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Quer se especializar em mel e queijo?

Quer se especializar em mel e queijo?

Instituto lança curso sobre queijos e meles brasileiros

Com o intuito de propagar o conhecimento sobre a cozinha brasileira, a chef Ana Luiza Trajano inicia, no mês de maio, sua programação de cursos livres que serão ministrados no Instituto Brasil a Gosto. Com um ou mais módulos, as aulas, que acontecem no Campus Liberdade da FMU, nova sede do IBAG, serão vendidas pela plataforma da FoodPass.

O primeiro curso, que acontecerá nos dias 2, 7 e 10 de maio, terá como tema Queijos Brasileiros e será ministrado pelo mestre queijeiro Bruno Cabral. “Durante muitos séculos, o queijo no Brasil não era acessível, mas nos últimos 20 anos estamos vivendo um resgate dessa cultura e, por fim, o queijo vem alcançando seu lugar na mesa”, diz Bruno.

A primeira aula será dedicada à história do queijo, bem como a localização geográfica dos principais produtores nacionais e internacionais e a descrição das famílias de queijos e suas diferenças. Ainda neste dia haverá degustação de queijos nacionais de pequenos produtores. No segundo encontro é a vez de falar do queijo de leite cru, onde os alunos produzirão o queijo e coalhada com leite de ovelha. Por fim, na última aula será a vez de aprender a harmonizar queijos nacionais e meles de abelhas nativas, que será apresentado por Eugênio Basile, da MBee.

Os horários das aulas é das 19h30 às 22h30 no dia 2/5 e 10/5 e das 19h às 23h no dia 7/5. O valor da primeira aula é de R$ 220, da segunda R$ 400 e da terceira R$ 120. O combo para as três aulas é de R$ 592.

Outros cursos já estão programados: Pães de Fermentação Natural, com Luiz Américo Camargo; Kombucha, Refrigerantes Naturais e Conservas, com a Companhia dos Fermentados e Bebidas Brasileiras (cachaças, cervejas, vinhos, drinques e garrafadas).

https://www.foodpass.com.br/projetos/instituto-brasil-a-gosto

O Instituto Brasil a Gosto está de cara, casa e proposta novas Entidade presidida pela chef Ana Luiza Trajano anuncia uma série de novidades: site, websérie de receitas, cursos, parceria com a FMU e com o Pão de Açúcar

O Instituto Brasil a gosto, dedicado a pesquisas e resgates das tradições gastronômicas nacionais, apresenta novidades e seus planos para 2018.

Sala de aula

No início do ano, Ana Luiza Trajano deu assistência para a concepção da primeira pós em gastronomia da FMU, parceira do Instituto desde o fim do ano passado. Lançado em março, o curso é dividido por ingredientes e não biomas, e tem a chef como professora convidada dos módulos da mandioca e do milho.

Dando sequência ao desafio de propagar o conhecimento sobre cozinha brasileira, agora em maio começam os primeiros cursos livres no Instituto Brasil a Gosto. Com um ou mais módulos, comprados pela plataforma da FoodPass, eles serão oferecidos na sede do Instituto, na Liberdade. O primeiro terá como tema os Queijos Brasileiros e será ministrado pelo Mestre Queijeiro Bruno Cabral. Acontece nos dias 2, 7 e 10 de maio, quando os alunos poderão fazer uma degustação de queijos acompanhados por vários tipos de mel de abelhas nativas, apresentados por Eugênio Basile, da MBee. Outros cursos já programados são: Pães de Fermentação Natural, com Luiz Américo Camargo;  Kombucha, Refrigerantes Naturais e Conservas, com a Companhia dos Fermentados; e Bebidas Brasileiras (cachaças, cervejas, vinhos, drinques e garrafadas).

Brasil a Gosto

Um dos pilares do Instituto Brasil a Gosto, fundado pela chef Ana Luiza Trajano há dois anos, é promover e divulgar conhecimento sobre a cozinha brasileira. Para isso, além de livros (Básico – Enciclopédia de Receitas do BrasilMisture a GostoCardápios do Brasil; e Brasil a Gosto), a entidade passa a contar com uma forte plataforma digital.

