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Irene Ravache brilha em “Alma Despejada”, que acaba de ganhar sua versão em livro

Irene Ravache brilha em “Alma Despejada”, que acaba de ganhar sua versão em livro

Até 29 de março é possível conferir a reestreia de “Alma Despejada” no Teatro Folha, localizado no Shopping Pátio Higienópolis. Estrelada por Irene Ravache, a peça tem direção de Elias Andreato e o texto instigante fica por conta da dramaturga e atriz Andréa Bassitt.

Escrito especialmente para a musa do teatro Irene Ravache, o monólogo de Andréia acaba de ganhar sua versão em livro sob edição da Giostri Editora. O texto, com muito bom humor e poesia, tem como mote a última visita da falecida senhora Teresa à casa em que morava, na qual ela relembra memórias e eventos marcantes de sua vida.

Irene Ravache em cena de "Alma Despejada". Foto: João Caldas Filho/Divulgação

Irene Ravache em cena de “Alma Despejada”. Foto: João Caldas Filho/Divulgação

Engana-se, entretanto, quem pensa que a peça é triste, pesada ou rancorosa. O texto de Andréia acaba falando mais sobre a Vida do que a Morte. De forma leve e profunda, o monólogo faz rir e refletir sobre temas atuais, inclusive sobre política e corrupção.

No palco, a diva Irene Ravache dá um verdadeiro show de atuação. Com seus 75 anos, a atriz encarna a protagonista Teresa de forma brilhante e divertida, escolhida pela atriz para celebrar sua atual fase na carreira teatral.

“Alma Despejada” está em cartaz de sextas a domingos e é uma fantástica opção cultural para os fins de semanas em São Paulo. Os ingressos custam de 70 a 80 reais, com meia entrada.

Jesuíta Barbosa é pura profundidade, simplicidade e inteligência

Jesuíta Barbosa é pura profundidade, simplicidade e inteligência

Desde que irrompeu no teatro, no cinema e na TV, há onze anos, ele só tem chamado a atenção. Ano após ano, Jesuíta Barbosa colhe elogios de diretores, cineastas e atores com quem contracena. O jovem de 28 anos que cresceu no sertão de Pernambuco, filho de uma cabeleireira e um bancário, é conhecido por sua grande entrega ao encarnar seus personagens.

Como seu próprio nome deixa antever, Jesuíta cresceu em um ambiente católico. Foi batizado, crismado, fez primeira comunhão e participou de grupos musicais religiosos. Tinha futuro na igreja, não fosse o teatro descoberto na adolescência, que o tomou por inteiro, sem reservas.

Jesuíta Barbosa

Foto: Fabio Audi

Com sua inteligência cênica, hoje ele se multiplica em papéis e cenários diversos. Até o final de outubro de 2019, estrelou o musical “Lazarus”, último trabalho do cantor inglês David Bowie (1947-2016). Também causou como o militar homossexual Fininha em “Tatuagem”, no filme de Hilton Lacerda, atuação que o fez conquistar, com apenas 22 anos, o prêmio de melhor ator nos festivais de Cinema do Rio e de Cinema de Língua Portuguesa, em 2013.

Um ano depois, estreou na TV em “Amores Roubados”, da Globo. E emendou, na mesma emissora, “Rebu” (2014), “Ligações Perigosas”, “Justiça” e “Nada Será Como Antes” (2016), além de “Onde Nascem os Fortes” (2018). No cinema, esteve em grandes produções como “O Grande Circo Místico” (2018), “Malasartes e o Duelo com a Morte” (2017), “Reza a Lenda” (2016), “Praia do Futuro” (2014) e “Serra Pelada” (2013). Em 2019, experimentou ser protagonista da Globo na novela “Verão 90”.

No papo a seguir, Jesuíta fala da sua criação no Nordeste, de como o coletivo cearense As Travestidas expandiu os seus sentidos e a sua consciência como ator e explica por que, em sua opinião, o feminino é a energia mais poderosa do mundo.

