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Região do Vinho Verde, em Portugal, é um dos maiores polos de enoturismo

Região do Vinho Verde, em Portugal, é um dos maiores polos de enoturismo

No verão, é difícil imaginar um vinho melhor para acompanhar um almoço ao ar livre, um happy hour ou um jantar do que um vinho verde gelado. Esses vinhos portugueses compartilham sabores minerais e de frutas e proporcionam uma experiência deliciosa, até mesmo para o mais exigente apreciador da mais nobre das bebidas.

vinho verde

Sobremesas também harmonizam com o vinho verde, uma bebida versátil. Foto: Ricardo Palma Veiga

Além de degustar esse vinho incrível, um patrimônio do país, você pode usá-lo como desculpa para conhecer a rota do vinho verde, que parte da cidade do Porto e percorre vários vilarejos em uma região costeira linda, montanhosa e pontilhada por vinhas.

Terroir privilegiado

O nome “vinho verde” remete à paisagem verdejante de seu berço e também ao seu inegável frescor. Já as suas características únicas vêm do terroir desse recanto do planeta, uma vez que o processo de produção é semelhante aos demais vinhos. Com denominação de origem controlada, o vinho verde pode ser branco, rosé, espumante e tinto. Em comum eles têm o frescor intenso, a elegância e a predominância de notas frutadas e florais.

Rio Tâmega, em Amarante. Foto: Divulgação

Demarcada em 1908, a Região do Vinho Verde estende-se por todo o noroeste de Portugal, tendo como limites os rios Minho, ao norte, e Douro, ao sul. São nove sub-regiões produtoras – Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção/Melgaço, Paiva e Sousa – e várias espécies de uvas. Duas delas, as castas brancas Loureiro e Alvarinho, são as mais emblemáticas dessa região.

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, órgão regulador da produção, foi o anfitrião nessa viagem de sonho, que envolve também muitos goles de história, cultura e natureza.

Trilhas e vinoterapia

As vinícolas que você encontrará na rota do vinho verde variam em tamanho, estilo e tipo de produção. O que as une, além do solo e da tradição, é o acolhimento dos anfitriões. Eles recebem os visitantes calorosamente, pois seu orgulho e coração moram nas vinhas e nos barris de carvalho de suas propriedades, onde cultivam artesanalmente essas joias bebíveis.

Cada uma das quintas tem uma atração, por isso é bom reservar uma semana para curtir o lugar. A 14 km do Porto fica a Quinta das Arcas, que oferece passeios de jipe e trilhas na área rural, visitas à adega e provas de seus excelentes vinhos, queijos e azeites.

Vinhas da região do vinho verde, no noroeste de Portugal. Foto: Divulgação

Já na Quinta de Lourosa, Joana Castro abre sua antiga e florida casa também para hóspedes. São poucos e charmosos quartos, com diárias a partir de 70 euros. O lugar é lindo, com trilhas pelos vinhedos, adega e piscina.

Com uma história que remonta a 1338, a Quinta de Carapeços é hoje tocada pelo advogado Miguel Pereira de Abreu, um apaixonado pelo mundo dos vinhos e uma ótima conversa. Agora, se o objetivo é mergulhar – literalmente – na essência do vinho verde, vale se hospedar no Monverde Wine Experience, uma referência do enoturismo. Massagens com uvas e vinoterapia atraem no spa, enquanto o restaurante seduz por sua gastronomia. Os quartos têm tons de outono para harmonizar com as vinhas que os rodeiam, um luxo.

Premiados e naturais

Castelo de Guimarães. Foto: Divulgação

O Monverde fica em Amarante, nas margens do rio Tâmega, onde a Ponte de São Gonçalo é visita obrigatória nesse vilarejo repleto de monumentos românicos. Guimarães é outra cidade histórica e linda. A região está recheada de atrações nas cidadezinhas e em suas quintas. Aliás, devem constar no roteiro também a Quinta da Aveleda, em Penafiel, que tem um jardim magnífico, e a Quinta do Soalheiro, que produz vinhos premiados e um Alvarinho biológico, sem sulfitos.

