Cada vez mais harmonizados, eles se casam e dão liberdade para experiências prazerosas.
A mudança de comportamento do brasileiro é algo entusiasmante. Imaginem que quando comecei a escrever sobre vinhos, década de oitenta do século passado, o consumo de brancos era metade do que é hoje. Espumantes chegavam a uns 20% e os rosés praticamente não existiam – os homens nem bebiam rosé.
Hoje, há vinhos tintos no verão, os brancos já são compreendidos em posicionamentos distintos e os rosés, então, nem se fala… A variedade de estilos e origem dos rosés é imensa, formando uma paleta de cores digna de um pintor renascentista. Discute-se intensidade e tipos de tons: laranja, cobre, rosa, delicado etc.
Realmente, a diversidade e a qualidade dos vinhos cresceu muito. Para mim, é uma grande alegria ver essa ampla paleta de opções à disposição e, mais ainda, presenciar o amadurecimento do tema junto aos consumidores.
Agora, discute-se coisas que eram verdadeiras heresias, vistas como breguice, como os drinques com vinho, as sangrias ou o gelo no vinho ou espumante. Hoje se conhece o Clericot (a sangria de vinho branco) e marcas famosas de champagne lançam produtos para serem consumidos com pedras de gelo. O Rosé Piscine, fórmula também desenvolvida para adicionar cubos de gelo, faz enorme sucesso no Brasil, que representa mais de 30% de toda a venda do produto, que agora lançou uma garrafa Magnum (1,5 litro).
O principal de tudo isso é que o vinho é mais consumido e faz bem à saúde, mais que qualquer outra bebida. E você? Qual é a sua preferência de vinho neste verão?
É impossível viver em São Paulo e não se surpreender com a tremenda oferta cultural da cidade. Talvez por termos acesso a todo tipo de informação, muitas vezes achamos que já conhecemos este ou aquele lugar sem mesmo termos passado na frente. Para visitar e apreciar museus, bibliotecas e outros espaços culturais parece até que tem que ser turista. Afinal, é o que fazemos quando estamos visitando outra cidade, não é?
Por isso, quero falar de novo da nossa querida avenida Paulista, rainha da diversidade e da multicultura paulistana. Digo de novo porque esta coluna já falou do Instituto Moreira Salles, que fica na ponta norte da avenida, e do Masp, situado no meio, mas nunca havia focado na outra ponta, que praticamente faz divisa com o bairro do Paraíso.
É justamente nessa ponta da Paulista, mais exatamente nos primeiros 150 metros, que se encontram outros quatro templos da cultura. No número 52 fica a Japan House, que traz o que há de mais moderno em arte, design, tecnologia e gastronomia (by Jun Sakamoto) do Japão. Na outra calçada, no número 37, encontra-se a Casa das Rosas, uma mansão dos anos 30 que virou templo da poesia e da literatura, com um acervo de 35 mil volumes. E o café desse oásis urbano ainda oferece a insuperável sfogliatella do Il Pastaio. A 50 metros dali, no 119 , está o prédio mais sustentável da cidade. Este edifício abriga o Sesc Avenida Paulista. São 17 andares de biblioteca, tecnologia, artes, salas de espetáculo, espaço para crianças e um lindo café no topo com vista para a cidade.
Tudo ali foi muito bem pensado pelos arquitetos, que projetaram um edifício que se destaca como uma extensão da própria avenida, com muitos vidros, terraços e áreas abertas. Já na chegada, você encontra uma super área de convivência com espaço multiuso e um paraciclo enorme. A programação do Sesc é tão intensa e competente que merece ser estudada com calma. E como não existe concorrência entre instituições culturais, o Sesc Avenida Paulista e seu vizinho Itaú Cultural, no número 149, estão projetando um boulevard para amante da arte nenhum botar defeito. Na sua próxima ida à Paulista tente visitar esses quatro endereços, mas não sem antes consultar a programação de cada um deles. Tem para todos os gostos. Até!
Artista visual Marcos Amaro expõe na Luis Maluf Art Gallery, em novembro
O artista visual Marcos Amaro inaugura, no dia 8 de novembro, às 19h, sua exposição individual “Aquilo que resta”, na Luis Maluf Art Gallery. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, a mostra apresenta um recorte inédito de 11 trabalhos de pintura, que exploram diferentes substâncias, como óleos, gorduras, betumes sobre chapas, latarias e fuselagens.
