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Dia Mundial da Terra: National Geographic lança projeto sobre biomas

Dia Mundial da Terra: National Geographic lança projeto sobre biomas

O National Geographic estreia hoje, no Dia Mundial da Terra (22 de abril), o “Nat Geo Ilustra”, projeto de vídeos animados com duração de 1 minuto que apresenta os biomas brasileiros. Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa são representados em pequenas pílulas que destacam suas floras e faunas – com animais como a ararinha-azul da Caatinga e o mico-leão-dourado da Mata Atlântica.

Os vídeos começaram a ir ao ar às 10h nos canais National Geographic e National Geographic Wild e estarão disponíveis no Youtube.

Tucanos-de-bicos-pretos e Tucanuçu

Tucanos-de-bicos-pretos e Tucanuçu

Os conteúdos de #NatGeoIlustra mostram também as particularidades e características dos biomas de forma didática, facilitando o entendimento de quem assiste, ao mesmo tempo em que entretêm. “É um prazer apresentar esse projeto que é totalmente produzido in house por colaboradores da National Geographic, com ilustrações de Keryma Lourenço. A proposta do Nat Geo Ilustra é ter uma animação abstrata com narração informativa”, explica Mariana Balieiro, produtora da área digital.

Esse projeto foi idealizado pelas equipes de Creative Services e Online da National Geographic no Brasil e liderado por Keryma Lourenço e Mariana Balieiro. Os vídeos são exibidos durante os comerciais da programação especial do #DiadaTerra, ao longo do dia, e também vão estar disponíveis no canal do Youtube do National Geographic.

Para enfatizar a importância dos biomas para a preservação do meio ambiente e de milhares de espécies que neles vivem, o canal publica em seu site uma série de reportagens com informações completas sobre cada um dos biomas.

50% da Amazônia não foi pisada por um biólogo

50% da Amazônia não foi pisada por um biólogo

Escritas por João Paulo Vicente, as reportagens serviram como base para os roteiros dos vídeos do #NatGeoIlustra e completam a imersão no mundo dos biomas brasileiros. Para desenvolver os materiais, a equipe realizou entrevistas com dezenas de pesquisadores, elaborou infográficos e buscou referências para definir a identidade visual. As matérias oferecem ao leitor uma visão ampla sobre cada bioma, além de abordar sua importância, as dificuldades que existem em estudá-los e o que pode ser feito para ajudar na preservação desses ecossistemas únicos.

29HORAS em casa: Como estão os aeroportos?

29HORAS em casa: Como estão os aeroportos?

Se tem um lugar que eu amo é aeroporto. Tudo ali me remete à liberdade, por mais que seja uma viagem rápida na ponte-aérea. E, por falar em Rio-São Paulo, a 29HORAS fala diretamente com esse público. Estamos com saudades do vai e vem. Não dá para negar.

Mas também estamos nas redes sociais fornecendo todo tipo de conteúdo sobre cultura, gastronomia e bem-estar. Nos siga (@29horas) e a quarentena ficará mais leve. Sou suspeita para falar, mas garanto. 

Mesmo assim me pergunto como estão os aeroportos agora. Neste momento de isolamento social. 

Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro

Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro

Bom, diante de uma pandemia, os aeroportos não param. Isso porque é por meio deles que equipes médicas e equipamentos tão necessários ao combate de uma doença são escoados pelo país. Ainda mais o nosso, que está mais para um continente. A Infraero, então, esclarece que todos os seus 47 aeroportos continuam em funcionamento

O Aeroporto de Campo Grande, por exemplo, recebeu, na tarde deste sábado (18/04), uma aeronave da Força Aérea Brasileira que carregava 15 respiradores hospitalares e 20 mil máscaras de proteção N-95 de uso exclusivo para profissionais da saúde. O ritmo continua intenso, mas agora a corrida é para salvar vidas.

Como se vê, muita coisa mudou. As companhias aéreas também estão agindo. A Latam lembra que, se você tem uma viagem dentro do Brasil ou para um país que tenha fechado suas fronteiras ou declarado estado de emergência, e deseja alterar o seu voo, é possível fazer isso diretamente no site.

