logo
logo
Lançamento de Tony Bellotto é indicação de leitura na quarentena

Lançamento de Tony Bellotto é indicação de leitura na quarentena

Durante a quarentena, a arte ajuda a aliviar e até mesmo canalizar as tensões. E é por meio da literatura que viajamos a outros mundos para além das paredes de casa. Lançado pela Companhia das Letras, “Dom” é uma boa indicação de leitura para este momento, principalmente para aqueles que não abrem mão da ação com reflexão à moda brasileira.

Livro de Tony Bellotto, a capa tem ilustração do colaborador da revista 29HORAS André Hellmeister, do Estúdio Collages, e está disponível para compra online na Livraria Travessa e no site da editora.

Livro "Dom" de Tony Belotto

Livro “Dom” de Tony Belotto

Dom

Para sustentar o vício em cocaína ou simplesmente pela emoção, Pedro Dom passou a roubar. Nascido em 1981 em uma família carioca de classe média, aos vinte anos ele já era um assaltante procurado.

No romance, Tony Bellotto conta não apenas a trajetória de um jovem fora da lei – desde a adolescência até sua morte em 2005, aos 23 anos, quando foi baleado pela polícia –, mas a história de um país marcado por profundas desigualdades sociais, de uma guerra às drogas que parece infinita, de uma máquina estatal cujos agentes corruptos rivalizam com aqueles que já perderam ou estão prestes a perder as esperanças.

À medida que descortina o panorama dramático da vida de Pedro, em especial sua relação com o pai – um agente da polícia aposentado que durante anos trabalhou no combate ao tráfico e fez parte do Esquadrão da Morte na ditadura –, a narrativa de Bellotto alcança um ritmo vertiginoso, de impacto profundo.

Crise do coronavírus problematiza lugar dos mais velhos no mundo

Crise do coronavírus problematiza lugar dos mais velhos no mundo

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) chamou a atenção para uma discussão social sobre o lugar do idoso na sociedade. O fenômeno do envelhecimento populacional e o espaço de atuação dos longevos nunca estiveram tão em evidência como na contemporaneidade.

A média de idade no país e no mundo já vinha sendo problematizada por estudiosos de todas as áreas já que a expectativa de vida nunca foi tão elevada, com uma participação tão grande das pessoas maduras em relação ao total das populações.

“As pesquisa apontam o quanto o mundo envelheceu. Nos últimos 150 anos, a humanidade ganhou em média dois anos e meio a cada década de vida. Não por acaso, os centenários são o grupo que mais cresce em todo o mundo. Ainda são minoria, não são numerosos em números absolutos, mas estão crescendo a taxas geométricas, maiores que qualquer outro grupo etário”, explica o pesquisador Alexandre Correa.

Autor e pesquisador Alexandre Correa

Autor e pesquisador Alexandre Correa

Estudando a longevidade no Brasil e no mundo por mais de 20 anos, Correa aponta não somente o crescimento da taxa de pessoas com mais idade, mas a sua ampla atuação no mercado de trabalho e o quanto alguns países não estavam preparados para atender as demandas geradas por esse público, em especial, o Brasil.

“A crise do coronavírus colocou holofotes sobre a questão. Nos últimos dias no país, contabilizaram-se mais de 10 mil mortes, sendo, segundo o Ministério da Saúde, sua grande maioria, idosos. Ainda há uma pressão sobre os mais idosos quanto aos riscos que correm com a exposição ao vírus, ao saírem às ruas”, explica o pesquisador.

No entanto, a revolução silenciosa da longevidade, que Correa chama Revolução Prateada, já apontava para possíveis cenários de transformação, que hora ou outra esbarraria nas questões etárias.

“Aqui no Brasil, como no mundo, vemos assimetrias até dentro da própria capital paulista. Enquanto alguns bairros têm expectativa de vida comparável à Dinamarca, como o Jardim Paulista, com quase 80 anos, outros, como o Jardim Ângela, possuem expectativa de vida de apenas 55,7 anos, comparável à Nigéria. Não estávamos preparados para mudanças bruscas nesse sentido, tanto do ponto de vista econômico quanto social. A quantidade de idosos no Brasil e no mundo nunca chamou tanto a atenção dos mais diversos órgãos da sociedade”, afirma.

