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Paris 6 abre franquias e leva suas famosas sobremesas para as mais diversas cidades do país

Paris 6 abre franquias e leva suas famosas sobremesas para as mais diversas cidades do país

Paris 6 Petit em Balneário Camboriú (SC)

Recife, Belém, Fortaleza E São Luiz são algumas das capitais do Norte e Nordeste do país que em breve terão o Paris 6 nos shoppings e nas ruas das cidades. Isso graças aos planos de expansão de Isaac Azar, fundador do famoso bistrô de São Paulo, que agora abre os negócios para franquias.

As sobremesas que bombam em vendas e nas redes sociais, como o Grand Gateau, com 23 mil unidades saboreadas por mês, estarão disponíveis em cardápios reduzidos em quiosques e formatos diferenciados do restaurante.

A história do Paris 6 começou em 2006, na Rua Haddock Lobo, nos Jardins, em São Paulo. Isaac realizava o sonho de montar um restaurante que funcionasse 24 horas por dia, durante sete dias por semana, com a pegada charmosa dos bistrôs franceses e cardápio amplo e saboroso. Em 2012, o empresário abriu a sua primeira casa no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca.

As unidades de Belo Horizonte e Campinas foram inauguradas em 2016. No ano seguinte, Isaac levou sua marca para Brasília, abriu mais uma unidade no Rio, no bairro de Ipanema, e estreou no Morumbi Town Shopping, primeiro endereço da capital paulista em shopping center.

Outras unidades vieram – são quatorze no total – e, neste ano, Isaac lançou um novo modelo de negócio: trata-se do Paris 6 Petit, em formato de café, com menu focado em pratos rápidos, como sanduíches e saladas, além das sobremesas mais curtidas do Brasil. O primeiro endereço foi inaugurado no Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e já tem faturamento de R$ 200 mil. “Até 2020, queremos ter 80 franqueados com esse formato por todo o país”, diz Isaac.

A decoração inspirada nos antigos e elegantes bistrôs da capital francesa, com elementos históricos e culturais, irá permanecer e será replicada, além da marca registrada do restaurante, que batiza todos os pratos do cardápio com nomes de artistas e celebridades. “O que é mais marcante do Paris 6 agora vai estar em todo lugar”.

Especial Itália: a saga secular do Brasil italiano

Especial Itália: a saga secular do Brasil italiano

Famílias que desembarcaram em hospedaria em SP, em 1890

A história dos italianos no país – dos navegantes aos magnatas industriais, dos revolucionários aos semi-escravizados nas lavouras

Os primeiros a pisar no Brasil (1500-1799)

Ilustração da expedição de Américo Vespúcio

Ilustração da expedição de Américo Vespúcio

Marinheiros e viajantes italianos como Américo Vespúcio já realizavam expedições na América Portuguesa desde 1501. Nesse primeiro século, o que viria a se tornar o território brasileiro também foi o destino de refúgio e exílio de alguns italianos malquistos pelos seus governos.

Durante a unificação da coroa espanhola com a portuguesa (1580-1640), tropas do reino de Nápoles foram chamadas para combater a invasão holandesa na Bahia e em Pernambuco. Estima-se que 600 soldados do contingente napolitano vieram para o Brasil e alguns deles continuaram, mesmo após a retomada da independência portuguesa, em 1640. Nos séculos 17 e 18 há também registros de italianos entre os bandeirantes.

A presença italiana no Brasil seguiu bem escassa por todo o século 18. Nessa época, a maioria dos imigrantes era formada por trabalhadores muito especializados, como engenheiros e cartógrafos, contratados pelo governo português para projetar trabalhos de interesse predominantemente militar.

Imigração por questões políticas (1800-1865)

Giuseppe Garibaldi (1866)

Já na primeira década do século 19, havia no Rio de Janeiro uma pequena comunidade de italianos trabalhando como vendedores ambulantes, homens do mar, caldeireiros, alfaiates, músicos, sapateiros, médicos, donos de pequenos comércios e alguns outros profissionais liberais.

Entre 1815 e 1870, a Itália viveu um período de turbulência política conhecido como Ressurgimento. Após décadas de conflitos entre vários principados, esse processo resultaria na unificação Italiana sob um regime de monarquia constitucional. Muitos opositores do que viria a ser o governo, como republicanos, democratas, jacobinos, adeptos da extrema esquerda e maçons carbonários, foram perseguidos nessa época. Viver no Novo Mundo foi a sentença de alguns e a esperança de outros. Em 1820, o Brasil recebeu algumas centenas de “facínoras” italianos para participar do processo de colonização e, em 1837, vieram os presos exclusivamente por razões políticas. Ao lado dessa migração forçada houve outra, de caráter espontâneo, de refugiados políticos que foram buscar asilo na América do Sul entre 1820 e 1848.      

