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Bloquinhos de carnaval: uma tradição pelas ruas de São Paulo

Bloquinhos de carnaval: uma tradição pelas ruas de São Paulo

A cultura do carnaval existe há mais tempo do que você imagina

Parece que os bloquinhos de Carnaval enchem as ruas de São Paulo a poucos anos, não é mesmo? Mas não, essa tradição de sair pelas ruas dessa cidade paulistana já existe há mais de um século e sempre esteve em seu DNA. Há registros, desde 1905, de que a região do Brás foi a primeira a ter uma manifestação carnavalesca de caráter popular fora do centro da cidade.

Outra região também se destaca dentro deste assunto, o bairro da Barra Funda, que no ano de 1914 teve seu primeiro cordão carnavalesco paulistano. Criado pelo líder negro Dionísio Barbosa, o Cordão Barra Funda – que hoje recebe o nome de Camisa Verde e Branco – deu um grande incentivo e impulso para que outros cordões fossem criados em bairros e terreiros ocupados pelos negros, principalmente após o fim da escravidão, e que, assim, ocupassem as ruas da cidade, como: a Baixada do Glicério e o Bixiga.

Na época, as marchinhas presentes na festa carioca ainda não eram muito conhecidas no carnaval paulistano, então este teve que criar suas próprias composições com letras mais simples, repetitivas e com a intenção de chamar a atenção para o público participar dos cortejos. De ”Mamãe eu quero” até “Pierrô Apaixonado”, as clássicas marchinhas eram, e continuam sendo, a trilha sonora da brincadeira de confete, serpentina e lança-perfume.

Este ano a Secretaria Municipal de Cultura confirmou que este carnaval vai contar com um total de 796 blocos de ruas em 861 desfiles (isso até agora). Dentre esses 796 blocos, alguns existem e resistem desde o carnaval da São Paulo do começo do século passado, continuando com as tradições carnavalescas da época.

Entre os blocos mais tradicionais da cidade estão:

 

Bloco Vai Quem Qué

Desde 1980 animando as ruas de Pinheiros e do Butantã, o Bloco Vai Quem Qué foi fundado pela dupla de amigos Marcelo Papaterra, conhecido como Pato, e Luiz Augusto Gonçalves, mais conhecido como Guga.

O bloco desfila todos os anos nos quatro dias de carnaval: dois em Pinheiros e dois no Butantã, em um “cortejo secreto”, sem cadastro e sem percurso definido. Nele você encontra um pequeno carro de som e uma pequena banda formadas por metais, harmonia e percussão com um repertório de 52 marchinhas e músicas autorais.

Quando? Onde? Ainda não divulgaram.

 

Bloco Esfarrapado

Levando a folia do carnaval para o coração do samba paulistano, o Bloco Esfarrapado existe desde 1947 no bairro do Bixiga.

O bloco desfila há mais de setenta anos no cruzamento da Rua Conselheiro Carrão com a Avenida Treze de Maio, na segunda-feira do feriado, e ainda preserva as mesmas características da festa de setenta anos atrás.

Quando? Onde? 24/02 (segunda-feira), às 10h, na Bela Vista.

 

Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta

Não tão antigo na cidade de São Paulo, o Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta surgiu em 2009 e desde então ocupa a consolação com seus milhares de foliões.

O bloco é até composto por um trio elétrico que a cada ano recebe personalidades como Leandra Leal, Andreia Horta, Fafá de Belém, Otto, Tulipa Ruiz e Alexandre Nero. Nele é tocado sons de ritmos variados: samba, marchinha, axé, MPB, funk e até rock são tocados no desfile pela banda do cantor Simoninha e percursionistas da região.

Quando? Onde? Dia 16/02 (Domingo), às 14h, na Consolação.

