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Cursos da Perestroika buscam destravar o medo das pessoas e alavancar seus negócios

Cursos da Perestroika buscam destravar o medo das pessoas e alavancar seus negócios

Um verdadeiro hub de empreendedorismo, que é também um centro de educação executiva 2.0, mais moderninho e menos formal. A escola Perestroika é isso e muito mais. De origem gaúcha, ela nasceu com o objetivo de despertar potencialidades nas pessoas, mostrando que a criação de novos negócios, a inovação e a gestão de futuro não são coisas inatingíveis e restritas a um pequeno grupo de líderes.

Perestroika segue a máxima “criatividade para empreender”. Foto: Getty Images

Criada em 2007 por Tiago Mattos e Felipe Anghinoni, em Porto Alegre, a Perestroika (termo que significa “reconstrução” em russo) vem atraindo profissionais de áreas diversas com seus cursos fora da caixa. Segundo Tiago, a meta da escola é ajudar as pessoas a serem mais criativas, subversivas e empreendedoras.

Focando em cinco grandes temáticas – Comunicação, linguagem e expressão; Criatividade & Novas Inteligências; Desenvolvimento Pessoal; Inovação em Gestão de Projetos; e Liderança Criativa –, a Perestroika se orgulha de não ser certificada por órgãos reguladores. “Essa liberdade permite explorar terrenos ainda inabitados, experimentar e lançar outras óticas sob temas mais comuns”, afirma Tiago.

Em uma outra linha, o Sebrae oferece um curso online, gratuito, focado na criatividade. O mote é despertar o potencial criativo e empreendedor, combinando o melhor dos dois mundos e desenvolvendo ideias práticas e inovadoras. As aulas envolvem os meios para evitar o bloqueio da criatividade e as maneiras de reagir diante de uma boa oportunidade de mercado.

Já a Escola Panamericana parte do princípio de que todo mundo é criativo. A partir do momento que nosso cérebro se acostuma a buscar soluções criativas para os problemas cotidianos, elevamos – e muito – as possibilidades de melhorar como profissionais, seja qual for nossa área de atuação. O curso passeia por temas como zona de conforto, desbloqueio, ambiente criativo, pensamento divergente, Brainstorming (teoria de Osborn, conhecida como “Tempestade Cerebral”), incubação e iluminação, entre outros.

Para Renata di Nizo, da Casa da Comunicação, especializada em cursos de criatividade e escrita criativa, quem quer empreender deve aprender a buscar soluções alternativas. “A criatividade é importante no empreendedorismo como ferramenta: pode trazer a inovação.

A escrita criativa, por exemplo, é um grande diferencial na cultura imediatista e digital em que vivemos. Porém, muita gente acha difícil “destravar” as ideias e vê-las se concretizar na tela do computador ou no papel. O primeiro passo é confiar no jorrar de ideias e, ao mesmo tempo, lapidar o diamante bruto da criatividade. Em seguida, você aprende a equilibrar as duas etapas interdependentes: o processo criativo e o processo de revisão.

A prática mostra que as ideias mais férteis nascem justamente do equilíbrio dinâmico: de um lado, a leveza; de outro, a precisão”, explica di Nizo.

Grandes empresas investem em inclusão e diversidade

Grandes empresas investem em inclusão e diversidade

Olist incentiva comitês de funcionários para construir ambiente de trabalho cada vez mais seguro e engajado

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 63% das grandes companhias nacionais investem em inclusão e diversidade como forma de contribuir para mudanças estruturais da sociedade.

A presença da diversidade também está associada ao aumento da criatividade, à revisão de crenças e ao aumento da empatia. Além disso, em um ambiente empresarial em que se respeita as diferenças e a diversidade é colocada em prática, há redução dos conflitos em até 50% , segundo o IBE (FGV), e maior engajamento dos colaboradores.

As melhorias no clima organizacional consequentemente farão com que os colaboradores se sintam mais seguros, acolhidos e reduzirão o índice de turnover da organização. Segundo  pesquisa da Harvard Business, nas empresas em que o ambiente de diversidade é reconhecido, os funcionários estão 17% mais engajados e dispostos a irem além das suas responsabilidades.

