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Line up do Rock in Rio traz figuras carimbadas do evento e algumas novidades para essa edição

Line up do Rock in Rio traz figuras carimbadas do evento e algumas novidades para essa edição

Entre novidades do pop e estrelas do rock, o evento é perfeito para todos os públicos

Mega maratona de sete dias de música do Rock in Rio terá muitos déjà vus, mas também algumas novidades interessantes. Foto: Buda Mendes / Getty Images

Em 1969, o festival de Woodstock reuniu meio milhão de jovens em uma fazenda do interior do estado de Nova York para três dias de paz e música. O evento tornou-se um símbolo da contracultura, com protestos contra a Guerra do Vietnã e contra o capitalismo selvagem dos Estados Unidos – cada ingresso custava apenas US$ 18, mas quem não tinha toda essa grana podia entrar sem pagar nada!

Cinquenta anos depois, começa mais uma edição do Rock in Rio, mas com um espírito beeeem diferente: os festivais de rock hoje são festas mainstream, com a comportada plateia muitas vezes sendo mais impactada pelas ações de marketing dos poderosos patrocinadores do que pelos shows que acontecem nos palcos – em geral, de bandas de grande apelo comercial e de qualidade musical questionável.

Esse critério faz com que muitas das atrações estejam sempre presentes no line-up do festival, como é o caso de Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Anitta, Lulu Santos, Ivete Sangalo e vários outros. Mas a programação tem também artistas interessantes e que estarão pela primeira vez se apresentando por aqui, fazendo valer os ingressos vendidos a R$ 525.

Na noite de abertura (dia 27), por exemplo, os headliners serão o rapper canadense Drake e a cantora britânica Ellie Goulding. Vai ser uma noite memorável para os fãs de um pop bem produzido e dançante. Em 2018, Drake foi o campeão de downloads nas plataformas digitais de música, enquanto Ellie Goulding bomba no mundo todo com seu mix de electro, synth pop e dance music.

A segunda noite promete ser a mais divertida, com as surpreendentes e bem-humoradas performances das bandas Foo Fighters e Weezer. Os Foo Fighters, de Seattle, comandados por Dave Grohl, já tocaram no Rock in Rio há bastante tempo (na terceira edição carioca do festival, em 2001), mas seguem cheios de energia criando novos hits que viralizam por todo planeta, como “The Pretender”, “Best of You” e “Walk”. Já os californianos do Weezer, que fizeram muito sucesso em meados dos anos 1990, agora voltam com tudo, fazendo covers de sucessos de bandas B como Toto, Tears for Fears e A-Ha e também com novas composições, sempre carregadas de ironia e de sarcasmo, como “Can’t Knock the Hustle”.

Drake é um dos destaques desta edição

No domingo, 29, acontece o baile da saudade: será a noite dos tiozões, com Bon Jovi, Dave Matthews Band e Ivete Sangalo. Os três já têm crachá de funcionário do festival: Bon Jovi já passou pelo palco principal nos anos de 2013 e 2017; Veveta já cantou em 2011, 2013, 2017 e outras tantas vezes no Rock in Rio Portugal; e a banda do Davi Mateus esteve na edição de 2001.

Red Hot Chili Peppers, Panic at the Disco e Nile Rodgers & Chic são os destaques da noite de abertura da segunda semana do evento. Anthony Kiedis e sua turma foram headliners no ano retrasado, mas o time sempre faz sucesso com seu hard rock funkeado. Já Nile Rodgers & Chic representam o mais autêntico funk norte-americano, com seu DNA black e cheio de suíngue. Para completar o line-up dessa noite, o Panic at the Disco, originário de Las Vegas, apresenta seu pop barroco com toques indie.

Na sexta, dia 4 de outubro, acontece a noite dedicada ao rock pesado. Se você gosta de pop e baladinhas românticas, mantenha distância da Cidade do Rock. Os britânicos do Iron Maiden, os alemães do Scorpions e os brasileiros do Sepultura prometem deixar os headbangers com dor no pescoço.