Recentemente, você foi protagonista de novela da Globo em “Verão 90”. O que experimentou a partir daí?

A minha avó, para quem pedi que me assistisse pela TV, parou de ver a novela porque estava me achando muito ruim, maldoso (risos). Eu achei fantástico e argumentei: “Mas, vó, tô fazendo a novela para a senhora ver”. E ela: “Não vou ver mais isso, não. Nojento!” Acabou comigo, foi engraçado. Bom, os paparazzi não me perseguiam pelas ruas (risos). Dei sorte. Apesar de não me achar reservado demais, eu não sou uma celebridade, não virei essa coisa. E também não acho que seja parte do meu trabalho. Mas sempre tive curiosidade de fazer novela. Houve, sim, uma superexposição que não havia experimentado. Por outro lado, é algo que vem e vai rapidamente.

Musical “Lazarus”. Foto: Flavia Canavarro / Divulgação

Você nasceu e se criou no Nordeste. Retorna às suas raízes com frequência?

Nasci em Salgueiro, mas cresci em Parnamirim, sertão de Pernambuco, para onde viajei no início do ano passado. É nossa função, enquanto ser humano, resgatar a memória. Quando percebemos que não mais recordamos ou não temos uma memória afetiva sobre algum momento da vida, da infância, de uma descoberta, do crescimento, da passagem do tempo, a gente começa a morrer por dentro. Prefiro viver bastante, guardando boas memórias. Por isso, retorno para lá. Hoje, engraçado, estava lembrando da casa de uma tia. É o local do qual mais me recordo, onde cresci com primos. Esses lapsos vêm com força quando eu estou muito cansado.

Fale um pouco mais da sua criação por lá.

Minha família materna é de Pernambuco e a paterna do Ceará. Eu ficava dividido entre os estados. Até que uma hora nos estabelecemos em Fortaleza, para que eu fizesse o ensino médio. No sertão pernambucano, porém, pude crescer em meio a muito primo, ocupar a rua. Parnamirim é pequena e pude usar a cidade inteira para correr e brincar de tudo. Era um espaço de tranquilidade, longe de perigos. A família se dividia por todo o município, a cidade era nossa.

Como você passou pela adolescência?

Cena de “O Grande Circo Místico”. Foto: Divulgação

É uma das fases mais difíceis da vida. A obrigação de definir a profissão a ser exercida no futuro é bem debilitada no sistema educacional vigente. Capitalista, ele prega que temos de ser alguma coisa definida e para sempre. Com a tecnologia, porém, as pessoas estudam de olho em uma profissão, mas sabem que, provavelmente, terão de procurar outra. A minha família primava que eu fizesse uma faculdade que me desse retorno rápido, pudesse me sustentar. A cabeça das pessoas é nesse lugar: trabalho não tem a ver com diversão; é suor, sofrimento. Demorei um tempo para entender que o meu trabalho poderia ser algo que me deixasse são, mais forte e que eu pudesse me divertir com ele.

Foi aí que procurou o teatro?

O teatro foi um portal para mim desde a quinta série. No colégio, ele era oferecido aos sábados. Quando eu não me saía bem em exatas, o colégio me proibia de fazê-lo. O que hoje é o meu trabalho era, naquela época, tirado de mim. É um erro educacional não valorizar as artes, a educação artística como um todo, seja musical, visual, enfim, a educação primordial para qualquer um se perceber diferente do outro. No fim das contas, acabei fazendo faculdade de teatro. Demorou, mas percebi que poderia trabalhar com teatro e conhecer pessoas que se sustentavam com a arte.

O que o teatro entrega a você?

Jesuíta, na minissérie da Globo “Justiça”. Foto: Divulgalção

Adoro perceber o meu corpo no teatro. Ele fica dilatado, diferentemente do audiovisual, cuja forma de atuar é mais minimalista, naturalista. O teatro pede uma vivacidade, uma dilatação de energia que vira quase um exercício físico. O meu corpo responde bem e a minha mente fica mais tranquila. Em “Lazarus”, eu cantei na peça e não acreditava que poderia cantar bem daquele jeito no palco. Também pintei o cabelo de loiro, talvez para me aproximar do personagem, ou do Bowie mesmo.

