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De onde vem o desperdício de água no Brasil?

De onde vem o desperdício de água no Brasil?

O consumo médio de água no país, em 2018, foi de 154 litros por pessoa ao dia. Os dados são do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, e revelam que esse número é elevado, já que é 44 litros maior do que a quantidade que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária para cada um: 110 litros diários. Além do consumo pessoal, o desperdício da água está nas falhas no abastecimento urbano, na indústria e até mesmo no descarte excessivo de alimentos.

Falhas no abastecimento urbano, processos industriais e até a falta de conscientização sobre o descarte de alimentos são responsáveis pelo desperdício de água. Foto: Getty Images

Falhas no abastecimento urbano, processos industriais e até a falta de conscientização sobre o descarte de alimentos são responsáveis pelo desperdício de água. Foto: Getty Images

Os sistemas de abastecimento sofrem perdas na distribuição, que na média no Brasil alcançam impressionantes 38,5%. São vazamentos em adutoras, redes, conexões e reservatórios, e são provocados principalmente pelo excesso de pressão. Para efeito comparativo, esse número é de 16,8% no Reino Unido e, na Alemanha, 7%. As perdas de água registradas pela Sabesp, em 2018, foram de 19,9% e mostram que o investimento precisa ser contínuo. Até dezembro de 2019, foram destinados R$ 5,4 bilhões para reduzir o desperdício, segundo a empresa.

Já a indústria é responsável por 9% do consumo de água no país, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). Majorie Peralta, diretora de Comunicação do Instituto Terra, Meio Ambiente e Inclusão Social, diz que é possível o país crescer industrialmente sem aumentar a demanda por água. “É necessário que se invista em tecnologia visando uma gestão de recursos mais eficaz, para que, em um segundo momento, resulte em um aproveitamento total, como o sistema de abastecimento de água interno e autossuficiente”.

Segundo Majorie, um bom exemplo dessa economia circular são as usinas sucroalcooleiras. A água utilizada nas caldeiras é totalmente tratada ao final e retorna ao processo novamente. Com a tecnologia aliada ao reaproveitamento dos resíduos, há ainda o exemplo da empresa de inovação Estúdio Carlo Ratti Associati, que desenvolveu uma máquina de suco de laranja que utiliza as cascas da fruta para produzir o copo de suco.

“Quando desperdiçamos alimentos, também estamos desperdiçando a água utilizada na produção deles”, pontua, por sua vez, Luciana Quintão, presidente da ONG Banco de Alimentos. Uma pesquisa da Embrapa com apoio da FGV revelou que as famílias brasileiras desperdiçam, em média, 353 gramas de comida por dia ou 128,8 kg por ano. O ranking dos alimentos mais desperdiçados são arroz (22%), carne bovina (20%) e frango (15%), que precisam, respectivamente, de 2500 litros de água por quilo, 15.400 litros por quilo e 4.330 litros de água nas suas produções.

Jogo rápido com Cristal Muniz, fundadora da plataforma “Uma Vida Sem Lixo

Cristal Muniz. Foto: Divulgação

O que você faz para evitar o desperdício de água no banheiro?

Escolho produtos sólidos, como xampu e condicionador, além dos sabonetes; e versões concentradas ou não-diluídas de cosméticos, pois usam menos água na fabricação. Também evito os produtos que utilizam detergentes muito persistentes como o Lauril Sulfato de Sódio, pois precisam de muita água para ser dissolvido.

Qual é a frequência ideal para lavar roupas e reduzir o desperdício?

Escolha sempre o nível correto de água, conforme a quantidade de roupa que você colocou na máquina. Se possível, reaproveite a água do enxágue para limpar a casa e as áreas externas. Não utilize as funções “duplo enxágue”, só se for muito necessário.

Você recomenda alguma iniciativa para o uso mais consciente da água para ser aplicada em um condomínio?

Coletar a água da chuva em cisternas e usar essa água para tudo o que não precise que seja potável. Se eu construísse um prédio agora, criaria um sistema em que as privadas não utilizassem água potável tratada, só de reuso. E, claro, é essencial aplicar práticas mais inteligentes de limpeza sem mangueira.

Líder de Wi-Fi no mundo todo, Boingo se consolida no Brasil

Líder de Wi-Fi no mundo todo, Boingo se consolida no Brasil

São atualmente 26 aeroportos no país cobertos com Wi-Fi de alta qualidade, com acesso gratuito e extremamente amigável: não há necessidade de cadastro, é só se conectar. Há um ano, a empresa norte-americana Boingo Wireless, líder no mercado global de WiFi e DAS, vem melhorando as experiências online de milhões de passageiros em todo o Brasil.

