhóis esgotaram seus estoques de conhaque, passaram a destilar o agave, criando, assim, uma das primeiras bebidas destiladas da América. A tequila foi produzida pela primeira vez no século XVI, perto da atual cidade de Tequila, a qual só viria a ser fundada oficialmente em 1666.

Entre as marcas premium, destaca-se a Patrón, fundada em 1989 por John Paul DeJoria e Martin Crowley, e produzida artesanalmente até hoje. A Patrón Silver é perfeita para coquetéis, principalmente os de frutas. Tem aromas sutis do agave azul, notas frutadas e levemente cítricas, lembrando abacaxi, com final agradável e picante.

Como degustar

Ela deve ser consumida pura, com gelo ou em coquetéis como o Tequila Sunrise e a famosa Margarita, em suas diversas variações. É uma bebida tão versátil quanto a vodca, mas que agrega o seu sabor marcante na mixologia. Que tal uma Tequila Tonic ou uma caipirinha de tequila? Em geral, a bebida é apresentada em três formas: a Tequila Silver, a Reposado, que como o nome sugere “repousa” por alguns meses em barris de carvalho, e a Tequila Añejo, envelhecida em barris de carvalho.

Bom de copo: drinques com zero álcool e muito sabor

Bom de copo: drinques com zero álcool e muito sabor

Em Nova York, Londres, Paris, Madri e várias outras cidades cosmopolitas, bebidas e drinques com zero álcool são uma tendência forte. Um motivo importante é o crescimento de pessoas que levam um estilo de vida mais saudável e evitam consumir grandes quantidades de álcool. Mas não é só isso.

Drinque Pink Lemonade, do Eugênia Bar e Café. Foto: Divulgação

Cada vez menos gente procura o efeito entorpecedor do álcool – aquela história de tomar dois coquetéis rapidinho para ficar louco. Ao contrário, hoje se busca a apreciação da bebida, para degustar a noite toda. As demandas são diferentes e as pessoas querem ter opções de consumo customizadas, sem comprometer o sabor. E os drinques com baixo teor permitem isso.

No Brasil, essa tendência ainda não vingou totalmente. A última onda que surgiu, e ainda é forte, é a do Gin Tônica, um coquetel de teor tédio. Acho que ainda vai levar um tempo para convencer os brasileiros de que drinques à base de vermute são interessantes.

Há um mundo de ingredientes para explorar nos drinques com zero álcool. Eles podem ser feitos com vermutes, xaropes artesanais de diversos sabores, ervas (como hortelã e alecrim), chás, água tônica, água de coco e gaseificada, especiarias, espumas e até mesmo aperitivos. Esses drinques não têm nada a ver com os coquetéis superaçucarados de antigamente.

As pessoas estão aprendendo a fugir do açúcar. Elas procuram algo diferente, com perfil mais cítrico ou refrescante. Um exemplo é o coquetel Pink Lemonade, do Eugênia Bar e Café. É o coquetel sem álcool mais pedido por lá, feito com xarope de morango artesanal, produzido na casa, suco de limão taiti e club soda.

Outras bebidas em alta nos bares e que, além de saudáveis, podem render criativos drinques, são os chás, o matchá (extraído da mesma erva que o chá verde) e o kombucha, probiótico produzido a partir da fermentação de chá adoçado das folhas da planta Camellia Sinensis.

Faça em casa

Muito refrescante para os dias quentes é o Lime Rickey, conhecido como Mojito Sem Álcool

Confira os ingredientes:

  • 5 folhas de hortelã
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • 20 ml sumo de limão taiti
  • Água com gás

Modo de preparo:

Em um copo longo, macere as folhas com o açúcar, adicione o limão e encha de gelo. Complete com a água e misture. Finalize com um ramo de hortelã para decoração e, se tiver em casa, um lance de Angostura, de sabor amargo ou agridoce, que dá um toque charmoso. Mas se não tiver, fica gostoso do mesmo jeito.