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Chef paulistana Fernanda Ribeiro é destaque na França com seus restaurantes

Chef paulistana Fernanda Ribeiro é destaque na França com seus restaurantes

Por aqui era inverno quando Fernanda Ribeiro desembarcou em Lyon, no sudeste da França. Era o ano de 2007 e a menina de 20 anos que carregava quilos de farinha de mandioca, cachaças e currículos na bagagem não fazia o primeiro voo da vida à toa: ela queria ser uma chef de verdade.

Além de bonjour, tartare de boeuf, cassoulet e petit gâteau, pouquíssimas palavras lembravam o idioma francês no seu vocabulário. Contudo, a estreia na brigada de Emmanuel Bassoleil, no Skye, e os expedientes na extinta Brasserie Erick Jacquin lhe davam a certeza de que devia deixar o bairro do Tatuapé, na zona leste paulistana.

Fernanda preparando um de seus pratos. Foto: Divulgação

Assim foi. A carta de recomendação do atual jurado do MasterChef e o sonho de conhecer o papa da gastronomia foram o pontapé para pedir emprego e, para a sua própria surpresa, ser aceita no Grupo Paul Bocuse. Além de estrangeira, Fernanda era a única mulher numa equipe de 30 pessoas. Dois anos mais tarde, a cozinheira decidiu enfrentar outros chefs estrelados, entre eles, Alain Ducasse, Yannick Alléno e Alain Passard, e ampliar as próprias referências.

Hoje, mais de uma década depois, a chef não se vê fora de Lyon – ali abriu suas duas casas (o intimista 36 Le Cosy e o casual Sampa) e conquistou prêmios importantes (como o Jovem Talento do Guia Gault & Millau). No entanto, a combinação da rigorosa cuisine (herança de sua formação no Brasil e dos anos de trabalho por lá) à bossa brasileira passou a ser insuficiente. Nesse sentido, para além de invencionices como o foie gras com banana e farinha uarini ou a moqueca de lagostim e chorizo, a chef voltou em novembro passado a São Paulo para se reaproximar do Brasil.

Cozinhou com Tássia Magalhães, no Fabbrica Ristorante; com Gustavo Rigueiral, no Jantar Secreto; com o amigo italiano Antonio Maiolica, no Antonietta, e com o casal Rodrigo Aguiar e Giovanna Perrone, no Rios, no seu Tatuapé. “Mostrar pela primeira vez que não faço comida fusion, mas que crio um diálogo entre França e Brasil por meio de receitas, foi muito emocionante”, confessa. Fosse pouco, entre um jantar e outro, Fernanda deu aulas e, de quebra, esbarrou em Janaina Rueda, ensinando mulheres da comunidade da Vai-Vai a prepararem estrogonofe.

Carne de porco feita pela chef. Foto: Divulgação

De bate e pronto, convidou a chef do Bar da Dona Onça e também do melhor restaurante do Brasil (A Casa do Porco, segundo o 50 Best) a fazer uma feijoada para os franceses. Resultado? No próximo dia 4 de dezembro, elas servem o ícone brasileiro regado a samba e caipirinha.

A soirée à la brésilienne acontece no Sampa Cuisine et Culture, o bar autoral de Fernanda. Ao que tudo indica, será apenas a primeira de um projeto de intercâmbio com cozinheiros daqui. Quem quiser acompanhar a caminhada, a chef responde por três arrobas no instagram: @fer.spxly, @36lecosy e @sampalyon.