Boingo já está presente em mais de 25 aeroportos no Brasil

A Boingo traz Wi-Fi, celular (DAS) e small cells em grandes locais como aeroportos, estádios, bases militares e prédios comerciais

Essa transformação vem junto a uma parceria de sucesso. Após vencer, em dezembro de 2017,uma licitação da Infraero para fornecer redes sem fio em 54 aeroportos, a Boingo se uniu à 29HORAS Mídia Aeroportuária (empresa que publica a revista 29HORAS), para ampliar o seu alcance e fortalecer sua penetração comercial, oferecendo um projeto que envolve Wi-Fi gratuito para os usuários dos aeroportos em troca de diferentes soluções de engajamento de mídia para o mercado anunciante.

Como o Wi-Fi é, comprovadamente, o serviço número 1 requisitado pelos viajantes, o sucesso tem sido grande. Segundo Victor Netto, Digital Sales Manager da Boingo, os clientes têm como vantagem o engajamento garantido, 100% de viewability, 100% de Share of voice e Brand Safety. Não há Ad Fraud e desperdícios com ineficiências, e além disso é possível segmentar a mídia, customizá-la e até mesmo controlar os seus raios de ação de diferentes maneiras. “Por exemplo, é possível atingir apenas passageiros brasileiros que utilizem iphones, nos aeroportos dos EUA. Além da alta conectividade, temos o diferencial de criar soluções personalizadas para o cliente, falando com públicos específicos e com impacto certeiro”, explica Victor.

Hoje a tela do celular é fundamental para transmitir mensagens. Afinal, as pessoas não vivem sem o seu smartphone. Por isso, o impacto e a eficiência de um anúncio podem ser medidos nesse modelo de negócio.

Um exemplo é a campanha da Mastercard, que oferece aos clientes Mastercard Black acesso gratuito e ilimitado em uma ampla rede de aeroportos, restaurantes, hotéis, estádios, meios de transportes e voos. Alan Crean, diretor de Consumer Marketing da Mastercard, conversou com a 29HORAS, contando dos benefícios desse projeto com a Boingo. “A Mastercard trabalha para que a jornada de viagem do consumidor seja cada vez mais completa. E esse nosso propósito é reforçado mais uma vez na parceria com a Boingo Wi-Fi. Com ela, clientes Mastercard Black têm mais de 1 milhão de pontos de acesso ao redor do mundo, para que se mantenham conectados durante todos os momentos de sua viagem”, afirma Alan. E tudo isso com uma velocidade de banda larga até 4 vezes maior do que a média global.

Victor Netto, Digital Sales Manager da Boingo

No mundo altamente competitivo do século 21, o anúncio de alto impacto, em tela cheia, é necessário para o engajamento real – e sem ser invasivo. Apenas um comercial da marca patrocinadora é visualizado pelo usuário antes de se conectar. Com internet premium, alta velocidade de conexão e experiência simplificada de conexão, a vida fica mais fácil e produtiva. Marcas que buscam se associar à velocidade, à qualidade e à eficiência encontram nesse modelo de publicidade uma conexão perfeita: os usuários são engajados pelo anunciante através da entrega de um serviço de alta qualidade, considerado o mais demandado pelo consumidor.

A empresa preza pela experiência do usuário e pelo nível de satisfação do serviço, e é dessa forma que a Boingo acredita que nos últimos 18 anos cresceu de uma start-up para uma empresa listada na Nasdaq com operação nos aeroportos de Nova York, Chicago, Miami, Los Angeles, Londres, Dubai, entre muitos outros locais, se tornando a principal empresa de Wi-Fi no mundo.

Mas a Boingo quer continuar expandindo sua operação para outros cenários. “Estamos em constante expansão, e iremos continuar nos posicionando como pioneiros em novas tecnologias como o 5G e na expansão para novos locais, seja em novos aeroportos, ou em outras oportunidades que possam surgir em outros grandes locais”, ressalta Victor Netto. É uma forma de amplificar essa fantástica experiência de mídia, com múltiplos pontos de contatos.

