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Uber inova com a chegada da Jump, marca de bikes e scooters elétricas

Uber inova com a chegada da Jump, marca de bikes e scooters elétricas

As bicicletas elétricas Jump, em operação nos Estados Unidos, estão programadas para chegar ao Brasil neste ano

“No futuro, o negócio da Uber será muito mais do que apenas carros”, diz Fábio Sabba, diretor de comunicação da Uber Brasil. Realmente a empresa planeja mover o mundo com diferentes modais. A compra recente, nos Estados Unidos, da startup de compartilhamento de bicicletas elétricas e scooters Jump, aponta para esse objetivo.

A previsão é de que o serviço seja lançado no Brasil (primeiramente em SP) ainda em 2019. “Os dois modais fazem parte do plano da Uber de expandir seus serviços para ajudar as pessoas a ir do ponto A ao ponto B da forma mais acessível, confiável e conveniente possível”, afirma Sabba.

Mas há outras novas, e desta vez nas alturas. Trata-se do projeto Elevate, criado em outubro de 2016. Desde então, estão sendo firmadas parcerias com fabricantes de aeronaves que estão desenvolvendo veículos de pouso e aterrissagem vertical elétricos (VTOLs), popularmente chamados de “carros voadores”. Algumas dessas empresas são a Embraer, a Bell, a Aurora Flight Sciences (agora uma subsidiária da Boeing) e a Pipistrel Aircraft. “Em 2017, ainda anunciamos a intenção de lançar demonstrações de voo do Uber Air em Dallas e em Los Angeles em 2020, e viagens comerciais até 2023.

Para ajudar a criar Skyports, locais de decolagem e pouso para o Uber Air, a Uber também firmou parcerias imobiliárias com a Hillwood Properties e a Sandstone Properties. Ainda no ano passado, a Uber lançou o primeiro vídeo da experiência Uber Air”, revela o executivo. Segundo ele, torna-se essencial hoje desvincular a mobilidade das pessoas da propriedade de um carro.

“O setor de transporte já é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no Brasil e a principal causa da poluição atmosférica nas cidades. Ao lado de especialistas no assunto, acreditamos que o futuro da mobilidade urbana será compartilhado em vários modos – centrado no transporte público e complementado por bicicletas compartilhadas, serviços sob demanda como Uber e táxis, assim como outras soluções que ainda estão por surgir no ambiente de inovação digital”.

Estão nesse segmento serviços de compartilhamento de viagens como o Uber Juntos, além das novas bicicletas elétricas e scooters Jump. Afinal, ter uma maior variedade de opções ao toque de um botão no celular já representa uma alternativa atraente à predominância do carro particular.

Os números da Uber no Brasil são grandiosos. São mais de 600 mil motoristas parceiros cadastrados, mais de 22 milhões de usuários e a presença em mais de 100 cidades brasileiras. São Paulo é a cidade com o maior número de viagens Uber no mundo. Para reger esse universo tecnológico com eficiência, há um investimento enorme em inovação e em segurança.

Sabba conta que a Uber vai instalar em São Paulo seu primeiro Centro de Desenvolvimento Tecnológico da América Latina, com foco inicialmente em segurança. “Serão até 150 especialistas trabalhando nesse projeto, que receberá investimentos de R$ 250 milhões”.

Atriz e ambientalista, Christiane Torloni dirige documentário que alerta sobre a Amazônia

Atriz e ambientalista, Christiane Torloni dirige documentário que alerta sobre a Amazônia

“Quando foi que nós esquecemos que o Brasil tem o nome de uma árvore? Que o que corre em nossas veias não é sangue, é seiva?”, questiona Christiane Torloni no documentário “Amazônia – O despertar da Florestania”, que entra em cartaz no dia 9 de maio nas principais cidades brasileiras.

Concebido, produzido e dirigido por ela, com a parceria de Miguel Przewodowski, o filme mostra uma verdade inquestionável: precisamos fazer alguma coisa já para valorizar nossa maior riqueza e impedir tanta ignorância e devastação. Com base em depoimentos de pessoas que lutam pela preservação ambiental, o documentário nos alerta para o descaso com que a floresta amazônica e a própria natureza têm sido tratadas no país.

“Ou mudamos nosso critério de consumo ou não haverá planeta que resista à raça humana. Como diz o João Tezza: ‘estamos vendendo o Futuro para comprar o Presente’. Ao negarmos que somos, cada um de nós, responsáveis pela preservação do meio ambiente, nos tornamos cúmplices da destruição da nossa casa comum”, reflete a atriz.

