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Boingo, 29HORAS Mídia Aeroportuária e Hands anunciam parceria

Boingo, 29HORAS Mídia Aeroportuária e Hands anunciam parceria

Quem viaja e muitas vezes precisa esperar horas entre um voo e outro sabe como um Wi-Fi de qualidade faz a diferença no aeroporto. Congonhas, onde grande parte dos passageiros usa os saguões de embarque e desembarque como seus escritórios, é exemplo dessa necessidade.

O resultado de uma pesquisa internacional feita com 1700 profissionais da área de mobile comprova a importância da internet sem fio nos dias de hoje. O relatório “The iPass Mobile Professional Report 2016” mostrou que o Wi-Fi é o produto vital no dia a dia dos entrevistados, classificado acima de chocolate, álcool e até mesmo sexo. “A conectividade de alto padrão é realmente a comodidade mais solicitada pelo viajante. Por isso, iremos oferecer o nosso Wi-Fi de alta velocidade para milhões de passageiros em todo o Brasil”, diz Victor Netto, Digital Sales Manager da norte-americana Boingo Wireless (NASDAQ: WIFI), líder mundial de Wi-Fi que começou a operar no mês de agosto em onze aeroportos brasileiros.

Empresa que está nos principais aeroportos do planeta e é hoje uma das maiores fornecedoras de redes sem fio em ambientes internos, a Boingo venceu em dezembro de 2017 uma licitação da Infraero para instalar e operar o serviço de Wi-Fi em 54 aeroportos e já colocou a rede no ar em Congonhas (CGH), Santos Dumont (SDU), Recife (REC), Curitiba (CWB), Vitória (VIX), Goiânia (GYN), Cuiabá (CGB), Maceió (MCZ), Manaus (MAO), Belém (BEL) e Belo Horizonte (PLU).

A novidade é que a Boingo agora é a nova parceira da 29HORAS Mídia Aeroportuária, que completa 25 anos de vida diversificando ainda mais sua atuação nos aeroportos do Brasil e do mundo. A partir de setembro, as duas empresas iniciam uma operação de comercialização de mídia, em um projeto que inclui Wi-Fi gratuito para os usuários e um programa de Wi-Fi advertising feito em conjunto com a Hands, empresa pioneira em mobile advertising no Brasil.

Para Victor Netto, o fato de que o Brasil é o segundo maior parque de aeroportos do mundo pesou na escolha do negócio. “Temos experiências muito bem-sucedidas em aeroportos do mundo todo, e este lançamento é um passo importante para nos tornarmos o maior provedor de Wi-Fi em aeroportos da América Latina. Até 2020, esperamos implantar o serviço nos 54 terminais”, ele diz. A Boingo tem como parceira estratégica a empresa latino-americana Ziva, especializada em infraestrutura sem fio, com quem construirá e operará as redes Infraero.

Pedro Barbastefano, um dos sócios da 29HORAS Mídia Aeroportuária, lembra que a parceria com a Boingo só traz vantagens para o passageiro de Congonhas, que agora conta com um Wi-Fi de padrão internacional, com muito mais velocidade e uma conectividade muito melhor. “Trata-se de um serviço de alta qualidade, nos moldes dos principais aeroportos do mundo”, diz Barbastefano.

Patrocinado por anunciantes, o Wi-Fi gratuito e rápido pode ser usufruído pelos passageiros sem necessidade de cadastro. Apenas um comercial da marca patrocinadora será visualizado pelo usuário antes de se conectar. Uma versão paga também está disponível, com internet ainda mais rápida nas modalidades de um dia ou mensal. “Queremos oferecer diversas opções com uma conectividade sem fio poderosa para o passageiro dos aeroportos, esteja ele navegando em redes sociais, entretendo-se com streaming ou usando o aeroporto como seu escritório”, explica Victor Netto.

 

O novo time, a partir da esquerda: Clóvis Cordeiro e Pedro Barbastefano (29HORAS Mídia), Victor Netto (Boingo), Claudio Santos, Sergio Percope e João Carvalho (Hands)

Publicidade inovadora

A possibilidade de se conectar com os passageiros em trânsito é muito sedutora para marcas brasileiras e internacionais. As marcas que patrocinam o Wi-Fi têm engajamento garantido de seus usuários e 100% de share of voice. Afinal, além de se conectarem a milhares de viajantes por dia, as marcas ganham valor aos olhos dos consumidores, que as associam ao serviço de excelência de internet disponibilizado nos aeroportos.

E trata-se de um mercado concorridíssimo – Congonhas tem o maior trânsito de executivos do país. Em 2017, mais de 21 milhões de pessoas circularam pelo aeroporto, que tem 1,5 milhão de embarques e desembarques por mês.

A operação de publicidade formada pela Boingo, 29HORAS Mídia Aeroportuária e Hands começa a ser oferecida nos onze primeiros  aeroportos da Infraero, além do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU Airport), locais operados com exclusividade pela empresa norte-americana, que conquistou oito vezes o prêmio de “Melhor Serviço Wi-Fi” na pesquisa anual “GT Tested Reader Survey Awards,” conduzida pela revista Global Traveler.