Aí, como sábado é dia de festa, teremos uma noite comandada por Pink, Black Eyed Peas, H.E.R. e Anitta. A ideia é colocar todo mundo para dançar com o pop chacoalhante de Pink, as batidas arrebatadoras dos Black Eyed Peas (agora sem a cantora Fergie, mas ainda com Will.I.Am e Taboo), o groove da jovem estrela do R&B estadunidense H.E.R. e o mix de funk e reggaeton de Anitta, a rainha das lajes e dos rooftops.

Queridinhos do Rock In Rio, o Foo Fighters volta a se apresentar no evento

Para fechar, a última noite terá Muse, Imagine Dragons e Nickleback. Os ingleses do Muse, que sempre fazem shows épicos e apoteóticos, são uma escolha perfeita para comandar o encerramento, principalmente se seu show vier recheado por hits como “Supremacy”, “Stockholm Syndrome”, “Hysteria” e “Feeling Good”. Imagine Dragons, apesar de não ser ainda tão famosa como Coldplay ou Linkin Park, é uma banda norte-americana que faz um enorme sucesso entre o público de 18 a 35 anos, por causa de sucessos como “Bad Liar” e “Radioactive”. Na edição 2018 do Lollapalooza, fez o show mais aclamado e acompanhado pelo público.

Todas essas atrações citadas acima vão se apresentar no Palco Mundo, o maior do festival. Mas um dos mais aguardados shows do evento acontece no Palco Sunset: o do King Crimson. Com uma sonoridade psicodélica e experimental, a banda britânica de rock progressivo liderada pelo guitarrista Robert Fripp fará sua estreia no Brasil e vai desempenhar nesta edição do Rock in Rio mais ou menos o mesmo papel que o The Who desempenhou em 2017, elevando a qualidade do line up e fazendo a alegria dos críticos e dos puristas do rock. Em 1969, quando Jimi Hendrix assistiu um show do King Crimson em Londres, disse que aquela era a maior banda de rock que ele jamais havia visto. Um elogio desses não é para qualquer um…

Imagine Dragons é uma das principais atrações no sábado

Também no palco acontecem os interessantes encontros promovidos pela organização do festival. Dia 27, o britânico Seal se apresenta com a baiana Xênia França, e Mano Brown canta tendo o mítico baixista Bootsy Collins na “cozinha”. Dia 29, a diva Iza canta ao lado de sua ídola, Alcione, e a rainha Elza Soares recebe em seu palco a banda As Baianas e a Cozinha Mineira.

Aí, na noite de quinta (dia 3 de outubro), o show Hip Hop Hurricane reúne Rael, Baco Exu do Blues e Rincón Sapiência e o show Pará Pop promoverá um encontro de gerações de nortistas, com Fafá de Belém, Dona Onete, Gaby Amarantos, Jaloo e Lucas Estrela. Por fim, no sábado, dia 5, a Funk Orquestra agita a galera tendo Ludmilla, Fernanda Abreu e Buchecha nos vocais.

No total, serão mais de 80 horas de música, somando as 12 horas diárias de som, das 14h às 4h. O Rock in Rio 2019 acontece na Avenida Salvador Allende, s/n°, no Parque Olímpico, na zona oeste do Rio.

Escrito por David Bowie, musical “Lazarus” chega ao Teatro Unimed

Escrito por David Bowie, musical “Lazarus” chega ao Teatro Unimed

Foto: Flavia Canvarro / Divulgação

Peça “Lazarus”, no Teatro Unimed, em São Paulo

“LAZARUS”, escrito pelo músico David Bowie e dirigido no Brasil por Felipe Hirsch, marca um dos últimos trabalhos do artista que revolucionou a música e o comportamento mundial. A atração segue em cartaz até dia 27 de outubro, no recém-inaugurado Teatro Unimed, em São Paulo. O novo espaço cultural fica no Edifício Santos Augusta e foi desenhado pelo arquiteto Isay Weinfeld.

