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Barolo Trattoria oferece menu especial para o Dia dos Pais

Barolo Trattoria oferece menu especial para o Dia dos Pais

A paleta de cordeiro com brócolis e espaguete ao molho de manteiga, sálvia e pinoli. Foto: Ligia Skowronski / Divulgação

Restaurante de Curitiba com primeira filial em São Paulo, o Barolo Trattoria traz menu italiano especialmente pensado para o Dia dos Pais.

Para aqueles que não querem colocar a mão na massa no dia 11 de agosto, o restaurante traz opções que agradam aos pais mais exigentes.

A trattoria segue a linha “comfort food”, servindo pratos que podem ser compartilhados com toda a família. No cardápio é possível escolher receitas com flexibilidade nas opções que envolvem massas e molhos.

Dentre as sugestões do restaurante para a data, estão: melanzane con parmigiano al forno (R$20), entrada feita de berinjela gratinada com queijo parmesão; spalla d’angelo con broccoli espaghetti mantovana (R$169 – serve até 3 pessoas), que leva paleta de cordeiro com brócolis e espaguete ao molho de manteiga, sálvia e pinoli. O tiramisù (R$25) finaliza o almoço em família. A sobremesa é outro clássico italiano e leva queijo mascarpone, chocolate e café.

Foto: Ligia Skowronski / Divulgação

Para harmonizar com o prato, ainda é possível degustar um vinho branco. A sugestão da casa é o perdriel series sauvignon blanc (R$145) – a bebida traz aromas cítricos e minerais, uma coloração amarelo palha e corpo médio. Além disso, a trattoria mantém uma adega com 900 garrafas de diversos países e regiões.

Barolo Trattoria São Paulo

Rua Padre João Manuel, 1249, Cerqueira César, tel. (11) 3064-3406 / 3064-4669. De segunda a quinta, das 12h às 15h e das 19h à 0h; sexta, das 12h às 15h e das 19h à 1h; sábado, das 12h às 17h e das 19h à 1h; domingo, das 12h às 18h.

Casas e apartamentos podem ser adaptados para idosos e novos condomínios surgem especialmente para essa população

Casas e apartamentos podem ser adaptados para idosos e novos condomínios surgem especialmente para essa população

Projeto do condomínio Vintage Senior Residence, da Cyrela, em Porto Alegre

Quando um jovem casal ou uma família recém-formada compra um imóvel, é comum que não pense que poderá passar décadas por ali. Os novos proprietários tampouco se imaginam idosos naquele espaço. A casa é motivo de felicidade imediata e um plano para o futuro recente. Mas podemos passar muitos anos dentro de uma mesma residência.

Ao nascer, em 2019, a expectativa de vida das mulheres já é de 80 anos e a dos homens de 73, segundo o IBGE. O ambiente precisa ser funcional para o envelhecer e, quando esse espaço não atende necessidades antes inimagináveis e não pode mais ser adaptado, opções de instituições de longa permanências para idosos (ILPIs) e condomínios surgem como alternativas.

Camilla Vilela é gerontóloga e fundou a empresa 60 + Consultoria, que presta serviços de adaptação e planejamento de imóveis para idosos. “O primeiro passo é entender a dinâmica dessas pessoas, depois vemos como essa rotina se aplica no espaço e como o lugar está configurado”. Ao lado do arquiteto, ela avalia as adequações que serão necessárias a partir dessa análise. “Na maioria dos casos, reformas de pequeno porte já são suficientes”, explica.

Entre algumas das adaptações possíveis, os armários precisam ficar na altura das pessoas, o piso não pode ser muito liso, a preferência é para cadeiras com braços, geladeiras devem ser novas e com descongelamento mais fácil, barras nos banheiros são necessárias para evitar quedas e as saboneteiras devem ser colocadas em lugares de fácil acesso.

As pessoas mais velhas têm uma relação especial com suas casas, pelas várias décadas passadas ali. Além do conforto e da segurança, é importante garantir que objetos como porta-retratos e livros permaneçam nesses espaços, porque produzem memória. Quem lembra desse importante ponto é a arquiteta e professora do curso de Gerontologia da USP, Maria Luísa Bestetti. “Quando os idosos são ativos é sempre melhor adaptar a casa ou transferir esse universo pessoal para um novo imóvel. A mudança para uma instituição de longa permanência deve ser feita apenas para casos bem específicos”.

A ideia de morar com pessoas da mesma faixa etária, mas sem abrir mão do conforto, da independência e da gestão de sua própria vida, tem levado idosos do mundo todo a buscar – e muitas vezes a projetar – empreendimentos especiais. Este foi o caso do Convivir, condomínio criado na Espanha por um grupo de pessoas de profissões diversas, com idade entre 46 e 90 anos. Dirigido por uma cooperativa, o projeto, uma espécie de cohousing sênior, permite otimização de custos e um dia a dia movimentado, com atividades como teatro, aulas de dança, palestras e eventos.

