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O sucesso das franquias no setor de alimentação

O sucesso das franquias no setor de alimentação

O famoso sanduíche Dogue Alemão, do Cão Véio

Com a cachorrada solta

O cão está cada vez mais velho, mas está em plena forma e começa a dar cria. O gastropub Cão Véio acaba de completar cinco anos em Pinheiros e inicia sua expansão, por meio de franquias. Nos últimos meses, inaugurou quatro novas unidades, e muitas outras ainda virão.

O empreendimento é fruto de uma sociedade entre Henrique Fogaça, (jurado do programa “Masterchef Brasil” e chef do restaurante Sal), o músico Fernando Badauí (vocalista do CPM22) e Marcos Kichimoto, ex-promoter de festas. A casa é o lugar ideal para almoços, happy hours e noitadas regadas a boa comida e bebida.

Como seus donos, o espaço tem uma pegada hardcore, além de várias referências caninas na decoração e no cardápio. O Labrador Retriever, por exemplo, é o nome que se dá ao peixe do dia com crosta de castanha do Brasil, servido com mandioca cremosa e farofa de milho, enquanto o Bulldog Inglês é o nome do hambúrguer com cheddar, bacon, cebola caramelizada e picles.

Em 2016, os sócios abriram a empresa para franquias. Com consultoria da Global Franchise, uma das principais redes de consultorias de franquias do mundo, o trio de sócios tem como meta totalizar 60 franquias no país daqui a dez anos.

“Escolhemos o Cão Véio para abrir aqui na Zona Leste e não poderíamos ter feito uma opção melhor. Tem dia que chegamos a ter duas horas de espera. Se tivéssemos começado do nada, sem uma marca forte e sem a imagem do Fogaça por trás, ia demorar um tempão para chegarmos onde estamos”, avalia Carlos Eduardo Martins, um dos sócios da unidade do Tatuapé.

Bolo da avó é sucesso

Criada por Sônia Ramos em 2010, na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a Casa de Bolos começou de forma despretensiosa – Sônia sempre gostou de fazer bolos e decidiu arriscar – , mas nesses oito anos provou que a empreendedora, conhecida como Vó Sônia, tem mão e talento para o negócio. Hoje a rede conta com mais de 300 franquias no país, que vendem 70 sabores de bolos.

Só em 2017, Vó Sônia inaugurou 55 unidades, com faturamento anual de R$ 182 milhões, um aumento de 17% em relação a 2016. Este ano a empresa estreou na lista das  50 maiores franquias do Brasil, ranking divulgado pela ABF. Para Rafael Ramos, diretor de marketing da empresa e o filho caçula de Sônia, o objetivo é atingir em 2018 a marca de 350 franquias em todo o país, chegando a 400 unidades até o final de 2020.

Setor faminto:

R$ 43 bi foi o faturamento do segmento de franquias de alimentação no Brasil em 2017

34% das 50 Maiores Marcas de Franquias do Brasil, estudo da ABF, são do nicho de alimentação, que predomina no ranking

3° lugar é da marca Cacau Show, com 2081 unidades

1ª vez a marca Casa de Bolos entra nessa lista, com mais de 300 unidades no Brasil

Conheça o novo tipo de franquia social

Conheça o novo tipo de franquia social

Franquia social

Ações do Gerando Falcões na unidade da Vila Prudente/ Crédito: Andressa Silva

Para que um projeto social seja bem-sucedido é preciso encontrar um meio de impactar pessoas em diferentes localidades. E uma das formas de fazer isso acontecer é adotando o modelo de franchising. Daí surge a franquia social, que busca expandir os resultados sociais de um projeto sem visar lucros financeiros.

“O começo de tudo é uma crença de que ONG só vai sobreviver se for administrada e gerida como uma empresa”, explica Marcelo Cherto, presidente da Cherto, consultoria pioneira no Brasil em auxiliar o franchising de projetos sociais. “Portanto, a forma de crescer pode ser a mesma que as empresas usam. Por que não expandir ONGs por meio do franchising?”.

Um dos primeiros clientes da Cherto Consultoria foi a Fundação Iochpe, com o Programa Formare. A partir de parcerias com empresas de médio e grande porte, o Programa Formare oferece cursos de formação inicial para o mercado de trabalho envolvendo turmas de, em média, vinte jovens de famílias de baixa renda, todos residentes no entorno das empresas.

A capacitação dos jovens acontece dentro do próprio ambiente da empresa parceira e os funcionários atuam como educadores, ministrando as aulas como voluntários do Programa. Os cursos são desenvolvidos pela equipe pedagógica do Formare, de acordo com as características de cada empresa e a realidade do mercado de trabalho local.

Com duração de no mínimo 800 horas/aula, os cursos do Programa Formare são certificados por instituição federal de ensino vinculada ao MEC – a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Com o modelo de franchising, o Formare hoje se encontra em 68 unidades com 43 empresas parceiras e 1360 alunos em formação. No Brasil eles estão em 60 municípios, em 13 estados. Eles também contam com duas unidades no México.

