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“Adote o Artista” promove shows virtuais durante a pandemia

“Adote o Artista” promove shows virtuais durante a pandemia

Criado e idealizado pelos músicos Paulo Neto e Zé Ed, o projeto “Adote o Artista” propicia uma experiência nova para as pessoas durante o isolamento social e também ajuda artistas independentes, que tiveram seus shows cancelados e sua renda comprometida durante a pandemia.

Como um “correio elegante virtual”, o projeto permite presentear uma pessoa com uma música ou com um pocket show, sempre virtual. Há ainda uma terceira recompensa que pode ser adquirida, que varia entre cada artista integrante. No caso da cantora e compositora sul-mato-grossense Thamires Tannous, o presenteado ganha uma aula online de canto com 1 hora de duração.

As pessoas que desejam participar devem entrar em contato com o projeto, ou então já diretamente com o artista, e combinam o melhor dia e horário para acontecer o show. Se preferirem, o próprio artista conversa diretamente com quem foi presenteado, fazendo a surpresa.

Cantora de Campo Grande Thamires Tannous integra o "Adote o Artista" durante a quarentena

Cantora de Campo Grande Thamires Tannous integra o “Adote o Artista” durante a quarentena

Thamires reforça que projeto tem como objetivo difundir a música autoral brasileira, tanto que só compositores integram o grupo. É o músico que normalmente escolhe qual canção de seu repertório irá apresentar. “A intenção é fazer com que as pessoas tenham uma experiência completamente nova naquele momento, sem que a música remeta à alguma memória do passado, justamente para elas ficarem no presente, naqueles cinco ou quinze minutos em que estão ouvindo a canção”.

A cantora tem levado sua voz para as mais diversas realidades, até mesmo para pacientes com Covid-19, fazendo shows virtuais desde o sertão de Pernambuco até grandes capitais do país. “Já cantei para uma senhora que tem Alzheimer e estava em uma casa de repouso, e para outra de 97 anos que ficou muito comovida com o presente. São experiências que também acabam sendo emocionantes para mim. É um momento de solidão para tanta gente, muitas vezes o show termina com uma conversa e com trocas muito grandes para ambos os lados. E isso que é o mais lindo desse projeto”.

O gesto de carinho pode ser adquirido por 20 reais (uma canção), 50 reais (um pocket show), ou então o terceiro presente, no caso de Thamires, uma aula online, sai no valor de 120 reais.

O estilo da cantora mistura influências da música sul-mato-grossense com a música contemporânea brasileira. Seus dois discos autorais, “Canto para Aldebarã” (2014) e “Canto-correnteza” (2019), entraram para as listas dos melhores do ano e ela recebeu o Prêmio Grão Música, em 2016. Outros quatro compositores fazem parte do projeto e podem ser conhecidos por meio do Instagram do “Adote o Artista”. Para marcar os shows, basta entrar em contato com o projeto ou pelas redes sociais dos próprios artistas.

Música clássica e acessibilidade em tempos de quarentena

Música clássica e acessibilidade em tempos de quarentena

Nessa fase de estresse e preocupação, a boa música pode se transformar em uma grande aliada para viver de forma mais leve. Melhor ainda se vier acompanhada de boas reflexões, com mensagens interessantes.

“Conversando sobre atividades e descobertas”, nova série de vídeos no YouTube da pianista Fabiana Bonilha, é uma ótima dica para quem quer conhecer um pouco mais sobre o mundo musical e também mergulhar no universo do sistema Braille. Isso porque além de ótima pianista, Fabiana, que possui deficiência visual total e congênita, é uma grande pesquisadora do assunto.

Doutora em Música pela Universidade Estadual de Campinas, a pianista desenvolve hoje a transcrição de partituras brasileiras para a notação em Braille, além de dar recitais, palestras e participar ativamente em festivais da área.

Pianista Fabiana Bonilha

Pianista Fabiana Bonilha

Com vídeos novos todas as terças e sextas-feiras, Fabiana toca e comenta sobre o dia a dia do músico erudito, contextualizando a história de cada composição. Recentemente, por exemplo, ela mostrou a coleção de músicas “Álbum para a Juventude”, do compositor alemão Robert Schumann, comentando sobre os seus divertidos conselhos para jovens músicos.

É uma excelente oportunidade de acompanhar de perto seu trabalho, agora virtual, se inscrevendo no canal para assistir aos vídeos. Inspiradores, curtos e educativos, trazem música e conhecimento para os dias difíceis que vivemos.

Vegano e orgânico, o novo Cajuí é surpreendente em todos os sentidos

Vegano e orgânico, o novo Cajuí é surpreendente em todos os sentidos

Salada de repolho e mamão verde do Cajuí

Localizado na Vila Madalena, o restaurante Cajuí é o primeiro restaurante paulistano totalmente vegano e orgânico.