Entra no ar agora o site brasilagosto.org. Em português e inglês, ele é muito mais do que um canal institucional. Tem uma área para publicação de novidades, divulgação de eventos e cursos, apresentação de pesquisas, compartilhamento de histórias, assim como um banco de dados de receitas e ingredientes nacionais, que será alimentado gradativamente com o material coletado pelos últimos 15 anos de pesquisa da chef.

Pelo site também será possível acompanhar os projetos do Brasil a Gosto, comprar seus produtos, se engajar como voluntário, se inscrever em cursos e fazer doações à instituição – divididas em planos de valores diferentes, partindo do Tira-gosto, de 25 reais.

Junto com ele foi feita a reformulação das redes sociais do Brasil a Gosto, facebook.com/Brasilagosto e Instagram.com/InstitutoBrasilaGosto, alimentadas com notícias, histórias, receitas e imagens da cozinha brasileira.

O Instituto também inaugura seu canal no Youtube. Lá está sendo lançada a primeira série de vídeos passo a passo totalmente voltada a receitas tradicionais da cozinha nacional. Broa de milho, arroz carreteiro, acarajé e bobó de camarão são alguns dos pratos que serão explicados em vídeos curtos, didáticos e dinâmicos.

Juntos somos mais fortes

Este é um dos motes do Instituto, que busca ações em que possa interligar os vários elos da cadeia. Um dos frutos desta preocupação é a linha Caras do Brasil, que leva para as gôndolas de 80 lojas do Pão de Açúcar artigos de pequenos e médios produtores comprometidos com a gestão e a produção sustentável de seus negócios, selecionados a partir de uma curadoria do Brasil a Gosto. “Foram anos de trabalho garimpando esses artesãos da cozinha brasileira, pessoas que merecem destaque, mas que raramente têm a chance de se colocar dentro de uma grande rede de varejo”, diz Ana Luiza. Hoje a linha conta com 20 fornecedores regionais ativos e um portfólio com mais de 70 produtos de diferentes regiões do Brasil, entre farinhas, geleias, mel, castanhas e até artesanato.

Em 2018, o desafio é colocar em ação outro projeto que tem como meta conectar a cadeia gastronômica nacional. Desta vez, o Instituto Brasil a Gosto une-se à Embrapa, em um projeto que começa piloto na unidade do Clima Temperado, em Pelotas, mas que tem intenção de se expandir para as demais regiões.

#pelacozinhabrasileira

Para coordenar tantas iniciativas, um time foi escalado por Ana Luiza: Erika Chou, executiva do mercado financeiro, é quem responde pela direção administrativa; Bel Moherdaui, jornalista com vasta experiência em veículos como ClaudiaVogue e Veja, é a diretora de conteúdo, que tem em seu núcleo Leticia Rocha, jornalista especializada em gastronomia e mestre em Cultura Alimentar. Karina Pereira e Marizete Santos, cozinheiras que acompanham a chef desde o princípio do restaurante Brasil a Gosto, comandam as panelas em feiras e eventos dos quais o Instituto participa. Para complementar, um conselho multidisciplinar com nomes como a chef Roberta Sudbrack, as executivas Chieko Aoki e Sônia Hess, o consultor Charles Piriou, e o empresário Alexandre Canatella (CEO e co-fundador do Cybercook) e  a chef, pesquisadora e ativista Jussara Dutra.

O objetivo é reunir cada vez mais nomes no movimento #pelacozinhabrasileira e levar o patrimônio alimentar cultural do país para mercados, feiras, supermercados e mesas de todos os brasileiros.

Assista ao vídeo-manifesto do Instituto Brasil a Gosto em: youtu.be/GSbcRSxndsI

site: www.brasilagosto.org

Instagram: @institutobrasilagosto

Facebook.com/Brasilagosto

Youtube: Instituto Brasil a Gosto

Comida di Buteco fica até 13/05 em SP

Comida di Buteco fica até 13/05 em SP

A 19ª edição do Comida di Buteco começou no dia 13 de abril  e vai até 13 de maio na capital paulista. No Brasil todo, são 21 regiões simultaneamente com quase 600 butecos participantes. Em São Paulo, são mais de 50 bares que estão no concurso, em todos os bairros da cidade.