Companhia aérea Latam já levou de volta para casa mais de 20 mil passageiros de diferentes cidades do mundo

Companhia aérea Latam já levou de volta para casa mais de 20 mil passageiros de diferentes cidades do mundo em meio à pandemia e continua trabalhando com governos locais

E, como forma de reconhecimento por toda a dedicação nesse período difícil, a companhia está oferecendo a profissionais de saúde envolvidos no combate ao coronavírus passagens gratuitas para deslocamento dentro do Brasil. O benefício é válido para profissionais registrados nos conselhos estaduais e residentes no país com atuação comprovada contra a Covid-19.

Se você precisa viajar mesmo neste período, fique atento às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e acompanhe a situação de cada país atingido pela pandemia aqui. Em caso de dúvidas, procure um funcionário do aeroporto e, se tiver em Congonhas, Santos Dumont ou no aeroporto de Londrina, temos painéis e totens orientando sobre as principais medidas sanitárias para a segurança dos passageiros. Estão espalhados pelas salas de embarque e áreas comuns, você verá.

Continue se cuidando e logo estaremos viajando de novo!

Dia do Índio: Confira a entrevista com Sônia Guajajara

Dia do Índio: Confira a entrevista com Sônia Guajajara

Sônia Guajajara é uma das maiores lideranças indígenas e ambientais do país. Em 2018, ganhou notoriedade ao se candidatar a vice-presidente pelo PSOL na chapa encabeçada por Guilherme Boulos.  Foi a primeira vez no Brasil que uma pessoa de origem indígena concorreu ao cargo.

Natural da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, Sônia adota o nome de seu povo, os Guajajaras, um dos grupos indígenas mais numerosos do Brasil. Na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), graduou-se em Letras, Enfermagem e fez Pós em Educação Especial.

Em quase duas décadas de luta pelos direitos das populações originárias, Sônia ocupa cargos de destaque em diferentes organizações e movimentos. Entre eles, a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), onde é coordenadora executiva.

Sônia Guajajara também se destaca no cenário internacional com voz no Conselho de Direitos Humanos da ONU, onde levou denúncias à Cúpula do Clima e ao Parlamento Europeu. No início deste ano, acompanhou a diretora Petra Costa, indicada ao Oscar de Melhor Documentário por “Democracia em Vertigem”, no almoço oferecido para os finalistas do prêmio.

Acompanhe a entrevista com a ativista a seguir:

Sonia Guajajara/ foto de Fedrico Zuvire

Conte-nos sobre a Terra Indígena Araribóia, onde você cresceu.

O território Araribóia é uma área de Floresta Amazônica que tem uma diversidade muito grande de animais, plantas e gente. Mas com o tempo, foi sendo totalmente destruída pela exploração ilegal da madeira e acabou fatalmente devastada. Houve incêndios e grandes queimadas.

Hoje a região está muito diferente de quando eu cresci. Está bem mais desmatada. Derrubaram muitas árvores e plantas que havia por lá quando eu era criança. Os cedros, ipês, jaborandis, cumarus, hoje não existem mais. Se existem, são pequenas, novinhas e crescendo ainda.

Como foi quando você se mudou de lá?

Com 14 anos eu recebi um convite da FUNAI de Imperatriz (MA) para estudar em Minas Gerais. Naquele tempo, eu nunca tinha saído de minha região, só tinha ido para municípios próximos. Não conhecia cidades grandes, mas eu tinha muita vontade de ir.

Sempre quis viajar e estudar, mas para mim era praticamente impossível. Naquele tempo, para sair de casa, tinha que ir com algum parente e eu não tinha ninguém da família, nenhum apoio ou condição financeira para isso. Então, não tinha muita perspectiva de sair dali.

Quando recebi esse convite, não tive dúvidas. Quando falei que queria ir para lá e estudar foi uma surpresa muito grande para minha família. Depois que eu insisti, meu pai me disse que poderia ir, mas se eu não gostasse, eles estariam ali para me receber de volta. E aí, na mesma hora, eu arrumei a minha malinha e já fui. Não era tempo para pensar e decidir, era o tempo para arrumar as coisas e viajar.

Como foi o período em Minas Gerais?

