por Georges Henri Foz | dez 27, 2018 | Turismo |
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A pousada Portal do Equilibrium, em São Francisco Xavier
2019 chegou e, mais do que nunca, é prioridade alimentarmos o nosso lado bon vivant para sobreviver às demandas diárias de uma cidade como a nossa.
É a primeira vez em muitos anos que não vou sair de São Paulo neste período que todos chamam de férias. Aliás, vou sair sim, e a única coisa que sei é que será por poucos dias e perto daqui. Quando digo perto, significa até duas horas de casa, no máximo. O bom dessa época é que, tanto na cidade quanto nas estradas, tudo flui melhor.
Quero aproveitar o privilégio de poder se deslocar tão facilmente e conhecer alguns lugares que todos nós sabemos que existem, mas que até hoje não chegamos a desfrutar. Vou deixar o nosso fantástico litoral paulistano de fora justamente porque é pra lá que todos vão. Estou buscando lugares mais altos para ter um frescor nesse verão escaldante.
Começo por São Francisco Xavier, para mim o lugar mais bonito na Serra da Mantiqueira. O Portal do Equilibrium é um refúgio muito bem integrado à Mata Atlântica, com vista para o Vale do Rio Manso.
Ali não é raro se deparar, pela janela do quarto, com as montanhas do vale todas cobertas pelas nuvens. Além de ser um lugar confortável, discreto e de bom gosto, tem uma ótima cozinha. É perfeito pra quem não quer saber da badalação da quase vizinha Campos do Jordão.
Na mesma região, em Santo Antônio do Pinhal, a 160 km de São Paulo, a Quinta dos Pinhais é perfeita para quem gosta de trilhas e de passeios a cavalo. Em um lugar lindo e cravado na natureza, a 1400 m de altura, a pousada reúne luxo, boa gastronomia contemporânea e até mini golf. Mas atenção, o preço é salgado… É para ocasiões especiais.
Ainda mais perto de São Paulo (em Piedade, a 100 km) e bem mais em conta fica o Ronco do Bugio, rústico e confortável. Os quartos são casinhas de pedra e madeira, cada uma com o seu ofurô. Bacana é que o compromisso com a sustentabilidade reina ali. A cozinha prioriza ingredientes da região e o cardápio foca na low & slow food.
Por último e mais perto ainda, a 50 km, vale conhecer a rota do vinho em São Roque – perfeita para um bate e volta. Uma vez que o passeio foi feito, almoce na Quinta do Bacalhau e volte para casa em menos de uma hora.
Garanto que qualquer um desses programas vale a pena! E mais, quando penso no luxo que é não desperdiçar o meu tempo livre no trânsito das estradas ou em aeroportos, já me pego sorrindo… E é de mais sorrisos que precisamos todos neste novo ano.
Feliz 2019!
por Renato Rogenski | dez 27, 2018 | Viagens |
“Morre lentamente quem não viaja”. A frase, retirada de um poema da escritora brasileira Martha Medeiros, diz muito sobre o poder de oxigenação que uma viagem exerce na vida das pessoas. Os benefícios vão do relaxamento ao descobrimento de si e dos outros, passando pelos aprendizados sociais e culturais.
No entanto, antes de traçar os roteiros, cotar as passagens e bloquear a agenda, pondere sob o ponto de vista do corpo, da alma e da mente o tipo de experiência mais essencial para o seu momento. O que cada destino pode lhe proporcionar e acrescentar por suas características? Esta é a pergunta que precisa ser urgentemente respondida. Abaixo, alguns lugares e hotéis especiais para cada tipo de mood.
Adeus stress
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Ponta dos Ganchos, em Santa Catarina
Está com a cabeça cheia e o corpo cansado? Que tal a calmaria deslumbrante do verde das montanhas se fundindo às águas claras do mar da Costa Esmeralda? Assim é o Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, localizado ao norte de Santa Catarina. O lugar tem praia particular e um cenário que conta com três pequenas ilhas e uma baía de areia branca. É uma boa pedida para despressurizar. O resort fica a 50 km do aeroporto de Florianópolis e o acesso se dá por transfer de carro ou helicóptero.