No Brasil, projetos desse tipo ainda são raros. O pioneiro nesse conceito é a Vila ConViver, em Campinas, formada por 52 associados acima de 50 anos. “Hoje estamos diante de um sonho possível: a opção de escolher onde, como e com quem desejamos envelhecer. Nosso diferencial é a criação de um rico ambiente social, o estímulo ao acolhimento e à solidariedade mútua”, diz o professor Bento da Costa Carvalho Junior, um dos moradores e coordenadores da Vila ConViver. Incorporadoras já começam a ficar de olho nesse nicho, bastante promissor. O empreendimento Vintage Senior Residence, da Cyrela, em Porto Alegre, foi desenhado para atender clientes com mais de 60 anos.

O projeto conta com piso táctil e antiderrapante, elevador com capacidade para maca, câmeras de monitoramento, além de espaço para aulas de yoga, ginástica e atividades culturais. Os 120 apartamentos têm banheiros acessíveis, acionamento rápido de emergência e até enfermeiros de plantão, inclusos no valor do condomínio. O preço do imóvel com 42 metros quadrados começou a ser vendido em 2018 por R$ 550 mil.

Asilo deveria ser coisa do passado

Terça da Serra, em Jaguariúna

Maria Luísa afirma que a maioria das instituições de idosos no país ainda carrega estruturas e serviços como os dos asilos de antigamente, onde as pessoas vivem em uma realidade hospitalar. “O morador é até chamado de paciente e interno pelos funcionários. Isso não é positivo, estamos vivendo uma fase de transição das terminologias também”, ela afirma.

Para superar os corredores parecidos com os de hospitais e os ambientes pouco estimulantes, surgem opções alinhadas com o que é envelhecer nos dias de hoje. Em um espaço agradável, a instituição Terça da Serra, em Jaguariúna (SP), criada pela geriatra Joyce Caseiro, cobra a partir de R$ 4 mil reais mensais por cada hóspede. “Respeitamos a individualidade de cada hóspede, mantemos atividades de interação em grupo e estimulamos a proximidade com os familiares”, diz Joyce.

A professora Maria Luísa lembra que é preciso avaliar a quantidade de funcionários, a acessibilidade do espaço e, principalmente, se o envelhecimento está acontecendo em uma comunidade ou coletivo familiar e desejado. “Para que os idosos não estejam isolados socialmente, vizinhos e amigos são muito importantes, tanto ou mais do que barras de apoio”, enfatiza. O mais relevante, então, é realmente não envelhecer sozinho.

Conforto e equipes multidisciplinares

Com estrutura de hotel, as novas casas de repouso oferecem atividades e enfermagem 24h por dia:

Residencial Santa Cruz, em São Paulo

Tem serviços de hotelaria e salão de beleza; atividades físicas no solo e na piscina; acompanhamento nutricional, psicoterapia e bosque para caminhadas. A partir de R$ 8 mil mensais.

Conficare, em São Paulo

Os quartos compartilhados podem ser duplos, triplos ou quádruplos e o valor começa em R$ 5 mil mensais. Para os individuais, idosos com grau leve de dependência pagam a partir de R$ 8 mil. Salas de TV e leitura e atividades em grupo são alguns dos serviços oferecidos.

Villa Sofia, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro

A vista e a arquitetura são privilegiadas pelas belezas naturais. Oferece consulta médica semanal, cardápios elaborados por nutricionistas, enfermeiros de plantão 24 horas por dia e ambientes para ginástica ao ar livre. Os preços para quartos individuais começam em R$ 5 mil.

Bom de Copo: Água de beber

Bom de Copo: Água de beber

Hoje são muitas as questões envolvendo esse líquido fundamental para a saúde e o bem-estar

Vale lembrar que a água é incolor, inodora e insípida em sua fórmula mais pura, H2O, enquanto a água mineral natural vai ter uma leveza e um sabor característicos diretamente proporcionais à quantidade de sais minerais existentes em sua composição. Tecnicamente uma água é considerada leve quando em sua composição química o teor de carbonato de cálcio é menor que 100 mg/L. Quanto ao aroma, ele se relaciona ao tipo de solo e rocha que a água mineral natural percorre até a formação de sua jazida.

Águas minerais naturais oriundas de rochas de relevo cárstico possuem aromas alcalinos e terrosos, enquanto águas carbogasosas naturais exalam, em geral, um aroma levemente trufado. A grande maioria das reservas de águas minerais naturais no Brasil é classificada como oligomineral e tecnicamente é inodora.