 

Cordão Folclórico de Itaquera Sucatas Ambulantes

O Cordão Folclórico de Itaquera Sucatas Ambulantes é um grupo de cultura popular que pesquisa ao longo do ano sobre o samba de bumbo, também conhecido como samba rural. Ele surgiu há dez anos a partir dessas pesquisas e pelas oficinas coordenadas por Jefferson Cristino, o qual acredita no resgate dos fundamentos da tradição carnavalesca e de sua ancestralidade.

A cada ano o grupo tem ganhado novos colaboradores e participantes, que trabalham para a realização das diversas ações que o grupo propõe, como a confecção de bonecos feitos de barro, papel machê e armação de ferro que caracterizam o desfile do Cordão e lembram aqueles tradicionais do carnaval de São Luís do Paraitinga.

Quando? Onde? 15/02 (Sábado), às 15h, em Itaquera.

 

Bloco CarnaBelém

Do berço das manifestações carnavalescas, o famoso bairro do Brás, surgiu o Bloco CarnaBelém no ano de 2014.

Criado pela Associação Por um Belém Melhor, o bloco procura resgatar a tradição das marchinhas no carnaval de São Paulo e tem um ambiente mais familiar, porém sem restrição de idade.

Quando? Onde? 16/02 (Domingo), às 14h, no Brás.

 

Bloco O Pequeno Burguês

Considerado o maior bloco de rua da zona norte de São Paulo, o Bloco O Pequeno Burguês foi criado em 2014 por dois grupos de amigos: um grupo de estudantes de Economia da PUC-SP e outro grupo de amigos dos estudantes que eram de bairros próximos, como Santana, Vila Guilherme e Vila Gustavo.

Seu nome veio da música “Somos Nós” de Martinho da Vila e o repertório do bloco traz sambas-enredos próprios e composições de Beth Carvalho, Jorge Bem Jor e Chico César.

Quando? Onde? 29/02 (sábado), às 11h, na Avenida Dumont Villares, em Santana.

 

Bloco Bangalafumenga

Um dos bloquinhos de rua mais tradicionais em São Paulo nasceu no Rio de Janeiro em 1998 e chegou na cidade paulistana no ano de 2012.

Conhecido por transformar músicas do funk e do samba em marchinhas e por ter em seu repertório músicas regionais, MPB, cirandas, além de composições dos fundadores Rodrigo Maranhão e de Hamilton Souza, o Bangalafumenga acontece na Avenida Brigadeiro Faria Lima do número 4150 até o 4500 da Vila Olímpia, em São Paulo.

Quando? Onde? 15/02 (sábado), às 14h, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, Vila Olímpia.

Exposições, espetáculos, filmes e eventos: confira a agenda cultural para o fim de semana em São Paulo

Exposições, espetáculos, filmes e eventos: confira a agenda cultural para o fim de semana em São Paulo

O Carnaval já está batendo na porta, mas enquanto os bloquinhos estão mornos, a agenda cultural rola solta por São Paulo. Lembra do roteiro? Shows, espetáculos, estreias nos cinemas, eventos, seja o que for, na capital paulista não faltam programas. Então se você está procurando o que fazer pela cidade, confira nossas dicas para esse final de semana.

Exposições

“Construção”, na Japan House

agenda cultural

Artista ergueu instalação com milhares de hashis na Japan House. Foto: Divulgação

A obra “Construção”, de Tadashi Kawamata, está em cartaz na Japan House. Conhecido por realizar grandes instalações com materiais não muito convencionais, o artista japonês utilizou 180 mil hashis (90 mil pares) na montagem exposta.

Até: 12/04
Entrada: Gratuita

“Retratos de Mulheres por Mulheres”, no Centro Cultural Fiesp

Jovem mulher Opik i theri, 1977. Foto: Claudia Andujar

Em cartaz no Fiesp, a mostra apresenta ensaios de importantes fotógrafas contemporâneas como Claudia Andujar, Maureen Bisilliat, Cris Bierrenbach, Marcela Bonfim, Luisa Dorr, Denise Camargo, Ana Carolina Fernandes, entre outras. O objetivo é discutir temas como empoderamento, feminismo, sexualidade e direitos humanos.