Conexão espiritual
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Hotel Shangri-La, na Tailândia
Para quem busca a tão propalada paz de espírito, o roteiro ideal é a cidade Chiang Mai, considerada a capital espiritual da Tailândia, com centenas de templos, alguns deles construídos há mais de 500 anos. O país, aliás, está posicionado como um dos mais religiosos em todo o mundo de acordo com diversas pesquisas globais. Apesar de ser predominante budista, ele abriga praticantes do hinduísmo, taoísmo, islamismo e cristianismo. Entre os hotéis mais recomendados está o Shangri-La.
Para refletir
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Hotel Expora, na Patagônia, Chile
Um lugar silencioso, distante e cercado por natureza pode ser o ideal para refrigerar os pensamentos. Você sabia que o Chile abriga a geografia mais isolada e selvagem de toda a Patagônia? Um dos atrativos é o Parque Nacional Laguna San Rafael, onde é possível apreciar belas paisagens, incluindo uma das maiores geleiras do planeta, e diversas espécies de animais.
O local também tem um dos cinco hotéis Explora pelo mundo. Entre as experiências propostas, vale caminhar entre as florestas, chegar à base das Torres del Paine, cavalgar pelas pampas e rios do parque e navegar pelas águas turquesas do Lago Pehoé.
Paixões ardentes
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Hotel Janelas Verdes, em Portugal
Portugal é um país que facilita o trabalho daqueles cupidos dispostos a flechar corações abertos. A capital Lisboa é romântica por si, mas também tem fácil acesso para pequenas cidades como Sintra e Faro, que respiram um clima ainda mais propício para o flerte.
Para quem busca um par mais aventureiro, a dica é uma viagem de bicicleta pelo Alentejo. Na pausa, um passeio para conhecer uma das melhores regiões de vinícolas do mundo, além de belíssimos e históricos castelos portugueses. Para ficar hospedado, a dica é As Janelas Verdes, um palacete onde viveu o célebre escritor Eça de Queiroz, hoje transformado em um charmoso hotel.
Hora de aventura
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Hotel Van Gilder, no Alasca
Se a ideia é sair da zona de conforto para encarar uma jornada totalmente diferente de tudo que é convencional, o Alasca pode oferecer uma experiência interessante. Um dos roteiros mais incríveis tem em seu pacote o sofisticado Cruzeiro Silverseas, partindo de Vancouver. No trajeto de sete dias, icebergs de cor azul diamante e baleias saltando da água farão da viagem algo inesquecível. Ao chegar em Seward, entre os hotéis mais buscados está o histórico Van Gilder, que foi construído em 1916.
Agito e curtição
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Vega Hotel, na Romênia
Se o objetivo é conhecer gente descolada em um destino incomum, Mamaia Beach, na Romênia, não vai decepcionar. O local é o novo paraíso festeiro no litoral do Mar Negro. Em agosto, no pico do verão, a cidade hospeda o festival de música Sunwaves, tornando o agito ainda maior. A região, aliás, é famosa por receber incontáveis shows e eventos na praia ao longo do ano. Para solteiros em busca de aventuras ou mesmo aqueles que querem apenas fazer boas amizades e se divertir, a aposta parece certa. Um dos resorts mais próximos da área de badalação é o Vega Hotel.
Laços de família
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Sabi Sabi Bush Lodge, na África do Sul
Juntar os entes queridos não é sempre uma tarefa simples, mesmo durante as viagens. Algumas experiências, no entanto, conseguem estabelecer uma aproximação interessante. A África do Sul pode ser um destino ideal neste quesito.
Um dos locais mais recomendados para se hospedar é o Sabi Sabi Bush Lodge, que fica dentro da savana. Nele, é possível fazer safaris em veículo, a pé, ou mesmo por meio de balões de ar quente, além de conhecer uma das mais densas e povoadas reservas naturais no Parque Nacional Kruger. É um destino capaz de abraçar qualquer geração.