Outro exemplo de ONG que recentemente adotou o modelo de franquias é o Instituto Gerando Falcões, um projeto com foco em esporte, cultura, qualificação profissional e geração de renda em comunidades carentes. O fundador, Eduardo Lyra, começou o trabalho na região metropolitana de Poá, em 2013. Com dedicação, ele conseguiu apoio de grandes investidores nacionais, como Carlos Wizard, Jorge Paulo Lemann, Daniel Castanho e Flávio Augusto.

O Gerando Falcões hoje trabalha para encontrar líderes de outras comunidades brasileiras que possam replicar o modelo que gerou tanto resultado em Poá. A ONG é outro exemplo bem-sucedido de “franquia social”, pois aposta nos líderes que assumem o comando das filiais, trabalhando em esquema de bonificação e plano de carreira, além do suporte de uma equipe que ajudará na implementação dos cursos e no treinamento de professores. A organização abriu sua primeira filial no bairro paulistano da Vila Prudente e planeja a próxima em Maceió, em Alagoas.

“O meu sonho é criar a maior rede de ONGs do planeta e ajudar a mudar as favelas do Brasil”, afirma Eduardo Lyra. “Eu quero mexer com o ponteiro social. O homem já foi pra Lua, fez o Facebook, o Twitter e o Instagram. Agora o Elon Musk está se preparando para ir a Marte colonizar o planeta. A gente tem que mudar as favelas antes do Elon Musk chegar lá. A ambição do Elon Musk não pode ser maior do que a nossa capacidade de transformação da sociedade. Não podemos aceitar isso”.

Novidades da ABF Franchising Expo

Novidades da ABF Franchising Expo

Durante quatro dias São Paulo será a capital mundial do franchising. É quando acontece – entre 27 e 30 de junho – no Expo Center Norte a 27ª edição da ABF Franchising Expo, a maior feira de negócios em franquias do planeta. Na expectativa dos organizadores, o evento deve reunir mais de 400 marcas do franchising e receber uma visitação de 65 mil pessoas nos quatro dias do evento.

Segundo o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, estamos vivendo um momento de “mudança de maré”. O setor de franquias manteve uma taxa de crescimento de cerca de 8% nos últimos três anos e aponta um acrescimento ainda maior para 2018. “A inflação baixa, o crescimento do PIB e a recuperação do emprego e dos índices de confiança trazem um ótimo momento para investir e se posicionar para a nova curva de crescimento que se avizinha”, afirma Altino, ressaltando que a feira, com os mais diversos nichos de negócio, contemplará empreendedores de diferentes perfis.

A feira é também uma excelente oportunidade para quem busca ampliar seu networking, já que reúne num mesmo local, além das marcas expositoras, milhares de profissionais e representantes de administradoras de shoppings centers e de fornecedores das redes de franquias. Nos 31 mil m² de exposição, a ABF Expo trará franquias com investimento inicial a partir de R$ 10 mil até mais de R$ 1 milhão, de segmentos variados.

Entre as novidades deste ano está a criação do Boulevard de Microfranquias, espaço dedicado a redes cujo investimento inicial é de até R$ 90 mil, e do Lounge da Copa, com transmissões dos principais jogos do torneio.

Dois espaços que fizeram sucesso em 2017 estarão de volta: Arena do Conhecimento, espaço com apresentações sobre diversos temas associados ao mercado de franquias no Brasil e a área Montando Minha Franquia, que reunirá fornecedores do sistema de franchising dos mais diversos tipos como ferramentas de TI, serviços de marketing, geolocalização, design de ponto de venda, sistemas de pagamento, entre outros.

Para facilitar

27ª edição da ABF Franchising Expo

27 e 30 de junho

Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo

Ingresso
para os 4 dias
Internet: r$ 70
Bilheteria: R$ 80

www.abfexpo.com.br

Franchising: um mercado resiliente

Franchising: um mercado resiliente

Em maio desse ano, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou dados do desempenho do primeiro trimestre de 2018 do franchising nacional. Como é de costume, mais uma vez o setor de franquias mostrou resiliência diante de um cenário nacional com demanda irregular e incertezas no campo político.

No primeiro trimestre deste ano, a receita do setor registrou um crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período de 2017. O faturamento passou de R$ 36,890 bilhões para R$ 38,762 bilhões. Considerando-se os últimos 12 meses, o crescimento foi de 7% (variação de R$ 154,426 bilhões para R$ 165,190 bilhões).

“Frente ao atual cenário da economia brasileira, consideramos este desempenho positivo, pois foi registrado em um período de inflação muito baixa – ao contrário do primeiro trimestre de 2017 – e de início da recuperação de uma das mais longas crises que o país já viveu”, afirma Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF. “O franchising continua a investir na eficiência de suas operações, no desenvolvimento de formatos mais enxutos e na busca de novos mercados, canais de venda e públicos como forma de manter seu desenvolvimento”.

Também houve uma elevação de 0,9% no número de empregos diretos do setor no trimestre, totalizando 1.199.861 trabalhadores. Outra parte interessante da pesquisa é a análise dos segmentos do franchising. Entre os segmentos que apresentaram maior variação de crescimento nos meses de janeiro a março deste ano, Hotelaria e Turismo teve um faturamento maior em 14,9%, em comparação com o mesmo trimestre de 2017.