Criado em 2000 com o objetivo de resgatar e valorizar a cozinha de raiz através da visibilidade dos butecos espontâneos/tradicionais, o concurso Comida di Buteco tem a cada ano crescido mais, com novidades e butecos muito interessantes, que se empenham em participar desse movimento em prol do sabor, do bom atendimento e da simpatia. O preço máximo do petisco participante é R$ 25,90, e este ano o destaque é a carne de porco, portanto a maior parte dos bares usa a carne suína no preparo.

Confira alguns dos butecos participantes em São Paulo e vá experimentar as delícias dessa cultura tipicamente brasileira.

ACARAJÉ BOTEQUIM 

Acarajé do Val é o petisco participante do Acarajé Botequim

Com petiscos típicos da Bahia, o Acarajé Botequim oferece porções que vão do acarajé (carro-chefe da casa) a caldos de mocotó e carne seca, entre outros. Tudo isso, podendo ser apreciado com cachaça, cerveja gelada, batidas ou caipirinhas. A decoração é toda inspirada na Bahia com quadros e bibelôs espalhados pelo local. É a primeira vez que este bar de quase três anos participa do concurso Comida di Buteco. O Acarajé do Val é o petisco participante. Endereço: Av. Presidente Altino, 199A – Jaguaré, tel. 2659-7369. Terça a sábado 17h30 às 23.

BAR DE VIDRO

Quitute do Bar de Vidro

Há 52 anos o Bar de Vidro surgiu como uma mercearia de bairro. Hoje é um tradicional ‘buteco’ localizado no bairro do Tucuruvi. A administração está na segunda geração da família, que faz da preparação artesanal de seus petiscos o seu diferencial. Participa do Comida di Buteco desde 2014.O petisco Lasquei-me está no concurso: lingüiça fresca servida com dadinhos de tapioca, acompanhada de anéis de cebola. Endereço: Av. Álvaro Machado Pedrosa, 476 – Tucuruvi, tel.  2981-6114. Segunda a sábado das 16h00 às 22h00.

BAR DO BERINJELA

Antepastos com berinjela, o forte da casa

Existe há 53 anos no Tatuapé, região leste de São Paulo. É um ‘buteco’ tradicional e despojado, com comidinhas clássicas servidas em mesas na calçada e ambiente intimista.Em 2013 venceu o Comida di Buteco com o petisco Surpresa de Berinjela’, um bolinho de berinjela com linguiça refogada e queijo parmesão cortado em cubos. Desde então, esteve presente em todas as edições. Participa com o petisco Berinjelowski, um antepasto de casca de berinjela com cogumelos flambados na Vodka, tomate, azeitona e castanhas servidos na taça. Acompanha batata chips e pães. Praça 20 de Janeiro, 67 – Tatuapé, tel. 2671-2992. Terça a Sexta das 16h00 às 23h00 | Sábado das 12h00 às 20h00.

BAR BAMBU

Paillard de lombo suíno empanado, recheado com costelinha suína, acompanhado de batata rústica e coleslaw

O bar, localizado na zona norte paulistana, tem sotaque português e é especializado em petiscos lusitanos e sanduíches. Aberto desde 1971, dispõe de balcão e área para fumantes com vista para a Serra da Cantareira. Endereço: Rua Conselheiro Moreira De Barros, 1084 – Santa Terezinha, tel. 2283-4350. Terça a sexta 17h à 0h / Sábado 13h a 0h / Domingo 13h a 19h.

BAR DO CELSO

O estilo é simples e o salão exibe nas paredes fotos relacionadas aos mundos do samba e do futebol. As sugestões do Celso são os pasteis de berinjela com muçarela e o cremoso bolinho de risoto de queijo. O Bar do Celso participa do Comida di Buteco desde 2015. O petisco deste ano é o Dona Fritas e Seus 2 Filés, batata frita ao molho de catupiry e bacon, acompanhados por filé de alcatra ao molho de tomate fresco, muçarela e parmesão e molho de gorgonzola. Endereço: Rua Brejo Alegre, 414 – Brooklin, tel.  5506-6418. Segunda a Sexta das 17h00 às 23h00 | Sábado das 12h00 às 22h30.