Para o pesquisador, se antes da chegada da Covid-19 ao Brasil a população mais idosa precisava buscar representatividade, mesmo com as profundas mudanças apontadas na pirâmide populacional, o pós-coronavírus pode trazer novos contextos.

“Além da estrutura que deverá ser repensada para atender esses longevos, entender que eles são parte importante da população brasileira e que continuam atuantes, será fator decisivo no cenário pós-pandemia. Além do que, se antes eles já buscavam qualidade de vida, agora certamente olharão para essas questões com novos olhares”.

Longevidade criativa

Os resultados das pesquisas reunidas por Alexandre Correa estão compilados no livro “Longevidade Inteligente”, recém-lançado pelo estudioso. No total são 168 páginas, em que o pesquisador revela indicadores de como essa curva da longevidade acentuou-se ao longo dos anos, bem como as características e impactos dessas mudanças.

No livro, Alexandre afirma, com base em análise científica, que as mudanças terão impactos na sociedade, na economia, na cultura e no mercado de trabalho.

"Longevidade Inteligente", de Alexandre Correa

“Longevidade Inteligente”, de Alexandre Correa

Ilustrado com gráficos e informações de análise profunda sobre longevidade, o autor ainda oferece dicas de como viver o envelhecimento com saúde e qualidade de vida. Publicado pela Novatec, não se trata de uma publicação técnica, mas, nas palavras do autor, “um livro para quem gosta de livros e de boas histórias”.

“Longevidade Criativa” está disponível para compra no site da editora, com cupom especial de desconto de lançamento de 25% na versão impressa, usando o código SILVERS. A versão ebook poder ser adquirido na Amazon.

Artista plástico lança livro sobre luta contra o Parkinson

Artista plástico lança livro sobre luta contra o Parkinson

Neste sábado, dia 11 de abril, é comemorado o Dia Mundial do Parkinson, data criada com o objetivo de conscientizar a população sobre essa doença que atinge mais de 5 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são cerca de 300 mil, sendo 30 mil com menos de 50 anos.

Foi nessa faixa etária, aos 48 anos, que o artista plástico e jornalista paulistano George Alonso foi diagnosticado com Parkinson, distúrbio no sistema nervoso que diminui a produção de dopamina, neurotransmissor que controla os movimentos, causando tremores, rigidez dos músculos e lentidão.

Tela "Ibirapuera" do artista plástico George Alonso

Tela “Ibirapuera” do artista plástico George Alonso

George estava no auge de sua vida profissional e pessoal. O livro “Os Últimos Dias Antes dos Próximos” (Editora Referência), lançado há alguns meses, é um relato muito bem escrito dessa difícil jornada, trilhada por ele com muito humor e cabeça fria, a fim de superar as deficiências que vêm com a doença degenerativa.

O autor decidiu escrever o livro ao ver a quantidade de desinformações que rodeavam o assunto. Jornalista de mão cheia, que trabalhou doze anos no jornal Folha de S. Paulo, ele é um exímio contador de histórias. Neste livro, ele revela a sua própria, repleta de dores, angústias e reviravoltas. Mas em nenhum momento exercita a autocomiseração. George segue em frente sem pieguice, com graça, inteligência e até uma ponta de sarcasmo. Como ele diz, “a Fera” (apelido que dá à doença) coloca qualquer um de frente com a condição humana, falível e passageira.

“Os Últimos Dias Antes dos Próximos” não é leitura apenas para quem tem ou convive com pessoas com Parkinson. O corajoso testemunho de George interessa a todos que buscam uma centelha de inspiração para viver melhor. Um relato emocionante de um ser humano que não quer se curvar com os inevitáveis tombos da vida. Ele pode até balançar, mas não cai. “O importante é concentrar-se no que você ainda pode fazer e tirar o máximo de cada dia”, ele escreve. Sem dúvida, uma leitura interessantíssima para esse período de quarentena e pausa forçada, em que as pessoas se sentem tolhidas.