O cardápio, assinado e supervisionado pela chef Natália Luglio, traz como protagonistas ingredientes nacionais de várias regiões do país. Vale provar a entrada de Mini pastéis de palmito pupunha com queijo cremoso de castanhas e o Pappardelle de espinafre com shimeji. Outra ótima opção é o Risoto de cajuí grelhado, ingrediente que dá nome ao local e também está presente em outros pratos e até drinques, caso do Gim tônica com cajuí.

“Cajuí é um cajuzinho do Cerrado, da família do caju, e bem pequeno. Quisemos homenageá-lo no nome do restaurante, trazendo também à luz a questão do desmatamento desse bioma, que sofre inclusive mais perdas do que a Amazônia, e não deixa de possuir muitas riquezas também”, explica Guilherme Carvalho, que comanda o restaurante juntamente com seu sócio Marcelo Huang. O bate-papo com a revista 29HORAS aconteceu na linda horta – totalmente orgânica, desde a terra até as sementes – localizada no andar superior do restaurante.

A proposta de brasilidade do Cajuí se estende também para outros aspectos do restaurante, como o paisagismo, no qual é possível observar qualidades de plantas de várias partes do país. A decoração e a escolha dos fornecedores também passam por esse critério, com cerâmicas exclusivas de Paula Souza e arquitetura de Pedro Faria, constando também uma lojinha na qual é possível levar algumas peças para casa.

Moqueca de pupunha

“Quisemos trazer para o público de São Paulo o contato com alimentos que muitas vezes não conhecem, comuns para outras pessoas de outras regiões, mas desconhecidos por aqui. Trabalhamos com mangaba, pequi, cumaru, entre outros ingredientes bem regionais”, conta Guilherme.

A casa recém-inaugurada tem funcionamento de terça a domingo e deliciosos brunchs nos finais de semana,

Vale mencionar também que a coerência do estabelecimento, recém-aberto, é muito alta, pois leva a bandeira do orgânico e vegano realmente a sério. Os porta-guardanapos e móveis são exemplos disso: elegantes e modernos, são feitos com garrafas pet. No bar, todos os itens também são orgânicos, inclusive os alcoólicos e essências, reforçando a proposta do local.

A ideia e a motivação para o empreendimento surgiram, conta Guilherme, quando ele e sua esposa perceberam um gap no mercado vegano. “Faltavam opções de alta gastronomia totalmente vegana. E em relação aos orgânicos, nossa principal bandeira, queremos mostrar que não é necessário consumir e padronizar os alimentos como o mundo fez e faz. O cardápio sazonal, que caminha junto com os fornecedores orgânicos, acaba sendo mais sustentável e mais inteligente também”,

Com já mais de 6000 seguidores no Instagram e uma proposta e abordagem atual, o restaurante Cajuí promete ser uma grande aposta para a nova década. Vale conferir e se deliciar com as iguarias saudáveis e com ótimo custo-benefício. Para veganos e não veganos que desejem experimentar algo novo e diferente em São Paulo.

Cajuí

Rua Aspicuelta, 202, Vila Madalena, São Paulo, tel. (11) 99116-8660.
Terça a quinta (12:00 às 23:00); sexta (12:00 às 00:00); sábado (09:00 às 16:00 e 18:00 às 00:00) e domingo (09:00 às 16:00).

Irene Ravache brilha em “Alma Despejada”, que acaba de ganhar sua versão em livro

Irene Ravache brilha em “Alma Despejada”, que acaba de ganhar sua versão em livro

Até 29 de março é possível conferir a reestreia de “Alma Despejada” no Teatro Folha, localizado no Shopping Pátio Higienópolis. Estrelada por Irene Ravache, a peça tem direção de Elias Andreato e o texto instigante fica por conta da dramaturga e atriz Andréa Bassitt.

Escrito especialmente para a musa do teatro Irene Ravache, o monólogo de Andréia acaba de ganhar sua versão em livro sob edição da Giostri Editora. O texto, com muito bom humor e poesia, tem como mote a última visita da falecida senhora Teresa à casa em que morava, na qual ela relembra memórias e eventos marcantes de sua vida.

Irene Ravache em cena de "Alma Despejada". Foto: João Caldas Filho/Divulgação

Irene Ravache em cena de “Alma Despejada”. Foto: João Caldas Filho/Divulgação

Engana-se, entretanto, quem pensa que a peça é triste, pesada ou rancorosa. O texto de Andréia acaba falando mais sobre a Vida do que a Morte. De forma leve e profunda, o monólogo faz rir e refletir sobre temas atuais, inclusive sobre política e corrupção.

No palco, a diva Irene Ravache dá um verdadeiro show de atuação. Com seus 75 anos, a atriz encarna a protagonista Teresa de forma brilhante e divertida, escolhida pela atriz para celebrar sua atual fase na carreira teatral.

“Alma Despejada” está em cartaz de sextas a domingos e é uma fantástica opção cultural para os fins de semanas em São Paulo. Os ingressos custam de 70 a 80 reais, com meia entrada.