Destino inusitado
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Santa’s Hotel, na Finlândia
Um dos fenômenos naturais mais raros, bonitos e exclusivos do planeta é, sem nenhuma dúvida, a aurora boreal. A Finlândia é um dos lugares mais apropriados para assistir ao espetáculo de luzes que contrastam com o branco da neve. A cidade de Luosto, por exemplo, tem diversos hotéis com teto de vidro para contemplar o acontecimento, além de alarmes para avisar quando os raios coloridos tomam conta do céu. O Santa’s Hotel Aurora é um deles.
Tempo de desafio
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Poucos destinos são tão imponentes no quesito desafio como o Everest. Isso não significa que apenas alpinistas profissionais conseguem acessar o monte do Nepal. Pessoas sem a mesma habilidade também encontram trilhas acessíveis pelo caminho. Para chegar ao campo base, a jornada regular consome aproximadamente dez dias. Impossível pensar em algum destino mais adequado para testar os limites do corpo e da mente.
Colaboraram com dicas: Andressa Vasconcellos, sócia fundadora da agência de viagens Très Chic Voyages; Mariana Juk, sócia fundadora da agência de viagens Muito Mundo Viagens e Bagagens; Gilsimara Caresia, sócia fundadora da agência de viagens GirlsGo.
por Nelson Vasconcelos | dez 27, 2018 | Pessoas & Ideias |
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Tanto quanto talento e gentileza, Nathalia Timberg esbanja vitalidade. Basta dizer que, depois de uma temporada bem-sucedida no Rio, no dia 12 de janeiro a atriz carioca chega a São Paulo, no teatro Faap, com o monólogo “Através da Iris”, de Cacau Hygino, em que interpreta a designer americana Iris Apfel. Em seguida, leva o espetáculo para outras cidades. Já escalada para a próxima novela das 21h e uma minissérie da Globo, também anda estudando dois novos personagens para o teatro. Resultado: está com a agenda cheia até 2021 e nem pensa em aposentadoria. Nada mal para quem comemora 90 anos neste 2019. De onde vem, afinal, tanta energia?
— Ah… deve ser genética — desconversa ela, nessa entrevista exclusiva à Revista 29HORAS. — Minha mãe era muito ativa, meu pai também. Minha avó, por exemplo, foi sozinha para o Japão quando tinha 80 anos. Todos da família eram muito ativos. Quem se mantém ativo chega melhor a qualquer idade.
Genética tem a ver, OK, mas também há algo ali nos olhinhos da atriz que deixa clara a gigante paixão pelo seu trabalho – e isso é vital. Essa atividade frenética, aliás, é constante também na vida de Iris Apfel – que, aos 97 anos de idade, não sossega e continua sendo uma referência no mundo da moda. É tentador traçar paralelos entre Nathalia e Iris. Seriam almas gêmeas?
— Eu trabalho muito, e a Iris também. Esse é um ponto de coincidência. Também temos muita liberdade na maneira de ser e de pensar. Mas ela é um ícone da moda, apesar de não ser estilista, enquanto sou low profile, bem o oposto na maneira de me apresentar.
E que parem por aí essas associações. Nathalia prefere não traçar paralelos com suas personagens, de quem procura manter um distanciamento saudável.
— Não tenho o hábito de fazer essas comparações. Pelo contrário, eu procuro esquecer de mim mesma ao máximo. Porque estou fazendo um personagem, não estou misturando. Eu sou intérprete.
Ela sabe do que está falando. Com apenas seis anos já estava experimentando a arte da interpretação, graças a um convite para participar do filme “O grito da mocidade”, de Raul Roulien, que só chegou às telas em 1937. Não restaram registros da estreia precoce da pequena Nathalia, mas a menina não parou. Sua vida de atriz amadora foi ocupando os espaços da vida real, e tudo se tornou uma coisa só.
