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Nova York, cada vez mais bonita e acessível

Nova York, cada vez mais bonita e acessível

A estação World Trade Center Transportation Hub se conecta a onze linhas de metrô e trens

Poucas cidades do mundo estão conectadas a Nova York com cinco voos diários diretos, e São Paulo é uma delas. Por serem operados por cinco companhias aéreas diferentes (Latam, Delta, United, American e, desde o mês passado, Avianca), a concorrência é grande e os preços são cada vez mais competitivos.

E, se chegar lá é fácil, o mesmo podemos dizer sobre a circulação pela Big Apple. O metrô, além de agora ter wifi disponível em todas as estações, está sendo reformado e ganhando points que transformam os deslocamentos em um agradável passeio. O World Trade Center Transportation Hub, que se conecta a onze linhas de metrô e trens, é uma belíssima construção desenhada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (o mesmo do impressionante Museu do Amanhã, no Rio). Ao entrar em seu átrio, com gigantescas pilastras brancas, parece que chegamos ao céu.

O badalado rooftop do Roger Smith Hotel

No recém-inaugurado ramal da linha Q, que corre por baixo da 2nd Avenue, as estações são decoradas com lindas obras de grandes nomes das artes plásticas, como o norte-americano Chuck Close e o brasileiro Vik Muniz.

Para quem não quiser ficar restrito a Manhattan, um novo sistema de ferrys liga o pier de Wall Street à praia de Rockaway, aos bares e lojinhas hipsters de Williamsburg (no Brooklyn) e ao multiétnico bairro de Astoria, no Queens – além de ser o ponto de partida para os tours de barco a Ellis Island e à Estátua da Liberdade.

Agora, se a ideia é ficar só nas áreas mais centrais mesmo, perto dos melhores hotéis, fique tranquilo, pois existem várias novas atrações esperando pela sua visita. Em Times Square, por exemplo, a National Geographic Society acaba de inaugurar no NatGeo Encounter o espetáculo imersivo Ocean Odyssey, que coloca as pessoas em meio a tubarões e outras criaturas do fundo do mar graças a truques de realidade virtual e efeitos multimídia.

O espetáculo imersivo Ocean Odyssey no National Geographic Encounter

Também por ali, na Rua 48, outro show que atrai e entretém cada vez mais brasileiros é a NFL Experience, um espaço onde os fãs de futebol americano se sentem absolutamente próximos aos maiores craques desse esporte. Um cinema 4D cria a sensação de que você está vendo o Super Bowl ao vivo, e brinquedos interativos desafiam as suas habilidades como jogador.

Para quem quiser boas dicas de hotéis, a 29HORAS indica duas excelentes opções, bem distintas. Uma delas é o tradicional Roger Smith Hotel, um hotel boutique em Midtown, perto da ONU, do sofisticado comércio da Quinta Avenida, dos principais museus e da belíssima Grand Central Station. Todo decorado com obras de arte, tem em sua cobertura um delicioso rooftop onde são servidos coquetéis e petiscos. Administrado há 80 anos por integrantes de uma mesma família e com apenas 138 espaçosos quartos e suítes, ele se apresenta como o melhor pequeno hotel de Nova York.

Outra indicação é o moderno e cool Public, recém-inaugurado no Lower East Side, com dois restaurantes, três bares e 350 quartos que oferecem um luxo econômico em um prédio projetado pelo badalado escritório de arquitetura Herzog & Meuron (o mesmo do estádio olímpico Ninho de Pássaro, em Pequim). O proprietário do empreendimento é Ian Schrager, um dos fundadores da lendária boate nova-iorquina Studio 54. No Public, as diárias variam de US$ 230 a US$ 610, e no Roger Smith elas ficam na faixa dos US$ 140 aos US$ 1.150.