Bowie é uma referência para você?

Hoje, estou bem por dentro da obra dele, mas, antes, não. Tinha referência icônica do Bowie no mundo pop. Só que ele tem um trabalho plástico muito bonito. Foi importante ler e pesquisar sobre o artista e as suas canções. Gosto muito de “Sunday”, estou bem viciado nessa música. Não curto dizer que sou eclético (risos), mas ouço muita coisa, como Caetano Veloso; a irmã dele, Bethania; Gal Costa, Devendra Banhart e o Thiago Nacarato, um cantor português.

Você vive bastante na ponte aérea, já morou no Rio e agora está em São Paulo. Como vive as duas cidades?

Amo o Rio e também gosto de São Paulo, uma cidade construída com muito trabalho. São Paulo foi construída por nós, nordestinos. Nas duas capitais, vivo de um jeito simples, curto ficar em casa. Limpo as coisas, cozinho. Faço um risoto bom, viu? E preparo uma moqueca, quando quero festejar algo. Me faz bem, é quase uma feitiçaria.

Se não fosse artista, o que gostaria de ser?

São tantas as possibilidades na arte. Há o bailarino, o ator, o artista circense. Depois de ver um grupo de bailarinos atuando em um filme, decidi que queria dançar e provocar sensações com o movimento, com o corpo. Eu seria bailarino,
se não fosse ator.

A arte o destravou de lugares que o sufocava?

Completamente. É nela que a gente encontra a dureza da busca pela verdade, pelos nossos demônios, a nossa morada nesse planeta estranho e bonito ao mesmo tempo. Arte consolida disparidades, a beleza, a feiura, os medos e a coragem. Possibilita uma leveza ao nos livrar da ignorância, da verdade única estabelecida pelas instituições sociais e religiosas, porque questiona. Ir ao cinema e sair de lá completamente mudado, ouvir uma música que nos transforme, são provas de sua força.

Foi no coletivo “As Travestidas” que você deu os primeiros passos como ator. Qual a importância dessa experiência?

Jesuíta Barbosa e Clécio Irandhir Santos em cena do filme “Tatuagem”. Foto; Divulgação

As Travestidas é um coletivo de Fortaleza com uma importância imensa no Ceará. É formado por diversos atores e atrizes e coordenado pelo Silvero Pereira (que interpreta o cangaceiro Lunga em “Bacurau”), grande ator e diretor da capital cearense, e tem um repertório bem interessante de teatro transformista e sobre a questão de gênero. O coletivo me possibilitou uma salvação; fazer o contrário do que o mundo pré-datado, ditado pelo Estado e pela Igreja, costuma impingir. Foi a partir d’As Travestidas que passei a entender o feminino. E entendi, nessa sociedade extremamente machista e violenta, que existe uma beleza e grandiosidade no feminino. Ela é tão absurdamente grande e fantástica que precisa ser condenada pela sociedade, porque do contrário ela toma para si o poder. O feminino é a energia mais poderosa do mundo.

Considera-se feminista?

Não me coloco como feminista, porque sou homem e, portanto, não posso sê-lo. Não quero tomar para mim essa bandeira, porque é delas. Mas é minha função, também enquanto homem, dar vigor ao poder feminino. A forma como eu me percebo hoje e a criação que recebi da minha mãe me colocam em função de defender o meu lado feminino, defender a mulher.

Como frear a reprodução de arquétipos como macho, fêmea, gay, hétero, homossexual etc.?

Pela educação. Quando souberem que educar é conhecer a ciência. Quando começarmos a discutir gênero e entender as diferenças de sexualidade, a sociedade será menos doente e mais acolhedora. A gente tem um défi cit gigante na educação, e não apenas em termos de sexualidade. Hoje, por exemplo, o acesso à arte tem sido restringido. Há cortes de incentivo ao audiovisual e a censura está dando as caras novamente no nosso país.