Conheça a Serra Gaúcha, o principal polo enoturístico do Brasil

Conheça a Serra Gaúcha, o principal polo enoturístico do Brasil

Parreiras da Casa Valduga, em Bento Gonçalves

Conhecer a Serra Gaúcha é voltar aos primórdios da imigração italiana, à história de homens e mulheres que saíram de várias regiões da Itália, no final do século 19, em busca de terras e oportunidades no sul do Brasil.

Grande parte deles, por tradição e vocação, começou então a cultivar videiras e produzir vinhos para o consumo próprio, muitas vezes em pipas de madeira instaladas no porão da casa. Assim nasceram as principais produtoras de vinho do Rio Grande do Sul, estado que conta com 680 vinícolas, responsáveis por 90% do vinho brasileiro.

Esse pedaço privilegiado do país, cercado de montanhas e belas paisagens, concentra marcas reconhecidas internacionalmente. Mais de quinze mil famílias gaúchas estão envolvidas com o setor: desde pequenas e charmosas caves até grandes indústrias. O vinho é o protagonista na Serra Gaúcha.

Capital do espumante

A gastronomia italiana, a natureza farta, os programas culturais e o acolhimento da população tornam a viagem pela região uma experiência única. Até porque há muitas surpresas nas cidades que fazem parte do circuito do enoturismo.

Em Garibaldi, por exemplo, um ponto de parada obrigatória é o restaurante Galeto DiPaolo, que serve o “galeto al primo canto” e uma sequência de pratos italianos deliciosos, como capelleti in brodo, polenta crocante, almofadinhas de queijo e massas. Garibaldi é conhecida como a capital do espumante pela qualidade de seus produtos, e acolhe vários roteiros
focados na bebida.

Frades da Pousada dos Capuchinhos

Já em Vila Flores, a uma hora da cidade, o destaque é a estadia na Pousada dos Capuchinhos. Tocado por um grupo de simpaticíssimos frades capuchinhos, adeptos da filosofia de São Francisco de Assis, o hotel fica em um antigo seminário religioso. Ao lado dos freis é possível conhecer os vinhedos da propriedade, visitar a vinícola Frei Fabiano e experimentar os ótimos vinhos feitos por eles – o carro-chefe é o Vino Santo, usado em missas. À noite, eles convidam os hóspedes para jantares harmonizados. O capelleti in brodo do hotel está no topo do ranking no roteiro pela Serra Gaúcha.

Rituais e vivências

Ali pertinho, o passeio ao Atelier L´Arte Ceccato é imperdível. A começar pela acolhida amorosa dessa família de ceramistas italianos, que recepciona os visitantes já no portão da propriedade, contando a saga do clã no trato com o barro. Depois disso, você participa de vários rituais, como a terapia caminhante, a partilha do pão e a degustação de chás medicinais e de grostoli, conhecido como o doce da nonna. Uma vivência que acalenta o corpo e a alma. “Vila Flores é a terra da fé, do pão e do vinho”, diz Dona Benedita Ceccato, a matriarca ceramista, que conduz com a filha e o marido esse caloroso roteiro.

Um pouco mais adiante, no restaurante Giratório Mascaron – o único restaurante giratório do Brasil –, experimenta-se a sensação de saborear pratos italianos a 79,5 metros de altura: há uma parte fixa e nas mesas gira-se lentamente. Para acompanhar o almoço, foram apresentados os rótulos da vinícola Simonetto, que casaram bem com o cardápio focado em massas, risotos, grelhados e saladas.

Análise sensorial na Casa Perini, em Farroupilha

Em Farroupilha, depois da degustação na Adega Chesini, uma vinícola familiar que tem como ponto forte a “Experiência Sabor e Fé”, com partilha do pão e vinho, aconteceu uma divertida análise sensorial às cegas na Casa Perini: os participantes tinham que identificar os aromas de ingredientes e notas dos vinhos, aperfeiçoando o vital sentido do olfato.

A parada seguinte foi na vinícola Cave Antiga, que tem se saído bem em concursos internacionais com os seus espumantes, como o Moscatel, elaborado pelo método Asti. Depois de um jantar maravilhoso e muitos vinhos, o descanso no hotel Dall’Onder Vittoria, em Bento Gonçalves, foi providencial. O dia seguinte prometia novas degustações em vinícolas no Vale dos Vinhedos, que engloba as cidades de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Garibaldi.