Foz do Iguaçu é uma das grandes maravilhas da natureza no mundo

Foz do Iguaçu é uma das grandes maravilhas da natureza no mundo

Na passarela do Parque das Cataratas é possível ficar bem próximo desse espetáculo natural

A cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, é uma das mais peculiares do nosso país. Primeiro por ficar localizada em um ponto do continente sul-americano que pega a divisa de três países: Brasil, Paraguai e Argentina. Isso faz a dinâmica da cidade ser diferente do que estamos acostumados: lá, o passaporte é mais usado que o RG, porque visitar outro país é como trocar de bairro.

Segundo porque, além dessa riqueza cultural entre países, há toda a riqueza natural das Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas da Natureza. Elas podem ser visitadas tanto do lado brasileiro quanto do argentino – cada um com o seu ponto de vista próprio desse incrível espetáculo da natureza.

No lado brasileiro, o passeio é feito no Parque Nacional do Iguaçu, que em 2017 bateu o recorde anual de visitantes de todos os tempos, contabilizando mais de 1.642.000 pessoas. Após comprar o ingresso, você pega um ônibus do Centro de Visitantes e com ele faz quatro paradas: Estação Porto Preto, Macuco Safári, Trilha das Cataratas e Porto Canoas. Os ônibus costumam passar de quinze em quinze minutos em cada ponto, então cada um visita as atrações no seu ritmo.

Porto Preto é uma trilha de nove quilômetros pela região que os índios usavam para contornar as cataratas. Pode ser feita a pé, de bicicleta ou carro elétrico e é ótima para apreciar a fauna e a flora. Já no Macuco Safári acontece o passeio com barcos infláveis, que levam os visitantes para perto da queda, praticamente debaixo das cataratas.

E a parada principal é a Trilha das Cataratas, onde você chega na passarela que dá acesso à Garganta do Diabo. Ela é a mais imponente das quedas que formam as Cataratas do Iguaçu, com 80 metros de altura. Depois segue-se até a estação Porto Canoas, onde fica o restaurante de mesmo nome às margens do Rio Iguaçu, em um deque debruçado bem perto da Garganta do Diabo, com vista privilegiada.

Passeio de caiaque no Parque das Cataratas

Esse passeio merece pelo menos um dia para a visitação. Dedique esse mesmo tempo para as cataratas do lado argentino. Para isso você precisará atravessar a fronteira pela Ponte Internacional Tancredo Neves até chegar em Puerto Iguazú, onde fica o Parque Nacional do Iguazú. Logo na entrada do parque tem uma casa de câmbio, mas o melhor é já chegar com peso argentino na carteira para evitar a fila.

Ali no parque você terá uma outra perspectiva da Garganta do Diabo, que vale muito a pena. E lembre-se: tanto no lado argentino quanto no brasileiro você verá muitos quatis, o animal da região. Apesar de ele parecer bonitinho, tome cuidado. Esse tipo de guaxinim é maluco por comida e pode atacar as pessoas que estiverem carregando algum alimento.

E por falar em comida, aproveite para jantar em Puerto Iguazú. Restaurantes como o Aqva, La Rueda ou El Quincho del Tio Querido oferecem o melhor da culinária argentina. Outros programas que valem a pena fazer na cidade são a visita ao Duty Free, próximo da fronteira, e ao Casino Iguazú. Neste último você pode tentar a sorte nas roletas, cartas, caça-níqueis ou apenas conhecer o local e ver algum show em cartaz por lá.

Voltando ao Brasil, outra atração que merece ser visitada em Foz é o Parque das Aves, bem perto do Parque Nacional do Iguaçu. Ele é um centro internacionalmente reconhecido de recuperação e conservação de aves. Lá você vivenciará um contato direto com mais de 1320 aves, abrangendo cerca de 143 espécies diferentes, assim como também conhecerá o maior viveiro de voo de araras do mundo. São 16,5 hectares de Mata Atlântica mantidos para formar o melhor habitat para os animais.

Araras-canindé, uma das belezas do Parque das Aves.

Além do programa comum de visitação, eles oferecem passeios de experiência como o Backstage Experience – um tour pelos bastidores feito de manhã antes do parque abrir – e o Forest Experience, uma imersão à cultura da tribo guarani, em meio à Mata Atlântica.