BAR DO DUDA 

Localizado na Vila Matilde, zona Leste, o Bar do Duda oferece petiscos durante a noite e refeições e petiscos nos finais de semana, incluindo feijoada aos sábados. Todas as carnes utilizadas no estabelecimento são orgânicas e preparadas na churrasqueira a bafo. O carro-chefe do estreante no concurso Comida di Buteco é o cupim orgânico recheado com linguiça calabresa e que representará o bar na competição. Endereço: Rua Cel. Pedro Dias de Campos, 1018 – Chácara Seis de Outubro, tel. 3791-8619. Quarta a sexta 18h às 22h30 / Sábado 13h às 21h / Domingo 13h às 17h.

BAR DO VARDEMA

Oferece um balcão de petiscos diversos, como bolinho de arroz,  bolinho de bacalhau e, o mais conhecido, bolinho de carne. O estilo buteco impera no lugar, decorado com muitos barris de cerveja. Para acompanhar os petiscos da happy hour, oferece uma carta de chopes, caipirinhas e cervejas de garrafa. O cardápio também conta com feijoada e, no inverno, pratos como sopa de cebola, creme de palmito, caldo de feijão e mocotó. O petisco participante é o Atolando a mandioca: carne seca, mandioca, creme de mandioca com queijo, queijo coalho e melaço. Endereço: Rua Guaimbé, 412 – Mooca, tel. 2605-9061. Segunda a sábado das 12h00 às 23h00.

Marrakech, a cidade sensorial

Marrakech, a cidade sensorial

Deserto de Merzouga

O sol desponta no horizonte e os muezins começam a entoar as primeiras preces do dia nas mesquitas para todo mundo ouvir e acordar, por meio de alto-falantes instalados no alto dos minaretes. Está começando mais um dia em Marraquexe.

Aos poucos, a praça central de Djemaa El Fna vai se enchendo de vida e de vendedores de chebakias (biscoitos de gergelim), de xícaras de chá de menta e de garrafinhas de suco de laranja sanguínea – aquela com a polpa avermelhada.

Nas ruelas da Medina, as milhares de lojinhas vão abrindo e expondo todo tipo de produto feito a mão pelos artesãos da cidade: babuches de couro, travessas coloridas de louça, caixinhas de madeira de todos os formatos, luminárias de ferro trabalhado e cheias de filigranas, echarpes e foulards de seda, tapetes trançados com lã e fibras vegetais, temperos com os mais variados aromas, azeitonas de todas as cores, tâmaras de tudo que é tamanho e amêndoas e pistaches de todo tipo.

A lista de produtos é interminável e, para quem gosta de barganhar e fazer boas compras, os souks (mercados) são verdadeiros paraísos. Cada compra tem de ser feita com muita calma e paciência. Quem tem pressa faz péssimos negócios e pode até ofender sem querer o vendedor. Eles gostam de negociar, de exaltar as qualidades de seu produtos e de baixar o valor inicial bem devagarinho. Se você não quiser participar desse processo, procure as raras lojas cujos produtos têm etiquetas com os preços. No entanto, tenha certeza de que você poderia levar para casa esses mesmos itens pela metade do preço – se tivesse disposição para pechinchar.

Praça de Djemaa El Fna

Mas Marraquexe não é apenas um lugar para fazer compras. A cidade é um centro cultural e religioso, com bonitas mesquitas (como a de Koutoubia) e uma interessante madrassa (centro de estudos do alcorão) – a escola islâmica Ali Ben Youssef.

E, apesar de ficar na entrada do deserto de Merzouga, Marraquexe não é uma cidade árida e seca. Muito pelo contrário – em alguns lugares, chama a atenção a exuberância do verde e a fartura da água jorrando em fontes e torneiras. É que, ali do lado, visíveis ao longe, quando olhamos para o leste, ficam as montanhas do Atlas, cujos picos nevados degelam e garantem o abastecimento e a irrigação das vizinhanças. Três exemplos magníficos dessa opulência verde são o Palácio da Bahia, os Jardins de Majorelle e o horto de La Mamounia.

