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CFO da Agência Bullet traz conselhos para o home office

CFO da Agência Bullet traz conselhos para o home office

Antes das mudanças geradas pelo novo coronavírus (Covid-19), muitas empresas já adotavam a política de deixar os profissionais em home office, mas devido à pandemia que atinge todo o mundo, isso agora virou um regime praticamente obrigatório. Mas será que todos estão preparados para trabalhar dessa forma?

Adriana Ribeiro, CFO da Agência Bullet

Adriana Ribeiro, CFO da Agência Bullet

Para entender mais e se adequar a esse novo cenário, a CFO da agência Bullet, Adriana Ribeiro, dá algumas dicas de como ser produtivo trabalhando de casa. Confira:

Horário

Tenha disciplina. Programe-se como se fosse sair para o trabalho, estipule seu horário e o cumpra, ao acordar, passando pelo café da manhã, até sentar-se na mesa de trabalho. Isso inclui a roupa, pode até vestir-se com algo confortável, mas não fique de pijama.

Mesa

Arrume um lugar fixo em sua casa. Deixe-o como se fosse o seu escritório na empresa, com canetas, lápis, agendas e papel de rascunhos.

Planejamento

Tenha um planejamento claro de suas atividades do dia. Entrega de projetos e reuniões marcadas online. Ter flexibilidade de horário é diferente de não ter horário.

Diretrizes

A executiva ainda ressalta a importância da empresa ter as diretrizes claras para os seus profissionais em home office e os líderes precisam estar comprometidos diariamente com as atividades de sua equipe. Ferramentas de comunicação como hangouts, room meetings e whatsapp são importantíssimas.

“Se você tem filhos, faça para eles também um planejamento das atividades, assim você também consegue controlar melhor as interrupções. Pelo fato de trabalharmos com flexibilidade, muitas vezes não percebemos que trabalhamos direto, sem pausa. Faça normalmente o seu horário de café e almoço. Essas pausas são super importantes para a criatividade e foco nos objetivos. Por fim, não esqueça de manter a limpeza do seu ambiente de trabalho. Afinal, se você estivesse no escritório não iria querer trabalhar em um ambiente sujo, bagunçado e desorganizado”, avalia Adriana.

Se depois dessas dicas você ainda encontrar obstáculos e sentir que não está sendo produtivo, pare e reveja cada um dos passos e se concentre no trabalho, no início pode parecer difícil, mas depois de um tempo você vai ver que as coisas vão se encaixando e conseguirá se adaptar.

29HORAS em casa: Alguém precisa falar umas verdades

29HORAS em casa: Alguém precisa falar umas verdades

Acordei pouco antes das 7h. Vesti o robe de chambre, peguei o computador e fui para o jardim de inverno ler os jornais.

O dia estava bonito. Sol forte, mas com um vento frio. Silêncio. Quase nenhum carro nas ruas. A Nutella, nossa Shi-Tzu de quase cinco anos, me olha e diz:

– Vamos. Vou te levar para passear. Tenho que fazer os números 1 e 2. E acho que você precisa tomar um ar, pegar um pouco de sol e dar uma arejada. Essa quarentena está te deixando pálido.

Vesti uma calça de abrigo e um moletom e, em menos de cinco minutos, estava abrindo a porta da área de serviço.

– Não vai colocar a máscara? Outro dia vi o João falando na televisão que a partir de hoje tinha que sair sempre de máscara.

– Bem lembrado, Nutella. É que como quase não tenho saído nesses últimos 40 dias…

Mal chegamos e ela fez xixi. O dia realmente estava lindo. Procuramos caminhar no sol para evitar o vento. Moro em uma rua tranquila e arborizada, que a essa hora da manhã e, com o isolamento, fica ainda mais sossegada.

– Sei que você está gostando de ficar mais em casa comigo, cuidando de mim e me fazendo carinho, mas estou preocupada com você.

– Preocupada por quê? Está tudo bem.

– Estou te sentindo meio triste e angustiado. Sei que o momento é complicado, que a gente não sabe o que vai acontecer com o mundo. Talvez seja melhor você assistir menos a CNN e a Globo News. Não bastassem os problemas de saúde e da economia, ainda tem a política né?

– Pois é. Talvez você tenha razão mesmo. Preciso dar uma “desligada”. Ler mais livros nas horas vagas, jogar mais baralho, fazer palavras cruzadas. É que o que estamos passando é tudo muito novo.

– Peraí. O coronavírus pode ser um inimigo novo e desconhecido. Mas já os políticos…

– Melhor mudarmos de assunto, por favor.

Depois de uns dez minutos e de a Nutella fazer cocô, chegamos a uma avenida mais movimentada. Ela para, olha para os dois lados e me pergunta:

– Desculpa, mas tenho que voltar ao tema. Olha isso! Você não acha que tem muito carro na rua? Nem parece que a recomendação é para todo mundo que puder ficar em casa. Assim vai ser difícil controlar o vírus. Falo isso por vocês, porque esse tal corona não me afeta.

– Você tem razão, Nuttelinha. Parece um dia normal.

– Sabe, não entendo vocês humanos. Será que não viram o que aconteceu na Europa e nos Estados Unidos? Por que não ouvem os médicos e a ciência e insistem em sair de casa? No início da quarentena vocês estavam indo bem, mas agora largaram mão? E ainda tem gente que faz barulho para a vida voltar ao normal o quanto antes. Por favor, me explica isso.

– Quando me convidou para passear disse que eu precisava arejar a cabeça. Agora que estamos aqui você só fala nisso.

– Tem razão. Me perdoa. Vamos falar de você. Está sentindo falta dos amigos e de ir para o trabalho, né? Do futebol na TV, da ginástica e de suas corridas.

– Ah isso estou sim, Nutella. Essa parte está complicada. Ficar trabalhando em casa e não fazer exercícios está me fazendo muito mal.

– Bom, e do jeito que você anda comendo e tomando cerveja…

– Chega. Acabou o passeio. E, se for para me falar essas coisas, não me convide mais.

Nutella, cachorrinha de cinco anos

Nutella, cachorrinha de cinco anos