Escrito por Bowie e o dramaturgo irlandês Enda Walsh, o musical é baseado no romance “O homem que caiu na terra”, que na versão para o cinema teve o cantor e compositor inglês no papel de protagonista. O roteiro narra a vida atormentada de Thomas Newton, um alienígena que viaja para a Terra para salvar o seu planeta.

O espetáculo estreou oficialmente em Nova York em dezembro de 2015, com a presença de Bowie, um mês antes de sua morte. Grande conhecedor da obra do artista, o diretor Felipe Hirsch encena pela primeira vez um musical. Para chegar ao elenco final, ele testou, junto com as diretoras musicais Maria Beraldo e Mariá Portugal, mais de duas centenas de atores. O pernambucano Jesuíta Barbosa estreia como protagonista da peça, atuando e cantando.

Teatro Unimed

Alameda Santos, 2159, Jardim Paulista.

Brownie do Luiz faz sucesso pelo Brasil com empreendedorismo consciente

Brownie do Luiz também vende pela internet e entrega via Sedex

Brownie do Luiz atualmente fatura R$ 3,5 milhões por ano

Em 2005, quando tinha apenas 15 anos, Luiz Quinderé percebeu que os brownies que levava para comer no recreio da escola faziam sucesso. Anos depois, já na faculdade, ele começou a vender os doces que preparava em sua casa, fazendo as entregas com seu skate.

Em 2012, abriu sua primeira cozinha para a produção dos quitutes, com míseros, e em 2013 montou uma fábrica 2 25 m de verdade, na Praça da Bandeira, onde permanece até hoje, produzindo cerca de uma tonelada de brownies por mês!

Este é um pequeno resumo da saga do Brownie do Luiz, um produto cujo sucesso não mais se restringe apenas ao Rio de Janeiro. Com 1.000 pontos de venda distribuídos entre Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, a marca tem lojas próprias no Leblon, em Laranjeiras, em Niterói (quiosque) e, a partir deste mês, também no bairro paulistano da Vila Madalena.

Exemplo de empreendedorismo consciente, a Brownie do Luiz inaugurou também a Fabriqueta, uma estação móvel de ressignificação de resíduos. Além disso, todas as entregas no Rio são feitas pela Courrieros, em bicicletas ou outros veículos não-poluentes.

Saiba mais no site.

Horas de voo: Tudo azul na ponte

Horas de voo: Tudo azul na ponte

Azul começa a operar na ponte aérea CGH-SDU

Aeronaves Embraer E-195, da Azul

Reviravolta na ponte aérea! A Azul, que há anos tenta operar a rota mais cobiçada do país, a ligação entre Congonhas e Santos Dumont, herdou da falida Avianca no final de julho dezenas de slots (autorizações de pouso e decolagem) e rapidinho se estruturou para oferecer a seus passageiros a conexão entre esses dois aeroportos centrais de São Paulo e do Rio de Janeiro. A estreia aconteceu no dia 29 de agosto, com 16 voos em cada sentido, operados por confortáveis aeronaves Embraer E-195, o maior modelo autorizado a pousar na diminuta pista auxiliar de Santos Dumont.

E é justamente por causa das reformas nesse aeroporto que a novela da entrada da Azul deu uma grande reviravolta: se há um mês a empresa reclamava que não podia atuar na ponte aérea, agora ela será a única! Até o dia 21 de setembro, quando espera-se que as obras na pista principal de SDU estejam completas, a Azul estará servindo sozinha essa rota. Os Boeing 737-800 da Gol e os Airbus A320 da Latam estarão voando de Congonhas para o distante Galeão.

E o efeito mais impressionante da chegada de um novo player à ponte já se fez notado: segundo o buscador Kayak, foi só a Azul fazer o anúncio de sua entrada na ponte que os preços caíram 42%. Levantamento feito no dia 12 de agosto, antes da Azul confirmar sua estreia, mostrava preços médios de R$ 610 só na perna CGH-SDU. No dia seguinte, após a Azul divulgar a novidade, o preço médio despencou para R$ 354. É assim que funcionam as coisas: concorrência maior, preços menores!