O impacto visual de Marcos Amaro, que desenvolve suas obras, predominantemente, a partir da matéria em estado bruto e precário, como nas esculturas, está também na relação que estabelece com os espaços que ocupa. A paleta de cores de seus trabalhos transita entre os tons que o cercam em seu ateliê de pintura, remetendo à degradação provinda do tempo.
O artista dialoga com o legado de Tunga e John Chamberlain e a mostra também se relaciona com o poema Resíduo, de Carlos Drummond de Andrade. Marcos Amaro já expôs no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul e no Centro Cultural Correios de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Além disso, o artista participou das principais feiras nacionais e internacionais, como a SP-Arte, a SCOPE – Basel, a CONTEXT-NY, Art Zurich e Art Wynwood e venceu o prêmio de Escultura Sustentável na Bienal de Salerno.
Você já pensou em colocar a mão na massa – no caso, no arroz japonês, em peixes e especiarias – para aprender a fazer sushis, o símbolo da refinada, deliciosa e cada vez mais amada cozinha japonesa? Pois essa possibilidade existe em São Paulo, a capital da gastronomia. E as vantagens são que o curso é aberto a qualquer pessoa, inclusive crianças, e as aulas acontecem sob a batuta de um expert no assunto, o sushiman Sassá.
À frente da Escola Sassá Sushi, dos restaurantes de mesmo nome, e do serviço de delivery – que entrega mais de doze mil pedidos por mês e foi eleito o Rei do Delivery pela revista Veja São Paulo –, Sassá confessa que ama mesmo o seu papel de professor. “Este ano a escola completa vinte anos e já certificou mais de quinze mil alunos. É muito gratificante poder passar esse conhecimento para pessoas dos mais diversos perfis e idades”, diz o sushiman, engenheiro têxtil que deixou a carreira movido por sua paixão pela culinária japonesa.
Ministrado por Sassá e os sushimen Dudu e Irã, o curso tem aulas com duração de três horas para até vinte alunos. No módulo básico, o uso dos utensílios e principais temperos, as dicas de corte do peixe, a melhor forma de cozinhar e enrolar o gohan (arroz japonês) e a elaboração de diferentes sushis, uramakis, temakis, hossomakis e sashimis fazem parte do programa.
Prestes a fazer vestibular de gastronomia, Camila Serodio Gianotti, de 18 anos, participou do curso em outubro. “A experiência foi incrível e além de tudo divertida. Não imaginava que havia tantos detalhes na elaboração do sushi. Agora, estou louca para fazer em casa”, ela diz. As aulas custam entre R$ 250 a R$ 450 e acontecem na unidade do Itaim, na Av. Horácio Lafer, 640, tel. 3078-4538.
EM UMA CASA na rua Costa Carvalho, no bairro paulistano de Pinheiros, fica instalada uma das clínicas de shiatsu Luiza Sato. Dentre as 21 unidades da marca em São Paulo, esta tem uma
diferença: as sócias, Yumi Teshirogi e Suely Kazue Funai, tiveram aulas da técnica oriental diretamente com Luiza Sato, a grande referência brasileira do shiatsu. As duas discípulas tornaram-se amigas e terapeutas de confiança da mestra e, treze anos atrás,
acabaram ganhando duas franquias, em Pinheiros e Vila Leopoldina.
Em uma cidade estressada como São Paulo, foi natural a popularização do shiatsu. Trata-se de uma terapia baseada na filosofia oriental que trabalha o equilíbrio por meio da manipulação das fibras musculares de um conjunto dos pontos corporais, os chamados meridianos. No entanto, o estilo desenvolvido por Luiza Sato se estende para além do tratamento energético, estimulando também os pontos fisiológicos, de acordo com as demandas do cliente. “Ao longo de uma sessão, nós passamos por todos os meridianos, mas se você está com dores pontuais, seja nos músculos, ligamentos ou articulações, nós sairemos dos meridianos para trabalhar sobre o local necessário, pois temos sabedoria para fazer isso”, explica Erika Yumi.
Na unidade Pinheiros, todas as terapeutas são formadas e treinadas pelas sócias. A maioria delas é japonesa ou descendente de orientais. E, além das mãos mágicas das massagistas e do escalda-pés que inicia a sessão do shiatsu, o local também faz parte da terapia: uma casa tranquila, com som ambiente, minijardins japoneses e o chão completamente forrado por tatames. Sim, lá é obrigatório tirar os sapatos para relaxar.
LUIZA SATO
Rua Costa Carvalho, 277, Pinheiros tel. 2804-9858
Rua Campo Grande, 459, tel. 2533-2102, Vila Leopoldina.
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