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23h às 29h: Boas bebidas e jogos no DiceZ

23h às 29h: Boas bebidas e jogos no DiceZ

Esses tempos estava conversando sobre jogos com meus netos mais velhos, Antônio e Maria Júlia. Mencionei o mahjong – jogo chinês milenar, com pedras semelhantes às de dominó – e, para o meu espanto, eles disseram que já conheciam. Maria Júlia sacou o aparelho celular e me mostrou um mahjong na tela. Que fique claro aqui, assim como expliquei a ela, que este tal “aplicativo” que anda circulando por aí com o mesmo nome é bem diferente do original, feito para jogar na mesa concreta e com mais pessoas.

Ao final do parlatório, eles me convenceram a ir a um “game bar” – coisa que eu nem sabia que existia – para experimentar os jogos da moçada de hoje em dia. Fomos ao DiceZ. O local bonitinho e aconchegante é comandado por uma simpática família e tem o tamanho ideal para manter-se agradável. Para beber, pedi um gim-tônica, enquanto Antônio pediu um “Drunken Kong” – feito com banana, cachaça, canela e açúcar – e Majú um genial e elegante “Hum, Apple Pen”, drinque que leva suco de maçã, suco de limão, calda de hortelã, vermute seco, grenadine e twist de laranja. Segundo ela, este nome esquisito é uma referência a um vídeo que bombou na internet.

Feitas as escolhas de bebidas, chamamos o “sommelier de games”, que nos sugeriu algumas opções dentre os quase 150 jogos oferecidos na casa. Primeiro escolhemos “Um império em 8 minutos”, jogo rápido de estratégia em que a proposta é dominar mais territórios no tabuleiro. Depois desse, pedimos o que até agora é o meu queridinho, chamado Dixit. Trata-se de um jogo no qual é preciso adivinhar qual das cartas foi a escolhida pelo adversário a partir do exercício da imaginação de todos os participantes. As cartas são verdadeiras obras de arte (vide imagem acima) e, sem sombra de dúvidas, convencerei a minha maravilhosa turma do crapô a abrir uma exceção para conhecer o moderno e criativo Dixit.

DiceZ

Endereço: Av. Pompéia, 2.549, Vila Pompeia, tel. 3872-5755

Valores: Não há taxa para utilizar os jogos. Paga-se somente o que consumir.

Abertura da casa: 18h.

Lourdes de Sá tem 74 anos, é funcionária pública aposentada e avó de três jovens. Gosta de sair e se intitula uma “notívaga compulsiva”.

Bom de Copo – Vinhos nacionais e baratos

Bom de Copo – Vinhos nacionais e baratos

No Brasil temos o problema de um governo muito ganancioso em tributos, o que deixa tudo mais caro. Não é diferente no vinho: lamentavelmente, ele é considerado um produto supérfluo, sendo taxado como se fosse uma arma de fogo ou um perfume… Isso é triste, porque, afinal, todo país desenvolvido considera o vinho um alimento. No nosso caso, quando bebemos uma garrafa de vinho pagamos por cinco taças mas bebemos apenas uma, pois quatro delas foram impostos!

Mas o brasileiro vem consumindo cada vez mais vinho e notadamente os vinhos de baixo valor. Os sites e clubes de vinho têm inundado o mercado com ofertas de garrafas abaixo de R$ 30, com rótulos muito bonitos e nomes pomposos, mas que dificilmente trazem um conteúdo de qualidade. Não há segredo, pois um vinho de fora custa para nós sempre de cinco a dez vezes mais do que seu valor original. Essa é a conta. Assim, vinhos de R$ 30 na verdade são vinhos de R$ 6.

Portanto, posso garantir a você, meu amigo leitor, que os vinhos brasileiros da linha de entrada das grandes vinícolas são as melhores opções. Vinhos como os Classic da Salton, ou os Varietais da Aurora, ou ainda os Almaden da Miolo são vinhos que variam sempre de R$ 22 a R$ 29 e trazem maior qualidade em seu interior. Acredite no que digo – se quiser, faça um teste comparativo às cegas e verá. Claro que há exceções: o vinho português de uma cooperativa de Beira Serra custa R$ 16 no Pão de Açúcar e é de qualidade muito boa. Porém, via de regra, vá nos brasileiros. Saúde!

Baratinhos que valem a pena

• Classic Salton

• Algairem Macabeo

• Vinho do Gordo Cabernet Sauvignon

• Club des Sommeliers, Vinho Regional do Tejo

• Club des Sommeliers Vinho do Douro

• Club des Sommeliers Vinho do Dão

• Linha Varietal da Aurora

• Vivere vinho português de importação da Vinho Ideale (tem o branco e o tinto)

• Linha Agnus da Lidio Carraro

Denis Garcia e as 5 maratonas em 5 dias

Denis Garcia e as 5 maratonas em 5 dias

Denis Garcia, 41 anos, é gerente de contas do Meio & Mensagem, mas nas horas vagas tem uma paixão: correr. Entusiasta por maratonas, há quinze anos ele corre em provas oficiais de longa distância.

Em 2016, quando participou com um amigo da prova El Cruce, entre a Argentina e o Chile, surgiu para a dupla a ideia do projeto “cinco maratonas em cinco dias”, que consistia em correr todo dia 42 km, totalizando ao final de cinco dias 210 km percorridos.