Aos 28 anos, seus trabalhos têm sido muito elogiados. O que espera que o correr do tempo entregue a você?

Espero muito não. O que interessa é o caminhar, não o correr dos anos. Quero que o tempo possibilite a percepção das coisas e que elas não passem despercebidas. Gosto de viajar pelo interior do Brasil, quero conhecer praias e mais ainda o sertão do Nordeste, onde se vive outro tempo. A caatinga é o nosso deserto, não existe em outro lugar. Só de imaginar que plantas passam anos ali esperando uma chuva e, ainda assim, permanecem verdes… Além de interessante, essa vegetação é a metáfora do povo nordestino, resistente e forte.

JOGO RÁPIDO

Apelido

“Jesus. Mas nunca tive cabelo comprido”.

Mania

“Sexo. É uma mania saudável”.

Superstição

“Não tenho. Mas não passo embaixo de escada, não” (risos).

“Não adoro um Deus. Estou pesquisando a ciência, entendendo a natureza, as plantas, o silêncio. Tudo isso me provoca muitas sensações e emoções que não me deixam cético. Preciso entender muito sobre o universo, o tamanho e o tempo das coisas”.

Vaidade

“Minha vaidade é mais relacionada à saúde e menos à beleza externa”.

Traço marcante

“Às vezes, sou imediatista, ríspido demais. Isso não é muito bom, não. Tento ponderar as minhas falas e moderar o que ouço, para conseguir entender e responder melhor. Daqui a pouco, quem sabe, faço uma terapia. Tive uma sessão boa contigo, agora. Quer ser meu terapeuta?”

Confira nosso Ping Pong com o ator:

Teatro Cultura Artística entra na fase final de sua reforma, e se prepara para abrir as portas em 2021

Teatro Cultura Artística entra na fase final de sua reforma, e se prepara para abrir as portas em 2021

Em 2008, um grande incêndio destruiu o Teatro Cultura Artística, em São Paulo. Uma das principais obras do arquiteto Rino Levi, ele foi inaugurado em 1950 em duas noites de gala. “Os regentes foram ninguém menos do que Camargo Guarnieri e Heitor Villa-Lobos, que fez a sua primeira audição das ‘Bachianas Brasileiras n° 8’ na estreia”, conta Frederico Lohmann, superintendente da organização.

Durante as décadas seguintes, o teatro da rua Nestor Pestana – adornado por um espetacular painel assinado por Di Cavalcanti, felizmente não atingido no incêndio – se consolidou como um dos espaços mais tradicionais de São Paulo. Além de concertos e shows, acolheu peças memoráveis. A casa foi o último palco em que pisou Paulo Autran, em “O Avarento”, e recebeu mais de um milhão de pessoas com “O Mistério de Irma Vap”, de Marco Nanini e Ney Latorraca, entre outros espetáculos.

Teatro Cultura Artística

Teatro Cultura Artística agora conta com uma fachada. Fotos: Divulgação

Agora Lohmann comemora o final da primeira fase da reconstrução do teatro e a campanha para arrecadar fundos para iniciar a segunda e última fase. Trata-se de um projeto de R$ 100 milhões, em que já foram investidos R$ 65 milhões, doados por empresários e amigos da Sociedade Cultura Artística. “A fundação, as estruturas e as instalações já foram feitas, agora temos o acabamento, a compra de instrumentos e a finalização”, diz o superintendente, lembrando que a Cultura Artística é a instituição privada mais antiga da América Latina, fundada em 1912 por um grupo de empresários e intelectuais, incluindo o poeta Olavo Bilac.

O antigo edifício, antes do incêndio

Antes de ter a sua própria sede, a sociedade já se mantinha promotora da música clássica no Brasil, organizando espetáculos em outros teatros, como o centenário Municipal. Desde o triste incêndio de 2008, ela apresenta suas temporadas na Sala São Paulo, trazendo artistas de renome internacional.