Destaque ainda para o segmento de Alimentação, com um crescimento de 6,6%, semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado. É um segmento já consolidado, reflexo do trabalho realizado pelas marcas em oferecer novos modelos para o mercado. Outros motivos do aumento de receita podem ser o aprofundamento do hábito de se alimentar fora de casa e das constantes ações de comunicação para atrair o consumidor.

Ricardo José Alves, CEO da Halipar, uma das maiores holdings de  franchising no segmento de alimentação do Brasil, detentora de marcas como Montana Grill e Grilleto, comenta sobre o segmento: “O setor de alimentação é bastante resiliente em momentos de crise: é sempre o último a sentir e o primeiro a se recuperar. No primeiro trimestre, a economia não teve o desempenho esperado, o que é natural num ambiente de incertezas políticas. O crescimento ainda é tímido, mas é perceptível uma mudança de humor no mercado. Acredito bastante na retomada do país após as eleições”.

Outros nichos mostraram um crescimento mais contido, como o de “Saúde, Beleza e Bem Estar”, com 1,5%, se comparado ao mesmo período de 2017. Ainda assim, obteve no total um faturamento de mais de R$ 7 bilhões.

Para Murilo Piotrovski, CEO da GrandVision no Brasil, líder mundial no varejo ótico, o início do ano trouxe um fortalecimento do mercado e para ele haverá uma retomada no segmento. “Para nós, o setor ótico atende uma necessidade básica com correção visual e, por conta disso, não sofremos tanto com a situação do mercado como outras empresas”, afirma Murilo. “Hoje, a GrandVision conta com aproximadamente 100 lojas, entre franquias e próprias, e estamos muito satisfeitos com os resultados da nossa expansão por meio do franchising, com planos de dobrar o número de unidades até 2019”.

E quando uma empresa detém marcas de diferentes segmentos do franchising, isso ajuda ou atrapalha? A SMZTO, holding de franquias multissetoriais, lida bastante com esta questão, pois engloba marcas nos ramos de educação, saúde, beleza, entretenimento e alimentação. Entre as marcas estão nomes como PartMed, LifeUSA e OdontoCompany.

“Gerenciar empresas de diversos setores é muito positivo, porque cada setor tem a sua peculiaridade, então aprendemos muito com isso”, pondera Daniel Guedes, CEO da SMZTO. “Quando um setor está indo melhor do que o outro é possível equilibrar as coisas. Com nossa atuação em várias frentes conseguimos ainda criar melhores condições de carreira para a equipe, negociar com fornecedores de áreas como mídia, contabilidade, auditoria etc”.

Baseando-se nos dados do 1º trimestre de 2018, a ABF projeta que até o fim deste ano o setor cresça entre 7% e 8% em termos de faturamento, 3% em número de unidades, 3% em volume de empregos diretos e estabilize o número de redes franqueadoras.

“Vamos acompanhar de perto o desenvolvimento dos indicadores macroeconômicos e o campo político”, observa Altino Cristofoletti. “Essa melhora pode abrir caminho para um desenvolvimento mais vigoroso do franchising nacional nos próximos trimestres”.

Baixa Gastronomia: Fui à Lapa e não perdi a viagem

O bairro da malandragem, dos Arcos, do Circo Voador, da Fundição Progresso, do Democráticos… a Lapa dispensa apresentações.

Lapa

O bairro, além de ser o berço da boemia, se mantém vivo com opções para todos os gostos e bolsos. São tantos bares, meu caro leitor, que você vai até ficar na dúvida de onde ir. Por isso, vou te dar uma superdica: o Bar da Lapa, localizado onde outrora era o extinto Bar da Boa, na Mem de Sá, é um boteco típico, do jeito que nós cariocas gostamos, com samba e pagode. Bem a cara do Rio.

O cardápio de petiscos é vasto. De cara, fui logo nos croquetes de carne assada. Crocantes por fora e macios por dentro, valeu.  Enveredei em seguida no Mix Bar da Lapa, com tudo que mais gosto: linguiça fina, provolone empanado, carne seca, amendoim, aipim frito e torresmo, acompanhado com um delicioso molho de ervas e a Chapa de Picanha fatiada, tudo muito bem servido.

Como não pode deixar de ser, o bar oferece muitas opções de bebidas. São cinco tipos de chope e mais de vinte opções de cerveja, inclusive uma marca da casa, aprovadíssima. Dei uma bicada no drinque Bar da Lapa Sun Rise, com tequila, Cointreau, sucos de laranja e limão e duas cervejas emborcadas. Pode parecer uma mistura doida, e é; mas o resultado é uma delícia! Mas atenção: esse é para compartilhar com a galera.

A boa é curtir o Bar da Lapa porque “…toda vez que a noite cai/
A luz se acende e uma vontade me arrebata/Eu vou pra lá/Eu vou
pra Lapa…”

Bar da Lapa
Av. Mem de Sá, 69, Lapa, tel. 21 2221-2542. Só abre à noite.