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p r i s m, ópera vencedora do Pulitzer 2019, estreia no Theatro Municipal de São Paulo

p r i s m, ópera vencedora do Pulitzer 2019, estreia no Theatro Municipal de São Paulo

Foto azulada de mulher sendo arrastada contra a sua vontade

Cena da ópera p r i s m. Fotos: Noah Stern Weber

Está em cartaz no Theatro Municipal de São Paulo a ópera p r i s m, premiada produção de 2018, realizada em parceria entre a compositora Ellen Reid e a libretista Roxie Perkins. Ambas se inspiraram em experiências pessoais para a elaboração da obra. Com direção cênica de James Darrah e produção da Beth Morrison Projects, que representam a vanguarda na direção de trabalhos dessa envergadura, os espetáculos serão acompanhados pela Orquestra Sinfônica Municipal, sob direção musical e regência de Roberto Minczuk, e participação do Coral Paulistano, dirigido pela maestrina Naomi Munakata. As récitas seguem nos dias  7, 10, 11, 13 e 14, sempre às 20h, e no dia 8, domingo, às 18h (sessão com audiodescrição). Nos dias 6 e 7 de setembro, ocorre o ciclo de conversas “Diálogos Prismados: A voz e a arte das mulheres”, com participação de diversas dramaturgas, artistas e outras profissionais que debaterão os desafios da mulher no mundo da música e ópera. Com curadoria de Camila Fresca e Marici Salomão, o evento terá entrada franca e ocorrerá na Sala do Conservatório na Praça das Artes, anexa ao Theatro Municipal.

A menos de um ano de seu lançamento, p r i s m  já amealhou dois prestigiados prêmios: em abril último, a obra ganhou o Pulitzer de música 2019 pela composição de Ellen Reid, e no final de julho,  p r i s m foi premiada como a melhor ópera inédita de 2018 pelo MCANA – Music Critics Association of North America. Primeiro trabalho de Ellen Reid no campo operístico, p r i s m estreou em novembro de 2018 no Off Grand Opera de Los Angeles, seguindo no início deste ano para o Festival PROTOTYPE, de Nova Iorque, com grande sucesso de crítica nos EUA. São Paulo é a terceira cidade do mundo a receber a ópera.

O enredo trata de um trauma – decorrente de violência física e psicológica contra a mulher. Compositora e libretista contam a história do relacionamento entre uma mãe e uma filha no contexto deste atual e pesado tema. Essa abordagem vai de encontro à prerrogativa do Theatro Municipal de promover a inclusão em todas as frentes e ampliar a percepção do público sobre as possibilidades estéticas e discursivas no campo operístico, através da exibição da recentíssima produção mundial.

“p r i s m chega impulsionando nosso projeto artístico de diversidade e pertencimento”, explica Hugo Possolo, diretor artístico do Theatro. “Esta obra ressalta a abertura para óperas contemporâneas, cuja qualidade merece visibilidade e reconhecimento, e também aponta para a importância dessa linguagem abordar conteúdos de relevância social, como a questão do assédio, tratado com impactante poesia por Ellen Reid e Roxie Perkins”, conclui. p r i s mé a terceira ópera da Temporada Lírica 2019 do Municipal, após a apresentação de Rigoletto, de Verdi (julho), que trata de um tema bastante atual – abuso sexual, manipulação e poder, e da cômica O Barbeiro de Sevilha, de Rossini (fevereiro).

Em entrevista recente para a crítica musical Kyle MacMillan, Ellen Reid fala sobre a empatia do público nas apresentações nos EUA: “É muito sombria [a ópera]. Não tínhamos ideia de como a plateia reagiria às récitas. Falando por mim e em nome de todos do time que se empenharam pelo resultado, nós realmente acreditamos na obra e estamos emocionados com a receptividade. É incrível.”

Mulher em cenário roxo

Na descrição da diretora criativa Beth Morrison, a união das “complexas características femininas desenhadas por Perkins e o vívido e sensorial mundo musical de Reid, traçam um oportuno retrato dos percalços que uma pessoa precisa enfrentar para sobreviver.”

