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Anita Schwartz Galeria de Arte recebe a exposição “Fábrica de Ratoeiras Concorde”, do artista plástico Cadu

Anita Schwartz Galeria de Arte recebe a exposição “Fábrica de Ratoeiras Concorde”, do artista plástico Cadu

"Fábrica de Ratoeiras Concorde" fica na galeria até 26 de outubro

Pintura da série “Ágata”. Créditos: Mari Morgado e Antônio Rezende / Divulgação

Anita Schwartz Galeria inaugura no próximo dia 4 de setembro de 2019, às 19h, a exposição Fábrica de Ratoeiras Concorde”, com perto de 30 trabalhos inéditos, entre desenhos, pinturas, esculturas e duas obras interativas, do artista Cadu, nascido em São Paulo, em 1977, e radicado no Rio de Janeiro. No grande espaço do piso térreo estarão as obras das séries e as interativas “Chinese Whispers” e “Pantógrafo”.

A série que dá nome à exposição, “Fábrica de Ratoeiras Concorde” é um conjunto de nove pinturas sobre papel, em tamanhos que variam entre 1,90m x 1,50m e 1,80m x 1,50m. Partindo de dois conceitos distintos, uma ratoeira e o avião Concorde, o artista busca construir uma imagem poética.

Chinese Whispers

Na obra interativa “Chinese Whisper”, ou “sussurro chinês”, a brincadeira popular conhecida entre nós como “telefone sem fio”, o público poderá movimentar um lápis acoplado a um inventivo sistema criado pelo artista que reproduz o gesto feito, o desenho, resultando versões aumentadas, diminuídas ou distorcidas do desenho original.

Pantógrafo

Neste outro trabalho interativo, o “Pantógrafo” consiste em uma mesa de 2m x 2m, em que o público fará um pequeno desenho em um canto, e no lado oposto surgirá uma imagem ampliada em oito vezes. O atrito provocado pela ação da máquina, do bastão com a mesa, “que pode lembrar uma batuta de maestro”, provoca um som, que para o artista é “como se fosse o próprio instrumento musical imprimindo a partitura dele no momento de produção da música”. A palavra pantógrafo vem do grego pantos, que significa “tudo”, mais graphein, “escrever”, e é um aparelho utilizado para transferire redimensionar figuras, inventado possivelmente pelo astrônomo e jesuíta alemão Christoph Scheiner (1575-1650) em 1603.

SEGUNDO ANDAR

No segundo andar da galeria estarão quatro séries: “Ganga”, “Craca Ganga” (com Virgilio Bahde), “Ágata” e “Walden”.

A série “Ganga”, feita em parceria com o artista e ourives Virgilio Bahde, são dez esculturas em que se explorou o processo de galvanização, em que o metal é submetido a uma solução salina, eletrificada, e se dissolve, migrando por indução para outro lugar. Dez ganchos de metal passaram por demorados procedimentos que levaram meses, e passaram por esse processo, ganhando aglutinações que se assemelham a corais.

Craca Ganga”, também em parceria com Virgilio Bahde, é uma série de oito esculturas feitas em madeira, níquel, cobre e incrustação de pedras semipreciosas brutas, como ônix, malaquita, ágata, quartzo fumê e pirita.

Ágata” é uma série de 14 trabalhos de pintura em óleo sobre chapas de alumínio em tamanhos variados entre 60cm x 60cm e 25cm x 25cm, que recebem aplicação de lâminas de pedras semipreciosas brutas, como ágata, granada, quartzo, zurita e malaquita. As obras intrigam o espectador, por parecerem uma colagem, e não se saber ao certo onde está a pintura, se por baixo ou por cima das pedras.

Walden” é um conjunto de três gravuras relevo sobre papel, formando uma única peça, feitas a partir de páginas do livro “Walden ou A Vida nos Bosques” (1854), autobiografia do escritor transcendentalista Henry David Thoreau (1817-1862). Nesta obra, o artista trabalhou com o mestre gravador Agustinho Coradello, requisitado por artistas como Beatriz Milhazes, Cildo, Thereza Miranda, entre outros grandes nomes.

Anita Schwartz Galeria de Arte – “Fábrica de Ratoeiras Concorde”

R. José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, tel. (21) 2274-3873. De 4 setembro a 26 de outubro. Entrada gratuita.