Foi o caso do marinheiro Giuseppe Garibaldi. Membro dos maçons carbonários, uma sociedade secreta liberal, republicana e anticlerical, ele foi condenado à morte em 1834, após uma tentativa fracassada de insurreição em Gênova. Para escapar desse destino, ele se autoexilou. Primeiro, foi para a Tunísia e, em 1836, aportou no Rio de Janeiro. Na capital, entrou em contato com outros italianos em exílio e demais adeptos do republicanismo. Em 1838 foi para o Rio Grande do Sul, onde entraria para a história como um revolucionário republicano que combateu o império brasileiro na Revolução Farroupilha.

Muitos desses liberais exilados como Garibaldi almejavam construir uma identidade Italiana no continente americano. Assim surge a Italianidade, a ideia de que é possível haver uma cultura italiana fora do país de origem. Os encarregados de realizar esse sonho seriam os Oriundi, os descendentes de italianos. Essa visão promoveu uma forte sensação de pertencimento às ítalo-comunidades mundo afora. Até os dias de hoje, todos que possuem sangue italiano, seja por um parente próximo como o avô ou um ancestral remoto, são considerados, pela constituição do país (fora casos muito específicos), cidadãos italianos, sem distinção daqueles que moram lá.

Os italianos no sul do Brasil (1866-1885)

Cartaz convidando os italianos a emigrarem para o Brasil

Em 1866, Vêneto foi anexado ao reino da Itália. A região do nordeste italiano passou a servir a casa que liderava o processo de unificação, Saboia. Com isso, Vêneto vive uma grande transformação econômica. Sua população, composta principalmente de pequenos agricultores, sofreu com o aumento exorbitante da taxação sobre a farinha de trigo. Quando os camponeses não conseguiam pagar as taxas, suas propriedades eram desapropriadas pelo reino.

O resultado dessa política foi um contingente de ex-trabalhadores rurais que se viram forçados a seguir dois caminhos. O primeiro, seria mudar radicalmente de ofício, integrando a mão de obra da emergente indústria italiana, ainda bastante precária e dependente das outras potências desenvolvidas. O segundo, e mais sedutor, era continuar com a vida de agricultor autônomo em um outro país.

 

Imigrantes em Caxias do Sul

Na época, o império brasileiro estava empenhado em atrair esses italianos para os estados do sul. O território foi por muito tempo alvo de disputas constantes com os países vizinhos e precisava ser povoado para ajudar a conter a expansão dos hispano-americanos. A propaganda migratória que Brasil fez na Itália era bastante atraente. Eles prometiam de volta a vida que os camponeses haviam perdido, com o direito à propriedade de terras para o plantio. Aos que optassem por migrar para o Brasil era assegurado, pelo menos no papel, o subsídio da viagem para toda a família do trabalhador, um diferencial em relação a muitas outras nações que receberam trabalhadores Italianos na época.

Esses imigrantes, que estabeleceram colônias de povoamento nos três estados do sul durante esse período, foram recebidos de forma bem menos hostil do que os que viriam a ser usados como mão de obra nas lavouras de café do sudeste nos anos seguintes.

A grande migração (1885-1902)

 

Navio com imigrantes italianos com destino ao Brasil

Não é possível falar da imigração europeia para o Brasil no século 19 sem abordar a tese do branqueamento racial e os processos que levariam à abolição da escravidão. A partir de 1870, teorias eugenistas como o darwinismo social foram ganhando força na academia europeia. Moldada na crença de que havia uma raça superior e outra inferior, essa pseudociência interpretava o monopólio do comércio e o avanço tecnológico dos europeus em relação ao restante do mundo apenas como reflexo da sua predisposição genética para dominação. A eugenia também exaltava a pureza racial e pregava que a miscigenação racial causa a degeneração de um povo.

Seguindo essa lógica, um país mestiço e predominantemente negro como o Brasil estaria duplamente fadado ao fracasso. Apesar de acreditarem na superioridade da raça branca, os pensadores brasileiros encaravam a miscigenação não como uma degeneração, mas como uma solução para o seu “problema”. Seguiam este raciocínio: se fosse possível trazer tantos brancos para o país a ponto de eles serem a maioria, com o tempo os filhos de casamentos interraciais iriam naturalmente clarear a população. Estimava-se que, em 200 anos, não haveria mais negros no Brasil.

