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SescTV disponibiliza mais de 800 produções on demand

SescTV disponibiliza mais de 800 produções on demand

Como alternativa e alívio aos tempos difíceis que enfrentamos, por meio da internet, a arte se faz cada vez mais presente nos lares do Brasil e do mundo. Cada linguagem artística, a seu modo, conforta as pessoas nesse período incerto de reclusão, por causa da pandemia da Covid-19 . O canal SescTV é um exemplo e disponibiliza mais de 800 produções, entre documentários, filmes, shows e séries, que podem ser assistidos no site, gratuitamente e sem necessidade de cadastro.

No ano passado, o SescTV lançou as séries “A Cidade no Brasil”, dirigida por Isa Grinspum Ferraz; a segunda temporada de “Filosofia Pop”, apresentada pela escritora Márcia Tiburi e dirigida por Esmir Filho; e “Revolta dos Malês”, dirigida por Belisario Franca e Jeferson De.

Além disso, em 2020, o canal já disponibilizou a série “Paulo Freire, um Homem do Mundo”, dirigida por Cristiano Burlan e o documentário “Ócio, Lazer e Tempo Livre”, dirigido por Marcelo Machado. Todas as produções estão disponíveis em sesctv.org.br. Em abril, o canal lança também “Envelhecer”, série dirigida por Paulo Markun.

A Cidade no Brasil

Cena de "A Cidade no Brasil"

Cena de “A Cidade no Brasil”

Produzida a partir do livro de mesmo nome do antropólogo, poeta e ensaísta Antonio Risério, publicado em 2012, “A Cidade no Brasil” propõe uma reflexão sobre aspectos e dimensões do fenômeno urbano no país, desde a sua criação até a atualidade, a partir de depoimentos de pensadores contemporâneos. “Com a série, pretendemos fazer uma espécie de ‘arqueologia’ da cidade brasileira, buscando ver e pensar nas várias camadas que a cidade de hoje encobre, desde nossas raízes indígenas, lusas e negras até os dias de hoje”, explica a diretora Isa Grinspum Ferraz.

Filosofia Pop

Filósofa Márcia Tiburi

Filósofa Márcia Tiburi

Idealizada e apresentada por Márcia Tiburi e dirigida por Esmir Filho, a segunda temporada da série “Filosofia Pop” convida pensadores contemporâneos para debaterem entre si e com o público, temas distintos que dialogam com a filosofia e a vida cotidiana. Uma realização do SescTV, a primeira temporada da série estreou no canal em 2015, e tratou de assuntos como Deus; ética; pedofilia, drogas; mulher, poder e biopoder. Já os episódios de 2019, tratam dos temas prazer e trabalho; riso contemporâneo; morte e finitude; sexo e gênero; arte e política, natureza; velhice; loucura; dispositivos e vida; liberdade e encarceramento, dentre outros.

Revolta dos Malês

Cena de “Revolta dos Malês”

Na véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, em 2019, o SescTV lançou a minissérie “Revolta dos Malês”, ficção que mescla cinema e teatro, inspirada em um importante motim liderado por africanos escravizados de origem muçulmana, que ocorreu na noite de 24 para 25 de fevereiro de 1835, na cidade de Salvador (BA). Com direção do carioca Belisario Franca e do paulista Jeferson De, a produção, dividida em cinco capítulos de 25 minutos cada, tem como fio condutor a história de Guilhermina (Shirley Cruz), uma mãe que luta para libertar a sua filha da escravidão.

Nós Negros

Cena de "Nós Negros"

Cena de “Nós Negros”

Ainda em novembro de 2019, o canal estreou Nós Negros, uma série dirigida por Ana Paula Mathias, composta por 10 vídeos artísticos, que revelam aspectos do negro como indivíduo singular, apresentando uma diversidade de narrativas poéticas em que ele é o centro de cada história, com um universo subjetivo que pode estar no cotidiano, na performance, nas expressões artísticas ou no pensamento.

Paulo Freire, Um Homem do Mundo

Educador e filósofo brasileiro Paulo Freire

Recentemente, em 17 de março, o SescTV lançou a série documental “Paulo Freire, Um Homem do Mundo”. Dirigida por Cristiano Burlan, a obra audiovisual é composta por cinco episódios, que rememoram a vida e obra do pedagogo e intelectual brasileiro Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997), reconhecido por sua influência no movimento chamado Pedagogia Crítica – escola que visa o desenvolvimento da educação por meio da consciência do indivíduo perante sua realidade.