Previsto para ser inaugurado em novembro de 2021, o novo Cultura Artística, desenhado pelo arquiteto Paulo Bruna, mantém um diálogo próximo com o projeto original de Rino Levi. Estarão de volta o piso azul de vidrotil, as colunas em pastilhas verde água, móveis dos anos 1950 e toda a volumetria do charmoso prédio, que agora tem vista para a Praça Roosevelt.

A Grande Sala do teatro

“Vamos nos integrar à cidade e à programação cultural”, ressalta Lohmann. “Teremos apresentações musicais de diversos estilos na Grande Sala, com 750 lugares, e espetáculos teatrais, shows menores e até cursos na Pequena Sala. A segurança e a tecnologia são essenciais, trouxemos uma empresa de consultoria que trabalhou na reforma do Lincoln Center, em Nova York”.

Os foyers históricos foram recuperados, abrigando livraria, café, restaurante e salas para músicos. A instituição tem um programa de bolsas de estudo que dá apoio a jovens músicos para alavancar suas carreiras.

Como acontece todos os anos, a temporada de 2020 será apresentada na Sala São Paulo e traz nomes internacionais de grande prestígio, como a Orquestra Nacional Russa, o quarteto austríaco Hagen, a pianista georgiana Kathia Buniatishvili e o tenor polonês Piotr Beczala.

São Paulo ganha com a reforma mais um polo cultural fantástico. De grande importância histórica, a Cultura Artística está mais viva do que nunca.

Dia da Consciência Negra traz diversos programas por São Paulo

Dia da Consciência Negra traz diversos programas por São Paulo

Celebrado no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra foi criado com o intuito de refletir sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Como resultado, várias instituições e lugares oferecem uma programação especial no dia. Por conta disso, montamos uma relação de programas e atrações por São Paulo no feriado. Confira abaixo:

JAZZ FR/BR, no Teatro Aliança Francesa

Evento acontece no Dia da Consciência Negra

Dj Odara é uma das atrações confirmadas. Foto: Divulgação

Das 14h até às 21h, acontece a 3ª edição do JAZZ FR/BR, com atrações no palco do Teatro Aliança Francesa. Além dos shows, comidas, feira de livros e vinis contribuem para difundir a cultura jazzística, seja de modo direto ou por meio das várias vertentes do gênero. A entrada é gratuita.

“Elza, Musical”, no Teatro Porto Seguro

Musical da vida de Elza Soares traz sessão especial para o feriado. Foto: Daniel Barboza / Divulgação

Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, o musical terá uma sessão especial hoje (19/11), às 20h, no Teatro Porto Seguro. Em cena, as atrizes se dividem ao viver Elza Soares em suas mais diversas fases e interpretam outros personagens, como os familiares e amigos da cantora, além de personalidades marcantes.

“Odara – Tradição, Cultura e Costumes de um Povo”, no Teatro Oficina

“Odara” traz uma homenagem à cultura africana. Foto: Jennifer Glass / Divulgação

Em celebração ao Dia da Consciência Negra, no dia 20/11, às 20h, o espetáculo “Odara – Tradição, Cultura e Costumes de um Povo” promoverá sessão especial no Teatro Oficina, com ato contra a intolerância religiosa. Sinopse: “Odara – Tradição, Cultura e Costumes de um Povo” traz a narrativa da criação do mundo segundo referências da mitologia yorubá. Olorun, o Senhor Supremo do Universo, resolveu acabar com o ócio reinante no Orun e decidiu criar um mundo habitado por seres semelhantes a Ele. Para tanto, convocou todos os orixás e, sob o comando de Obatalá, ordenou que partissem para criar o Ayê, a terra”.

“Um Gesto de Liberdade”, no Memorial da América Latina

Além das correntes, o evento conta também com homenagens, exposição, shows e feira gastronômica

Na quarta (20/11), o encontro “Um Gesto de Liberdade” acontece na América Latina. O evento reúne todas as correntes da capoeira brasileira para um dia com rodas, homenagens, exposição e feira gastronômica. Além disso, também traz os shows das cantoras Paula Lima e Carolina Soares.