Com o trabalho junto a essa propósito cada vez mais em pauta, é comum que os profissionais busquem atuar em instituições com culturas com as quais se identifiquem. De acordo com pesquisa da multinacional de Recursos Humanos Randstad, 87% dos profissionais de todo o mundo valorizam o tema da diversidade. No Brasil, o índice chega a 91%.

Associações espontâneas fortalecem engajamento

Não por acaso, os Employee Resource Groups (ERGs) – grupos de afinidade formados voluntariamente dentro das empresas -, tornam-se progressivamente mais fortes no meio corporativo.

De acordo com Rhayana Souza, analista de comunicação do Olist, startup que oferece soluções para a venda em marketplaces, “Você pode chamar de comitê, comissão, grupo ou como preferir. No final do dia, todos eles têm o mesmo objetivo: reunir pessoas em prol de um assunto em comum, seja ele voltado a ações sociais, atividades ao ar livre ou temas como diversidade e inclusão.”

“Para começar um ERG, não espere que o projeto seja estruturado pelo CEO ou time de RH da empresa. Claro que isso pode acontecer, mas se você acredita que é interessante, converse com outros colaboradores que compartilhem do mesmo sentimento que você e se reúnam para estruturar o grupo.” conclui Rhayana.

O Olist é um exemplo de empresa que atua com base na responsabilidade social e busca construir um ambiente de trabalho cada vez mais seguro e engajado para que os colaboradores se sintam bem independentemente de cor, gênero, idade, crença religiosa, classe econômica, orientação sexual ou qualquer outra característica.

Entre as iniciativas propostas estão o Diversifica, Comitê de Diversidade formado por colaboradores de diversos setores. Foi o comitê que criou o Manifesto Olist pela Diversidade, documento que revela o posicionamento da empresa, que busca acolher as diferenças, estimular atitudes positivas e também a prevenir e enfrentar a discriminação.

De acordo com Rhayana Souza, “Antes de falar de diversidade, é preciso olhar para dentro. Por isso, a primeira ação do Diversifica foi realizar uma pesquisa anônima para entender o quão diverso era o nosso quadro de colaboradores. O resultado fez com que o time de RH criasse metas de contratação para trazer mais diversidade para dentro da empresa. Em paralelo, o comitê criou um calendário de ações mensais. A cada mês é abordado um tema em específico. Entre os que já trabalhamos estão diversidade LGBTI+, Setembro Amarelo, Feminismo e Diversidade Racial.”

O Coolist, Comitê de Clima e Cultura, também é outra vertente de atuação que envolve a responsabilidade social. Nele, os Olisters – como são chamados os colaboradores da startup – de todos os setores se reúnem para criar ações de clima e cultura com base nos resultados da Pesquisa de Clima e eNPS. Dentro do comitê, também existe uma frente voluntária com foco em ações sociais. Entre elas, arrecadações de bens; doações mensais fixas para o projeto Rede do Bem, do Hospital Pequeno Príncipe, referência no tratamento pediátrico com 70% dos atendimentos feitos via SUS; auxílio a ONGs, entre outros.

“É fundamental que o RH ou o CEO da empresa apoiem e participem das ações do comitê. É imprescindível que a alta diretoria da companhia compre a ideia de construir um time mais inclusivo e com respeito à diversidade. Claro que esse processo é muito mais fácil em empresas que já têm uma cultura forte nesses aspectos, como é o caso do Olist. Se tornar uma empresa que valoriza a diversidade não é somente muito mais lucrativo falando em resultados, como é a coisa certa a se fazer.” afirma Rhayana Souza.

Com o potencial de sua equipe e dos serviços oferecidos, o Olist tem, hoje, quase um milhão de produtos cadastrados em sua plataforma e atende mais de 9.000 lojistas e grandes marcas.

A startup, que já foi investida pela Redpoint eVentures, 500 Startups, Valor Capital Group e SoftBank – tendo levantado mais de R$ 190 milhões em sua rodada de Série C, realizada em outubro de 2019 – está sediada em Curitiba, no Paraná, e atende clientes de todo o Brasil.