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A criança talentosa cresceu entre grupos teatrais e, no início da vida adulta, conseguiu vencer a resistência da família, ganhou uma bolsa do governo francês e foi estudar em Paris. Queria uma formação mais sólida para reafirmar “seu papel no mundo”, e foi justamente isso o que encontrou, além de reforçar sua cultura geral preciosa, que já vinha de berço. A propósito, um registro: ela fala sete idiomas.
Em 1954, aos 25 anos, voltou para o Rio e logo ganhou seu primeiro papel profissional. Encarnou Eduarda na primeira montagem de “Senhora dos Afogados”, de Nelson Rodrigues, então dirigida por Bibi Ferreira – desde então, sua grande amiga. Na estreia da peça, com o Theatro Municipal lotado, o autor recebeu uma vaia histórica da plateia em fúria. Seu texto, afinal, tão ao estilo evidentemente rodrigueano, era demasiado chocante para os padrões conservadores da década de 1950 (e até hoje, talvez).
Mas nada abalou Nathalia. Sabendo o que queria, seguiu em frente e não parou mais. É workaholic assumidíssima, com muito orgulho, com muito amor. Fez de tudo desde então, dividindo a cena com grandes nomes do teatro brasileiro. É tanta gente boa povoando seu panteão que ela prefere não falar quais são seus heróis. Tem medo de esquecer alguém, e isso seria uma indelicadeza, o que não condiz com Nathalia.
— É injusto lembrar de uns e não de outros. Nós somos uma soma. Não tenho uma única formação; tive uma formação aqui, com diretores e colegas maravilhosos dentro da minha área, uma formação eclética, assim como em Paris.
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A consciência sobre o trabalho do ator é uma das suas qualidades mais sensíveis. Outra é sua consciência política. Preocupada com os rumos da formação geral das nossas crianças, Nathalia diz que parece que já vivemos tempos mais civilizados que os atuais. Será que há uma receita contra esse retrocesso?
— Taí uma palavra com a qual eu não concordo e que todo mundo procura para tudo. É essa tal de receita. Não há receita. Acho que o que está havendo é uma formação malfeita, porque cada vez pior. A formação está sendo sucateada, e o resultado é muito triste. Quanto mais nos afastamos da formação humanística, mais difícil é encontrar um lugar para viver condizente com as conquistas a que já tivemos acesso.
E por aí vai Nathalia, bastante crítica em relação ao que tem visto no nosso dia a dia, reforçando que ainda há muito a ser feito. A propósito, uma pergunta fica no ar: depois de tantos anos de estrada, o que a atriz ainda sente falta de fazer no palco? A resposta é imediata: Tudo!
Ou seja, Nathalia não vai sossegar tão cedo. Até porque, como diz Iris Apfel, “enquanto a gente estiver na vertical, está tudo bem”.
Sorte a nossa.
por Paula Calçade | dez 27, 2018 | Pessoas |
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Com sotaque de Roraima e jeito simples, Fluvia Lacerda fala livremente sobre seu corpo, que é instrumento do seu trabalho. Há quinze anos, ela é a principal referência da moda plus size no Brasil. Com uma carreira sólida em países como Estados Unidos, Austrália e México, Fluvia quebrou barreiras no mundo da moda ao mostrar que a mulher real não tem padrões, peso ou medidas pré-estabelecidas.
“Ser gorda não é um problema para mim, e isso não deveria ser ruim para ninguém”, ela diz. “Gorda não é palavrão”, inclusive, é o nome de seu livro, lançado em 2010. A obra conta sobre sua trajetória de empoderamento ao aceitar o próprio corpo e inspirar, assim, outras mulheres.
A modelo nasceu no Rio de Janeiro, mas foi logo cedo para Boa Vista, em Roraima, onde morou até os 16 anos. De lá, embarcou para Nova York, para estudar inglês, mas não imaginava que tudo mudaria ao ser descoberta por uma editora de moda em um ônibus na cidade americana. “Não conhecia nada sobre esse mercado, apenas gostava de roupas”.
