Historicamente, o cinema de Hollywood sempre desfavoreceu as mulheres na direção. Nos últimos anos a narrativa vem mudando e em 2019, o número de mulheres que dirigiram filmes importantes mais do que dobrou, mas a parcela ainda é baixa em comparação com os homens. Em estudo divulgado pela USC Annenberg Inclusion Initiative, da Universidade do Sul da Califórnia, as mulheres representaram quase 11% dos diretores dos 100 melhores filmes lançados em 2019. No entanto, opções de diretoras de cinema não faltam, assim como grandes produções feitas por elas.
Por conta disso, para o Dia Internacional da Mulher (08), selecionamos 8 diretoras de cinema que vêm se destacando nos últimos anos com filmes elogiados pela crítica e público.
Greta Gerwig
Greta Gerwig, no set de Lady Bird. Foto: Divulgação
Destaque recente como diretora, Greta iniciou sua trajetória no cargo em 2017, com Lady Bird. Sucesso da crítica, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme e rendeu, por enquanto, a única nomeação da diretora ao Oscar de Melhor Direção. Ela continuou seu sucesso com sua produção mais recente, Adoráveis Mulheres(2020). Pelo longa, no entanto, ela foi apenas indicada ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, sendo um dos principais nomes esnobados nesta edição na categoria de diretores. Mesmo com uma carreira na direção apenas no início, Greta Gerwig vem rapidamente se tornando um dos principais nomes no cinema.
Indicações ao Oscar: 3
Melhor Direção (Lady Bird)
Melhor Roteiro Original (Lady Bird)
Melhor Roteiro Adaptado (Adoráveis Mulheres)
Kathryn Bigelow
Kathryn Bigelow, no set de Guerra ao Terror. Foto: Divulgação
Conhecida por abordar temas militares, Kathryn Bigelow fez história no cinema ao se tornar a primeira – e única – mulher a vencer o Oscar de Melhor Direção, com o filme Guerra ao Terror (2008) – na ocasião, ela também conquistou o Oscar de Melhor filme. Em 2012, ela dirigiu também o aclamado A Hora Mais Escura, indicado a 5 Oscars, incluindo Melhor Filme. Seu longa mais recente é Detroit em Rebelião(2018), no qual ela mostra as manifestações que ocorreram na cidade em 1967.
Indicações ao Oscar: 3
Melhor Direção (Guerra aoTerror) – Venceu
Melhor Filme (Guerra aoTerror) – Venceu
Melhor Filme (A Hora Mais Escura)
Ava DuVernay
Ava DuVernay, no set de Selma. Foto: Divulgação
A diretora iniciou sua carreira em 2006, principalmente com curtas e documentários, mas acabou migrando também para grandes produções de Hollywood. Em 2014, dirigiu Selma, indicado ao Oscar de Melhor Filme. Sua única indicação à premiação, no entanto, veio com o documentário A 13ª Emenda(2016). Suas produções mais recentes incluem Uma Dobra no Tempo(2018) e a minissérie da Neflix, Olhos que Condenam(2019), extremamente elogiada pela crítica e indicada ao Emmy de Melhor Série Limitada.
Indicações ao Oscar: 1
Melhor Documentário (A 13ª Emenda)
Anna Muylaert
Anna Muylaert, no set de Que Horas Ela Volta?. Foto: Divulgação
Anna iniciou sua carreira em 1994, dirigindo Castelo Rá-Tim-Bum. De lá pra cá, ela dirigiu grandes sucessos, como Durval Discos (2002) e É Proibido Fumar(2009), antes de chegar a sua principal obra, Que Horas Ela Volta?(2015). Sucesso na crítica, o filme foi premiado ao redor do mundo, levando inclusive o Prêmio Especial do Júri de melhor atuação para sua dupla de protagonistas, Regina Casé e Camila Márdila, no Sundance Film Festival. Seu longa mais recente é Mãe Só Há Uma(2016).
Sofia Coppola
Sofia Coppola, no set de Maria Antonieta. Foto: Divulgação
Embora ela não consiga escapar da comparação com seu pai, Francis Coppola, Sofia construiu uma carreira de sucesso e estilo único na direção. Seu maior sucesso é Encontros e Desencontros(2003), tido como um dos melhores filmes da história pela crítica. O longa lhe rendeu seu único Oscar, por Melhor Roteiro Original. No entanto, sua filmografia ainda inclui outros sucessos, como As Virgens Suicidas(1999) e Maria Antonieta(2006). Sua obra mais recente é O Estranho que Nós Amamos (2017).