Fundadora do pós-luxo, Fernanda Ralston Semler cria consultoria para orientar criadores

Fundadora do pós-luxo, Fernanda Ralston Semler cria consultoria para orientar criadores

Você já ouviu falar do pós-luxo? O conceito, que designa um novo mercado, apoiado em pilares como originalidade, qualidade da matéria-prima, atemporalidade, autenticidade, propósito e mark-up coerente, se diferencia bastante do chamado luxo tradicional, escorado em grifes e preços nas alturas. Em vez da ostentação, a elegância natural. Ao contrário da marca globalizada, a peça de tiragem limitada. Despencam a superficialidade e a opulência e sobem a inovação, a durabilidade, a ética, o preço justo e o viés social.

O pós-luxo foi identificado pela empresária em 2004

Fernanda Ralston Semler criou a Après Luxe para orientar criadores a produzir bens e serviços sob uma nova ótica

A empresária Fernanda Ralston Semler, de 42 anos, é a fundadora desse movimento, identificado por ela como uma nova tendência ainda em 2004.

Depois de muita pesquisa e testes, inclusive no seu próprio hotel, o Botanique, em Campos do Jordão – que pode ser considerado o primeiro hotel pós-luxo do Brasil –, Fernanda vem disseminando esse conceito para outros empresários. À frente da plataforma Après Luxe, ela certifica marcas que estejam alinhadas com o movimento e dá consultoria para empreendedores interessados em abraçar esses valores.

“Eu vim desse mundo de luxo, depois trabalhei com marcas diversas, como Gianni Versace, e vi a mudança de público nesse setor. As pessoas realmente sofisticadas e que já passaram por essa fase do luxo tradicional buscam hoje as experiências, a tiragem limitada, as viagens com propósito. O pós-luxo é o produto inserido com cuidado onde está, que impacta de forma positiva o entorno, com mark up justo e coerente. Nem pega bem nos dias de hoje essa ostentação de pagar dez vezes o que o produto custa pelo nome”, diz Fernanda.

Agora residindo em São Paulo, depois de 14 anos morando na Serra da Mantiqueira para tocar o hotel Botanique, que completa em dezembro sete anos, Fernanda tem como objetivo descortinar esse universo para que as marcas construam laços mais empáticos com seus consumidores. Hoje, cerca de 50 itens já são certificados com o selo Après Luxe, entre serviços, produtos, restaurantes etc. São nomes como a joalheira Miriam Mamber, o iluminador Maneco Quinderé, a artista Heloisa Crocco, o designer Alfio Lisi, a ceramista Hideko Honma, o restaurante carioca Lasai, entre outros.

A empresária nota que são os millenials os mais dispostos a pagar mais por produtos que tenham ética mercadológica. Segundo uma análise recente da Deloitte, quase um terço dos jovens consumidores do luxo verifica as credenciais éticas do que consome. “É muito bonito ver uma geração que está preparada para lidar com o luxo de uma maneira diferente”. No Botanique, o público cativo tem em média 32 anos, ela observa. “Achei que seriam pessoas mais velhas, por conta do valor da diária, mas estava erradíssima”.

O hotel chegou ao break even em um ano e meio, e para ocupar as 17 incríveis suítes, cercadas por mais de um milhão de m² de natureza, ela criou há três anos o Botanique Think Tanks. “Tenho parceiros que convidam os maiores CEOs do Brasil, trazemos mediadores do Brasil e de fora e as pessoas passam de dois a três dias debatendo tendências”. Isso também é pós-luxo: conhecimento, conexões inteligentes e tempo para desfrutar tudo isso.

As 10 melhores cidades brasileiras para abrir um negócio, segundo consultoria Goakira

As 10 melhores cidades brasileiras para abrir um negócio, segundo consultoria Goakira

Há poucas semanas, a consultoria de franchising Goakira divulgou os resultados de um estudo elaborado para elencar as dez melhores cidades brasileiras para abrir uma franquia. Trabalhando com dados do IBGE e das empresas Economapas e Geofusion, o levantamento estabeleceu dois indicadores: as taxas de crescimento da população e de crescimento da renda, medidas de 2010 a 2018.