O fecho dessa viagem pode ser a cidade do Porto, o ponto de partida para a rota do vinho verde. A segunda maior cidade de Portugal é também o berço do vinho do Porto, outra bebida fascinante e histórica. Mas esse roteiro fica para outra viagem… Aliás, Portugal tem mais de 250 castas de uvas cultivadas de norte a sul, o que torna o país um dos principais destinos de enoturismo no mundo. Saúde!

Vinho Verde Wine Experience aconteceu no Rio e em São Paulo com muitas atrações

Vinho Verde Wine Experience aconteceu no Rio e em São Paulo com muitas atrações

Promovido pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), o Vinho Verde Wine Experience aconteceu na cidade do Rio de Janeiro nos dias 15 e 16 de novembro, no Museu de Arte Moderna, obra incrível do arquiteto Affonso Eduardo Reidy, inaugurada em 1948. Espaço especial para um evento importante no calendário carioca. Num ambiente descontraído e charmoso, cercado de verde pelos jardins de Burle Marx, e animado pelo som dos Djs contratados, o consumidor pôde conhecer de perto a qualidade e versatilidade de um vinho ímpar: o vinho verde.

A versatilidade do vinho verde, uma joia de Portugal também encontrada no Brasil

Em São Paulo, o evento ocorreu no sábado, dia 23 de novembro, na Casa Webforce, no bairro do Ibirapuera. Apresentou degustações de mais de 100 rótulos de vinhos, masterclasses, show cookings com chefs renomados, com destaque para Rafael Ramos e Thaís Cruz, além de cocktails e finger food da responsabilidade do premiado Ricardo Lapeyre.

O objetivo do Vinho Verde Wine Experience é promover um portfólio selecionado de vinhos verdes da região noroeste portuguesa, entre Alvarinhos, monocastas, brancos, rosés, tintos e espumantes. Na verdade, os eventos organizados no Brasil pela CVRVV são muito importantes para mostrar a riquíssima história do vinho verde, assim denominado por causa da região em que é produzido, entre os históricos rios Douro e Minho, no noroeste de Portugal.

A Quinta da Aveleda, em Penafiel, que produz o vinho Casal Garcia, entre outros, tem belos e históricos jardins que podem ser visitados

Região privilegiada

Trata-se de um território muito verde, em uma região geograficamente bem localizada e com alta incidência de chuvas. A conjugação do clima, mais úmido; do solo, em grande parte granítico; e das antigas técnicas de viticultura locais possibilitam a produção de um vinho que é único no mundo.

Elaborado a partir de variedades de uvas autóctones (locais), o vinho verde só pode ser produzido em uma região demarcada e constitui uma denominação de origem controlada, criada em 1908.

Ainda que os brancos sejam mais conhecidos, há vinhos verdes rosés, tintos e espumantes. Entre os brancos, por exemplo, as castas Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura são as mais utilizadas, com exemplares muito aromáticos e frescos, alguns bem diferentes dos outros, e que por isso mesmo harmonizam com diversas criações gastronômicas: desde os canapés e aperitivos das entradas, até pratos mais substanciosos e até sobremesas.

Os vinhos verdes são normalmente consumidos jovens, mas há vinhos mais complexos, em especial os da casta Alvarinho, com um potencial de envelhecimento bastante positivo.

A acidez saborosa do vinho verde é perfeita para limpar o paladar e oferece, portanto, ótimas oportunidades de harmonização. No Brasil, já há algum tempo os vinhos verdes vêm sendo reconhecidos  e degustados, em uma grande variedade de marcas.

Produzido no território entre os rios Douro e Minho, no noroeste de Portugal, região costeira geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos brancos, o vinho verde é único no mundo

Distinção e qualidade

Os vinhos produzidos na região são identificados e certificados, cada garrafa é única. A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, certifica, com seu selo de garantia numerado a autenticidade, origem e qualidade dos vinhos verdes.

Trata-se de uma mistura de aromas e sabores que o tornam uma das mais refrescantes bebidas à base de uvas. Um vinho perfeito para os mais diversos tipos de pratos e combinações gastronômicas, de refrescância especial, com qualidades excepcionais, e que é perfeito para países de clima quente, como o Brasil.

Alvarinho é uma casta importante dos vinhos verdes, e casa bem com pratos variados, inclusive queijos e sobremesas

Desde os vinhos elaborados com blended de várias castas selecionadas aos vinhos de uma única casta, conhecidos como monocastas, há uma grande oferta de rótulos certificados. Pela característica do solo, clima e das formas de cultivo das vinhas, o vinho verde está entre os mais apreciados de todos os produzidos em Portugal.