Quando bater a vontade de fazer compras, siga até a Ciudad del Este, no Paraguai, cruzando a Ponte da Amizade. Entre os vários shoppings da cidade, destaca-se o Shopping Paris. Com estacionamento gratuito e uma infraestrutura moderna, o Paris estende-se em uma área superior a 64 mil metros quadrados. Ali você encontra lojas das principais marcas e grifes do mundo a preços acessíveis. O shopping também tem áreas de entretenimento e lazer, como o Museo Planet 3D e o Snow Park. Se o que estiver procurando for produtos de tecnologia, boas opções são a Cell Shop e a Mega Eletrônicos.

E Foz do Iguaçu também tem ótimos lugares para consumo, como o Shopping Palladium. Um dos maiores do Paraná, ele oferece estacionamento gratuito e variedade de itens e ofertas. Quando o assunto é hospedagem, uma boa dica é o hotel Wish, bandeira cinco estrelas da rede GJP Hotels & Resorts, que fica a dez minutos do aeroporto. Trata-se de um empreendimento com casas no estilo dos condomínios americanos, com ampla área de lazer e um campo de golfe profissional com 18 buracos e 80 hectares.

Como se pode notar, Foz do Iguaçu é uma cidade muito rica em cultura e natureza. Perfeita para aproveitar as belezas de nosso país e também de nossos hermanos.

Grandes veleiros voltam a tona com tours pelo mundo

Grandes veleiros voltam a tona com tours pelo mundo

Royal Clipper, o maior veleiro do mundo

A era de ouro das grandes navegações está de volta. Quem não aguenta a muvuca e as filas dos grandes transatlânticos, mas gosta de viajar de barco, agora tem excelentes alternativas: os cruzeiros de luxo a bordo de grandes veleiros.

Pelos sete mares do planeta, várias empresas operam esse tipo de tour, ainda pouco conhecido pelos brasileiros. Mas essa situação aos poucos vai mudando. No início deste ano, por exemplo, a companhia de bandeira maltesa Star Clippers veio a São Paulo apresentar suas três embarcações: o Royal Clipper – o maior veleiro do mundo, com cinco mastros, 42 velas e capacidade para transportar 227 passageiros – e os gêmeos Star Clipper e Star Flyer, cada um com capacidade para 170 passageiros.

Nos barcos da Star Clippers, todo o décor remete ao de uma luxuosa casa de praia ou de campo do início do século XX, com lindos balcões entalhados em madeira, nostálgicos lustres de bronze e cristal e até lareiras de mármore. Na tripulação, marujos experientes e atendentes treinados em hotéis e restaurantes de alto padrão. Em média, há um tripulante para cada dois passageiros.

Dependendo da época, o Royal Clipper e o Star Flyer fazem roteiros pelo Caribe, pela América Central ou pelo Mediterrâneo. Já o Star Clipper fica o ano todo navegando pelo Sudeste Asiático, por Bali, Tailândia e Cingapura.

Outras duas grandes operadoras de cruzeiros a vela são a alemã Sea Cloud e a norte-americana Wind Star. A Sea Cloud tem dois grandes veleiros – o Sea Cloud 1 (com capacidade para 64 passageiros), o Sea Cloud 2 (para 94) – e a Wind Star opera três: o Wind Surf (para 310 passageiros), o Wind Spirit (para 148) e o Wind Star (também para 148). A Sea Cloud tem roteiros que exploram o Caribe, o Mediterrâneo e o Mar do Norte, enquanto os barcos da Wind Star operam principalmente no Caribe, no Mediterrâneo e na Polinésia Francesa.

Cabine do Royal Clipper

Em comparação com os grandes transatlânticos motorizados, as viagens nesses veleiros oferecem várias vantagens, mas a principal delas é a possibilidade de atracar em portos onde os grandes navios não têm como chegar, proporcionando aos passageiros uma experiência mais exclusiva. Outros diferenciais são o silêncio e a ausência de fumaça vinda dos motores. Deixe-se embalar pelo gentil murmúrio dos ventos e pelo doce balanço das ondas e relaxe, curta esse momento de férias deixando para trás o estresse e as preocupações do dia a dia.