E por que a água mineral é mais indicada para beber do que a água de torneira ou filtrada? Por sua qualidade. A legislação de parâmetros de qualidade nacional e internacional aplicados à água mineral natural é muitíssimo exigente, e vai além dos critérios exigidos para a água de torneira e filtros.

A água mineral natural nada mais é que uma água pura, sem adição de produtos químicos e/ou físicos, 100% natural e livre de quaisquer tipos de contaminantes. Vale dizer ainda que, em sua grande maioria, a água de torneira é procedente de mananciais de águas superficiais que, infelizmente, acabam recebendo vários tipos de contaminantes.

Essa água recebe também a adição de sulfato de alumínio, desinfetantes, redutores e inibidores de corrosão, algicidas, entre outras substâncias indesejáveis para a saúde. Os filtros não conseguem reter essas matérias 100%; outros agravantes são as tubulações que transportam a água da unidade de tratamento às residências, e que geralmente não têm manutenção adequada.

Como escolher a água?

Antes de mais nada, é importante ler a composição físico-química no rótulo e observar cada elemento existente. Hipertensos, por exemplo, devem consumir uma água mineral natural com o teor de sódio menor que 5 mg/L.

Quem tem intestino preguiçoso pode optar por uma água com teor de magnésio de no mínimo 15 mg/L. Às pessoas com problemas digestivos, a literatura recomenda ingerir água mineral natural com no mínimo 120 mg/L de bicarbonato, enquanto as carbogasosas naturais ou gaseificadas artificialmente também auxiliam no processo digestivo.

Uma pessoa de 60 kg em média deve beber diariamente dois litros de água – de preferência um copo em jejum e outro antes de dormir, e o restante ao longo do dia. Na harmonização com outras bebidas e pratos, a variação também pode ser grande. A tendência é recomendar uma água mineral natural oligomineral para ser consumida junto a bebidas destiladas de alto teor alcoólico.

Arquitetura consciente junta o bonito com o sustentável e já coleciona bons exemplos pelo Brasil

Arquitetura consciente junta o bonito com o sustentável e já coleciona bons exemplos pelo Brasil

Projeto para a Fazenda da Grama, do escritório Triptyque

Criar espaços que não sejam apenas bonitos e funcionais, mas que também tragam benefícios como redução da temperatura, economia de água e de energia, melhora da qualidade do ar e do bem-estar, além de respeitar os ecossistemas nativos. Esses são alguns dos princípios da arquitetura sustentável, que tem como objetivo elevar a qualidade de vida das pessoas e minimizar os impactos causados ao meio ambiente. Não se trata de um modismo passageiro ou de uma tendência, mas de uma necessidade vital no mundo de hoje.

De acordo com dados da Worldwatch Institute, a construção civil consome de 40% a 75% dos recursos do planeta. No Brasil, cerca de 35% de todos os materiais extraídos da natureza (madeira, metais, areia, pedras etc.) anualmente são usados por esse setor. Além dos recursos naturais utilizados, mais de 50% de toda a energia produzida no Brasil é usada para abastecer casas, edifícios e condomínios.

Para evitar o desperdício de matérias-primas, água, energia e o descarte monumental de resíduos, arquitetos e construtores têm trabalhado com afinco para desenvolver novas e mais inteligentes tecnologias de construção, cada vez mais valorizadas no mercado imobiliário. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que que, até 2030, a construção de novos prédios sustentáveis deve gerar no mundo mais de 6,5 milhões de postos de trabalho.

Muitos prédios já vêm sendo construídos com sistemas de reuso de água cinza (a água dos lavatórios e chuveiros) e equipados com cisternas no subsolo, onde, depois de captada e tratada, a água da chuva será usada para lavagem de áreas comuns.

A arquitetura sustentável não adota apenas sistemas construtivos ecologicamente corretos, como o uso de energia solar e eólica; ela também busca a integração com a comunidade local e prioriza as atitudes socialmente justas.

Natureza no ambiente

Um condomínio projetado recentemente pelo escritório de arquitetura Triptyque, conhecido por suas construções sustentáveis, foca na presença do verde. Desenvolvido para a Fazenda da Grama, em Itupeva, no interior de São Paulo, o projeto envolve casas de campo com layouts amplos e arejados, com intenso contato com a natureza e uma tecnologia que dispensa muitas vedações ou divisórias. O verde é levado para dentro de casa por meio das portas e janelas em vidro e pelo pátio central que acomoda um denso jardim.