A decisão de fazer a aventura na Península Mitre (Patagônia) foi movida pelo desafio. Por quatro meses eles estudaram a região e planejaram uma rota em meio à natureza.

Confira abaixo fragmentos dessa aventura, que teve como ponto de partida para todos os percursos a cidade argentina de Ushuaia:

Dia 1: Glaciar Martial (30 km)

“Seguimos até o início do Glaciar. Fomos interrompidos por tempestades de neve e decidimos parar já em Ushuaia. Do alto vimos a cidade e o canal de Beagle, Isla Navarino (Chile). As rajadas de vento jogavam neve e doíam as pernas”.

Dia 2: Cabo Auricosta (50 km)

“Fica entre Ushuaia e Rio Grande. O vento contra na ida dificultou. Fizemos o percurso a beira mar. Durante alguns quilômetros íamos beirando o rio Fuego. Avistamos raposas, cavalos e guanacos”.

Dia 3: Parque Nacional Tierra del Fuego (50 km)

“Próximo de Ushuaia, com trilhas abertas e sinalizadas. Começamos pela linha do trem e seguimos até o Lago Roca, um cenário perfeito com rios e lagos de água transparente. Uma das trilhas leva a Pampa Alta, com vista para o Canal de Beagle”.

Dia 4: Estância Moat (42 km)

“Percurso de praias inteiras de pedras, terrenos com turfeiras e morros. Golfinhos, águias e cavalos selvagens. Terra inóspita. Cenário de bosques, montanhas e pampas”.

Dia 5: Laguna Turquesa e Laguna Esmeralda (39 km)

“A Laguna Turquesa é espetacular. Toda congelada, é cercada por montanhas cobertas de neve. De lá avistamos a laguna Esmeralda e fomos até ela. Caminho com muita lama. A noite chegou e terminamos nosso projeto com chave de ouro”.

 

>> DENIS GARCIA tem 41 anos e é maratonista por hobby: já correu 11 maratonas e 7 ultramaratonas.

CCBB inaugura exposição do arquiteto Athos Bulcão

CCBB inaugura exposição do arquiteto Athos Bulcão

Máscara criada por Athos Bulcão inspirada no filme 2001, uma Odisséia no Espaço

Máscara criada por Athos Bulcão inspirada no filme 2001, uma Odisséia no Espaço

O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo exibe a mostra “100 Anos de Athos Bulcão”, que celebra o nascimento, em 1918, deste grande artista. Pintor, escultor, desenhista e artista gráfico, o carioca Bulcão foi assistente do pintor Cândido Portinari e trabalhou com Oscar Niemeyer na construção de Brasília.

A exposição do CCBB procura homenagear o talento do artista que se conectou com a arquitetura, mas também com telas, tintas, pincéis, azulejos, fotografia e até cenários e figurinos. Um universo rico e fascinante, mapeado pelos curadores Marília Panitz e André Severo, que selecionaram mais de 300 trabalhos, alguns dos quais inéditos, criados entre os anos 1940 e 2005.

Dividida em vários núcleos, a mostra destaca a pintura figurativa do artista realizada nos anos 1940 e 1950; sua relação com a pintura sacra; os croquis feitos para o grupo de teatro O Tablado, do Rio de Janeiro; figurinos que ele fez para as óperas “Amahl e os Visitantes da Noite” de Menotti; e até os lenços que desenhou quando estava em Paris.

Serviço

CCBB – Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-365. Entrada franca. Até 15 de outubro.

Há 109 anos, nascia Roberto Burle Marx

Há 109 anos, nascia Roberto Burle Marx

A espécie Bombax embeleza o jardim de Burle Marx na Fazenda Vargem Grande

Considerado um dos maiores paisagistas do mundo, Burle Marx nasceu em São Paulo no dia 4 de agosto, mas passou a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro. Aos 18 anos, foi morar na Alemanha para tratar um problema de visão e lá conheceu a vegetação brasileira no Jardim Botânico de Dahlen, em Berlim.

A partir daí, passou a compor jardins nos quais combinava a natureza brasileira com plantas tropicais de outras origens. Segundo uma estética europeia, as plantas dos jardins brasileiros da época eram importadas.

Entre seus mais de dois mil jardins e praças projetados no Brasil e em vinte países há muitas preciosidades. O Aterro do Flamengo, o Itamaraty, o Parque do Ibirapuera e o Parque Municipal Roberto Burle Marx, em São José dos Campos, são algumas de suas obras mais famosas.

Mas há outros jardins feitos por ele, lindíssimos, que podem ser visitados, caso do conjunto paisagístico da Fazenda Vargem Grande, em Areias, onde Burle Marx transformou o antigo terreiro de café em um jardim com cinco espelhos d’água, esculturas de pedras, 19 quedas d’água e duas piscinas de água corrente natural, divididos em três níveis.

Foram cerca de dez anos entre a criação e a conclusão da obra, na década de 1970. Esse mágico jardim repleto de vitórias-régias, ninfeias, bromélias e agaves está aberto para visitação. A Fazenda Vargem Grande também acolhe – em quatro quartos, no casarão da sede – hóspedes interessados em vivenciar as belezas dessa fazenda de café, construída em 1837.

Fazenda Vargem Grande

www.fazendavargemgrande.com.br