Aos 38 anos, Fluvia já descobriu que se vestir é revolucionário e pode mudar a cabeça de muita gente. “Recebo milhares de mensagens nas redes sociais, algumas extremamente profundas sobre como meu trabalho ajudou a autoestima de muitas mulheres”. Somente no Instagram, a modelo tem 332 mil seguidores, entre brasileiros e estrangeiros.
Conhecida no mercado da moda como “a Gisele Bundchen plus size”, Fluvia participou de diversos trabalhos no exterior, foi capa da Vogue Itália – uma das revistas de moda mais conceituadas do mundo –, e fez campanha para marcas de grandes redes como Kmart, Tórrid, IGIGI e Fashion Bug.
Hoje, ela dispensa rótulos e comparações. Com personalidade forte e palavras sinceras, diz que já pode ser reconhecida pelo próprio trabalho. “Não preciso estar atrelada a ninguém e a nenhum padrão, sou modelo, tenho o corpo de muitas mulheres e as represento”.
E ela está certa. Segundo o Sebrae, 68% das brasileiras vestem 44 ou mais. Só que, apenas em 2010, o mercado da moda olhou para esse público, que é maioria, e ampliou a grade de numerações. Nesse mesmo ano, a resposta veio rápida: o faturamento foi de R$ 4 bilhões.
Uma loja ou mesmo uma linha de roupas plus size não faz mais sentido. “Graças à internet, a moda tem ficado mais inclusiva. As consumidoras não aceitam mais entrar em uma loja e não encontrar a roupa do seu número”.
Fluvia é porta-voz dessa mudança, mas ainda enfrenta resistência no seu próprio país. “Há muitas marcas que insistem em parar no número 42. Por isso, pretendo lançar minha própria grife”, promete. A modelo está de volta ao Brasil e trabalha duro para o desenvolvimento de uma linha de moda praia para mulheres reais.
por Pro Coletivo | dez 27, 2018 | Mobilidade |
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Bike Anjo em ação
No final de outubro, o Bike Anjo – rede que trabalha para promover o uso da bicicleta, ajudando gratuitamente quem quer aprender a pedalar – participou da 1ª Conferência de Poluição do Ar e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, na Suíça. O paulistano JP Amaral, fundador da ONG, esteve lá para passar a mensagem de que é preciso começar a agir rapidamente para reduzir a poluição nas cidades brasileiras.
“A bicicleta ajuda a transformar a vida das cidades, pode ser uma política de saúde pública para mostrar a ligação entre a atividade física e a redução da poluição do ar, um problema gravíssimo em cidades como São Paulo”, disse JP na conferência.
Foi a primeira vez na história da ONU que alguém entrou de bike na plenária geral, e esse “alguém” foi o Bike Anjo, representado pelo JP. Essa rede exemplar de voluntários apaixonados pela bicicleta completou oito anos em novembro. O Bike Anjo nasceu em São Paulo, com a missão de estimular as pessoas a adotar a bike como meio de transporte.
O serviço funciona da seguinte forma: a pessoa se inscreve no site, solicitando ajuda. O pedido é analisado e um Bike Anjo se dispõe a encontrar o solicitante em seu destino, auxiliando- o nesse primeiro trajeto da casa até o trabalho, por exemplo. Para quem sabe pedalar e quer fazer parte dessa rede transformadora, também é possível se tornar um voluntário.
Hoje a rede conta com 6941 anjos ciclistas no mundo. Estão em 714 cidades de 34 países e já atenderam mais de 20 mil pessoas, sempre gratuitamente.
Projetos como o Bike na Escola (que promove a cultura da bicicleta no ambiente escolar) e a EBA (Escola Bike Anjo) estão em várias capitais brasileiras. A meta é mostrar a importância da bicicleta para a melhora da saúde das pessoas e das cidades. Eles costumam dizer que a EBA “é para crianças de 3 a 103 anos”.
Se você está dentro dessa faixa etária, pode aprender a pedalar! Como diz JP Amaral, “não há palavras para descrever a alegria de ver uma pessoa pedalando pela primeira vez”. Para saber mais acesse bikeanjo.org.
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