Berço do enoturismo

O vale é realmente o coração do vinho na Serra Gaúcha, berço das principais vinícolas e o ponto de partida para quem quer mergulhar no enoturismo. Por onde quer que você passe há parreirais centenários, propriedades de pedra integradas com a natureza, hotéis de luxo (como o Hotel & Spa do Vinho, da redeMarriott) e bucólicos vilarejos.

A melhor época para ver as videiras carregadas de uvas é o verão, porque no inverno os parreirais hibernam para guardar energia para a próxima safra. Mas a estação do frio também tem seu charme, até porque a (prazerosa) atividade de apreciar o vinho fica perfeita quando a temperatura baixa.

Em Monte Belo do Sul, a pausa no Bistrô Casa Olga é um capítulo à parte, com a cozinha afetiva das irmãs Marta e Morgana, que resgataram as receitas da avó Olga em um espaço especial. O almoço foi harmonizado com os rótulos da Faccin, produtora de vinhos orgânicos e naturais, produzidos com leveduras indígenas e sem adição de dióxido de enxofre (SO2).

Goles inspiradores

Seguiu-se uma visita à Casa Valduga, em Bento Gonçalves, onde é possível conhecer a sua incrível cave subterrânea de espumantes, com capacidade para seis milhões de garrafas. A marca brasileira está presente em mais de vinte países nos cinco continentes: foi criada em 1875 por um imigrante de Rovereto, ao norte da Itália, e é um dos principais roteiros no vale.

Maria Fumaça, em Bento Gonçalves

Outras vinícolas de Bento, como a Miolo, a Dal Pizzol e a Lovara, guardam, cada uma delas, características especiais. O Miolo Wine Garden oferece a possibilidade de fazer um piquenique nos lindos jardins da propriedade regado com vinhos da marca. A Dal Pizzol, comandada pelos irmãos Antônio e Rinaldo, faz parte da rota Cantinas Históricas, projeto composto por propriedades rurais que retratam a vida dos imigrantes italianos. Rinaldo Dal Pizzol conduz os visitantes nesses passeios. Ele é autor da trilogia “Memórias do Vinho Gaúcho”, 752 páginas sobre a história do vinho no Rio Grande do Sul.

Viagem no tempo

E a vinícola Lovara, fundada em 1967 por Giuseppe Benedetti e Angelo Tecchio, vindos do norte da Itália, oferece, além de seus ótimos espumantes, um espaço para eventos e a opção de casar em meio aos vinhedos. Dois passeios completam essa deliciosa imersão no mundo do vinho. O primeiro é o parque temático Epopeia Italiana, que propõe o embarque em uma viagem junto aos imigrantes Lázaro e Rosa, desde a saída da Itália até a chegada em Bento Gonçalves.

Outro programa divertido é a Maria Fumaça, que passa pelas cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa. Nas paradas os passageiros degustam vinho e suco de uva e curtem, dentro do trem, pocket shows com cantores, atores e dançarinos. Uma proposta que mostra a criatividade, o profissionalismo e o empenho dos gaúchos em fortalecer a cultura do vinho, um de seus maiores e mais ricos patrimônios.

A jornalista Chantal Brissac viajou a convite do Ibravin e do Sebrae

Consultora de moda, Costanza Pascolato fala de sua relação com a Itália e com o bem viver

Consultora de moda, Costanza Pascolato fala de sua relação com a Itália e com o bem viver

Em 19 de setembro, Costanza Pascolato irá completar 80 anos de elegância, cultura, modernidade e humor. A nossa papisa da moda, a maior autoridade no assunto no Brasil, tem um jeito próprio e muito inteligente de levar a vida.

Colunista da revista Vogue há 27 anos, consultora da H. Stern e da Tecelagem Santa Constância, fundada por sua família, Costanza segue lépida e antenada fazendo mil coisas e lançando tendências. Em setembro, ela irá publicar mais um livro – “Vou falar sobre a vida ageless”, ela adianta – e em dezembro suas fi lhas, Consuelo e Alessandra, devem lançar uma biografia que celebra as oito décadas de vida da mãe.

Na véspera de uma viagem a Nova York, onde foi ver a formatura da neta Allegra, de 23 anos, Costanza conversou, com a sua simpatia habitual, com a 29HORAS. “Eu não gosto de viver em uma bolha. Amo viajar, sair, trabalhar, conhecer pessoas. Mas não troco por nenhum lugar o meu canto em Higienópolis, em São Paulo. Adoro viver no Brasil, um país generoso e fabuloso, que me acolheu desde o início com todo o carinho”, diz.