Resumo da ópera

O espetáculo traz a história da jovem Bibi (a soprano Anna Schubert), e de sua mãe idólatra, Lumee (a mezzo soprano Rebecca Jo Loeb), que vivem juntas e isoladas do mundo, encerradas em uma espécie de santuário imaculado, o prisma que dá nome à obra. Ambas tentam proteger uma à outra de uma perigosa doença à espreita e que já infectou as pernas de Bibi – tolhendo-lhe a capacidade de andar. Todos os dias, a mãe tenta dar à filha o remédio para tratar a sua doença, mas cada vez que a menina está prestes a tomar a medicação, o Lado de Fora do prisma irrompe com fúria assustadora – deixando Bibi com medo de tomar o remédio.

Uma noite, desesperada por agradar à sua implacável mãe, Bibi tenta tomar todas as doses de uma vez, mas é impedida por uma luz azul tóxica que entra por debaixo da porta, atravessando o santuário. Seduzida por um sinal caleidoscópico vindo do Lado de Fora, a menina começa a se rebelar contra as ordens de sua mãe – rompendo assim o relacionamento e a frágil existência no claustro. Ofuscada pelas cores e pelas lembranças de sua vida, que se confrontam com as mais recentes, Bibi precisa escolher entre abandonar a mãe para descobrir a verdade sobre sua condição, ou aceitar as histórias que ela lhe conta e assim suportar a única vida que conhece.  p r i s m esmiuça a elasticidade da memória depois da ocorrência de um trauma, e trata das distâncias a serem percorridas para “se sentir melhor” – não importando o preço.

Peça de teatro, mulher no escuro sendo agarrada por várias pessoas

Estrutura

Além das duas protagonistas, quatro bailarinos, coreografados pelo diretor-assistente Chris Emile, participam do espetáculo, simbolizando as projeções de Bibi. Além de mãe e filha, os dançarinos são as únicas pessoas capazes de alcançar o interior do santuário. Através deles, Bibi, que não anda, pode voar. Eles a pegam no colo, confortam e acalentam, ao mesmo tempo que provocam na menina memórias aflitivas.

A ópera tem a participação de 12 vozes do Coro Paulistano e 14 integrantes da OSM, sob direção musical e regência de Roberto Minczuk. Cada um dos três atos da peça tem distintas paletas de cores, entremeadas por linhas vocais que se   elevam de forma lírica em um instante, para em seguida partirem para o bramido. Segundo Roxie Perkins, “a música atua como uma janela na mente da protagonista. “Ela varia vertiginosamente do sound design para as paisagens orquestrais. Essas variações refletem a rápida evolução do entendimento de Bibi de seu mundo e de como ela se enquadra nele”, explica.

p r i s m

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Coral Paulistano
Direção Musical e Regência – Roberto Minczuk

Regente do Coro – Naomi Munakata

Composição – Ellen Reid
Libreto – Roxie Perkins
Direção – James Darrah
Cenografia – Adam Rigg
Desenho de luz – Pablo Santiago
Figurinos – Molly Irelan
Produzido por Beth Morrison Projects

Intérpretes

Anna Schubert, soprano (Bibi)
Rebecca Jo Loeb, mezzo soprano (Lumee)

p r i s m foi encomendado por Beth Morrison Projects, David & Kiki Gindler, Linda & Stuart Nelson, e Elizabeth & Justus Schlichting, com apoio de Nancy e Barry Sanders, OPERA America’s Opera Grants for Female Composers, fundado por Virginia B. Toulmin Foundation e The Opera Fund: Repertoire Development; The Francis Goelet Charitable Lead Trust; e o National Endowment for the Arts – Art Works.
p r i s m foi desenvolvido por Beth Morrison Projects, Lyric Theatre @Illinois/Krannert Center, Arizona State University School of Music, Trinity Wall Street, e PROTOTYPE Festival

Serviço:  p r i s m no Theatro Municipal de São Paulo

Setembro [récitas]

Sábado, 7, às 20h

Domingo, 8, às 18h – com audiodescrição

Terça-feira, 10, às 20h

Quarta-feira, 11, às 20h

Sexta-feira, 13, às 20h

Sábado, 14, às 20h

Local: Sala de Espetáculos, Theatro Municipal de São Paulo

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/nº

Ingressos: R$ 120,00 | R$ 80,00 | 20,00

Vendas: pelo site theatromunicipal.org.br ou na bilheteria do Theatro Municipal.