E não é porque você está em uma embarcação à moda antiga que os confortos da vida moderna não podem estar também a bordo. Para sua segurança, a ponte de comando dispõe da mais avançada tecnologia de navegação e comunicação, os hóspedes têm acesso à rede de wi-fi e as opções de lazer incluem os mais recentes lançamentos do cinema, além de apresentações musicais ao vivo e da gastronomia de alto nível servida no bar do deque ou nos restaurantes internos do seu barco.

No Royal Clipper há também um pequeno spa, com massagens, sauna, tratamentos estéticos e janelinhas com vista para o fundo do mar.

Sobre os preços, existe muita variação, de acordo com a época do ano, o barco selecionado e a região a ser visitada. Mas, para quem está habituado a pagar centenas de dólares pela diária de um quarto de hotel, os valores cobrados por esses cruzeiros definitivamente não são nada exorbitantes.

Prato do jantar no Sea Cloud

No Royal Clipper, por exemplo, é possível fazer um roteiro que cruza o Atlântico, de Barbados (no Caribe) a Cannes, com 28 noites de duração por US$ 4.020. A viagem transoceânica tem paradas em Açores, Lisboa, Tangier (no Marrocos), Gibraltar, Málaga e Ibiza (na Espanha) e Córsega, antes de finalmente aportar na Riviera Francesa, em Cannes.

Em junho de 2018, o Sea Cloud 2 tem em sua programação um cruzeiro de Hamburgo a Tálin, na Estônia, com 13 noites a bordo por 6.595 Euros, incluindo escalas em Copenhage (na Dinamarca), Estocolmo (na Suécia), Gdansk (na Polônia) e São Petersburgo (na Rússia), sem falar nas paradinhas para visitas à encantadora ilha finlandesa de Aland e às inusitadas dunas de Nida, na Lituânia.

Já na Wind Star, a dica é embarcar na viagem de onze dias pelo Tahiti e pelas Ilhas Tuamoto, prevista para o início de dezembro deste ano. O roteiro custa a partir de US$ 2.799 por pessoa, e os passageiros têm a oportunidade de conhecer as paradisíacas ilhas de Moorea, Bora Bora, Huahine, Raiatea e Rangiroa, sem falar na fantástico atol de Fakarava, cujo ecossistema marinho é tão rico que foi catalogado pela Unesco uma das mais importantes reserva da biosfera no planeta.

Se você não quiser fazer sua reserva diretamente nos sites das empresas (www.starclippers.com, www.seacloud.com e www.windstarcruises.com), existem algumas agências brasileiras que fazem esse meio de campo, como a Qualitours (no caso dos cruzeiros da Star Clippers) e a Queensberry (no caso da Wind Star).

Companhias de cruzeiros turbinam suas programações com atividades inovadoras

Companhias de cruzeiros turbinam suas programações com atividades inovadoras

Há muito tempo que os cruzeiros deixaram de ser meros meios de transporte. Hoje eles funcionam como verdadeiros resorts flutuantes e as empresas investem cada vez mais em novas ideias de entretenimento para seduzir o público. Pistas de corrida, shows da Broadway, helicóptero e submarino a bordo são alguns desses atrativos. Com o objetivo de proporcionar experiências de conforto, inovação e sofisticação, as companhias se esforçam para mimar seus hóspedes e antecipar a satisfação dos seus desejos. Confira a seguir algumas das novidades dos cruzeiros desta temporada.

Kart em alto mar

Pista de kart do Norwegian Bliss

O Norwegian Bliss, que viaja pelo Alasca em 2018, terá nada mais nada menos do que uma pista de corrida de 305 metros a bordo, com quatro configurações de velocidade e um especial “turbo boost”. Para não perturbar os viajantes, serão utilizados carros elétricos silenciosos. Porém, no interior do automóvel, para conferir maior realidade à experiência, alto-falantes localizados no apoio para a cabeça canalizarão os sons reais de carros de corrida ao motorista.