Ela viaja quatro vezes por ano para a Itália – mais precisamente para a Toscana, o seu ninho familiar. Nascida em Siena, cresceu como princesa. Seu pai, Michele Pascolato, era ministro de Benito Mussolini. Ela costumava brincar com príncipes como Juan Carlos, ex-rei da Espanha. Com o fi m do fascismo, sua família se mudou para São Paulo. Ela tinha seis anos quando aportou por aqui com toda sua graça e personalidade.

Aos 23, casou-se com o banqueiro americano Robert Blocker,com quem teve suas fi lhas. Anos depois, rompeu o relacionamento e se casou com o italiano Giulio Cattaneo della Volta, de quem ficou viúva em dezembro de 1990. “Foi terrível superar essa perda, mas a gente vai se reinventando”, diz Costanza, lembrando ainda que, aos 55 anos, viveu outra grande paixão, quando se casou com o produtor musical Nelson Motta, um relacionamento que durou seis anos. “Vivo feliz o presente e não sou de ficar pensando em idade. Nesse ponto sou como a Itália, meu país de origem, que celebra a arte do bem viver”. Viva Costanza!

Consulado Geral da Itália busca ações e projetos para fortalecer a relação entre os dois países

Consulado Geral da Itália busca ações e projetos para fortalecer a relação entre os dois países

Filippo La Rosa, o Cônsul da Itália

Filippo La Rosa, o Cônsul-Geral da Itália em São Paulo, foi assistir a um jogo do Palmeiras no Brasileirão, no Allianz Parque, e voltou impressionado com a ligação entre o Palmeiras e a Itália.

“É uma conexão forte, com uma energia muito boa. Quero estender esses laços positivos para toda a cidade de São Paulo, para o país, nos mais diversos setores”, diz La Rosa. O diplomata assumiu o Consulado em agosto de 2018 e vem, desde então, criando várias ações educativas, culturais, artísticas e esportivas para integrar os dois países.

Uma das mais recentes foi a exposição sobre São Francisco de Assis no Museu de Arte Brasileira da Faap, quando 21 obras-primas de mestres italianos ficaram expostas entre fevereiro e abril com grande sucesso. La Rosa também firmou uma parceria inédita com a prefeitura de São Paulo para formar mais de 200 professores de italiano, que vão lecionar em escolas da rede pública, democratizando o estudo do idioma.

Produções no campo da fotografia, como a exposição da fotógrafa italiana Letizia Battaglia sobre Palermo, em cartaz no Instituto Moreira Salles, igualmente receberam o apoio do consulado. “Quero resgatar o orgulho italiano e difundir as diversas manifestações da nossa cultura aqui”, ele frisa.

Já em relação à gastronomia, um dos mais fortes ícones da Itália, há muitas novidades. Em agosto irá acontecer no Clube Hípico de Santo Amaro o evento Taste of São Paulo, que terá o patrocínio do Consulado da Itália. Uma área de 50 m2 irá apresentar a cozinha das diversas regiões da bota. “Porque cada pedaço do país tem a sua culinária. O pesto, por exemplo, é da Liguria, assim como a pasta com vôngoli é típica de Nápoles. Nosso objetivo é aprimorar o conhecimento gastronômico do paulista em relação à nossa cozinha, para que ele aproveite toda essa diversidade de sabores e histórias”, diz La Rosa.

Outro evento gastronômico importante é a Settimana della Cucina Regionale, em outubro, que promove o intercâmbio entre os dois países. Vinte renomados chefs italianos, de cada uma das regiões do país, vêm para o Brasil e, em conjunto com chefs de vinte importantes restaurantes italianos de São Paulo, preparam a quatro mãos dois menus especiais, com pratos clássicos e típicos.

Além da força da gastronomia e da arte, La Rosa destaca a contribuição de empresas italianas como a Pirelli, há noventa anos no mercado brasileiro, com três fábricas no país; a Enel, líder em energias renováveis; a Tim, de telefonia celular; a automotiva Fiat, entre outras.

“A Enel construiu vários parques fotovoltaicos no Brasil, a Pirelli vem desenvolvendo projetos sustentáveis muito importantes, a ABL é a única empresa que faz o tratamento das moléculas de antibióticos. São grupos que estão investindo nas pessoas e contribuindo para a evolução do Brasil, o que é fundamental nos dias de hoje”, diz La Rosa.