Fui para um colégio interno agrícola, ficava na região metropolitana de Belo Horizonte. Quando eu cheguei lá foi uma surpresa muito grande descobrir que as pessoas não conheciam indígenas. As pessoas me tratavam com muito carinho e cuidado, numa boa intenção, mas também porque eu era uma novidade.

Mesmo Minas Gerais tendo povos indígenas, e muitos como tem hoje, as pessoas daquela escola e daquele lugar não conheciam nada sobre a existência deles. Então, eu fui recebida com surpresa por ser indígena e ter chegado ali, mas eu também sentia um certo estranhamento, e me perguntava: “Por que eu causo estranheza ao chegar nos lugares?”

Eu não tinha essa noção de que as pessoas não conheciam os indígenas, era a primeira vez que saía da minha região. Mas me adaptei muito rápido, fiz boas amizades e fiquei os três anos de magistério. Foi uma época muito boa apesar de ser outra realidade.

Tinha muitas limitações e regras para cumprir no colégio interno, mas me adaptei muito bem. Eu morria de saudades de casa, chorava muito porque queria voltar, mas a vontade de concluir o curso era muito maior e me segurei até acabar. Tinha a certeza de que tinha de terminar e voltar com o ensino médio concluído, isso me dava muito mais motivação e coragem para ficar.

Na faculdade você também sentiu esse estranhamento?

Em Minas, era um estranhamento pela surpresa porque as pessoas não conheciam indígenas. Na faculdade, me tratavam de um jeito diferente. Lá, me achavam muito boa aluna e inteligente, me olhavam com uma visão positiva. Aí parecia que, por eu ser indígena, era um motivo de admiração eu ser tão boa em sala.

Lá nunca sofri discriminação, no sentido de uma ofensiva direta por ser indígena. Mas algo que eu senti muito é que, às vezes, quando as pessoas tentavam me elogiar, elas acabam fazendo o inverso. Do tipo: “Nossa, você é indígena e você lê tão bem!”, “você é indígena, mas você é bonita!”, “você é indígena, como você fala português bem!”.

Talvez, pelo fato de eu ser indígena, as pessoas não achavam que isso era possível. Então, até quando queriam me elogiar acabavam fazendo isso de forma ofensiva sem se dar conta. Na verdade, acabavam praticando o racismo. Aí é o tal “racismo estrutural”, aquele que as pessoas já utilizam como normal.

Você fez pós-graduação em Educação Especial. Fale-nos um pouco do tipo de educação que você defende, principalmente com relação a como a história e vivência dos povos originários é tratada em sala de aula.

Precisamos de uma educação que considere a nossa vivência e realidade como indígenas. A educação não pode acabar com a nossa realidade. Hoje é muito perigoso você sair para estudar e ser consumido pelo sistema de ensino que acaba te usando como um depósito de informações.

Para mim, a educação tem que ser justamente um espaço de troca. Nas primeiras séries devemos valorizar muito o que cada criança traz, mas também ao chegar na faculdade devemos abrir espaço para a troca.

E, principalmente, é preciso que abordem a história dos povos indígenas e da realidade de hoje nas disciplinas. Defendo uma educação que valoriza todos os saberes e que permita essa troca de conhecimento.

Parece que os povos indígenas e os não indígenas têm visões de mundo muito diferentes.  Um lado se vê como parte integrante da natureza, enquanto o outro lado vê a natureza como uma fonte de recursos a ser usada a seu favor. Como é possível criar pontes de diálogo partindo de pontos de vistas tão diferentes?

De fato, os não indígenas e os indígenas têm visões bem diferentes. Claro que hoje uma parcela maior da população busca conhecer mais e querem adotar uma nova conexão com a natureza. Uma reconexão na verdade, porque lá atrás todos tinham essa relação direta com a natureza, entendiam o seu sentido e viam que a vida dependia do cuidado dela.

Acho que o crescimento populacional, as mudanças de comportamento, as novas formas de consumo e a aceleração de tudo fez com que as pessoas fossem se afastando da natureza. Muitos até acham que dependem da natureza, só que é bem maior a quantidade de pessoas que se enxergam como autossuficientes.

Eles acham que ao ligar a torneira, a água sai de lá porque nasce ali, ou na garrafa do supermercado. Perderam a noção de que a água vem lá da nascente, e que a maioria delas é protegida por nós, indígenas. Ela tem que ser totalmente preservada para se manter ali e para que possa ser distribuída para todos os lugares.