Ambientalista que liderou o movimento “Amazônia para Sempre”, em 2009, quando coletou mais de um milhão de assinaturas contra a devastação da floresta, Torloni comemora 43 anos de carreira no teatro, no cinema e na televisão em papéis memoráveis. Em agosto, ela retorna com a peça “Master Class” pela terceira vez. “Faremos 12 cidades em 12 semanas! Um privilégio”, diz Torloni.

Bon Vivant: Lugares para fumar charuto sem abrir mão de outros prazeres

Bon Vivant: Lugares para fumar charuto sem abrir mão de outros prazeres

Rooftop Augusta, na rua Oscar Freire

Não tenho nada contra charutarias e até frequento com uma certa assiduidade, mas confesso que a minha motivação ali é encontrar os amigos que, por sua vez, se encontram em torno do charuto…

O problema é justamente este. Nem todas as minhas amizades gostam de charuto. Aliás, a maioria deles ou delas não só não fuma charuto como não curte a ideia de se sentir defumado em um ambiente…

Sem contar que, por mais esforços que venham fazendo, a proporção de homens em charutarias ainda é facilmente acima dos 80%, o que, de certa forma, acaba se refletindo na qualidade das conversas e do humor desses encontros. Sou um fã da democracia do encontro, e isso pede ambientes à prova de restrições e de qualquer tipo de segregação.

Isso dito, quero citar aqui alguns poucos lugares em São Paulo onde ninguém precisa abandonar sua mesa ou seus amigos para ir fumar em algum canto como se estivesse de castigo e onde a qualidade do ambiente disperse suficientemente a fumaça para não incomodar quem não fuma.

Pena que fechou o último andar do restaurante Italy na rua Oscar Freire, que era ao ar livre e tinha um bar exclusivo, além de serviço de cozinha bem bacana.

Em compensação, a poucos metros dali, na própria Oscar Freire, abriu o Rooftop Augusta (que antes era na Augusta, dali o nome). Ele traz três pisos com salas de estar e de passagem decoradas com peças gráficas vintages e até sala de sinuca e cobertura integrada com um belíssimo lounge, onde o terraço oferece um bar com mesas e acomodações confortáveis ao ar livre.

Neste mês de maio o clima em São Paulo é perfeito para curtir um terraço: não chove e o friozinho ocasional à noite se resolve com qualquer blusinha.

O simples fato de se tratar de um rooftop faz toda a diferença e permite a convivência entre fumantes, charuteiros e abstêmios. O cardápio é bem correto, assim como os drinques e, acima de tudo, o som é de primeira. O DJ Tony Montana, preciso e elegante nos seus playlists e mashups que trafegam no jazz, dá um tempero todo especial ao lugar às quartas, sextas e sábados.

Outro rooftop que vale uma visita é o Tetto Rooftop Lounge, na Rebouças. Com vista 360 graus, o lugar já tem um pé mais forte no lado restaurante e balada. A cozinha é de conceito fusion sofisticado com carta de drinques assinada pelos renomados Jean Ponce e Matheus Cunha. As portas só abrem às 20h e os preços acompanham a sofisticação da casa.

Pena que as tabacarias são tão masculinas e de certa forma tão metidas, com aqueles chesterfields pretensiosos que não deixam ninguém verdadeiramente confortável.

Realmente não encontro nenhum outro lugar agradável e arejado para recomendar a quem quer curtir seu charuto na paz… Até!

Bom de Copo: Os vinhos do Uruguai

Bom de Copo: Os vinhos do Uruguai

Bodega Bouza, adega familiar em Montevidéu, no Uruguai

Eu comecei a falar bem dos vinhos do Uruguai há mais de uma década. Era voz solitária na época. Fui criticado. Hoje vejo com alegria jornalistas do mundo todo elogiando os vinhos deste país maravilhoso, de gente maravilhosa e de gastronomia maravilhosa.

Inclusive, colegas meus que me criticaram e ironizaram meus textos hoje rasgam elogios aos vinhos do Uruguai. Que bom, não estava nem louco nem errado… O Uruguai é conhecido pela tannat, a uva do Madiran, sudoeste francês onde até hoje se produzem ótimos rótulos com esta cepa.

Lá, o processo pede anos de garrafa para que o vinho amacie… Confesso que gosto dele mais rústico. Não há harmonização melhor para uma carne sangrando, acredite. Mas devo dizer que a grande vantagem do Uruguai é que a quase totalidade de seus produtores é formada por pequenas famílias, gente da melhor espécie, uma mistura de bascos franceses e italianos que tratam você como alguém do próprio clã. Isso não tem preço.