Indicações ao Oscar: 3
Melhor Roteiro Original (Encontros e Desencontros) – Venceu
Melhor Filme (Encontros e Desencontros)
Melhor Direção (Encontros e Desencontros)
Patty Jenkins
Patty Jenkins, no set de Mulher-Maravilha. Foto: Divulgação
Conhecida por sua direção em Mulher-Maravilha(2017) e o sucesso que o filme fez mundialmente, Patty Jenkins iniciou sua carreira em 2001. Antes de dirigir a super-heroína, a diretora foi responsável pelo longa Monster: Desejo Assassino(2003), o qual rendeu o Oscar de Melhor Atriz para Charlize Theron. Ela ainda dirigiu 2 episódios da aclamada série Entourage (2004-2011), da HBO. Neste ano, ela está de novo na direção da sequência Mulher-Maravilha 1984, que estreia 4 de junho nos cinemas.
Laís Bodanzky
Laís Bodanzky, no set de seu filme. Foto: Divulgação
Grande nome no cinema nacional, Laís Bodanzky detém uma filmografia de sucesso. Em seu portfólio, filmes premiados em festivais nacionais e internacionais, à exemplo de Bicho de sete cabeças (2000), Chega de Saudade(2007) e Como Nossos Pais(2017). Ela ainda dirigiu dois episódios da série brasileira da HBO, Psi (2014-).
Petra Costa
Petra Costa, no set de Democracia em Vertigem. Foto: Divulgação
Petra Costa detém uma filmografia curta – apenas 5 longas -, mas de extremo sucesso. Conhecida por abordar questões sociais e políticas, a diretora atingiu o ápice de sua carreira até aqui, ao receber a indicação ao Oscar de Melhor Documentário, com Democracia em Vertigem(2019) – produção da Netflix. Além dele, outras obras de Petra estão disponíveis na plataforma, como Elena(2012) e Olmo e a Gaivota(2015).
Trabalhar com o que ama e ter sucesso com isso. Esse é o caso de Leo De Biase, CEO da ESL Brasil e fundador da BBL. Apaixonado por games, o empresário é um dos principais nomes nos eSports do Brasil, mas para atingir esse status foi necessário superar desafios e trabalhar duro.
Leo De Biase, CMO da BBL. Foto: Divulgação
Seu ingresso no mercado de jogos se iniciou na Monkey, em 1998. De cliente ele se tornou funcionário e a partir daí virou um dos principais nomes à frente da lan house, criando campeonatos e ajudando-a a se tornar uma rede de expressão, com 60 lojas. Seguiu-se um período em que Leo trabalhou em várias empresas, como Level Up!, Big Point (desenvolvedora alemã de jogos) e Nvidia, até que ele recebeu o convite para se tornar o tornar CEO da ESL, maior produtora de conteúdo dos eSports do mundo.
Durante essa fase, ele quebrou barreiras, desenvolvendo uma modalidade ainda desconhecida no Brasil. “Na Nvidia eu pude ser um fomentador dos eSports no país, mas também enfrentei desafios, porque era um mercado novo, então havia um grande receio em investir nele”, relata.
Na ESL, ele voltou a empreender e decidiu não parar mais. Ao lado de seu amigo, Nando Cohen, fundou a BBL, em 2018. Responsável pela transmissão e realização de diversos campeonatos, a empresa construiu sua própria arena e precisou de pouco tempo para se tornar a maior holding de entretenimento para os eSports, conquistando mais de 3 mil horas de transmissão online desde sua criação. Começou com trinta funcionários e hoje conta com um time de cem colaboradores.
“Eu busco constantemente desenvolver o ecossistema, mudar a mentalidade e apresentar novos business plans. O mercado no Brasil vem se desenvolvendo muito e estou empolgado com o que ainda podemos criar”.
O Oscar 2020 está chegando. Dia 9 de fevereiro, no Teatro Dolby, em Los Angeles, as principais estrelas de Hollywood se reunirão para celebrar os grandes destaques desta temporada no cinema. A grande novidade nesta edição é a quantidade de filmes produzidos por plataformas de streaming, como “O Irlandês” e “Dois Papas”, da Netflix, por exemplo.
No entanto, ainda assim, o número de longas indicados é grande e acompanhar os lançamentos e assistir a todos não é para qualquer um. Por conta disso, fizemos uma pequena lista com os destaques do Oscar 2020, mostrando a você onde assistir os filmes disponíveis no cinema ou streaming, lhe deixando mais preparado(a) para o grande evento.