Revista Ilustrada, publicada pelo descendente de italianos em 1881

O sonho de construir um país totalmente branco moveu o Estado a buscar a mão de obra europeia, mas não foi o único fator. Desde 1850, o sistema escravagista já anunciava sinais de desgaste. Com a Lei Eusébio de Queiroz (1850) foi proibida a entrada de africanos em portos brasileiros e a escravidão se tornou bem mais custosa. A Lei do Ventre Livre (1871), que libertava os filhos de escravizados nascidos a partir desta data, e a Lei dos Sexagenários, que concedia liberdade aos escravos com mais de 60 anos, também eram marcos que indicavam que esse regime estava com os dias contados. E, em 13 de maio de 1888, é assinada a Lei Áurea, que põe fim à escravidão. Fato é que tanto o império quanto a república empenharam-se mais em realizar esse projeto de branqueamento do que em elaborar políticas para inserção dos ex-escravizados na sociedade.  

Enquanto isso, a Itália pós-unificação enfrentava uma grave crise econômica, o que dificultou ao extremo a vida de pequenos agricultores e empresários. Migrar para as Américas era a esperança de muitos, o lugar onde o sonho de ter uma vida melhor se realizaria. Assim como a Argentina e os Estados Unidos, o Brasil se empenhou em atrair italianos partindo dessa ideia. Aos camponeses que optassem pela viagem, era prometido o subsídio da passagem da família, trabalho, moradia e uma pequena propriedade. No entanto, o foco não era mais estabelecer colônias de povoamento nos estados do sul. A intenção era substituir a mão de obra escrava negra das lavouras de café do sudeste, principalmente no interior de São Paulo, por trabalhadores brancos e, de preferência católicos.

Ao chegar, os europeus enfrentaram a primeira de uma série de frustrações no novo mundo, a moradia precária. As famílias foram abrigadas em casas de pau a pique com chão de terra e começariam a trabalhar para uma oligarquia acostumada a lidar apenas com escravos. Os barões do café reinventaram a exploração com a acumulação de dívidas, criando assim o chamado “Sistema de Parceria”. Na prática, escravizou milhares de imigrantes e forçou até as crianças a trabalhar a maior parte do dia na lavoura.

O trabalho era árduo e a remuneração baixíssima. A passagem, que deveria ter sido subsidiada, virou uma despesa monstruosa para muitos; a cada ida ao hospital, os imigrantes precisavam pedir dinheiro emprestado aos fazendeiros para bancar a locomoção até a capital; e a educação era tão inacessível que a mensalidade de uma escola (não havia escolas públicas) custava 13 meses de salário do trabalhador rural; o único alívio dos italianos era a posse de pequenas hortas que poderiam usar para garantir a sua subsistência.

Imigrantes na lavoura de café

As condições deploráveis levaram vários italianos a abandonar o campo. Alguns poucos conseguiram regressar para Europa, onde expuseram a farsa da promessa de sucesso no interior do Brasil. Outros foram tentar a sorte mais um vez, agora na capital. São Paulo passaria a ser conhecida como a mais italiana das cidades brasileiras. Seu sotaque, sua gastronomia e sua arte provam o pé na Itália da metrópole. Desde o início da grande migração, foi lar de empresários italianos que deixariam a sua marca no processo de industrialização. Entre eles, destacam-se o Conde Francesco Matarazzo e Rodolfo Crespi.

Se para a maioria dos Italianos a ideia de sucesso no Brasil era apenas uma propaganda enganosa, para os empresários era de fato a realização de um sonho. Natural de uma pequena vila no sul da Itália, Matarazzo (1854-1937), diferentemente da maioria dos imigrantes, chegou em São Paulo em 1881 com uma certa quantia de dinheiro guardado, o que o permitiu trabalhar como mascate em Sorocaba. Aos poucos abriu uma loja de secos e molhados, depois foi produtor de banha de porco até se mudar para São Paulo, em 1890. Lá, ele diversificou seus negócios e tornou-se um dos industriais mais ricos da história mundial. Morreu como o homem mais rico do Brasil e dono do maior complexo industrial da América Latina. A riqueza produzida por suas empresas ultrapassava o PIB de qualquer estado brasileiro, com exceção de São Paulo.