Horário de funcionamento da bilheteria: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados e domingos, das 10h às 17h.

Formas de pagamento: Dinheiro e Cartões de Débito e Crédito

Duração aproximada: 2 horas em três atos, com 1 intervalo de 20 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Capacidade: 1140 lugares

Acessibilidade: Sim

 

Ciclo de conversas “Diálogos Prismados: A voz e a arte das mulheres”

Curadoria: Camila Fresca e Marici Salomão

Local: Sala do Conservatório, na Praça das Artes, anexa ao Theatro Municipal

Datas: dias 6 e 7 de setembro

Entrada franca – mediante inscrição prévia

Restaurante Maguje comemora aniversário com cardápio especial e novo formato de Happy Hour

Localizado no Jockey Club, o restaurante Maguje comemora seu 1º ano de atividade em setembro. Para celebrar, o restaurante preparou duas ações até 6 de outubro: um menu fechado especial e um novo formato de Happy Hour, com foco nas cervejas artesanais.

Maguje traz pratos especiais para seu cardápio

Filet de namorado com poche de arroz de jasmin. Fotos: Bernardo Britto / Divulgação

O menu de aniversário (R$69), elaborado pelo chef Fernando Almeida, conta com entrada, prato principal e sobremesas. Para começar, entre as opções de entradas, uma Salada verde com tomate assado ou Polenta recheada com burrata e molho de tomate fresco com manjericão.

Mini burgers do Maguje

Dentre os pratos principais, sugestões para todos os gostos. Para os apaixonados por frutos do mar, o Filet de namorado poche com arroz de jasmim com brócolis – namorado cozido no caldo de peixe com vinho branco ao molho de camarão com mostarda dijon. O Mini Ravióli de ricota com espinafre ao fondue de gruyère e o Beef Medallions envolto de ervas finas com parmesão acompanhado de risoto funghi também são opções. Para fechar a experiência, as sobremesas comemorativas são uma Verrine de Maçã ou Mousse de chocolate com frutas vermelhas.

A casa também vai dar início ao Happy Hour, entre 18h e 20h. De terça a sexta, o ponto de encontro carioca vai ser no Maguje, que conta com a linda vista para o Jockey. O cardápio conta com uma seleção de aperitivos, drinks e cervejas especiais.

Para petiscar, o chef da casa preparou as tradicionais Coxinhas – frango, alho poró e quatro queijos (R$22 / 9 unidades), Batata Trufada (R$22) e Mini Choripan (R$30). Para harmonizar, a carta de drinks oferece, além de drink do dia (R$25), opções como Mr. Maguje (R$26), Come Back Summer (R$28) e Summer Bubbles 1,5L (R$102).

As combinações de chopps com porções especiais promete no Happy Hour

Os amantes de um bom chopp vão poder saborear, além das opções Gold (R$10, 300ml) e Wit, Weiss, IPA, Dunkel, Bock (R$13, 300ml), uma Régua de Chopp preparada com mini porções (R$51): Gold com gurjão de peixe, Weiss com pão de queijo recheado, IPA com croqueta de costela, Dunkel com mix de salsicha e WIT  com croqueta de berinjela.

Maguje

Rua Jardim Botânico, 1003 – Jardim Botânico, tel. (21) 99895-2032. De terça a quinta, das 18h à 1h; sexta, das 18h às 2h; sábado, das 12h às 2h; domingo, das 12h às 23h.