Até: 03/05
Entrada: Gratuita

Espetáculos

“Baixa Terapia”, no TUCA

agenda cultural

Antonio Fagundes estrela elenco da peça em cartaz. Foto: Divulgação

A comédia conta com Antonio Fagundes, Mara Carvalho, Ilana Kaplan, Alexandra Martins, Fábio Espósito e Guilherme Magon, e está em cartaz no TUCA – teatro da PUC. Na história, três casais, que não se conhecem, se encontram inesperadamente em um consultório para sua sessão habitual de terapia. Dessa vez, descobrem que a psicóloga não estará presente e, a partir daí, vem à tona queixas, confissões, suspeitas, revelações, verdades e mentiras.

Até: 29/03
Entrada: Ingressos a partir de R$60

“A Cor Purpura”, no Theatro NET São Paulo

Letícia Soares, como Celie, protagonista do musical. Foto: Divulgação

O musical premiado está em cartaz no Theatro NET, em curta temporada. Baseado no livro de Alice Walker, vencedora do Prêmio Pulitzer, e no filme de Steven Spielberg, o espetáculo conta a história de uma mulher que, através do amor, encontra a força para triunfar sobre a adversidade e descobrir sua voz no mundo. O elenco traz Letícia Soares, Sérgio Menezes, Lilian Valeska, Flavia Santana, Jorge Maia, entre outros.

Até: 16/02
Entrada: Ingressos a partir de R$37,50

Cinema

Jojo Rabbit

Jojo Rabbit tem 6 indicações ao Oscar. Foto: Divulgação

Um dos grandes destaques do Oscar chegou aos cinemas nessa semana. Dirigido por Taika Waititi, “Jojo Rabbit” conta a história de Jojo (Roman Griffin Davis), um jovem nazista de 10 anos, durante a Segunda Guerra Mundial, que tem Adolf Hitler (Taika Waititi) como seu amigo imaginário. Seu maior sonho é participar da Juventude Hitlerista, um grupo pró-nazista composto por outras pessoas que concordam com os seus ideais. Um dia, Jojo descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma judia (Thomasin McKenzie) no sótão de casa. Depois de várias tentativas frustradas para expulsá-la, o jovem rebelde começa a desenvolver empatia pela nova hóspede.

E já é nesse domingo o Oscar. Saiba onde assistir os filmes indicados, aqui.

Confira também a agenda cultural do final de semana no Rio.

Exposições, espetáculos e filmes: confira a agenda cultural para o fim de semana no Rio de Janeiro

Exposições, espetáculos e filmes: confira a agenda cultural para o fim de semana no Rio de Janeiro

Vários programas bons rolando pelo Rio e você aí parado(a) em casa? Se não sabia, tudo bem… é para isso que nossa agenda cultural serve. Espetáculos, exposições, eventos e filmes em cartaz, não deixamos nada de fora. Confira, então, a desse final de semana.

Exposições

“Ameríndios do Brasil – Antropologia da beleza”, na Caixa Cultural

agenda cultural

Foto em exposição, na Caixa Cultura. Foto: Renato Soares

Em cartaz na Caixa Cultural Rio de Janeiro, a exposição traz as obras do fotógrafo e indigenista Renato Soares. No total, mais de 40 fotos estão à mostra para o público, sobre tribos de diversos lugares do Brasil. Além da beleza estética, a mostra leva a reflexões sobre a luta dos indígenas para manter sua identidade viva e reconhecida.

Até: 28/02
Entrada: Gratuita

“Alucinações à Beira-Mar”, no MAM

“Alucinação à beira-mar” 1994), de Marcos Chaves. Acervo MAM

O acervo do MAM está a mostra na exposição “Alucinações à Beira-Mar”. São cerca de 60 artistas e mais de 200 obras, incluindo pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, vídeos e estudos que percorrem mais de um século de produção artística brasileira e estrangeira. Há ainda algumas obras nunca expostas no museu, como os estudos do artista concretista Rubem Ludolf.