O Palácio da Bahia é uma construção do século 19 considerada uma das principais joias da arquitetura marroquina. Possui mais de 150 cômodos, todos decorados com azulejos pintados a mão, portas de cedro entalhado e tetos cobertos de afrescos. Entre um pavilhão e outro, tem pátios cheios de laranjeiras, tamareiras, ciprestes, jasmins e hibiscos.

As cores das especiarias de Marrakech

O horto do hotel La Mamounia é um enorme oásis com alamedas ladeadas por oliveiras e bouganvilles e outras 1.200 espécies de plantas. Sua história começou no século 12, e depois ele foi doado de presente ao príncipe Al Mamoun, por conta de seu casamento. Em 1923, o palácio real com arquitetura moura e detalhes art déco foi convertido em um luxuoso hotel, que hospedou nesses últimos 90 anos celebridades como Charlie Chaplin, Edith Piaf, Winston Churchill, Marlene Dietrich e Paul McCartney.

E os Jardins de Majorelle são um verdejante jardim botânico criado no início do século passado e que, a partir dos anos 80, serviu de residência para Yves Saint-Laurent. Hoje, o local abriga um museu com icônicas criações do estilista francês e indumentárias dos berberes – a etnia que há milênios habita os arredores de Marraquexe.

Por toda a cidade, dá para encontrar reminiscências da dominação francesa, que durou de 1912 a 1956. O Grand Café de La Poste é um exemplo disso. A todo momento, você tem a impressão de que o Humphrey Bogart e a Ingrid Bergman vão entrar pela porta do salão, e o cardápio tem delícias como o foie gras no brioche, o tartare de bœuf e o confit de canard. Para refrescar, prove o Agrumenthe, um coquetel sem álcool (estamos em um país muçulmano) feito com suco de laranja e xarope de menta.

O charme europeu também é o destaque nos grandes hotéis da cidade. Todas as grandes redes de luxo estão por lá: o Fairmont, o Four Seasons, o Mandarin Oriental e o &Beyond são espetaculares, mas ficam distantes da Medina, do centro onde pulsa o coração da cidade e onde os nossos olhos não cansam de se surpreender – seja por um encantador de serpentes, um músico, um ilusionista ou um grupo de acrobatas e contorcionistas.

O único hotel que fica ali bem pertinho dessa vibração toda é o La Sultana. Com apenas 28 amplas suítes, é fantástico: é pequeno, intimista, com um excelente restaurante no rooftop e um spa sensacional no subsolo. Ali, quem não se submete ao ritual do hammam não sabe o que está perdendo: a sequência de sauna a vapor, esfoliação, hidratação com óleo de argan e massagem é algo que faz a gente querer viver um pouco mais só para um d ia ter a oportunidade de passar por tudo isso novamente. As diárias neste aconchegante cinco estrelas que faz parte da charmosa rede Small Luxury Hotels of the World custam de US$ 400 a US$ 1.100, e ele fica exatamente ao lado de outra grande atração da cidade: as Tumbas Saadianas – uma série de mausoléus em mármore e com detalhes em ouro e madeira encravada onde estão sepultados os sultões da dinastia mais rica e poderosa da história do Marrocos.

Piscina do Hotel La Sultana

Ah, você ficou interessado no ritual do hammam mas não sabe o que é óleo de argan? Trata-se de uma substância de alto poder emoliente e hidratante extraída dos frutinhos de árvores da família das sapotáceas, que crescem por todas áreas rurais do Marrocos. E, se você sair da cidade, certamente vai se deparar com aquela cena que já virou um clássico: várias cabras trepadas nos galhos de uma árvore de argânia comendo seus frutinhos. Como as cabras fizeram para subir lá? Ah, não se preocupe com isso. Apenas saque sua câmera e faça fotos, muitas fotos!