Segundo Goakira, Maceió é a 3ª melhor cidade para abrir negócio

Praia de Pajuçara, em Maceió

Cruzando essas informações com o poder de compra dos habitantes de cada cidade, foi criado o ranking. “Avaliamos que, para ser considerada boa para investimento em franquias, uma cidade precisaria ter as taxas de crescimento de renda e de população positivas, pois isso indica que há população crescente e renda média domiciliar em alta”, explica Deborah Machado, consultora sênior da Goakira. “Os municípios que têm essas variáveis positivas não foram gravemente impactados pela crise ou estão em crescimento econômico”, completa.

Com esses critérios em mente e os dados em mãos, obteve-se o seguinte ranking:

1º – Rio de Janeiro (RJ)
2º – São Paulo (SP)
3º – Maceió (AL)
4º – Santo André (SP)
5º – Campo Grande (MS)
6º – Belo Horizonte (MG)
7º – Guarulhos (SP)
8º – Curitiba (PR)
9º – São Luís (MA)
10º – Campinas (SP)

O Rio ficou no topo impulsionado pelos indicadores de bairros como Barra da Tijuca e Ipanema. Em São Paulo, as taxas registradas em regiões como Itaim, Jardins, Morumbi e algumas “ilhas” de prosperidade na Zona Leste, como o Jardim Anália Franco, também turbinaram a posição da cidade neste ranking.

As maiores surpresas foram as posições conquistadas por Maceió, São Luís e Campo Grande. Cidades como essas, menos centrais e, consequentemente ainda com menos oferta de franquias para a população residente, representam grandes oportunidades para empreendedores. “Essas cidades têm um potencial fantástico para clínicas de odontologia, escolas de idiomas e negócios do segmento de fast food e de alimentação saudável, por exemplo”, opina a consultora.

Já para cidades mais “saturadas” como São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Curitiba, ela enxerga boas perspectivas para operações da área de beleza e bem-estar e para as lojas e serviços voltados ao mercado pet. “É visível que esse segmento está se sofisticando e se expandindo, acompanhando a mudança dos hábitos de consumo e do comportamento das pessoas que vivem nas grandes cidades”, diz Deborah Machado.

“Estou reaprendendo a crescer no ramo das piscinas”, afirma Felipe Sisson, CEO da iGUi

“Estou reaprendendo a crescer no ramo das piscinas”, afirma Felipe Sisson, CEO da iGUi

A empresa iGUi está presente em mais de 45 países, nos cinco continentes, com mais de 800 franquias, fabricando e comercializando até 30 mil piscinas por ano no Brasil. Além disso, emprega diretamente mais de cinco mil pessoas. Recentemente inaugurou mais uma fábrica – a primeira nos Estados Unidos. Todo esse sucesso não passava pela cabeça de Felipe Sisson, CEO da empresa, quando ele iniciou sua carreira como auxiliar administrativo, aos 19 anos, na empresa de sua família.

iGUi, atualmente, é uma das maiores empresas no ramo

De estagiário a CEO da empresa; Felipe não imaginava o sucesso que teria

Felipe cursava então a faculdade de Administração e a empresa no ramo de piscinas, no interior do Rio Grande do Sul, estava prestes a entrar em falência. “Após um acidente de automóvel sofrido por meu pai, fiquei por mais de seis meses como diretor geral e fiz uma transformação tão grande que ele declinou da direção e assumi o comando da empresa”, lembra.

Da dor e da dificuldade veio o trabalho intenso. Em 1993, depois de cinco anos, a empresa se recuperou das dificuldades financeiras e virou monopolista na Região Sul e líder no mercado brasileiro. “Vendíamos mais de três mil piscinas por ano em uma rede de revendedores exclusivos”. Felipe, então, tentou enveredar por outras áreas de negócios, mas acabou voltando para os serviços de piscinas e construiu por definitivo a iGUi.

“Agora sabemos que o crescimento virá pela expansão geográfica, porque a venda de piscinas é limitada em uma localidade”, explica. Assim, os planos para o futuro são grandes e focados no exterior. “Estamos fortes na Austrália, queremos nos estabilizar na Argentina e no Uruguai, e estamos negociando no Qatar”, conta, empolgado. “Estou reaprendendo a crescer no ramo das piscinas, porque cada país tem suas demandas e concorrências. Eu me sinto aquele garoto de novo!”.