Shows incríveis

Conhecido por oferecer espetáculos da Broadway a bordo, o Norwegian Bliss terá o “Jersey Boys”, musical premiado com o Tony Awards, além de um musical inédito que está sendo produzido exclusivamente para o Bliss, com direção do diretor e coreógrafo Warren Carlyle, cuja inspiração será a cultura cubana. Outro navio da companhia, o Norwegian Breakway, que partirá de Nova York para uma temporada na Europa do Norte no verão de 2018, traz o “Rock of Ages” e o “Jungle Fantasy do Cirque Dreams” como atrações. O primeiro é um musical que revive os hinos das bandas cabeludas dos anos 1980; o outro é um espetáculo que inclui acrobatas de classe mundial, trapezistas e músicos, com um toque de improviso e uma pitada de participação do público, que assistirá o show durante o jantar.

A bordo do Breakway, do Getaway e do Epic, a companhia de dança de salão “Burn the Floor”, com seus dançarinos selecionados nas competições mais prestigiadas do mundo, coloca o público para dançar e se divertir. O grupo já se apresentou em mais de 300 cidades de mais de 29 países, incluindo o Teatro Longacre, na Broadway.

Explorando o céu e o mar

O Scenic Eclipse é um superiate na categoria seis estrelas para exclusivos 228 hóspedes. Primeiro navio de oceano da Scenic, ele foi projetado para proporcionar uma experiência única com sofisticação, tecnologia e recursos de segurança que oferecem a oportunidade de explorar além do que possa ser imaginado. Em 2018, inaugura três destinos: Mediterrâneo Oriental (setembro), Cuba (outubro) e Antártica (dezembro).

O superiate Scenic Eclipse disponibiliza passeios de helicóptero e submarino

O grande diferencial do Scenic Eclipse é que ele leva a bordo um helicóptero e um submarino. Assim, por exemplo, na Sicília, os hóspedes poderão sobrevoar o vulcão Etna, numa visão privilegiada e exclusiva, ou vislumbrar regiões gélidas e inatingíveis do Ártico. O submarino proporciona incríveis experiências no fundo do mar aos aventureiros.

Com a mão na massa

A gastronomia é um dos pontos fortes da Oceania Cruises e, nos navios Marina e Riviera, não se resume aos restaurantes de bordo sob supervisão do chef Jacques Pepin. Esses navios oferecem o Culinary Center para os hóspedes aprenderem diferentes técnicas e pratos com chefs estrelados. Trata-se de uma verdadeira escola de culinária com aulas ativas em estações individuais com fogão, apetrechos e todos os equipamentos necessários.

Aula de culinária do Culinary Center, nos navios Marina e Riviera, da Oceania

Outra possibilidade é participar dos Culinary Discovery Tours, experiências em terra para conhecer a gastronomia local. Os passageiros, acompanhados de um masterchef, visitam mercados locais e têm a oportunidade de ver de perto a diversidade de especiarias, peixes e outros produtos usados nas receitas.

No navio Explorer, que faz parte da frota da Regent Seven Seas Cruises, o Culinary Arts Kitchen é uma verdadeira escola de culinária a bordo, que concorre com centros de gastronomia renomados no mundo. Ali, em estações individuais de frente para o oceano, é possível aprender a fazer queijo em Sorrento, a preparar cannoli em Taormina, e vivenciar uma aula de cozinha toscana em Livorno. As aulas incluem tours gourmet em terra, quando os viajantes podem fazer passeios guiados por mercados e conhecer cozinhas de restaurantes estrelados. De volta a bordo, têm a oportunidade de testar o que conheceram e viram nas estações individuais da Culinary Arts Kitchen.

De ioga à dança de salão

Não é de hoje que as companhias embarcaram na onda dos cruzeiros temáticos, com opções para todos os gostos. Um nicho sempre presente é o do fitness e bem-estar. Com saída do porto de Santos em fevereiro, o cruzeiro 24º Fitness & 16º Bem-Estar da Costa Cruzeiros terá mais de 150 atrações e atividades diárias ministradas por educadores físicos, nutricionistas e especialistas.