Ócio, Lazer e Tempo Livre

“Ócio, Lazer e Tempo Livre”, documentário dirigido por Marcelo Machado, também foi lançado em março. Como as condições sociais podem influenciar as escolhas e oportunidades de lazer e do tempo livre? Para responder a essa e outras dúvidas relacionadas ao lazer, a produção ouviu acadêmicos e estudiosos como Abena Busia (Gana), Alon Gelbman (Israel) e Ricardo Uvinha (Brasil), entre outros, que nos convidam a pensar como desfrutamos de atividades que consideramos agradáveis e de nossos momentos de descanso.

Envelhecer

Documentário "Envelhecer" está disponível no SescTV

Documentário “Envelhecer” está disponível no SescTV

Em abril, o SescTV teve o lançamento da série “Envelhecer”, de Paulo Markun. A produção de 13 episódios promove uma reflexão sobre o tempo e processo de envelhecimento no século XXI, e está disponível on demand desde o dia 29.

A mobilidade urbana no mundo pós-pandemia

A mobilidade urbana no mundo pós-pandemia

É fato que nada será como antes quando a crise da Covid-19 passar. Estaremos diferentes e o mundo à nossa volta também. “Depois de um evento extremo e global como esse, muitas tendências que já estavam em curso serão impulsionadas”, explica o filósofo e historiador Leandro Karnal. Segundo ele, há três fatores que aceleram processos que já vinham despontando. São eles as guerras, as revoluções e as pandemias.

“E o importante é transformar o tempo de crise em tempo de oportunidade. O mundo conectado e com uma causa comum irá alterar, definitivamente, o nosso valor à vida e para melhor”, diz Karnal.

O isolamento devido à pandemia tem nos mostrado outros horizontes – inclusive o céu claro e limpo, sem poluentes –, e é bem provável que haja uma grande mudança no campo da mobilidade urbana. Especialistas preveem que, após vencermos a batalha do vírus, haverá uma valorização dos transportes sustentáveis e ativos, que favorecem a saúde.

O valor à vida ficou muito mais urgente e nítido com a pandemia, e é inegável o impacto poluidor dos veículos a combustão. As escolhas de mobilidade tendem a ser mais reconhecidas, até mesmo pela experiência, durante o isolamento, de vivenciar o home office, respirar um ar mais puro e perceber a inviabilidade de perder tempo e saúde em congestionamentos. Em São Paulo, a população passa, por ano, o equivalente a um mês e meio parada no trânsito.

As tendências para o mundo pós pandemia incluem modais mais sustentáveis e saudáveis

As tendências para o mundo pós-pandemia incluem modais mais sustentáveis, saudáveis e coletivos

Veja algumas tendências mundiais que tendem a favorecer a mobilidade na pós-pandemia:

1.

Devido ao home office e o teletrabalho, ela estará bem mais fluida e prazerosa. Afinal, boa parte das pessoas não precisará sair nos horários de pico. A tendência é que elas, ao se mover, também procurem modais saudáveis e sustentáveis, como a bicicleta e o pedestrianismo.

2.

Além de valorizar moradias nas regiões centrais, perto de eixos de transporte coletivo e próximas de serviços que podem ser acessados a pé, haverá a necessidade de suprir, com transporte coletivo, ciclovias, escolas, empregos e equipamentos públicos, os bairros periféricos das grandes cidades, criando oportunidades para que as pessoas se mantenham e se desenvolvam nessas regiões.

3.

A coletividade e a empatia são palavras-chave nesse momento de pandemia. E são esses valores que devem nortear os próximos passos da sociedade, segundo refletem historiadores e especialistas. O individualismo será criticado, e haverá um grande incentivo ao desenvolvimento do transporte coletivo, seja ele o metrô, o trem ou o ônibus.

4.

As pessoas se sentirão mais responsáveis pelos impactos no planeta. SUVs e carrões levando apenas uma pessoa, estarão em baixa. Caem ainda mais a ostentação e o status na mobilidade e sobem a bicicleta, a caminhada e o uso do transporte coletivo (agora sempre com uso de máscara).

5.

Haverá uma busca maior por espaços abertos, como parques, jardins e praças, evitando aglomerações e lugares fechados. Essa tendência irá impulsionar uma transformação urbanística, tornando as metrópoles mais agradáveis, com ruas fechadas para carros, calçadas largas, mais verde e ciclovias. É o conceito de “Cidades para pessoas”, difundido pelo urbanista dinamarquês Jan Ghel, que há anos constrói cidades mais humanas, cicláveis e felizes.