Especial Imóveis: Panorama do mercado

Especial Imóveis: Panorama do mercado

Photo by Breno Assis on Unsplash

Considerado um dos termômetros da economia, o mercado imobiliário reflete os ciclos financeiros de um país. Trata-se do primeiro setor a sofrer os efeitos da crise econômica e, do mesmo modo, o último a superá-la. Qualquer instabilidade é motivo para que as pessoas adiem o projeto da casa própria. Além disso, este nicho se beneficia muito da confiança do consumidor, pois o giro da economia possibilita crédito e prazos mais longos.

A boa notícia é que neste ano os indicadores mostram uma recuperação e um aumento nas vendas. Segundo o Secovi-SP, os dados do primeiro semestre apontam que o panorama de 2018 é de consolidação, com viés de alta, após tímida retomada de crescimento no ano passado.

No período de seis meses, foram comercializadas 12.001 unidades residenciais na cidade de São Paulo, 52,1% acima do registrado no primeiro semestre de 2017, quando as vendas totalizaram 7.888 unidades. O resultado deste ano foi o melhor desde o início da crise econômica do país, iniciada em 2013.

A comercialização de imóveis novos neste primeiro semestre do ano também é próxima da registrada nos anos de 2011 e 2012, com 11,7 mil e 12 mil unidades residenciais vendidas, respectivamente. Esse comportamento reafirma a reação do mercado imobiliário da capital, iniciada no segundo semestre de 2017.

Os produtos que se destacaram nas vendas foram os imóveis de 2 dormitórios, com área útil inferior a 45 m², e na faixa de preço de até R$ 240 mil, e a região com a maior participação de vendas foi a zona oeste, com 26% do total comercializado no primeiro semestre. Em seguida vem a zona sul, com 24% do total, a zona norte com 20%, a zona leste com 17% e a região central com 13%.

Tendo em vista o comportamento do mercado no primeiro semestre do ano e a sondagem feita junto a incorporadoras da capital, o Secovi-SP reviu as previsões para este ano, que ainda poderão ser impactadas pelo processo eleitoral em curso. “O forte ritmo de crescimento das vendas neste primeiro semestre está diretamente relacionado à procura do público por imóveis econômicos e compactos, cujos valores são mais acessíveis, às taxas de juros mais reduzidas e à demanda muito intensa”, avalia Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP.

Imóveis menores e mais práticos

Dados do Secovi-SP mostram que, desde 2007, a área média dos imóveis diminuiu 30% (caiu de 102,33 m² para 71,58 m²) e o mercado de apartamentos de um quarto explodiu. Nas grandes metrópoles, as pessoas realmente ficam cada vez menos tempo em casa, e além disso querem imóveis perto de eixos de transporte e rede de serviços, para facilitar a vida. Pesa também o fator de que as famílias diminuíram e são formadas mais tarde. Estudantes, casais jovens ou profissionais liberais singles fazem parte de um público crescente que busca imóveis práticos e perto do trabalho.

Proprietário da construtora R. Yazbek e vice-presidente de Assuntos Legislativos e Urbanismo Metropolitano do Secovi-SP, o engenheiro Ricardo Yazbek observa que muitas das novas demandas têm sintonia com o novo Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade de São Paulo, que ele acompanhou desde a gestão de Fernando Haddad. “Além da limitação de vagas de garagem nos edifícios próximos dos eixos de transporte – o que é muito bem-vindo, pois melhora a mobilidade –, o Plano Diretor também induz ao uso misto, de moradia e comércio, o que é muito saudável. O conceito de trazer a população mais perto de onde ela mora, onde trabalha, onde tem serviços, para minimizar deslocamentos, é perfeito nos dias de hoje, em que as pessoas perdem tanto tempo no trânsito”, explica Yazbek.

Econômicos lideram

O número de lançamentos na cidade de São Paulo indica uma movimentação positiva no mercado. Segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), foram lançadas 8.068 unidades residenciais no primeiro semestre deste ano, correspondendo a um crescimento de 4% em relação ao primeiro semestre de 2017, quando os lançamentos totalizaram 7.769 unidades residenciais. No entanto, o número ainda está 24% abaixo da média histórica de 10,7 mil unidades lançadas no primeiro semestre, calculada no período de 2004 a 2018, mostrando que ainda há longo caminho para este setor exibir todo o seu potencial.

Os imóveis econômicos – com área útil menor que 45 m² e faixa de preço menor que R$ 240 mil – participaram com 35% do total de lançamentos no primeiro semestre deste ano, com 2.802 unidades lançadas. Para fins comparativos, em 2017 essa participação foi de 19%, com 1.510 unidades.

Este cenário vai de acordo com o tipo de investidor presente no mercado. Segundo Caio Carrato, gerente de marketing e vendas da Gafisa, o perfil de investidor hoje não é o do boom imobiliário de 2011 a 2013. “O que vemos atualmente é a volta do investidor poupador, aquele que compra uma unidade para moradia e outra para locação, muito diferente daquele que compra o prédio inteiro, metade do produto ou uma laje inteira”. Na opinião de Carrato, este investidor de perfil agressivo ainda está esperando as decisões macroeconômicas e o resultado das urnas para saber se faz sentido ou não investir neste momento.