Francesco Matarazzo

Nascido na Lombardia, no norte da Itália, Rodolfo Crespi (1874-1939) emigrou em 1893 e já se estabeleceu na Mooca, em São Paulo, como industrial têxtil. O bairro era um dos principais redutos, se não o maior, de italianos na cidade. Fundado em 1893, o Cotonifício Rodolfo Crespi chegou a ser a maior tecelagem da capital paulista. O empresário e a sua indústria mudaram radicalmente a paisagem do bairro – seguindo as ampliações da fábrica muitas moradias foram construídas para os operários. Foi Crespi quem se prontificou a angariar fundos para inaugurar, em 1911, o Colégio Dante Alighieri, escola construída próxima a uma Avenida Paulista ainda com chácaras, árvores e raros casarões.

Tanto Crespi quanto Matarazzo foram simpatizantes do fascismo: Matarazzo foi um patrocinador do regime de Mussolini e Crespi manteve o jornal “Il Piccolo”, publicado em língua italiana e com uma linha editorial simpatizante ao movimento.

A migração para os centros urbanos (1902-1934)

Trabalhadores em bairro operário de São Paulo em 1917

Após muitos relatos de exploração nas lavouras de café chegarem à Europa, o Comissariado Geral da Emigração na Itália proibiu a emigração subvencionada para o Brasil em 1902, assinando o decreto Prinetti. Entre 1903 e 1919 a imigração italiana em São Paulo cai para o terceiro lugar, atrás dos portugueses e espanhóis. A procedência regional dos Italianos também mudou: ao invés do norte, os imigrantes vinham do sul da Itália. O destino principal não era mais o interior, mas sim a capital que se industrializava nas mãos de magnatas italianos.

“O Brasil é filho de Portugal, mas São Paulo é filha da Itália”, declarou certa vez Matarazzo.  Havia uma preferência dos industriais paulistanos, que muitas vezes também eram Italianos, em contratar os europeus católicos ao invés de negros com religião de matriz africana. Em 1901, estima-se que 90% dos operários fabris da cidade eram italianos. Esses trabalhadores instalaram comunidades sólidas em três bairros: Brás, Moóca e Bixiga.

Como a remuneração era baixa, os imigrantes foram forçados a viver amontoados em cortiços, muitas vezes morando várias famílias em uma única casa.  O Bixiga, assim como a liberdade, era um bairro que originalmente abrigava uma maioria de famílias negras. Com o tempo, os proprietários preferiram alugar para imigrantes e o bairro ficou conhecido como italiano enquanto os afrodescentes foram migrando para as periferias da cidade.

Ainda quando o destino da maioria dos italianos era o interior de São Paulo, o bairro do Brás já era uma parada indispensável para eles. Era lá, onde hoje fica o Museu do Imigrante, que ficava a hospedaria do Brás, lugar de repouso entre o desembarque em Santos e a viagem para a lavoura. Entre 1882 e 1887 abrigou cerca de 31.275 estrangeiros e, no início do século 20, virou lar dos operários italianos.

Quando o setor de serviços de São Paulo começou a crescer, muitos italianos abandonaram a indústria para trabalhar como pequenos comerciantes, artesãos, sapateiros, donos de restaurantes, motoristas, vendedores de frutas, entre outras profissões. Contudo a presença da comunidade italiana nesses bairros continuou forte. Há mais de cem anos, as comunidades do Bixiga e do Brás organizam anualmente as tradicionais festas italianas da Nossa Senhora Achiropita e de São Vito.

Com a entrada de tantos imigrantes, o Brasil passou a enfrentar um outro problema: o excesso de mão de obra. Mesmo com o fim das viagens subsidiadas pelo governo, em 1927, ainda havia um excedente de trabalhadores para a quantidade de vagas de emprego. Em 1934, o então presidente Getúlio Vargas aprovou a Lei de Cotas de Imigração, que dificultava a entrada de estrangeiros sem qualificação no país, com o intuito de garantir proteção social ao trabalhador brasileiro.

Do pós guerra até hoje (1945-2019)

Lina Bo Bardi

Após a derrota da Itália na Segunda Guerra houve uma nova leva migratória. Nos quinze anos que a sucederam, estima-se que o Brasil recebeu 106.360 italianos. Entre eles estava a arquiteta modernista Lina Bo Bardi, que ficaria conhecida por projetar o Masp, o Sesc Pompéia e o Teatro Oficina. Filiada ao Partido Comunista italiano, ela participou da resistência à invasão alemã em 1943. Três anos depois, acabada a guerra, migrou para o Brasil com seu marido, o crítico e jornalista Pietro Maria Bardi, em parte para se afastar de traumas e da sensação de destruição. No seu novo lar, a cultura popular e a noção de que um país em formação estaria menos arraigado a tradições arquitetônicas, como era o caso da Europa, catalisaram a criatividade da modernista.