As pessoas não sabem que o ar que respiram na cidade depende da floresta em pé. E, para ela se manter ali, ela depende do modo de vida dos povos indígenas. É preciso haver essa, porque nós sozinhos não daremos conta de fazer isso.

É preciso que as pessoas despertem e permitam que uma troca de conhecimentos aconteça. Os saberes tradicionais têm que ser levados em consideração. Esse conhecimento milenar ajuda a conscientizar as pessoas de que o cuidado com a natureza, o tratamento certo com a mãe terra ajuda a garantir a vida. Isso precisa ser compreendido por todos.  Inclusive as universidades também deveriam se abrir mais e trazer pessoas que não têm diplomas.

Não tem como uma pessoa ser ambientalista e não lutar pela causa indígena. Para nós não há como dissociar as duas lutas. Nós somos a própria natureza. Nós somos a floresta e a água. Nossa cultura e tradições estão totalmente interligadas com o território. A união de tudo isso é o que garante a nossa identidade.

Hoje, nos sentimos muito ameaçados pela proposta de integracionismo do Estado Brasileiro. Quando falam isso pensam em integrar todos a um padrão único de sociedade, enquanto o que defendemos é o respeito à diversidade de cultura e modos de vida. Para que isso aconteça é preciso garantir o direito territorial dos povos indígenas.

O que te moveu a lutar pelo seu povo?

Eu sempre tive, assim, uma certa vontade de trabalhar mais, assim, o coletivo, atuar mais para ajudar as pessoas. Sempre fiz o que pude para ajudar. Mas não sabia como poderia fazer uma ação mais organizada. Isso só começou mesmo nos anos 2000.

Em 2001, participei pela primeira vez do movimento indígena nacional. Lá, percebi a quantidade de povos indígenas que não tinham sua terra demarcada apesar da Constituição Federal garantir ali o direito territorial. Estava escrito que o Estado Brasileiro deveria demarcar territórios dentro de um prazo de cinco anos, o que, claro, não aconteceu.

O que mais me chamava a atenção era a luta dos povos do Nordeste para retornar às suas terras tradicionais. Principalmente durante a Ditadura Militar, os territórios foram entregues a fazendeiros, e, por eles estarem retornando, houve muitos conflitos, perseguições e assassinatos. Ficou muito claro para mim que isso acontecia frequentemente na Bahia, em Pernambuco, mas também no Centro-oeste, no Mato Grosso do Sul.

Foi algo que me chamou muito a atenção e eu realmente saí de lá com a convicção de que não poderia voltar sendo a mesma. Eu teria que buscar novas formas de ajudar e me engajar mais no movimento indígena.

Flyer de sua candidatura à vice-presidência em 2018

E como você se sentiu sendo a primeira candidata indígena à presidência?

Foi muita responsabilidade. Confesso que em alguns momentos eu mesma não conseguia compreender direito, me perguntava: “Como eu estou aqui?”, “Como eu tive essa coragem?”.

Era uma responsabilidade gigante, além de muito puxado, havia muitas pessoas envolvidas e precisávamos criar uma unidade de posicionamento entre opiniões diferentes. Enfim, como era um lugar diferente para nós, acabava sendo também um pouco tenso.

Mas, da mesma forma como eu estava em Minas Gerais estudando e tinha certeza que eu devia terminar aquele curso e voltar para casa com o dever cumprido, eu tive essa sensação ali. Senti que em uma candidatura como essa, que nós nunca tínhamos conseguido, tinha que cumprir meu papel bem feito e mostrar que não era só simbólica. Eu estava preparada para estar ali.

Muitas pessoas me perguntaram: “Mas você está preparada para o cargo?” e eu sentia que era uma pergunta no sentido pejorativo, querendo dizer que por eu ser indígena talvez eu não desse conta do recado. E eu costumava responder: “Preparada eu estou há mais de 500 anos”.

Se dependesse de nós indígenas, o Brasil não estava destruído desse jeito. Somos nós que preservamos o meio ambiente, que temos água limpa e alimentação saudável. Isso sim é referência, um exemplo que tem que ser seguido por toda a sociedade.