Outros animais encantadores com quem você não pode deixar de interagir quando for ao Marrocos são os dromedários. Se você não quiser subir num deles, vá até o Café Clock e peça um Camel Burger – sanduba feito com a carne desses simpáticos parentes das lhamas. Para beber, peça um milk shake feito com leite de amêndoas.

Agora, se quiser contar com a ajuda desses camelídeos para encarar as fofas areias do deserto, agende um tour com direito a passeio no lombo de um desses dóceis animais – de preferência na hora do pôr-do-sol. E fique atento na hora de subir e descer de suas corcovas – é quando os tombos costumam acontecer.

A melhor época para visitar Marraquexe é de setembro a abril,Fique atento para não ir lá na época do Ramadan – período de quatro semanas quando os muçulmanos não podem comer nada entre o nascer e o pôr-do-sol. É uma tradição religiosa que todo mundo respeita, mas que acaba deixando as pessoas um tanto irritadiças e estressadas. E muita coisa não funciona nessas datas.

De São Paulo para o Marrocos, a companhia aérea Royal Air Maroc opera quatro voos semanais direto para Casablanca com um moderno Boeing 787 Dreamliner, mas outras boas opções são ir pela TAP e fazer uma escala em Lisboa (voos diários) ou ir com a Iberia (voos diários) e fazer uma paradinha em Madri.

Se você não quiser se hospedar em um hotel de luxo e preferir algo mais típico, saiba que a Medina de Marraquexe é repleta de riads – casas de família convertidas em pequenas pousadas. Nesses locais, não é difícil encontrar opções com diárias de menos de US$ 50, e muitas têm piscina para você se refrescar ao final de um exaustivo dia “camelando” pela cidade.

Esquis e trenós no Marrocos

No auge do inverno marroquino, o país é invadido por turistas alemães e ingleses. O que eles querem? Estações de esqui baratinhas, sem os preços exorbitantes dos Alpes. Isso mesmo, você não está lendo nada errado: o Marrocos é muito requisitado por suas estações de esqui!

A mais conhecida é a de Oukaimeden, que fica na já citada cadeia de montanhas do Atlas, a aproximadamente 80 quilômetros a sudeste de Marraquexe. Lá, as altitudes variam de 2.600 a 3.300 metros acima do nível do mar e as pistas somam mais de 10 km de extensão. Não se surpreenda se, durante a sua descida, surgir ao seu lado uma criança montada num burrico. Aldeias de povos berberes dividem o espaço com os esquiadores em meio à brancura da neve.

A estrutura não é a mesma de Courchevel (na França), de Zermatt (na Suíça) ou de Innsbruck (na Áustria) mas, se você negociar bem, poderá alugar todos os equipamentos necessários esquiar uma tarde inteira por cerca de 250 dirhams – menos de R$ 100!

Outras estações muito visitadas são as de Michlifen e Azrou, na região do Parque Nacional de Ifrane, entre as cidades de Meknes e Fez, no norte do país.

Como Julio Verne, empresa propõe uma volta ao mundo para turistas

Como Julio Verne, empresa propõe uma volta ao mundo para turistas

Moraine Lake em Banff, Canadá (foto Matt Thomason)

Entre os dias 8 de setembro e 5 de outubro será possível viver uma experiência única: percorrer durante 28 dias, em seis trens, três continentes e 17 cidades. São 21 mil quilômetros sobre trilhos, em um roteiro que se inicia em Chicago e termina em Estocolmo. A proposta é da empresa Trains & Tours, do Grupo TT Travel, que apresenta exclusivamente para o público brasileiro esse programa de sonho.

O traço desbravador de Julio Verne, ao publicar em 1873 o clássico “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, permanece intacto nos dias de hoje – mesmo em um mundo em que as distâncias têm se encurtado cada vez mais. “O espírito aventureiro está presente em pessoas de todas as idades. Já levamos nesse roteiro muitos casais e famílias que há anos nutriam o desejo de viver uma experiência como esta”, explica Pablo Bernhard, Diretor da Trains & Tours.