Com a economia italiana recuperada, graças aos subsídios do Plano Marshal, a imigração italiana para o Brasil deixa de ser relevante. Desde então, a maior parte dos nativos italianos residentes no país é de pessoas com alto nível de qualificação, que vieram a negócios ou por questões pessoais.

Estima-se, atualmente, que 30 milhões de brasileiros tenham ascendência italiana- só na cidade de São Paulo são seis milhões. Hoje, ao observar o legado da imigração italiana, constata-se a imensa contribuição nas mais diversas áreas – do agronegócio à indústria, da arquitetura às artes, da gastronomia à ciência –, que inspira valores como empreendedorismo, inovação e determinação, e fortalece os laços entre os dois países, em uma história rica de cooperação e conexão.

FONTES: “A integração dos imigrantes italianos no Brasil, na Argentina e Estados Unidos”de Herbert S. Klein;
“Do outro lado do Atlântico- um século de migração italiana no Brasil” de Angelo Trento;  Estatísticas do Povoamento imigração por nacionalidade, publicado pelo IBGE em 2000. 

Mind The Sec Rio de Janeiro 2019 reúne os principais especialistas do Brasil para discutir segurança digital

Mind The Sec Rio de Janeiro 2019 reúne os principais especialistas do Brasil para discutir segurança digital

Anderson Ramos, CEO da Flipside e responsável pelo principal espaço para a troca de conhecimento e soluções de ataques cibernéticos, o Mind The Sec

A crise na gestão pública do Rio de Janeiro dos últimos anos vem abrindo espaço para uma série de fragilidades que afetam a população e as empresas da economia local. Frente a isso, o pé no freio com os investimentos privados em prevenção da proteção de dados, colocou um sinal de alerta no empresariado carioca e nas autoridades.

Por isso, no dia 15 de Maio, o Rio de Janeiro será palco do Mind The Sec Rio de Janeiro 2019, o principal e mais qualificado evento de Segurança da Informação do Brasil, onde gestores, decisores, marcas e especialistas de segurança das maiores empresas cariocas se reunirão para discutir os principais ataques cibernéticos que podem colocar em risco as informações das empresas e quais as vulnerabilidades que mais preocupam.

Bob Diachenko é o destaque da programação. O americano é diretor de inteligência de ameaças cibernéticas e jornalista do SecurityDiscovery.com, blog de pesquisa de segurança cibernética, e vai abordar sobre invasão de dados e como tornar o mundo cibernético mais seguro, através da educação de empresas e comunidades em todo o mundo.

O evento vai contar com especialistas das principais empresas de tecnologia e segurança que estão operando atualmente no mercado como Microsoft, Trend Micro e Clavis, promovendo o compartilhamento de experiências e casos de sucesso do setor, a fim de diminuir os fatores que colocam em risco a segurança cibernética das empresas.

Promovido pela Flipside – Security Beyond Technology, a primeira e a principal empresa do continente especializada em conscientização em segurança cibernética, Mind The Sec reúne os mais consagrados palestrantes e executivos nacionais e internacionais do tema para debates entre especialistas, empresas e fornecedores de soluções.

Mind The Sec Rio de Janeiro 2019

Data e horário: 15 de Maio de 2019 – 8h às 18h

Ingressos e mais informações: https://mindthesec.com.br/mts-rio-de-janeiro

Local: Grand Hyatt Rio de Janeiro (Av. Lúcio Costa, 9600 – Barra da Tijuca/ RJ)

Atriz e ambientalista, Christiane Torloni dirige documentário que alerta sobre a Amazônia

Atriz e ambientalista, Christiane Torloni dirige documentário que alerta sobre a Amazônia

“Quando foi que nós esquecemos que o Brasil tem o nome de uma árvore? Que o que corre em nossas veias não é sangue, é seiva?”, questiona Christiane Torloni no documentário “Amazônia – O despertar da Florestania”, que entra em cartaz no dia 9 de maio nas principais cidades brasileiras.

Concebido, produzido e dirigido por ela, com a parceria de Miguel Przewodowski, o filme mostra uma verdade inquestionável: precisamos fazer alguma coisa já para valorizar nossa maior riqueza e impedir tanta ignorância e devastação. Com base em depoimentos de pessoas que lutam pela preservação ambiental, o documentário nos alerta para o descaso com que a floresta amazônica e a própria natureza têm sido tratadas no país.