Bom de copo: Portugal é referência em vinhos orgânicos

Bom de copo: Portugal é referência em vinhos orgânicos

Com a matéria do Natale Giramondo sobre Cascais e Algarve, não poderia deixar de falar dos vinhos portugueses. Quem já foi a Portugal sabe da excepcional amabilidade daquele povo que tanto gosta de ouvir nossa maneira de falar sua língua. Eu tenho a sorte de todos os anos ir a Portugal, curtir esse acolhimento. E, no mês de fevereiro, acontece o “Simplesmente… Vinho”, um encontro para o qual sou sempre convidado.

Encontro “Simplesmente… Vinho”de 2018, na cidade do Porto

O “Simplesmente… Vinho” é, na verdade, um salão off de vinhos, arte e música. Um verdadeiro espetáculo para quem gosta de vinhos puros e sinceros – aqueles que são feitos sem produtos químicos, de forma artesanal.

Se você pretende ir a Portugal nesse período, tem que visitar esse salão. Pense o que é ter cem produtores de vinhos, todos orgânicos, naturais e alguns biodinâmicos! Cada um deles com cinco, seis, sete amostras diferentes do que produz… Impossível, trata-se de uma Disneylândia de vinhos para alguém como eu. E esse país abriga uma diversidade impressionante.

Você sabia que Portugal, depois da Itália, é o país com a maior quantidade de castas autóctones? E essa nação tão pequena tem ainda uma diversidade de terroir inacreditável. A ideia é priorizar sempre os vinhos da região onde estiver, pois você irá aprender mais. Os vinhos portugueses estão em uma fase de grande frescor e muita tipicidade das castas. Não perca!

Vinículas familiares para conhecer em Portugal

Quinta Casal Figueira

Propriedade familiar na região de Lisboa, em A-dos-Cunhados, produz vinhos com práticas biodinâmicas, como Roussanne, Marsanne, Petit Manseng. O primeiro Casal Figueira saiu em 1995, demorou muito tempo a ter o devido reconhecimento, mas agora está entre os melhores.

Casa de Mouraz

Foi fundada em 2000 em Mouraz, no coração do Dão, região conhecida como a Borgonha portuguesa. Surgiu como um projeto familiar de viticultura sustentável e produção de vinhos autênticos e naturais com a riqueza do seu terroir de origem. Conta com vinhas velhas com cerca de 50 anos e vinhas recém-plantadas.

Quinta das Bágeiras

Da região de Sangalhos, a vinícola familiar de 1989 produz vinhos de grande longevidade, sejam tintos, brancos ou espumantes. Esses últimos são elaborados somente na versão Bruto Natural, quando há pouca concentração de açúcar.

Outras para conhecer:

Aphros Wine, Quinta de Saes, Quinta da Palmirinha, Dominó, Quinta do Arcossó, Quinta do Romeu, Vadio, Mapa, Olho no Pé, Vale da Capucha, Quinta do Mouro, Antonio Madeira, Quinta da Pellada, Quinta do Infantado, Viúva Gomes e Bago de Touriga. Saúde

Bom de copo: A moda do vinho Bio – a novidade que está conquistando os paulistanos

Bom de copo: A moda do vinho Bio – a novidade que está conquistando os paulistanos

Antônio e Bruno Faccin com seu vinho familiar

Hoje o vinho Bio (na Europa significa orgânico), ou biodinâmico, natural, está definitivamente na moda. E não é só por aqui não, está no mundo todo. Na França, os vinhos Bio cresceram nos últimos cinco anos nada menos do que 276%! O dado foi divulgado pela revista francesa La Revue du Vin de France, que trouxe sua capa de junho dedicada ao tema dos orgânicos, biodinâmicos e naturais. Nesse momento, o importante é você priorizar a boa informação e procurar checar sobre os produtores, pois os oportunistas aparecem sempre onde há demanda.