“Metrópole à Beira-Mar”, escrito por Ruy Castro, retrata o Rio dos anos 1920

“Metrópole à Beira-Mar”, escrito por Ruy Castro, retrata o Rio dos anos 1920

Uma viagem pela atmosfera fervilhante de um Rio de Janeiro que se encontrava em plena vanguarda. O novo livro de Ruy Castro, “Metrópole à Beira-Mar” (Companhia das Letras), transporta majestosa e deliciosamente o leitor a um cenário surpreendente: os acontecimentos no Rio entre o Carnaval de 1919 e a Revolução de 1930. “Era uma cidade que estava começando tudo, em verdadeira ebulição. E que acolhia pessoas como Villa-Lobos, Carmen Miranda, Cecília Meirelles, Di Cavalcanti, Francisco Alves, J. Carlos, Manuel Bandeira, João do Rio, entre tantos outros gênios da literatura, da música, do teatro, das artes e da ciência”, diz o escritor.

Livro é o novo lançamento do jornalista Ruy Castro

Capa do livro de Ruy Castro. Foto: Divulgação

Esses são os personagens de Ruy, biógrafo de grande talento e um dos melhores textos da literatura brasileira. Neste novo livro, de quase 500 páginas, ele faz uma saborosa reconstituição histórica da era de ouro carioca, entrelaçando eventos políticos e culturais à trajetória dos personagens — os lembrados e os esquecidos —, que fizeram e mudaram a história.

Editora Panda Books completa 20 anos de títulos para o público infanto-juvenil

Editora Panda Books completa 20 anos de títulos para o público infanto-juvenil

Editora conhecida por seus livros criativos e instigantes, a Panda Books completa vinte anos com mais títulos voltados para crianças e adolescentes. Fundador da editora, Marcelo Duarte, conhecido por seu “O Guia dos Curiosos”, é autor do recente “Esquadrão Curioso – Caçadores de Fake News”, uma ficção divertida que ensina como sacar notícias falsas. E aposta em dois livros lindíssimos, lançados no final de 2019, que envolvem assuntos importantes, como sustentabilidade e imigração.

Livro é um dos lançamentos da Panda Books

Maísa Zakzuk, autora de “Eu Estou Aqui”, com alguns de seus jovens entrevistados. Foto: Divulgação

O primeiro é “Alinhavos”, primeiro livro infanto-juvenil lançado no Brasil sobre moda sustentável. Escrito pela estilista Alessandra Ponce, mãe de dois filhos, mostra como o consumo de moda deve ser equilibrado e responsável em nossas vidas. “A maneira como nos vestimos diz muito sobre como somos ou, ainda, sobre como gostaríamos de ser vistos e tratados pelas outras pessoas”, diz a autora.

Os leitores irão conhecer a história das roupas, o processo de criação do vestuário, o impacto causado pela indústria da moda no meio ambiente e o que cada um pode fazer para praticar o consumo consciente. Com um projeto gráfico moderno, o livro conta a história das roupas, fala sobre reciclagem, customização, sobre os perigos da indústria têxtil etc.

O segundo livro é “Eu Estou Aqui”, que traz os emocionantes relatos de 12 crianças (refugiadas e imigrantes) que vieram para o Brasil com suas famílias, ou parte delas, em busca de uma nova vida. O livro é de Maisa Zakzuk, autora também de “Árvore da Família”, sobre genealogia, com mais de 120 mil cópias vendidas.

Capa do livro “Alinhavos”, de Alessandra Ponce Rocha. Foto: Divulgação

Até 2018, o Brasil reconheceu 11.230 refugiados vindos de cerca de oitenta países. A missão de Maísa foi dar voz às crianças, que tiveram que abandonar suas casas e histórias para recomeçar em outro lugar.

Segundo a autora, o primeiro grande desafio foi vencer a desconfiança das famílias. Ao longo de um ano, ela e a fotógrafa Daiane da Mata visitaram instituições, escolas e igrejas de apoio a refugiados para traçar um perfil desses meninos e meninas. A língua é a primeira barreira a ser vencida. O trabalho de professores, diretores e funcionários também é primordial no acolhimento dos alunos estrangeiros.

Um livro que traz uma temática muito atual e fala sobre solidariedade, resiliência e outros valores importantes para refletir com os filhos em mais um início de ano.