Até: Mostra de longa duração
Entrada: Ingressos a partir de R$7,50 (gratuito às quartas)

“Rua”, no MAR

Os Clovis, Carnaval. Foto: Evandro Teixeira.

O Museu de Arte do Rio recebe a exposição “Rua”, que reúne cerca de 80 obras, entre fotografias, vídeos, grafites e esculturas de artistas como Carlos Vergara, Evandro Teixeira, Paula Trope, Guga Ferraz, Tiago Sant’Ana e Tia Lúcia, entre outros. Além disso, cinco grafiteiros foram convidados para criarem trabalhos especialmente para a mostra. São eles: Panmela Castro, Cruz, Rack, Ramo Negro e Coletivo I love MP.

Até: Abril
Entrada: A partir de R$10 (gratuito às terças)

Eventos

Zé Ramalho, no Vivo Rio

agenda cultural

Zé Ramalho faz sua única apresentação no Rio, neste final de semana. Foto: Divulgação

Um dos principais nomes do MPB sobe ao palco, neste sábado (08), às 21h, no Vivo Rio. Dono de sucessos, como “Chão de Giz” e “Avohai”, Zé Ramalho está em tour pelo Brasil, passando agora pelo Rio em apresentação única. Os ingressos custam a partir de R$60 (meia) e R$120 (inteira).

Cinema

Jojo Rabbit

agenda cultural

Jojo Rabbit tem 6 indicações ao Oscar. Foto: Divulgação

Um dos grandes destaques do Oscar chegou aos cinemas nessa semana. Dirigido por Taika Waititi, “Jojo Rabbit” conta a história de Jojo (Roman Griffin Davis), um jovem nazista de 10 anos, durante a Segunda Guerra Mundial, que tem Adolf Hitler (Taika Waititi) como seu amigo imaginário. Seu maior sonho é participar da Juventude Hitlerista, um grupo pró-nazista composto por outras pessoas que concordam com os seus ideais. Um dia, Jojo descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma judia (Thomasin McKenzie) no sótão de casa. Depois de várias tentativas frustradas para expulsá-la, o jovem rebelde começa a desenvolver empatia pela nova hóspede.

E já é nesse domingo o Oscar. Saiba onde assistir os filmes indicados, aqui.

Confira também a agenda cultural do final de semana em São Paulo.

Estada no Matutu, em Minas Gerais, permite imersão profunda na natureza

Estada no Matutu, em Minas Gerais, permite imersão profunda na natureza

Para quem anda cansado da muvuca das praias lotadas de todos os Carnavais e deseja escapar dos intermináveis sons dos bloquinhos, felizmente ainda existem alguns paraísos intocados entre as montanhas de Minas Gerais.

Neles, os maestros que comandam as trilhas sonoras são os pássaros das matas e o fluxo das cachoeiras. São ambientes propícios para o relaxamento profundo, a desintoxicação física e mental e até mesmo para que o viajante faça um ajuste fino da sintonia com a própria espiritualidade.

Matutu

A bela visão do Pico do Papagaio, com as cerejeiras em flor. Fotos: Marta Alvim

Um desses recantos perdidos e ainda não corrompidos pelo turismo predatório – que procura pasteurizar tudo e todos em um monocromático padrão – é o abençoado Vale do Matutu (na língua indígena dos ancestrais, Matutu significa Cabeceira Sagrada).

O vale fica a 18 quilômetros de estrada de terra da charmosa cidadezinha Aiuruoca – “Casa do Papagaio” na língua tupi –, que, por sua vez, dista apenas 46 km de Caxambu. O Matutu fica encravado e protegido no fundo do vale que forma uma grande ferradura entre os contrafortes do Pico do Papagaio e o Morro Cabeça de Leão. Toda essa exuberante natureza que contém diversos biomas da mata atlântica fica às margens do parque Estadual Serra do Papagaio, que faz parte de uma franja da Serra da Mantiqueira.