“Ou mudamos nosso critério de consumo ou não haverá planeta que resista à raça humana. Como diz o João Tezza: ‘estamos vendendo o Futuro para comprar o Presente’. Ao negarmos que somos, cada um de nós, responsáveis pela preservação do meio ambiente, nos tornamos cúmplices da destruição da nossa casa comum”, reflete a atriz.

Ambientalista que liderou o movimento “Amazônia para Sempre”, em 2009, quando coletou mais de um milhão de assinaturas contra a devastação da floresta, Torloni comemora 43 anos de carreira no teatro, no cinema e na televisão em papéis memoráveis. Em agosto, ela retorna com a peça “Master Class” pela terceira vez. “Faremos 12 cidades em 12 semanas! Um privilégio”, diz Torloni.

Negócios de impacto social e ambiental promovem cidadania e geram benefícios para comunidades

Negócios de impacto social e ambiental promovem cidadania e geram benefícios para comunidades

Produção de óleo de pequi, na Aldeia Ngôjwêrê dos Kisêdjê, Terra Indígena Wawi

Em um país com uma população tão carente como a nossa, empreender é uma necessidade. Segundo o último censo do IBGE, 53 milhões de brasileiros não têm fonte de renda e outros 44 milhões vivem com menos de um salário mínimo.

Precisamos da criatividade do empreendedor para elaborar novos modelos de negócios – mais sustentáveis, éticos, justos e que estejam dispostos a acolher, ao invés de barrar, os milhões de pessoas que há anos batalham para ter acesso aos serviços básicos e à empregabilidade.

Enfim, o ideal é unir a rentabilidade ao desenvolvimento social. Para atar estas duas pontas é que surge o empreendedorismo social. Seu objetivo é solucionar problemas sociais e ambientais de forma autossustentável (sem depender de doações) e mantendo o diálogo constante com a comunidade afetada.

“Os negócios de impacto social são fundamentais para o Brasil, pois favorecem a educação, a saúde e a empregabilidade de uma grande parte da população, criando mais oportunidades e riquezas”, afirma Agostinho Turbian, presidente da GCSM, instituição que avalia empresas e empresários para prêmios de destaque. Atualmente, há 1002 empresas que atuam nessa linha, um crescimento de mais de 70% nos últimos dois anos.

Preservação ambiental

Todo produto carrega uma história. Embora a maioria das pessoas ignore a longa e intrincada cadeia produtiva por trás de qualquer item comprado, existe uma trajetória a ser cumprida até que ele chegue às mãos do consumidor. Se foi feito com trabalho análogo à escravidão ou com o desmatamento de áreas de preservação ambiental, é um eterno mistério.

Trabalho manual nas aldeias

O selo Origens Brasil traz uma luz para essa questão. Ao escanear um QR code nos produtos parceiros da iniciativa, o cliente tem acesso a uma plataforma que mostra como foi o processo de coleta, quem participou e onde aconteceu. Com esse rastreamento, a organização procura estimular as empresas a agir de forma ética com seus colaboradores, e sustentável com o meio ambiente.

O grande diferencial do Origens é trabalhar apenas em zonas de preservação ambiental, em parceria com populações locais como indígenas, quilombolas e extrativistas. Eles jamais desmatam para o plantio, coletam na natureza produtos como castanhas, mel e cogumelos. A organização também comercializa o artesanato dos povos originários, gerando renda e autonomia para parcelas historicamente excluídas.

Fundada em 2016, a empresa social atua em três grandes áreas de preservação (Xingu, Calha Norte e Rio Negro) em um total de 90 milhões de hectares e hoje conta com 14 empresas parceiras, entre elas o Grupo Pão de Açúcar e a Wickbold, com 1.450 produtores cadastrados.

O Origens Brasil procura aproximar a população urbana das zonas de conservação ambiental, valorizando esses territórios e quem os protegem. “Essas populações conseguiram conciliar, ao longo de gerações, o modelo de produção com o de preservação”, observa Patrícia Cota Gomes, engenheira florestal e coordenadora do Origens.

“O Brasil talvez seja um dos poucos países que têm a cultura dos povos bastante preservada. As empresas estão de olho nisso e nós queremos ser viabilizadores para os negócios da floresta”, complementa a coordenadora. Para ela, a biodiversidade é uma das maiores fontes de inspiração para a inovação econômica, tecnológica e farmacêutica. E o empreendedorismo social pode ser um braço forte nesta empreitada.