Para você ter uma ideia, certa vez, numa viagem por lá, um produtor ficou de me pegar no hotel para irmos à vinícola. Trata-se do Daniel Pisano, uma espécie de embaixador do Uruguai: efusivo, dinâmico e que produz vinhos espetaculares. Pois eu entro no carro e ele abre um embrulho mal feito de papel, e dentro tinha um pedaço de pizza! Deliciosa! E me disse: “Desculpe, Didú, minha mãe que fez e está tão gostosa que eu tinha que te trazer um pedaço…” Precisa dizer mais?

O Uruguai é isso. Cada família tem um bom vinho, nenhum é parecido com nenhum, pois eles têm muita personalidade e são muito teimosos, dando as costas para vizinhos e, inclusive, para o exterior. Fazem o que acham certo e de maneira praticamente artesanal. Aqui no Brasil as melhores importadoras têm algum produtor de lá.

Saúde!

Negócios de impacto social e ambiental promovem cidadania e geram benefícios para comunidades

Negócios de impacto social e ambiental promovem cidadania e geram benefícios para comunidades

Produção de óleo de pequi, na Aldeia Ngôjwêrê dos Kisêdjê, Terra Indígena Wawi

Em um país com uma população tão carente como a nossa, empreender é uma necessidade. Segundo o último censo do IBGE, 53 milhões de brasileiros não têm fonte de renda e outros 44 milhões vivem com menos de um salário mínimo.

Precisamos da criatividade do empreendedor para elaborar novos modelos de negócios – mais sustentáveis, éticos, justos e que estejam dispostos a acolher, ao invés de barrar, os milhões de pessoas que há anos batalham para ter acesso aos serviços básicos e à empregabilidade.

Enfim, o ideal é unir a rentabilidade ao desenvolvimento social. Para atar estas duas pontas é que surge o empreendedorismo social. Seu objetivo é solucionar problemas sociais e ambientais de forma autossustentável (sem depender de doações) e mantendo o diálogo constante com a comunidade afetada.

“Os negócios de impacto social são fundamentais para o Brasil, pois favorecem a educação, a saúde e a empregabilidade de uma grande parte da população, criando mais oportunidades e riquezas”, afirma Agostinho Turbian, presidente da GCSM, instituição que avalia empresas e empresários para prêmios de destaque. Atualmente, há 1002 empresas que atuam nessa linha, um crescimento de mais de 70% nos últimos dois anos.

Preservação ambiental

Todo produto carrega uma história. Embora a maioria das pessoas ignore a longa e intrincada cadeia produtiva por trás de qualquer item comprado, existe uma trajetória a ser cumprida até que ele chegue às mãos do consumidor. Se foi feito com trabalho análogo à escravidão ou com o desmatamento de áreas de preservação ambiental, é um eterno mistério.

Trabalho manual nas aldeias

O selo Origens Brasil traz uma luz para essa questão. Ao escanear um QR code nos produtos parceiros da iniciativa, o cliente tem acesso a uma plataforma que mostra como foi o processo de coleta, quem participou e onde aconteceu. Com esse rastreamento, a organização procura estimular as empresas a agir de forma ética com seus colaboradores, e sustentável com o meio ambiente.

O grande diferencial do Origens é trabalhar apenas em zonas de preservação ambiental, em parceria com populações locais como indígenas, quilombolas e extrativistas. Eles jamais desmatam para o plantio, coletam na natureza produtos como castanhas, mel e cogumelos. A organização também comercializa o artesanato dos povos originários, gerando renda e autonomia para parcelas historicamente excluídas.

Fundada em 2016, a empresa social atua em três grandes áreas de preservação (Xingu, Calha Norte e Rio Negro) em um total de 90 milhões de hectares e hoje conta com 14 empresas parceiras, entre elas o Grupo Pão de Açúcar e a Wickbold, com 1.450 produtores cadastrados.

O Origens Brasil procura aproximar a população urbana das zonas de conservação ambiental, valorizando esses territórios e quem os protegem. “Essas populações conseguiram conciliar, ao longo de gerações, o modelo de produção com o de preservação”, observa Patrícia Cota Gomes, engenheira florestal e coordenadora do Origens.

“O Brasil talvez seja um dos poucos países que têm a cultura dos povos bastante preservada. As empresas estão de olho nisso e nós queremos ser viabilizadores para os negócios da floresta”, complementa a coordenadora. Para ela, a biodiversidade é uma das maiores fontes de inspiração para a inovação econômica, tecnológica e farmacêutica. E o empreendedorismo social pode ser um braço forte nesta empreitada.