Autor e artista plástico George Alonso ao lado de uma de suas obras

Autor e artista plástico George Alonso ao lado de uma de suas obras

O autor conseguiu fazer uma bela limonada de seu amargo limão. Após ter descoberto o problema de saúde, ele se reinventou como artista plástico. Transformou-se em um pintor expressivo, com obras repletas de luz e cores. Assim como suas telas, este livro tem um colorido e uma luz especial, com os quais o autor presenteia seus leitores, iluminando e mostrando que mesmo quando a vida parece ser difícil é possível se reinventar.

“Os Últimos Dias Antes dos Próximos” (R$ 39,90) pode ser comprado diretamente com o autor pelo email georgealonso.bra@gmail.com ou o whatsapp 99960-3825.

Irene Ravache brilha em “Alma Despejada”, que acaba de ganhar sua versão em livro

Irene Ravache brilha em “Alma Despejada”, que acaba de ganhar sua versão em livro

Até 29 de março é possível conferir a reestreia de “Alma Despejada” no Teatro Folha, localizado no Shopping Pátio Higienópolis. Estrelada por Irene Ravache, a peça tem direção de Elias Andreato e o texto instigante fica por conta da dramaturga e atriz Andréa Bassitt.

Escrito especialmente para a musa do teatro Irene Ravache, o monólogo de Andréia acaba de ganhar sua versão em livro sob edição da Giostri Editora. O texto, com muito bom humor e poesia, tem como mote a última visita da falecida senhora Teresa à casa em que morava, na qual ela relembra memórias e eventos marcantes de sua vida.

Irene Ravache em cena de "Alma Despejada". Foto: João Caldas Filho/Divulgação

Irene Ravache em cena de “Alma Despejada”. Foto: João Caldas Filho/Divulgação

Engana-se, entretanto, quem pensa que a peça é triste, pesada ou rancorosa. O texto de Andréia acaba falando mais sobre a Vida do que a Morte. De forma leve e profunda, o monólogo faz rir e refletir sobre temas atuais, inclusive sobre política e corrupção.

No palco, a diva Irene Ravache dá um verdadeiro show de atuação. Com seus 75 anos, a atriz encarna a protagonista Teresa de forma brilhante e divertida, escolhida pela atriz para celebrar sua atual fase na carreira teatral.

“Alma Despejada” está em cartaz de sextas a domingos e é uma fantástica opção cultural para os fins de semanas em São Paulo. Os ingressos custam de 70 a 80 reais, com meia entrada.

Livro “Tailândia Cores & Sabores – Histórias e Receitas” conta sobre a culinária tailandesa

Livro “Tailândia Cores & Sabores – Histórias e Receitas” conta sobre a culinária tailandesa

São 224 páginas de histórias, impressões, fotos e receitas da culinária tailandesa – o autor, Carlos Eduardo Oliveira, mergulhou durante quarenta dias no universo da cozinha thai, viajando por várias regiões do país, de norte a sul. O resultado é um livro saborosíssimo e muito útil, pois oferece ao leitor não apenas os segredos do fogão, com as principais manhas e dicas, mas também desvela toda a história desse incrível país: as origens e influências, o perfil de figuras representativas da gastronomia local e a filosofia e o estilo de vida tailandês, que celebram o chamado “family style”. “Comer como um thai significa comer coletivamente. Seja em casa ou em restaurantes”, diz Carlos.

Livro de culinária tailandesa

Capa do livro “Tailândia Cores & Sabores – Histórias e Receitas”

Um livro para aprender a fazer o onipresente Sticky Rice (o arroz pegajoso cozido no vapor), a Som Tam (salada de papaia verde), o Thai Green Curry (frango ao curry verde) e o clássico Pad Thai (camarões com macarrão oriental e broto de broto de soja), entre outras delícias. E, claro, ter vontade de marcar (já) uma viagem para Tailândia, para flanar pelas ruas e saborear esses pratos divinos e únicos in loco.