Segundo relatos, a primeira fazenda que ali se instalou foi de migrantes do Rio Grande do Sul, em 1860. O casarão, sede dessa fazenda, resistiu ao tempo e é hoje a sede da Associação de Moradores e Amigos do Matutu. Porém, foi no início dos anos 1980 que um novo movimento migratório se consolidou para dar a atual forma de ocupação da região. Os novos migrantes, entre outras atividades, também fundaram a Comunidade Reserva Matutu, plantaram cerca de 35 mil araucárias nesses quase 40 anos e permitiram que as matas se regenerassem. Dessa forma, rios, cachoeiras e toda a fauna e a flora retornaram ao seu estado quase natural de pureza e magia.

As suítes na Pousada Mandala das Águas, no Matutu. Foto: Marta Alvim

São trilhas e mais trilhas, cachoeiras e matas que podem ser visitadas a pé ou a cavalo, opções para todos os tipos de condicionamento físico. Entretanto, vale a pena destacar que sons altos e baladas não combinam em nada com o espírito do lugar.

Não existem muitas opções de hospedagem e restaurantes no Vale do Matutu. Três excelentes pousadas são a Mandala das Águas, o Patrimônio do Matutu e a Pousada do Matutu. Como é comum na região, elas adotam a arquitetura ecológica e artesanal e servem refeições orgânicas, em geral vegetarianas e/ou veganas. Os restaurantes principais são o Fios da Terra, com cardápio de trutas e pratos com vocação oriental; a Tia Iraci, de comida mineira de primeira; e o Estrela Matutina, com ótimos hambúrgueres vegetarianos.

A Mandala das Águas, gerida com carinho pelo casal Rickson e Marcia, é um lugar especial. À noite, os hóspedes e o próprio Rickson, que é músico, se juntam para conversar ou participar de saraus musicais na sala de estar da sede, equipada com piano e violões. As acomodações são confortáveis e todas têm vista para o Pico do Papagaio e a Cachoeira do Fundo.

A hospedagem no Patrimônio do Matutu reserva uma vivência inusitada: para chegar até lá, o viajante deve percorrer uma trilha a pé de cerca de 40 minutos, enquanto a sua bagagem é transportada à moda antiga por cavalo. A pousada conta com chales e apartamentos acolhedores e charmosos e fica bem no coração do vale.

As demais têm seus diferentes encantos. Em comum, elas compartilham um jeito afetivo e descontraído de receber. Os proprietários estão sempre presentes e os horários das refeições costumam seguir o ritmo de cada pousada. Assim, vale a pena se amoldar ao andamento natural dos eventos e aproveitar a convivência com os donos e hóspedes, que acabam se transformando, ao longo da estada, em novos amigos.

A cachoeira que fica na pousada. Foto: Marta Alvim

Passar alguns dias no Vale do Matutu pode ser também uma experiência quase transcendental, caso essa seja a proposta do viajante. A pureza das vibrações da mata e a energia da região favorecem a meditação e a pacificação da alma, normalmente acelerada pelas demandas urbanas.

Deixe seu corpo ser banhado nas águas claras e lépidas das cachoeiras e corredeiras. Deixe os seus olhos se encantarem com o verde das matas e com as cores vivas das flores. Deixe os seus ouvidos se impregnarem com o ruído alvoroçado dos macacos, dos jacus e do escorrer das águas por entre as pedras dos rios. Nada mais lindo do que ver a noite chegar com o céu cravejado de estrelas frias. E acordar ao nascer do sol, presenciando a serra anunciar mais um dia. Certamente você irá amar esse abençoado recanto do Brasil e também rezar para que ele nunca seja devastado.