O roteiro começa na urbana Chicago, sobe até o Canadá, atravessa o Oceano Pacífico de avião em direção à misteriosa Pequim e percorre a mais famosa ferrovia do mundo, a Transiberiana. De lá, avista-se o Deserto de Gobi de Erlian a Moscou e ultrapassa-se a fronteira geográfica entre a Europa e a Ásia, marcada pelos Montes Urais. Por fim, de Helsinque a Estocolmo, o sofisticado navio Tallink Silja Line encerra essa volta ao mundo.

Ao longo do trajeto, paradas em Chicago e Salt Lake City (nos Estados Unidos), Banff, Kamloops e Vancouver (as três no Canadá), Pequim e Erlian (China), Ulaanbaatar (Mongólia), Ulan Ude, Irkutsk, Novosibirski, Ecaterimburgo, Kazan, Moscou e São Petersburgo (as sete na Rússia), além de Helsinque (Finlândia) e Estocolmo (Suécia).

Catedral de São Basílio em Moscou, Rússia (foto Nikita Karimov)

Tudo isso entremeado por muita imersão nas culturas locais por meio da gastronomia, arte, história, música e arquitetura. Hotéis de luxo das redes Hilton, Hyatt, Crowne Plaza e Sheraton acolhem os viajantes com todo o conforto necessário para recuperar as energias durante a jornada. Uma guia acompanhante brasileira e profissionais com um vasto repertório que falam português e espanhol estarão todo o tempo à disposição do grupo.

O valor da viagem é de € 27.900 por pessoa em acomodação dupla, incluindo todos os trens, refeições, passeios e hospedagens. A parte aérea deve ser providenciada por cada passageiro separadamente.

Volta ao Mundo de Trem 

www.voltaaomundodetrem.com.br

Tel. 4878-1085

Viagem pela natureza baiana

Viagem pela natureza baiana

Trabalho como executivo de novos negócios em uma das maiores empresas brasileiras de e-Commerce. Sou fascinado pelo meu trabalho e pela natureza. E, em um domingo qualquer, comecei a me questionar: se gosto tanto dessas duas coisas, por que dedico a maior parte do meu tempo ao trabalho e fico tão pouco na natureza?

Barquinhos em Moreré (foto divulgação)

A partir desse dia, abandonei aquela ideia de que uma boa viagem é necessariamente dentro de um navio, em um hotel com conforto e serviços e resolvi fazer uma viagem de férias fugindo disso tudo, buscando me conectar ao máximo com ela, a natureza, ou elas: nossas praias, estradas, rios, frutas e, principalmente, o nosso povo. Comprei uma barraca, uma mochila grande, um snorkel e voei para a Bahia a fim de conhecer os mínimos detalhes da natureza e da população litorânea de lá.

Sem reservas ou itinerário pré-definido, percorri o seguinte trajeto em 22 dias: Salvador, Bom Despacho, Valença, Moreré (Ilha de Boipeba), Gamboa, Morro de São Paulo, Valença, Camamu, Barra Grande, Taipu de Fora, Ilhéus, Porto Seguro, Arraial D’ajuda, Trancoso, Caraíva e Corumbau.

“Onde você mora?”, perguntei. “No mesmo lugar que você”, ele respondeu. Quis confirmar: “São Paulo?!”, e ele, na lata: “Não, seu bobo, no planeta Terra! Quem tem moradia fixa não aprende o que tem para aprender com esse mundo!”. Durante os trajetos de van, ônibus, trator, carro, ferry boat e barco, conheci os mais diferentes tipos de pessoas. “O que você faz da vida?”, “De tudo!”, “Mas de tudo o que?”, “De tudo que me faz feliz, e você, o que faz da vida?”. As conversas fluíam e mesmo quem estava a caminho do trabalho conseguia adentrar diálogos autênticos, independente de conhecer seus interlocutores ou não – um pouco diferente do que vemos nos transportes em São Paulo.

Como as praias foram muitas e todas elas me marcaram de um jeito especial, falarei aqui sobre as menos conhecidas e sobre aquelas que ainda não foram fisgadas e maltratadas como rota do turismo massivo.