Casa Folha, em Angra dos Reis

Já a Casa Folha, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, mostra um trabalho inspirado na arquitetura brasileira indígena. Uma grande folha é o telhado que protege do sol todos os cômodos da casa, assim como os espaços livres entre eles. Essa estrutura armazena a água vinda da chuva e possibilita um ambiente mais fresco a essa casa de praia, construída com madeiras de reflorestamento, madeiras provenientes de antigos postes de luz e tramas de bambu.

O melhor das Américas

Premiado pelo BREEAM Awards 2018 como o melhor edifício sustentável das Américas, o Centro Sebrae de Sustentabilidade, projetado pelo arquiteto e urbanista José Portocarrero em Cuiabá, faz jus à sua função. Em formato ogival, o edifício foi fundamentado na cultura indígena dos povos do Xingu (especificamente do povo Yawalapiti), que tem casas consideradas exemplares em termos de arquitetura bioclimática.

O processo de construção incluiu o reaproveitamento de resíduos (madeiras, pedras etc.) e o projeto se adaptou ao terreno em declive, evitando a terraplanagem e preservando a vegetação nativa. A cobertura em duas cascas, que possibilita o resfriamento interno e a captação de água da chuva, é outro destaque, assim como a instalação de vermicompostagem, que recebe resíduos orgânicos da lanchonete e da poda de árvores e plantas. Além da iluminação, foram implantadas duas microusinas de geração solar fotovoltaica no telhado, reduzindo o consumo de energia elétrica em cerca de 40%. O selo BREEAM está presente em 77 países e já certificou mais de 250 mil edificações em vários continentes.

Rádio Vozes: A cidade dos seus sonhos na música

Rádio Vozes: A cidade dos seus sonhos na música

O cantor paulistano Thiago Pethit no clipe “Orfeu”

Olá viajante! Se você tem lido as minhas colunas aqui na 29 HORAS já sabe que para mim a música é capaz de fazer muito. Transformar o dia, trazer memórias, conectar com o divino e por aí vai. Hoje vou falar do trabalho novo de Thiago Pethit, cantor e compositor paulistano que acaba de lançar o belíssimo “Mal dos Trópicos”. Fiquei tão encantada que fiz um Vozes do Brasil inteirinho sobre o álbum, faixa a faixa (você pode acessar no app Rádio Vozes ou no site www.radiovozes.com).

Adoro discos com narrativa, histórias e referências. “Mal dos Trópicos” é um luxo nesse sentido. De maneira explícita ou sutil, cada música, arranjo e escolha estética tem algo a dizer. Thiago Pethit tem formação teatral e isso sempre esteve presente em seus discos. Em “Mal dos Trópicos” aparecem o mito de Orfeu, as Bacantes, Nat King Cole, Mário de Andrade, a antropofagia, o tropicalismo e, o mais lindo para mim, a poesia marginal de Roberto Piva.

Piva viveu essa São Paulo que Pethit retrata em suas letras. Para Piva, a Praça da República dos seus sonhos era Garcia Lorca esperando o dentista. Para Pethit, um coração mastigado na Consolação e beijos no Copan. A cidade noturna, a outra São Paulo que o cidadão apressado não vê mesmo de dia.

Ouvir “Mal dos Trópicos” me fez lembrar de uma leitura antológica do poema “Uivo”, de Allen Ginsberg, traduzido por Claudio Willer, também poeta. O cenário era o histórico Madame Satã. Willer lia o poema, que é imenso e forte, enquanto Roberto Piva corria pelo salão atrás de um garoto de programa a quem ele chamava “meu Rimbaud”. Uma cena inesquecível nos meus anos 1980, na minha São Paulo outsider, jovem, ainda tão misteriosa e assustadora.

O clipe de Orfeu faz esse passeio mitológico e mundano pelo centro de São Paulo, dirigido por Camila Cornelsen. Trechos das letras aparecem enquanto um drone explora janelas indiscretas: “Pelo olhar dele assistimos o que poderiam ser o estraçalhamento de Orfeu, o suicídio de Ophelia de Shakespeare, entre outras imagens”, diz o autor da canção. Meu convite de hoje é um mergulho nessa cidade cinza e louca por meio da música e da poesia.

Ouça “Mal dos Trópicos”, ouça o programa especial que fiz com Thiago Pethit e leia Roberto Piva. Recomendo ainda o livro “Paranoia”, do Instituto Moreira Salles, que tem as fotos maravilhosas de Wesley Duke Lee. A primeira edição foi em 1963. “Mal dos Trópicos” é de 2019. A tradução de Claudio Willer do Uivo de Ginsberg é dos anos 1980. Rimbaud e Lorca são clássicos da poesia mundial. Faça a sua viagem. Depois me diz.