Radar

Beleza no ar

A revista britânica de lifestyle “Monocle” acaba de divulgar a sua lista 2019 de premiados no segmento de viagem e turismo, dividida em cinquenta inusitadas categorias. A companhia aérea finlandesa Finnair, por exemplo, ganhou o prêmio de “Excelência Até Na Classe Econômica”. Já a portuguesa TAP levou para casa o troféu de “Equipe de Bordo Mais Bonita”.

Passageiros nas alturas

O tráfego aéreo no mundo está em alta. Segundo dados da IATA, entidade que congrega todas as melhores companhias aéreas do planeta, foram transportados 4,4 bilhões de pessoas no ano de 2018, uma alta de 6,9% em relação a 2017. A Star Alliance é a maior aliança aérea, com 21,9% do total de voos, seguida pela Sky Team (com 18,8%) e a OneWorld (15,4%).

Au revoir, Aigle Azur!

A companhia aérea francesa Aigle Azur, que durante anos operou quatro voos ligando os aeroportos de Viracopos e Orly com modernos Airbus A330-200, vai suspender essa ligação entre Brasil e França. Com dificuldades financeiras, ela programou sua última saída VCP-ORY para o dia 27 de setembro. Quem tiver passagem para Paris agendada para depois dessa data deve ser transferido para voos da TAP.

Rádio Vozes: a música serve para quê?

Rádio Vozes: a música serve para quê?

Arnesen é conhecido principalmente por suas composições de coral

Kim André Arnesen, compositor norueguês

Eu poderia escrever muitas páginas sobre isso, mas hoje vou me deter em uma coisa só: a música que promove a conexão com o divino. Talvez seja óbvio para você que me lê agora, talvez não. E pode ser mesmo muito variado, complexo e simples.

Vamos começar pela missa na Igreja Católica. Pela música chamada erudita. Há muitas obras consagradas escritas para soprano, coro, orquestra e você pode pensar que isso é uma prática antiga. Não é. Acabo de ouvir uma maravilha lançada em 2017 pelo jovem norueguês Kim André Arnesen, que se chama “Magnificat”. Ouça! Experimente a sensação de ouvir o piano, o coro e a voz de uma cantora lírica elevando seu espírito, amaciando sua manhã, relaxando seus músculos. A intenção de uma missa católica é a inspiração religiosa, mas se a obra lhe agrada artisticamente esqueça os dogmas e apenas se entregue.

Um outro estilo, bastante popular, é o gospel das igrejas negras norte-americanas. O disco “Amazing Grace”, de Aretha Franklin, também é o registro de uma missa. Também tem piano e coro, mas ganha aqui a presença do baixo, do groove da soul music – que, não por acaso, aliás, tem esse nome. Esse disco foi o maior sucesso de vendas de Aretha.

Teve na “plateia” grandes nomes da música pop como Mick Jagger e Charlie Watts, dos Rolling Stones. Foi filmado por Sydney Pollack em 1972 e é um clássico incontestável. Esses hinos têm uma dinâmica de perguntas e respostas do pastor para o coro e foi nessa prática que se formaram muitas das grandes cantoras do jazz e da soul music. Aretha talvez seja a maior delas.

Agora vamos ao candomblé com seus tambores e cantos. Cada orixá tem seu canto, seu toque e a roda que se forma com a música é a conexão com o sagrado. O Grupo Corpo, maravilhoso grupo mineiro de dança, encomendou aos paulistas do Metá Metá uma trilha que se chamou “Gira”. O espetáculo provocou uma espécie de transe com a dança, os metais de Thiago França, a inspiração das rodas e os tambores da religião de matriz africana.

Eu sempre digo que a música pode transformar o seu dia, a sua vida. E é por aí que as religiões usam a música. Para conectar com o divino que, por fim, é fazer a conexão com você mesmo. Ouvir música e se deixar levar é transformador. Faça a conexão.