O Irlandês
Robert de Niro e Al Pacino estrelam o novo filme de Martin Scorsese. Foto: Divulgação
Dirigido por Martin Scorsese, “O Irlandês” é uma produção da Netflix, portanto, disponível na plataforma. O longa totaliza incríveis 3h30 de duração e conta a história de Frank Sheeran (Robert de Niro), um veterano de guerra cheio de condecorações que concilia a vida de caminhoneiro com a de assassino de aluguel número um da máfia. Promovido a líder sindical, ele torna-se o principal suspeito quando o mais famoso ex-presidente da associação desaparece misteriosamente.
Indicações ao Oscar:10
Melhor Filme
Melhor Diretor
Melhor Roteiro Adaptado
Melhor Ator Coadjuvante (Al Pacino e Joe Pesci)
Melhores Efeitos Visuais
Melhor Design de Produção
Melhor Montagem e Melhor Figurino
1917
George Mackay, em cena do filme. Foto: Divulgação
O longa vem chamando a atenção de todos por conta de sua filmagem “em uma sequência só”. Situado na Primeira Guerra Mundial, ele conta a história de dois soldados (Charkes Mackay e Dean-Charles Chapman), que têm a difícil missão de rapidamente cruzar o território inimigo para evitar que tropas britânicas caiam em uma armadilha do exército alemão, e salvar a vida de 1.600 homens. Dirigido por Sam Mendes, o filme estreou semana passada nos cinemas, então você pode vê-lo à vontade nas telonas.
Indicações ao Oscar: 10
Melhor Filme
Melhor Diretor
Melhor Fotografia
Melhor Cabelo e Maquiagem
Melhor Trilha Sonora Original
Melhor Design de Produção
Melhor Edição de Som
Melhor Mixagem de Som
Melhores Efeitos Visuais
Melhor Roteiro Original
Parasita
A família Ki-taek quer subir na vida social, no filme de Joon-ho Bong. Foto: Divulgação
Uma das grandes surpresas dessa temporada de premiações, “Parasita” ainda está em cartaz nos cinemas, mesmo que em um número reduzido de sessões. Por conta disso, é melhor correr se quiser assistir antes do Oscar 2020. Dirigido por Joon-ho Bong, o longa sul-coreano acompanha a família de Ki-taek, que está toda desempregada e vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.
Indicações ao Oscar:6
Melhor Filme
Melhor Diretor
Melhor Roteiro Original
Melhor Design de Produção
Melhor Filme em Língua Estrangeira
Melhor Montagem
Adoráveis Mulheres
Quatro irmãs são o tema de “Adoráveis Mulheres”. Foto: Divulgação
A adaptação de Greta Gerwig ficou sob os holofotes da mídia recentemente, em especial, pelo fato de que a diretora não foi indicada pela Academia na categoria que, aliás, conta apenas com representantes masculinos disputando a estatueta. Em “Adoráveis Mulheres“, as irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Eliza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os Estados Unidos atravessam a Guerra Civil. Com personalidades completamente diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras. O longa está em cartaz nos cinemas, pronto para ser assistido.
Indicações ao Oscar:6
Melhor Filme
Melhor Atriz (Saoirse Ronan)
Melhor Atriz Coadjuvante (Florence Pugh)
Melhor Figurino
Melhor Roteiro Adaptado
Melhor Trilha Sonora Original
Histórias de um Casamento
Adam Driver e Scarlett Johansson receberam indicações pelo filme. Foto: Divulgação
Outra produção da Netflix, “História de um Casamento” está disponível também na plataforma. O filme de Noah Baumbach mostra Nicole (Scarlett Johansson) e seu marido Charlie (Adam Driver), passando por muitos problemas e decidindo se divorciar. Os dois concordam em não contratar advogados para tratar do divórcio, mas Nicole muda de ideia após receber a indicação de Nora Fanshaw (Laura Dern), especialista no assunto. Surpreso com a decisão da agora ex-esposa, Charlie precisa encontrar um advogado para tratar da custódia do filho deles, o pequeno Henry (Azhy Robertson).