Para experimentar um vinho realmente puro, lembre-se de dar uma visitadinha no site do produtor e olhar suas fichas técnicas, procurando, por exemplo, sobre a fermentação. Veja se é espontânea ou se menciona leveduras indígenas. Quem produz vinho assim, faz questão de dizer em suas fichas. Esses são os vinhos mais autênticos que você encontrará, pois as leveduras indígenas, naturais do vinhedo, são a garantia do sotaque daquele local.

Isso não quer dizer que esses vinhos sejam melhores que outros, até porque gosto é algo particular e cada um tem o seu – inclusive, as pessoas se acostumam com um determinado gosto. Porém, eu gostaria de convidar você a abrir seu paladar para experiências de autenticidade, pois no futuro é isso que os bons apreciadores de vinho procurarão, um vinho que represente de fato sua origem, a família que o produziu. Acredite.

Autenticidade

Confira alguns dos brasileiros naturais, que devem realmente ser experimentados. Saúde!

Atelier Tormentas

Sediado em Canela (RS), Marco Danielle é um produtor absolutamente livre e que está fazendo história. Não conheço outro caso de vinho brasileiro que tenha arrancado no mundo tantos elogios.

Era dos Ventos

Na Serra Gaúcha, Luís Henrique Zanini produz de modo artesanal vinhos de personalidade. Seu Era dos Ventos Peverella foi apresentado como destaque em junho em Nova York, em um seminário sobre vinhos naturais.

Entre Villas

Eles são feitos de forma artesanal, sem adição de sulfitos, na serra da Mantiqueira, em São Bento do Sapucaí (SP). Entre as castas, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Shiraz, Malbec e Pinot Noir.

Faccin Vinhos

Produzidos em Monte Belo do Sul, na Serra Gaúcha, com vinhedos próprios, os ótimos vinhos da marca têm fermentação de leveduras selvagens contidas na casca da uva. Segundo a família Faccin, são “vinhos que dão alegria sem dar ressaca”.

Vinhedo Serena

Uma família superunida que vive em Pinto Bandeira, no nordeste do Rio Grande do Sul, onde cultiva vinhos com certificação orgânica, manejo biodinâmico, cores e sabores diversos. Um resgate de tradições e antigos saberes.

Famiglia Boroto

Em Garibaldi, os Boroto produzem vinhos orgânicos desde 1986. Hoje fazem vinhos com as uvas próprias e sem nenhum aditivo nem SO2. Alguns de seus vinhedos são centenários.

Barolo Trattoria oferece menu especial para o Dia dos Pais

Barolo Trattoria oferece menu especial para o Dia dos Pais

A paleta de cordeiro com brócolis e espaguete ao molho de manteiga, sálvia e pinoli. Foto: Ligia Skowronski / Divulgação

Restaurante de Curitiba com primeira filial em São Paulo, o Barolo Trattoria traz menu italiano especialmente pensado para o Dia dos Pais.

Para aqueles que não querem colocar a mão na massa no dia 11 de agosto, o restaurante traz opções que agradam aos pais mais exigentes.

A trattoria segue a linha “comfort food”, servindo pratos que podem ser compartilhados com toda a família. No cardápio é possível escolher receitas com flexibilidade nas opções que envolvem massas e molhos.

Dentre as sugestões do restaurante para a data, estão: melanzane con parmigiano al forno (R$20), entrada feita de berinjela gratinada com queijo parmesão; spalla d’angelo con broccoli espaghetti mantovana (R$169 – serve até 3 pessoas), que leva paleta de cordeiro com brócolis e espaguete ao molho de manteiga, sálvia e pinoli. O tiramisù (R$25) finaliza o almoço em família. A sobremesa é outro clássico italiano e leva queijo mascarpone, chocolate e café.

Foto: Ligia Skowronski / Divulgação

Para harmonizar com o prato, ainda é possível degustar um vinho branco. A sugestão da casa é o perdriel series sauvignon blanc (R$145) – a bebida traz aromas cítricos e minerais, uma coloração amarelo palha e corpo médio. Além disso, a trattoria mantém uma adega com 900 garrafas de diversos países e regiões.

Barolo Trattoria São Paulo

Rua Padre João Manuel, 1249, Cerqueira César, tel. (11) 3064-3406 / 3064-4669. De segunda a quinta, das 12h às 15h e das 19h à 0h; sexta, das 12h às 15h e das 19h à 1h; sábado, das 12h às 17h e das 19h à 1h; domingo, das 12h às 18h.