Festival “Mesa Afro Brasil”

Mama Africa Labonne Bouffe está entre os participantes. Foto: Divulgação

Mais de 40 estabelecimentos, entre bares, hamburguerias e restaurantes, recebem o festival “Mesa Afro Brasil” durante todo o mês de novembro. Os pratos exclusivos são produzidos por chefs negros. A cada refeição vendida, R$ 1 é revertido em bolsas de estudo na Faculdade Zumbi dos Palmares. Além disso, na quarta (20/11), o evento reúne especialistas no Museu do Futebol para a realização de diversas palestras.

Shows, espetáculos, filmes e eventos: confira a agenda cultural para o fim de semana em São Paulo

Shows, espetáculos, filmes e eventos: confira a agenda cultural para o fim de semana em São Paulo

O que não falta em São Paulo são atividades para se fazer, exposições para visitar e filmes para assistir. Agora saber de tudo o que está acontecendo pela cidade é outro assunto. Portanto, para te ajudar, montamos uma agenda cultural mostrando o que fazer por São Paulo no final de semana.

Exposições

“Marca da Terra”

Exposição está na agenda cultural desse final de semana em São Paulo

Fotografia de Henrique Peron selecionada para a exposição. Divulgação

Para celebrar o mês de outubro, considerado o mês da gastronomia em São Paulo, a Curadoria do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo apresenta a exposição “Marca da Terra“, com peças de seu acervo em diálogo com quarenta fotografias de 4 artistas. Tanto as obras dos fotógrafos convidados quanto as do Acervo dos Palácios fazem referência à culinária local. A exposição fica aberta ao público até o dia 17 de novembro.

Pinacoteca

Obra de Léon Ferrari. Divulgação

A Pinacoteca recebe três novas exposições: a coletiva Gravura e crítica social: 1925-1956, com 67 obras de nomes como Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo; a reunião de trabalhos políticos do argentino León Ferrari em Nós não sabíamos; e Nem mesmo os mortos sobreviverão, primeira individual do catalão Adrià Julià no Brasil. A primeira traz uma reunião de gravuras, pertencentes ao acervo da Pinacoteca, em torno do engajamento social, enquanto a de León Ferrari enfatiza o aspecto político que marcou sua produção, carregada por uma crítica contundente às instituições de arte, aos sistemas políticos e à moral vigente nas décadas de 1960 e 1970. Por fim, as obras de Julià colocam em questão as implicações das técnicas de reprodução, impressão e autenticação que pautaram a organização do fluxo das imagens nos primórdios da fotografia.

Eventos

Sesc Jazz

Women’s Improvising Group foi criado em 1977 em Londres, na Inglaterra, em resposta ao lineup do festival Music in Socialism, que só tinha bandas formadas por homens. Divulgação

O evento chega a seu último final de semana. The Art Ensemble of Chicago, Women’s Improvising Group e Lonnie Holley são alguns dos artistas que irão se apresentar. Confira a programação completa no site.

Cristian Budu, Osesp e Neil Thomson na Sala São Paulo

Pianista brasileiro Cristian Budu se apresenta ao lado da Orquestra Sinfônica de São Paulo. Divulgação

Cristian Budu apresenta o Concerto para Piano em Lá Menor de Schumann ao lado da Osesp, que interpreta ainda a Sinfonia nº 7 de Claudio Santoro sob a regência de Neil Thomson. As apresentações acontecem hoje e amanhã na Sala São Paulo.

Cinema

Downton Abbey

Filme britânico estreou nessa semana nos cinemas. Divulgação

A famosa série de televisão britânica ganha sua adaptação para as telonas. O filme conta a história da trajetória da família Crawley, proprietária de um vasto território na Inglaterra rural no início do século XX.

Confira também a agenda cultural para o Rio.