Moreré. Uma praia marcada por sua simplicidade e pela atividade majoritária da região: a pesca. Na maré alta, dezenas de barcos na água, bem próximos à areia. Na maré baixa, todos em terra. Esse curioso movimento da natureza, que faz a maré recuar cerca de um quilômetro, acontece diariamente.

Para quem gosta de caminhar, a trilha até Castelhanos é uma boa. São duas horas de trajeto, passando pela praia de Bainema, por caminhos repletos de flores e guaiamuns, espécie de caranguejos azuis que vão adentrando suas tocas conforme os humanos se movimentam por perto.

Chegando em Castelhanos, o mar é limpo e gostoso para banho. Ainda ali, há uma série de barracas construídas em palha com comidas típicas e caipirinhas feitas com frutas locais, como siriguela, biribiri, cacau e umbu. Caso saia de lá ainda com fome, a melhor alternativa é pegar um barco até a Cova da Onça (São Sebastião), onde há os restaurantes mais gostosos da área.

Gamboa é a praia que fica ao lado do famoso Morro de São Paulo. Seu diferencial é a tranquilidade e o pequeno número de pessoas na areia. Lá, existem paredões de argila que fazem muito bem para a pele. A indicação é esfregar a argila pelo corpo, esperar secar e tomar um banho de mar.

Barra Grande (foto Rosilda Cruz)

“Se você passar mais de cinco dias aqui, não vai mais conseguir ir embora”. Foi o que me disseram logo que cheguei em Barra Grande. Pois bem, passei lá quatro dias inesquecíveis e garanto que se ficasse mais um, realmente não arredaria pé. Ponta do Mutá, Três Coqueiros, Bombaça, Taipu de Dentro, Taipu de Fora. Além destas praias, a região conta com duas lagoas: a Lagoa Azul e a Lagoa do Cassange, ambas vazias e com vistas maravilhosas. Na Lagoa do Cassange há um bar com puffs à beira d’água. A melhor coisa? Deitar em um destes e tomar um drink à base de “mel de cacau”, uma especiaria produzida exclusivamente pela população local. Como é feita? Deixando a fruta do cacau aberta em folhas de bananeira, o que faz com que o sulco – mel – escorra e possa ser coletado. Tomei o drink bem gelado e nunca havia provado nada parecido, principalmente se considerarmos a pitadinha de cachaça baiana contida nele.

Caraíva fica próxima a Porto Seguro e acredito que foi a melhor escolha para fechar a viagem. Faz menos de dez anos que a região passou a ter energia elétrica, portanto, é marcada pela simplicidade do ambiente e de seus habitantes, muitos deles descendentes dos índios Pataxós. Na praia não há guarda-sol, mas sim pequenas tendas feitas com filetes de madeira e panos coloridos. Logo a frente destas coberturas está a foz do Rio Caraíva, de águas escuras, as quais se misturam com o mar resultando em ondas negras no no oceano, um fenômeno deslumbrante.

Rio Caraíva (foto Denise Ikuno)

Também tive o prazer de participar do carnaval de Caraíva, que é chamado de Carnaboia. Lá, todos os foliões vão para dentro do rio Caraíva com suas respectivas bóias ou qualquer outra coisa que flutue e seguem o fluxo do rio ao som de uma banda que vai tocando em uma pequena embarcação no sentido contrário ao mar. A energia dentro da água é incrível, o caminho que o rio faz é lindo e a festa ao fim do Carnaboia é uma coisa única no mundo.

Para concluir, saí de São Paulo com uma barraca e uma mochila tentando encontrar algo diferente daquilo que vivo todos os dias, alguma resposta. E posso afirmar que esta viagem foi como um curso muito bem ministrado pela natureza e pelo povo baiano. Aprendi que a beleza da vida está na simplicidade, que o tempo é criação do homem e que a felicidade não era o que eu pensava. Felicidade é apreciar um pôr-do-sol sem pressa, é comer uma fruta do pé e pensar que ela simplesmente nasceu ali e está disponível para você. É ouvir uma história de gratidão de alguém que tem uma vida tão difícil. Enfim, felicidade é ter a humildade de admitir que não sabemos nada da vida e pedir com carinho para que ela nos ensine a viver.