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23h às 29h: Eu Tu Eles Bar na Alameda Joaquim Eugênio de Lima

23h às 29h: Eu Tu Eles Bar na Alameda Joaquim Eugênio de Lima

Outro dia recebi a ligação da minha querida amiga da época de faculdade, a Sra. Nádia Adil, que me convidou para sair. Eu já imaginava que programa ela queria fazer: ver um filme no Shopping Paulista.

Eu Tu Eles Bar é o novo point na Joaquim Eugênio

Caipirinhas servidas em potes de geleia do Eu Tu Eles Bar. Foto: Divulgação

Eu falei, “Nádia, você só faz isso, menina! Vamos mudar esse disco quebrado?”. Como eu sei que ela não gosta de sair da região onde mora, arrastei-a para a esquina da Paulista com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima, onde tem bares e gente jovem.

Nádia aceitou a aventura, mas disse que não ia beber. Eu disse para ela ficar calma e que apenas a sua sóbria companhia me era suficiente para a noite.

Fizemos um tour pelos bares da rua. Fica um colado ao outro. Começamos pelo Eugênio Bar. Eu pedi um chope Brahma “à la carioca” (R$ 10), que mistura cerveja clara com escura. Nádia foi de água.

Depois pulamos para o lado e entramos no Prainha Paulista. Fomos atendidas pelo simpático Nei, que recomendou o chope Amstel de 300 ml (R$ 8,90). “Por que você fica anotando o preço de tudo nesse caderninho?”, perguntou Nádia, uma hora. Eu expliquei que era para informar os leitores da Revista 29HORAS. E também para controlar os gastos da minha aposentadoria. Nádia acreditou mais no segundo motivo.

Pensamos em passar no Pier Paulista, mas já era quase meia-noite e Nádia ainda queria ver um filme. Então fomos direto para o penúltimo bar daquele quarteirão, o Asterix, que serve cervejas artesanais com uma grande variedade de rótulos. A melhor pedida é experimentar o pint da irlandesa Guiness (R$ 33).

E no fim do quarteirão, uma boa novidade: abriu há pouco tempo o Eu Tu Eles Bar, nova unidade do conhecido bar da Vila Olímpia e do Itaim Bibi, com ambiente colorido, irreverente e bem brasileiro. Com música ao vivo, o cardápio é ótimo nos petiscos, como a porção de quadradinhos de tapioca (R$ 33,99). Quanto à bebida, o forte lá são as caipirinhas, feitas com cachaça, saquê ou vodca. A caipirinha de uva com hortelã foi servida em um prosaico pote de geleia, com tampa! Adorei a criatividade deles. Tinham outros sabores que pareciam incríveis também. Mesmo assim, a Nádia ficou no suco de laranja.

Foi realmente divertido conhecer os bares da Joaquim Eugênio de Lima, um ponto que não costuma ser o primeiro que vem à cabeça para muita gente. Beijos!

Eu Tu Eles Bar

Alameda Joaquim Eugênio de Lima, 612, tel. 2594-1589. Terça, das 19h às 24h30; quarta a sexta, das 17h30 à 1h; sábado, das 13h à 1h; domingo, das 13h às 24h.

23h às 29h: Ramona, Alberta e outras musas

23h às 29h: Ramona, Alberta e outras musas

Restaurante Ramona

Querido leitor,

Outro dia fui ao lançamento do livro de um sobrinho de uma amiga, na Galeria Metrópole, na Avenida São Luís. O evento aconteceu na Livraria Tapera Taperá, que fica no segundo andar. O livro era uma ficção sobre um homem que mata o seu vizinho – um tema que deve simpatizar quem tem um vizinho barulhento. O nome do livro é “Carcaça, ou o primeiro cadáver que eu vi na vida”, de Alexandre Sarian, editora Kotter Editorial.

Terminado o evento, aproveitei para caminhar um pouco pela São Luís e acabei entrando no restaurante Ramona para jantar. Achei tão bonitinho o lugar. A entrada é uma porta de vidro, onde se vê no topo o nome do restaurante piscando em letras luminosas. No cardápio, você encontra drinques, vinhos, cervejas e comidas variadas. E uma seção muito elogiada de hambúrgueres.

Eu fui de cheeseburger Ramona, feito com fraldinha, queijo canastra, ovo caipira frito, maionese da casa, alface romana e tomate caqui (R$ 30).