Já quem gosta de dança de salão pode bailar a bordo com o dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, destaque de um cruzeiro de sucesso da mesma companhia. Mais de 90 aulas dos mais diversos ritmos musicais serão ministradas aos passageiros por professores brasileiros e estrangeiros. O 15º Dançando a Bordo parte de Santos no dia 3 de março de 2018 rumo a Buenos Aires e Montevidéu. Uma semana inteira dançando, que tal?

Dicas para quem quer ter uma experiência legítima em Tóquio

Dicas para quem quer ter uma experiência legítima em Tóquio

Tóquio é uma cidade de superlativos. São inúmeros os adjetivos para descrevê-la. É o olimpo para quem ama gastronomia, moda, arquitetura, música. A região metropolitana é formada por 23 bairros especiais, cada um com suas próprias regras, autonomia e prefeito. Ou seja, 23 cidades em uma só.

Pisar pela primeira vez na cidade provoca um misto de sentimentos. A paixão imediata costuma ser para todos. Não à toa, é cada vez mais concorrida. Em 2015 foram 11 milhões de estrangeiros em visita, e esse número só cresce com a chegada das Olimpíadas 2020, quando o governo espera receber 40 milhões de turistas no país.

Ao contrário do que a maioria pensa, Tóquio não é uma cidade cara. É possível, por exemplo, fazer boas refeições por US$ 10. Aliás, comer em Tóquio está entre as melhores experiências que a metrópole oferece. São cerca de 80 mil restaurantes, 234 deles com estrela Michelin e menu custando em média US$ 60. É lá também que fica uma das estrelas Michelin mais baratas do mundo, o Tsuta, que mantém sua condecoração desde 2015 com seu saboroso lámen por meros US$ 10. Mas atenção, para saboreá-lo é necessário pegar uma senha no restaurante às 7h30 da manhã. Aproveite e visite antes o Tsukiji Fish Market, tome um café da manhã acompanhado do sushi mais fresco que você vai comer na vida, e siga para o Tsuta para chegar lá antes da senha ser distribuída. Importante: é comum restaurantes aceitarem pagamento somente em dinheiro, por isso tenha sempre ienes no bolso.

É possível circular de bicicleta numa boa pela cidade, mas o metrô é o principal meio de transporte. Compre um cartão Suica ou Pasmo em qualquer estação e vá abastecendo com ienes. Esses cartões são aceitos também para compras em lojas de conveniência e cafés. Não se preocupe em colocar crédito demais neles: no fim da viagem você pode resgatar o saldo em uma das estações principais.

Permita-se caminhar sem medo de se perder. Tóquio é a melhor cidade para isso, pois sempre há tesouros escondidos em qualquer lugar. É uma cidade verde e com muitos parques. O Yoyogi Park, em Shibuya, é um dos meus favoritos. Atrás dele se encontra um dos principais templos de Tóquio, o santuário Meiji, onde aos sábados é possível assistir a cerimônias de casamento. Mas o mais bonito é o Shinjuku Gyoen, um dos maiores parques da localidade. Já o Ueno Park tem a vantagem de abrigar vários museus, templos e até um zoológico.

Quem vai a Tóquio e não atravessa o famoso cruzamento em Shibuya, o maior do mundo, não visitou a cidade. É um espetáculo assistir 2.500 pessoas atravessando simultaneamente suas dezfaixas. Outra visita obrigatória na capital japonesa é ao Senso-ji, o templo mais antigo e imponente da região.

Tóquio é a meca para compras. Shoppings centers estão em todos os lugares. Marcas japonesas como Uniqlo e MUJI têm flagships em Ginza, a área mais chique da cidade. Mas esse é também o único lugar do mundo que tem uma livraria que vende apenas um título por mês, a Marioka Shoten.

Shibuya é a área mais movimentada e turística, além de ser uma das melhores para compras. Loft, Tokyu Hands, HMV Record, Neighborhood, BEAMS, Tower Records e Don Quijote estão entre as lojas que merecem uma visita. Cruzamento em Shibuya Beco gastronômico em Shinjuku.