Agora, acostumaram a um modelo de mundo que é predatório, ganancioso e individualista e não querem sair disso. Realmente, para seguir isso eu não quero estar preparada.

Quero que as pessoas adotem outro modelo de sociedade, que respeitem mais umas às outras, sejam mais fraternas e que tenham essa relação harmoniosa como o meio ambiente. As pessoas precisam entender que somos um só e é justamente essa relação com a natureza que continuará garantindo a vida no planeta.

Então, falar de política partidária e institucional para mim é falar principalmente dessas relações.

O que significa ser indígena para você?

Hoje, no Brasil, ser indígena é essa certeza de acordar todo dia e ir para a luta. Mostrar que existimos e somos os indígenas do presente, não os indígenas do passado como os retratados nos livros didáticos. “Os índios viviam, os índios pescavam, caçavam…” Ainda hoje nos deparamos com conteúdos dessa forma.

Ignoram o indígena de hoje que está na luta pelo seu território, está morrendo, mas também está ganhando espaço. É o indígena de hoje que está no Congresso Nacional, lutando pela garantia de seus direitos. Portanto, ser indígena para nós é um sinônimo de resistência. Sempre.

Sônia Guajajara fala sobre o Dia do Índia, comemorada em 19 de abril

E qual a sua opinião sobre o Dia do Índio? Eu vi que algumas lideranças se recusam a comemorá-lo por achar que a data é folclórica ou racista.

Imagino que tenha sido pensado como um dia para lembrar e valorizar, mas nas escolas ele é abordado, muitas vezes, de forma pejorativa e nos tratam como aquele índio lá de 1500. Então temos que transformá-lo.

Temos que pegar essa data e utilizá-la da melhor forma. Transformamos o dia do índio em um mês de luta, o acampamento Terra Livre, a maior mobilização nacional indígena, acontece todos os anos em abril. Fazemos nesse período para mostrar resistência e força. 

Não podemos simplesmente olhar para essa data e pensar que é apenas ruim ou racista. Temos que transformar isso em força e visibilidade para conseguirmos apoio à nossa causa.

Não podemos deixar de perguntar. Como foi conhecer o Brad Pitt e o Leonardo di Caprio no Oscar?

Ai meu Deus! Bom, claro que foi muito importante para nós chegarmos naquele lugar, são espaços que não são comuns para nós e essas articulações são importantes. São pessoas com um alcance gigantesco e eles têm uma voz capaz de influenciar a opinião pública.

O Leonardo di Caprio tem esse posicionamento em defesa do meio ambiente, falamos sobre isso e claro… a beleza deles também é impressionante [risos].

Orquestra Petrobras Sinfônica disponibiliza concerto completo no YouTube

Orquestra Petrobras Sinfônica disponibiliza concerto completo no YouTube

Para quem já assistiu ao clássico “O Mágico de Oz”, basta citar a música “Somewhere Over The Rainbow” para reviver a cena de Dorothy interpretando a canção no mágico universo de Oz. Marco do cinema mundial, a obra ganhou uma versão sinfônica da Orquestra Petrobras Sinfônica, que agora é disponibilizada pela primeira vez na íntegra, gratuitamente em seu canal do YouTube, no domingo dia 19/04 às 16h, no link.

 

O concerto, inspirado na fábula do escritor L. Frank Baum, faz parte da série “Em Família” e foi apresentado pela primeira vez em outubro de 2019, em celebração ao mês dos pequenos. Ele conta com regência de Felipe Prazeres e participações da soprano Juliana Franco, que já dublou filmes infantis como “Anastácia” e “A Era do Gelo”, e do barítono Marcelo Coutinho, que emprestou sua voz para clássicos dos anos 1990 como “A Bela e a Fera” e “Aladdin”.

A combinação entre música clássica, crianças e adolescentes pode soar estranha de início, mas estudos confirmam que a música erudita potencializa a memória, a criatividade, o raciocínio e a coordenação motora. O chamado “Efeito Mozart”, registrado pelo neurologista norte-americano Gordon Shaw, nos anos 1990, foi uma das teses que mais difundiu globalmente a relevância de implementar a música clássica desde a infância. Cultivar esse hábito pode ajudar a estabelecer disciplina, concentração e organização, que terão grande importância na fase adulta.