Especial Imóveis: O mundo dos apartamentos de luxo

Especial Imóveis: O mundo dos apartamentos de luxo

Loft com vista para Paulista, do acervo da Bossa Nova. / Crédito: Divulgação

Casa em rua tranquila no Morumbi, quatro suítes, piscina, terreno com 2.100 m². Preço: R$ 15 milhões. Cobertura nos Jardins com vista para cidade, duas suítes, área com piscina e spa aquecidos, 363 m². Preço: R$ 20 milhões.

Esse é um pedaço do universo do mercado imobiliário de luxo de São Paulo. Por trás de valores milionários e imóveis que parecem ter saído de algum filme hollywoodiano, estão os corretores. Eles são os responsáveis por mediar as relações de compra e venda entre executivos, empresários, artistas e demais figuras que detêm o poder financeiro do país.

Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty, representante da maior grife imobiliária do mundo no Brasil, comenta sobre o segmento: “A crise no alto padrão não é a mesma do mercado imobiliário. Ela acontece não porque as pessoas estão sem dinheiro, mas sim porque elas adiam a tomada de decisão. Sofremos no ano passado com isso. A nossa média de fechar um negócio é de seis meses. Em 2017, chegou a nove, doze meses”.

Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty

Da mesma forma, Maria Amélia Alves de Lima, fundadora da Terra Lima Imóveis, observa alguns fatores que podem contribuir para esse adiamento de decisão, como a instabilidade na política e economia e as crises internacionais. “Na incerteza, o cliente, mesmo com dinheiro, não tem o “animus” para investir. Ele prefere esperar. Esse ano de eleições, por exemplo, gera muitas dúvidas. Não sei se a palavra certa seria ‘crise’, mas certamente há uma desaceleração”.

Ainda assim, o segmento de luxo se mantém firme. E os corretores seguem alinhados com as necessidades do público de alto padrão. Para negociar, os profissionais precisam estar em sintonia com o contexto cultural e socioeconômico de seus clientes e fazer parte do lifestyle desse universo. “São pessoas que moram em imóveis muito semelhantes a esses que estão sendo vendidos, ou conhecem os hábitos, os costumes, os códigos de quem está comprando e vendendo”, afirma Marcello Romero. “Tenho corretores aqui que têm casa em Miami, casa em Trancoso, apartamento em Courchevel…”   

Casa em Pinheiros à venda pela Terra Lima. / Crédito: Divulgação

A corretora Adriana Becker, da Bossa Nova, concorda com Romero: “Eu costumo ir aos eventos sociais que me convidam, acho que isso faz parte do meu trabalho. Também é importante frequentar exposições e festas e clubes como o Paulistano, o Harmonia, o Pinheiros e o Paineiras”.

Além da sintonia com o cotidiano e o perfil do cliente, o corretor deve ter paciência, discrição e muita empatia. Adriana relembra um de seus casos, em que o negócio foi desfeito na assinatura, na frente do escrivão, por conta de uma briga entre marido e mulher. “Isso pode acontecer. Mas o papel do corretor é se manter profissional, porque no fundo estamos lidando com o que vai ser o lar da pessoa. E isso mexe muito no lado psicológico”.

Marlene Jarussi, também corretora da Bossa Nova, ressalta que o maior desafio é lidar com a vaidade que surge entre as partes, quando nenhum lado quer ceder. Ela viveu um caso emblemático quando ajudava um famoso apresentador de televisão a vender um apartamento no Jardim Guedala. “Ele insistia em colocar o imóvel fora do preço de mercado imobiliário e não vendia”, relembra. “Apareceu um interessado que queria por um valor bem abaixo. Mas o dono não quis ceder. Até que um belo dia ele me liga perguntando se a pessoa ainda tinha interesse. Eu respondi que sim e ele me disse: ‘tudo bem, mas liga para ele e fala que só vendo por aquele preço se for agora, senão tiro de venda’. Liguei para o interessado, que me respondeu: ‘olha, só porque ele quer hoje eu não vou fazer pelo valor que ele está pedindo, vou baixar’. Retornei para o apresentador, expliquei, e ele fechou o negócio, por cerca de R$ 12 milhões. Mas ele brigou, brigou, brigou e quase perdeu o cliente para depois ligar e vender por menos do que o cliente tinha oferecido”.

Maria Amélia Alves de Lima, fundadora da Terra Lima Imóveis

À frente da Terra Lima Imóveis, Maria Amélia reflete sobre a profissão: “Tem gente que fica com vergonha de falar que é corretor. Já eu tenho muito orgulho de falar que sou corretora, porque é um trabalho muito gratificante. A gente se envolve com a compra mais importante da vida da pessoa, que é a casa dela. Com sensibilidade, você ajuda e entra nessa parte sutil das relações familiares, começa a entender por que aquele cliente está agindo de certa forma. Posso dizer que tenho grandes amigos que surgiram sendo meus clientes”.