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Conecte-se com as suas origens sem sair de casa

Conecte-se com as suas origens sem sair de casa

A maioria de nós já ouviu falar sobre as histórias dos antepassados: como vieram ao Brasil, quais suas tradições, a característica mais marcante de seu povo. Então, que tal aproveitar o período de isolamento para se conectar com as suas origens sem sair de casa?

Em geral, o brasileiro é formado por uma composição genética 61% européia (principalmente da Península Ibérica – formada por Portugal e Espanha); 20,5% africana (dominada pelos países do oeste do continente, como Angola, Nigéria, Gâmbia, Gabão e Benin); 13,2% asiática (com predominância da costa leste formada por Japão e pelas Coréias); e, por fim, 5,3% americana (das nações nativas do sul).

Essa é a conclusão de um levantamento realizado por meio da atuação do meuDNA, uma healthtech que atua com mapeamento genético e que disponibilizou no mercado brasileiro o Teste de Ancestralidade para que as pessoas possam responder com mais conhecimento de onde elas vieram. Ele identifica as variações genéticas espalhadas pelo DNA de cada pessoa e compara com as variações características de diferentes povos e informações catalogadas em um extenso banco de dados. Nele são consideradas 88 populações ao redor do mundo e é uma possibilidade do usuário experienciar a jornada do seu DNA até oito gerações atrás, o equivalente aos bisavós dos tataravós.

Seja lá a porcentagem a mais ou a menos que você tem em comum com o brasileiro médio por causa da miscigenação do País, explorar o passado e a cultura dessas nações pode ser um bom passatempo para ocupar a mente nessa quarentena. Confira abaixo as dicas da helthtech:

Península Ibérica – formada por Portugal e Espanha

Ouro Preto, em Minas Gerais

Ouro Preto, em Minas Gerais

As referências portuguesas e espanholas cercam muito do nosso cotidiano – seja na culinária, na cultura ou na arquitetura do País. A arquitetura de várias cidades brasileiras recebeu influências de Portugal, como São Luís (MA), Ouro Preto (MG), Paraty (RJ), entre outras. E você sabia, por exemplo, que as festas juninas foram trazidas pelos portugueses durante o período colonial em homenagem católica a São João?

Enquanto essa temporada não chega, é possível explorar um pouco mais sobre esses países da segurança da sua cozinha ou da sua sala. Experimente cozinhar um verdadeiro bacalhau português em casa ou mesmo inovar com a tortilla de patata espanhola (feita apenas como batata e ovo).

Se o seu negócio é a leitura, viaje com o livro “Origem“, de Dan Brown, ou ainda com um poema de Fernando Pessoa. Quer passear? Lisboa conta com três museus que podem ser visitados remotamente. Obras de arte moderna, curiosidades do mundo animal e até carruagens da família real estão apenas à distância de um clique do mouse na experiência imersiva promovida pelo Museu Calouste GulbenkianMuseu Nacional de História Natural e da Ciência e pelo Museu Nacional dos Coches respectivamente.

Angola, Nigéria, Gâmbia, Gabão e Benin

Museu Afro Brasil, no Ibirapuera, em São Paulo

Museu Afro Brasil, no Ibirapuera, em São Paulo

Você pula sete ondas e veste branco no Ano Novo? Tradições como essas foram fortemente influenciadas por crenças africanas na nossa origem. Banana da terra, pimenta e inhame foram introduzidos à nossa alimentação pelos africanos que primeiro chegaram ao Brasil.

O Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, destaca a perspectiva africana na formação do patrimônio, identidade e cultura brasileira, celebrando a memória, a história e a arte. Ele conserva em 11 mil metros quadrados um acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje. É possível explorá-lo virtualmente clicando aqui.

Outra sugestão é apostar em uma trilha sonora diferente. Kizomba e Kuduro são dois ritmos musicais dançantes criados em Angola, podem embalar um período de muita diversão em família.

Costa leste asiática

Parque de Carmo, em São Paulo

Parque de Carmo, em São Paulo

O crescimento da comunidade japonesa desde meados de 1912 deu origem ao famoso Bairro da Liberdade, em São Paulo, que reúne feiras, lojas e restaurantes típicos. Há ainda outros espaços que privilegiam a beleza das flores das cerejeiras, no começo da primavera, como o Parque do Carmo na capital paulista e a Praça do Japão em Curitiba.

Todos esses são passeios que hoje ficaram restritos por causa da quarentena. Mas, é possível encontrar um pouco do Japão e da Coreia na barra de pesquisas do YouTube, por exemplo. A dança é um elemento cultural de todos os povos e nos leva a descobrir uma faceta pouco explorada de cada país ou região. Que tal conhecer um pouco da dança dos leques, tradicional na Coréia?

Ou então, cultive um pouco do ócio criativo. Utilizando apenas papel é possível aprender a técnica do origami e preparar uma série de tsurus, símbolo de saúde, boa sorte, felicidade, longevidade e fortuna para presentear a família e os amigos assim que o isolamento social terminar.

Já se você cansou de maratonar as séries de padrão ocidental, invista o tempo em animes. Essas produções em estilo de desenho animado são bem variadas com opções específicas para adultos e com outras que remetem à infância ou juventude, como Pokémon, Dragon Ball Z, Naruto. Revê-las com as crianças é uma boa dica para ocupar o tempo delas!

Nações nativas do sul

Serra da Capivara, no Piauí

Serra da Capivara, no Piauí

A América do Sul concentra uma série de Patrimônios Culturais da Humanidade reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o que significa que foram de extrema representatividade para a nossa história. Entre eles estão Machu Pichu Cusco, no Peru; Cartagena, na Colômbia; Centro Histórico de Cuenca e Galápagos, no Equador; Antigua, na Guatemala; Chichén Itzá, no México; as Ruínas Maias de Copán, em Honduras; Cataratas do Iguaçu e a Serra da Capivara, no Brasil; Parque Nacional dos Glaciares, na Argentina; Valparaíso e Ilha de Páscoa, no Chile; Sucre, na Bolívia; e Colônia Del Sacramento, no Uruguai.

Se os planos de um mochilão por aí foram postergados, que tal viajar mesmo sem sair do lugar, sem enfrentar multidões ou ainda sofrer com o fuso-horário? Por meio do Google Arts & Culture, uma ferramenta que utiliza a tecnologia do Street View para oferecer visitas gratuitas e virtuais a lugares fantásticos pelo mundo, é possível explorar alguns desses destinos. Basta digitar o nome no campo de busca e deixar a mente ir!