A Petrobras Sinfônica tem uma programação especial para as crianças, como a “Série Em Família”, o “BeBeethoven”, concebido para toda a família, e especialmente voltado à primeira infância, e a “Série Concertinho”, que apresenta compositores clássicos com uma roupagem voltada para criança, entre outros.

Como forma de levar entretenimento e leveza para os dias de isolamento, além de ser uma maneira de estar mais próxima do seu público, a orquestra vêm realizando diversas ações, no intuito de promover a cultura e colaborar com o isolamento social para frear a proliferação da Covid-19.

Orquestra Petrobras Sinfônica disponibiliza concertos no Youtube

Orquestra Petrobras Sinfônica disponibiliza concertos no Youtube

Petrobras Sinfônica no YouTube

O canal da orquestra possui ainda diversos vídeos disponíveis na sua plataforma, que agrada a todos os gostos e idades. Do rock ao clássico, estão disponíveis vídeos do concerto “Bohemian Rhapsody”, da banda Queen, da “Série Convidados”, com nomes como Nando Reis e Lucy Alves. Já para a criançada, estão disponíveis “A Arca Sinfônica” – com músicas de Vinícius de Moraes, e “Balão Mágico Sinfônico”. Da série clássica, estão disponíveis vídeos com músicas de Ludwig Van Beethoven, Tchaikovsky e Heitor Villa-Lobos.

Mural colaborativo reúne ações culturais em meio à crise da Covid-19

Mural colaborativo reúne ações culturais em meio à crise da Covid-19

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) trouxe enormes desafios para a sociedade, que na cultura não são menores. O fechamento das instituições e equipamentos culturais, cancelamento de eventos, apresentações e exposições, impõem um cenário desafiador para o setor.

Mas a busca por formas de enfrentar esta crise é, também, uma oportunidade de transformação para uma sociedade com mais empatia e solidariedade. É o caso da iniciativa do Intermuseus, associação civil sem fins lucrativos (OSCIP), que elaborou um mural colaborativo para divulgar ações culturais no país.

Associação "Intermuseus" fortalece ações culturais em meio à pandemia

Associação “Intermuseus” fortalece ações culturais

O projeto de divulgação se divide em quatro pilares:

Cultura em Casa

Abrange os conteúdos online disponibilizados por museus, centros culturais, artistas, movimentos e coletivos. Um exemplo foi a chamada para a Exposição Digital do Museu da Diversidade Sexual, que contou com obras de artistas LGBT+ que evidenciam a luta contra a pandemia e aconteceu até a última quarta-feira (15/04). A convocatória agora é para artistas cearenses participarem da Exposição Digital “Arte em tempos de Covid-19”, organizada pelo Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC). Acompanhe!

Encontros

Dedicado às lives, webinars e cursos gratuitos oferecidos pelo setor. O grupo de criação artística paulista Marieta já programa encontros online para discutir o fomento e a curadoria de projetos culturais, que acontecerão por dois meses a partir do dia 5 de maio. Nesta seção, o Intermuseus também divulga a plataforma Artix, que busca valorizar a relação com a arte e os artistas durante e após o isolamento provocado pela Covid 19, conectando aqueles que buscam contratar um artista para um evento online por exemplo.

Fomento e Apoio

Espaço para editais e oportunidades da área para projetos, artistas e organizações. Como a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, que lança o edital “Cultura Presente nas Redes”, para fomentar propostas culturais que possam ser executadas e transmitidas via internet por artistas em todo território fluminense. Serão selecionadas 1500 apresentações com premiação de R$ 2.5 mil com recursos do Fundo Estadual de Cultura.

Doações e Engajamentos

Destaca mobilizações e movimentos para doações a populações em vulnerabilidade social. Um destaque é a iniciativa dos coletivos 8M na Quebrada, Periferia Segue Sangrando , Coletiva Luana Barbosa e mulheres da Zona Sul para arrecadar recursos para ajudar mulheres e famílias na Zona Sul de São Paulo afetadas duramente pela pandemia.

Não perca!

Ao acessar o site do Intermuseus, além de ficar por dentro de conteúdos, participar de programas e projetos, engajar-se em movimentos e doações, é possível colaborar divulgando novas iniciativas.