Conversando com um dos garçons, ele me falou que a casa fica aberta até as duas da manhã aos sábados. Fiquei até meia-noite, experimentando os drinques do cardápio, como o Ramona Vermelho, feito de tequila, cointreau, morango, suco de limão e sal do Himalaia na borda. Muito bom. Por sinal, recomendo. Quando senti os efeitos etílicos tomarem conta do meu corpo, saí novamente pela Avenida São Luís em busca de qualquer desculpa para prolongar a noite.

Balada Alberta#3

Encontrei o que queria logo ao lado do restaurante Ramona, a casa noturna chamada Alberta #3, nome em homenagem ao cantor Bob Dylan, que escreveu as músicas Alberta #1 e Alberta #2. Essa homenagem se estende também à decoração do lugar, que parece um antigo hotel da região do centro, e se vê uma grande foto do cantor na parede.

Naquela noite, estava acontecendo a festa Funhell, referência a uma festa que acontecia na extinta Funhouse, casa noturna na Bela Cintra que tive a oportunidade de frequentar. Ao som de músicas alternativas e MPB, aproveitei para, como sempre, dançar e conhecer a moçada. Cada vez mais me questiono se realmente tenho 76 anos.

Alberta #3

Avenida São Luís, 272, República, tel. (11) 3214-5256.

Ramona

Av. São Luís, 282, República, tel. (11) 3258-6385.

23h às 29h: Sputnik Bar agita o Largo do Arouche com restaurante, bar e balada

23h às 29h: Sputnik Bar agita o Largo do Arouche com restaurante, bar e balada

Pista de dança do Sputnik Bar, no Largo do Arouche

Querido leitor,

Por insistência da minha filha, resolvi dar um check-up na situação. Fui no HCor ver o meu querido cardiologista Rogério. Para minha felicidade, ele informou que estava tudo bem comigo (não tudo, tudo. Só preciso ficar atenta à diabetes e à pressão. Mas de resto, tudo bem!). Comemorei essa notícia indo comer um x-bacon na Achapa, ali perto, na Alameda Santos.

Minha empolgação não parou por aí. Chamei um táxi e me dirigi ao Largo do Arouche, lugar de muitas memórias. Revi a entrada do restaurante O Gato Que Ri, onde meus pais costumavam me levar quando eu era criança – saudades da Dona Amélia, a fundadora do restaurante –, e passei no Mercado das Flores, onde eu e meu falecido marido Alfredo costumávamos passear aos sábados. Às vezes, ele me comprava uma flor dizendo “um broto para o meu broto”. Nunca gostei de flores, nem de trocadilhos, mas eu gostava do Alfredo.

Quando a noite tomou conta de São Paulo, vi do outro lado da rua, saindo do Mercado das Flores, um lugar que brilhava. Uma fachada de dois andares – o segundo com uma longa janela que mostrava o seu interior colorido – e o nome “Sputnik” debaixo de um logo circular vermelho.

Entrei antes das 22h e não me cobraram a entrada. Lá dentro você vê uma decoração em estilo futurista, um teto pintado em preto que simula um céu estrelado, cartazes de filmes de ficção científica pelas paredes e um globo pendurado no teto, que parece uma lua.

No térreo, há um restaurante e um bar. A primeira coisa que fiz foi explorar a carta de drinks. O menu também segue essa temática de espaço, da época da corrida espacial entre EUA e URSS durante a Guerra Fria. Comecei a noite com o Maracujack, drink feito com Jack Daniel’s, xarope de açúcar, polpa de maracujá e Schweppes Citrus.

No segundo andar, há uma pista de dança – na noite em que eu fui as músicas eram versões eletrônicas de clássicos da MPB, tanto que cheguei a reconhecer a voz do Gilberto Gil nas batidas. Dancei e fumei com os jovens que conheci, eles me ensinaram o que são os “hipsters”.

Pelo o que entendi, são como os hippies da minha época, mas agora usam camisa de flanela e só gostam de coisas antigas. Me senti enturmada.

Beijos!

Sputnik Bar

Largo do Arouche, 330, República. Ter., qua. e dom., 19h à 1h; qui. e sex., 19h às 6h; sáb., 17h às 6h.

23h às 29h: Os bares da Roosevelt

23h às 29h: Os bares da Roosevelt

Ambiente interno do bar “Papo, Pinga e Petisco”, em frente à Praça Roosevelt

Querido leitor,

Na coluna de hoje falarei sobre a minha visita à Praça Roosevelt, no Centro de São Paulo. Achei a experiência muito interessante. A rua toda, desde a Consolação, fica praticamente tomada por bares em toda a sua extensão. Os bares colocam mesinhas e cadeiras no lado de fora, onde as pessoas ficam bebendo e conversando – de pé na calçada e também invadindo a rua.