A região abriga também meu yokocho (becos com mini bares para no máximo oito pessoas) favorito, o Nonbei. Com apenas duas ruelas de bares, o yokocho é bem mais local e menos turístico do que o famoso Golden Gai, em Shinjuku – lá são seis ruas com 200 bares!

Tomigaya, a área mais charmosa de Shibuya, é pequena, tranquila e cercada de cafés, lojas e bons restaurantes. O Little Nap Coffee, Flugen Cafe, Monocle Shop e Life Restaurant são alguns dos meus prediletos por ali.

Já Harajuku, lugar para ver e se visto, é jovem, extravagante e fashion. As famosas Cat Street e Takeshita Street, boas ruas de compras, ficam neste bairro. Se estiver precisando de uma pausa da culinária japonesa, experimente o suculento hambúrguer do The Great Burger. Ou, se preferir algo mais calmo, almoce no Eatrip, com menu à base de orgânicos. A avenida Omotesando, ao lado, é o lugar para apaixonados por arquitetura. Lojas em prédios ousados se enfileiram nela de ponta a ponta. O shopping Omotesando  Hills, projetado pelo arquiteto Tadao Ando, e a loja Prada, construída em formato de caleidoscópio pelo escritório Herzog & de Meuron, estão lá. Para um café ou uma refeição rápida vá ao Commune 246, um jardim com food trucks, cafés e bar de cervejas artesanais para saborear ao ar livre.

Para fugir do óbvio, visite Shimokitazawa e Koenji. São os bairros mais hipsters de Tóquio. Um paraíso para quem gosta de brechós, lojas de discos e café.

Bons museus não faltam em Tóquio. Meus favoritos são o Tokyo Photographic Art Museum, The National Art Center Tokyo, Nezu Museum, Yayoi Kusama Museum (compre ingressos antes da viagem), e o museu mais alto do mundo, o Mori Art, que ocupa os 53º e 54º andares do Roppongi Hills, além da 21_21 Design Sight, galeria de arte projetada pelo Tadao Ando. O Estúdio Ghibli tem um museu dedicado a ele, mas é imprescindível comprar ingresso antes de ir. O coletivo de arte interativa TeamLab acabou de ganhar seu próprio museu, o Mori Building Digital Art Museum.

Tóquio é tão fascinante de baixo quanto de cima. Para apreciá-la nas alturas, há várias opções. Uma das melhores é tomando um drink no fim do dia no The New York Bar, no Park Hyatt Tokyo, que ficou famoso em função do filme “Encontros e Desencontros”, de Sofia Coppola. O Tokyo Metropolitan Government Building é uma opção sem precisar desembolsar nenhum iene. Já o Tokyo Sky Tree é a torre mais alta do mundo com 634 metros de altura. São dois decks para observação, um a 350 e outro a 450 metros de altura.

Uma das coisas mais autênticas do Japão são os “audiophiles bars”, bares exclusivos para ouvir música com sistema de som de qualidade. Pequenos e dedicados a estilos específicos de música, têm de jazz, de rock, de música eletrônica, de funk, de post-classical. O Bonobo tem sempre ótimos DJs tocando para uma pista minúscula e animada. Entre muitas garrafas de bourbon e uísque, está uma coleção de mais de dez mil discos de vinil no JBS, o céu para amantes do jazz. Para os festeiros, o Unit, em Ebisu, raramente desaponta.

Para experimentar uma hospedagem tradicional, o Hoshinoya Tokyo oferece uma experiência de ryokan (hospedaria típica japonesa) cinco estrelas, em Chyoda. Culinária, tea time, onsen (tradicional casa de banho quente japonesa), spa e até um concierge por andar garantem uma estadia perfeita para escapar um pouco da eletrizante Tóquio e relaxar. Para curtir um cenário de filme, o Park Hyatt Tokyo não decepciona. Ele oferece hospedagem de primeira com vista privilegiada para a cidade e para o Monte Fuji.