Um aglomerado de gente se forma e o estreito espaço da rua se torna uma competição entre carros e pessoas. Também passam vendedores ambulantes na calçada, tentando vender de tudo, até mesmo pizza. Mas o que move a região é a infinidade de bares.

Um dos tradicionais é o “Papo, Pinga e Petisco”, apelidado de PPP. Ele tem uma decoração mais retrô, com referências dos anos de 1950 e 1960. Aliás, dizem que foi lá, em 1964, quando o bar abrigava a Boate Djalma’s, que Elis Regina fez o seu primeiro show em São Paulo. Se este fato é verdadeiro eu não sei, mas certamente é mais divertido pensar que sim. No cardápio você encontra vários petiscos, cerveja de garrafa e cachaças.

Além do PPP, existem muitos outros bares que não cheguei a conhecer com profundidade, mas passei em frente. O Mr. Cult, por exemplo, estava com música ao vivo. E a maior parte deles estava lotada: o Baz, o Lekitsch, o Parlapatões (esse tem um teatro) e o Tap Tap.

De tudo, o que ficou comigo da Praça Roosevelt foi ver tantas pessoas diferentes compartilhando um mesmo espaço e, às vezes, atravessando a rua para continuar o papo na própria Praça. E se você também subir para a Roosevelt, verá muitos skatistas: alguns fazendo acrobacias, outros caindo, mas todos certamente também se divertindo na noite paulistana.

Beijos!

Papo, Pinga e Petisco

Praça Franklin Roosevelt, 118, Bela Vista, tel. (11) 3257-4106. De terça a sábado, das 18h à 1h.

23h às 29h: A atmosfera dos anos 80 no Old School Pinball

23h às 29h: A atmosfera dos anos 80 no Old School Pinball

Old School Pinball concentra diversas opções para os nostálgicos dos anos 80

Querido leitor,

Tenho reparado que, recentemente, os anos da década de 1980 têm ganhado cada vez mais popularidade. Não sei o porquê disso, mas, se você perceber, muitos filmes e séries lançados hoje em dia tentam simular o visual e a linguagem da época.

Eu particularmente não tenho lá muitas memórias das festinhas dos anos 80 – afinal eu já era mãe e casada –, mas me lembro de uma coisa: as máquinas de pinball.

Era uma febre entre a moçada aqueles joguinhos. Em São Paulo havia vários fliperamas onde os jovens iam para se divertir. Disso eu lembro bem porque levava minha filha a esses lugares – ela vivia me pedindo mesada para gastar nas máquinas. Mas com o tempo essa febre foi passando e esses estabelecimentos foram fechando ou mudando de ramo.

Então você imagina minha surpresa quando fiquei sabendo, por meio de um vizinho, que ainda existem na cidade lugares para jogar pinball. Ele me falou do Old School Pinball, que fica no Cambuci, na Rua Teodureto Souto. O lugar abre apenas duas vezes por semana, às terças e sextas-feiras, e é mantido por colecionadores de máquinas de pinball. Decidi visitar por conta própria.

A fachada não é nada chamativa: ao contrário, é apenas uma porta comum, como de qualquer outro predinho comercial.

Inclusive demorei um pouco para perceber que eu tinha chegado ao lugar certo. Um homem que estava sentado numa cadeira de plástico, em frente à porta de numeração 292A, me perguntou: “Está procurando pelo Pinball?” Ele então abriu a porta e me indicou uma escada.

Subi os degraus e fui observando ao longo das paredes a decoração com pôsteres e cartazes com referências à cultura pop. Depois, você passa por mais uma porta e chega finalmente ao estabelecimento: uma sala com parede de tijolos, música, decoração retrô e várias máquinas de pinball.

Lá funciona assim: você paga R$ 70 e tem direito a jogar em qualquer uma das máquinas. Também tem um barzinho onde servem lanches e bebidas – inclusive, nunca vi tantas opções de sabores do refrigerante Fanta.

O público, em sua maioria, é gente movida à nostalgia. Pessoas de meia-idade, mas também encontrei jovens! Fiquei amiga do Felipe e da Thaís, um casal que devia ter seus vinte anos e foi a minha companhia durante a noite de jogatina. Os dois eram saudosistas dos anos 80.

Achei interessante… ter saudades de uma época que você não viveu. Beijos!

Old School Pinball

Rua Teodureto Souto, 292A. Aberto de terça e sexta das 18h à 0h.