Indicações ao Oscar:6
Melhor Filme
Melhor Ator (Adam Driver)
Melhor Atriz (Scarlet Johansson)
Melhor Atriz Coadjuvante (Laura Dern)
Melhor Roteiro Original
Melhor Trilha Sonora Original
Jojo Rabbit
Jojo tem como seu amigo imaginário, Adolf Hitler, em “Jojo Rabbit”. Foto: Divulgação
Dirigido por Taika Waititi, o longa chega nos cinemas apenas no dia 6 de fevereiro, ou seja, se quiser assistir antes do Oscar, terá de correr. A história é focada em Jojo (Roman Griffin Davis), um jovem nazista de 10 anos na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, que tem como seu amigo imaginário, Adolf Hitler (Taika Waititi). Seu maior sonho é participar da Juventude Hitlerista, um grupo pró-nazista composto por outras pessoas que concordam com os seus ideais. Um dia, Jojo descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma judia (Thomasin McKenzie) no sótão de casa. Depois de várias tentativas frustradas para expulsá-la, o jovem rebelde começa a desenvolver empatia pela nova hóspede.
Indicações ao Oscar:6
Melhor Filme
Melhor Atriz Coadjuvante (Scarlett Johansson)
Melhor Roteiro Adaptado
Melhor Montagem
Melhor Design de Produção
Melhor Figurino
Dois Papas
Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, em cena. Foto: Divulgação
Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, o filme também está disponível na Netflix. Na história real, o cardeal argentino Jorge Bergoglio (Jonathan Pryce) está decidido a pedir sua aposentadoria, devido a divergências sobre a forma como o papa Bento XVI (Anthony Hopkins) tem conduzido a Igreja. Com a passagem já comprada para Roma, ele é surpreendido com o convite do próprio Papa para visitá-lo. Ao chegar, eles iniciam uma longa conversa onde debatem não só os rumos do catolicismo, mas também afeições e peculiaridades da personalidade de cada um.
Indicações ao Oscar:3
Melhor Ator (Jonathan Pryce)
Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Hopkins)
Melhor Roteiro Adaptado
O Escândalo
A personagem de Margot Robbie é a única fictícia no filme. Foto: Divulgação
A história real do escândalo de assédio na Fox News é retratada no longa de Jay Roach. O filme mostra o gigante do telejornalismo e antigo CEO da Fox News, Roger Ailes (John Lithgow) com seu poder questionado e sua carreira derrubada quando um grupo de mulheres o acusam de assédio sexual no ambiente de trabalho. O filme ainda está em cartaz nos cinemas, então é só garantir seu ingresso e aproveitar.
Indicações ao Oscar:3
Melhor Atriz (Charlize Theron)
Melhor Atriz Coadjuvante (Margot Robbie)
Melhor Cabelo e Maquiagem
Judy – Muito Além do Arco-Íris
Renée Zellweger é a estrela de “Judy”. Foto: Divulgação
A carreira da estrela de cinema Judy Garland é o tema do filme que disputa duas categorias na premiação. No inverno de 1968, sua carreira está em baixa e Judy (Renée Zellweger) aceita estrelar uma turnê em Londres, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos menores. Ao chegar ela enfrenta a solidão e os conhecidos problemas com álcool e remédios, compensando o que deu errado em sua vida pessoal com a dedicação no palco. O longa de Rupert Goold estreia nos cinemas no dia 30 de janeiro, então já vai preparando seu programa para o final de semana.
Indicações ao Oscar:2
Melhor Atriz (Renée Zellweger)
Melhor Cabelo e Maquiagem
Um Lindo Dia na Vizinhança
Tom Hanks foi indicado novamente após 18 anos. Foto: Divulgação
Recém-estreado nos cinemas, o filme de Marielle Heller é outro que aborda uma história real. Fred Rogers (Tom Hanks) foi o criador do Mister Rogers’ Neighborhood, um programa infantil de TV muito popular na década de 1960, nos Estados Unidos. Em 1998, Tom Junod (Matthew Rhys), até então um cínico jornalista investigativo, aceitou escrever o perfil de Rogers para a revista Esquire. Durante as entrevistas para a materia, Junod mudou não só sua visão em relação ao seu entrevistado como também sua visão de mundo, iniciando uma inspiradora amizade com o apresentador.
Indicações ao Oscar:1
Melhor Ator (Tom Hanks)
Democracia em Vertigem
Cena do documentário “Democracia em Vertigem” da Netflix. Foto: Divulgação
A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, não entrou na categoria de estrangeiros, mas o Brasil ainda tem um representante na grande premiação. Migrando para os documentários, a produção brasileira de Petra Costa, “Democracia em Vertigem“, disponível na Netflix, mostra a ascensão e queda de Lula e Dilma Rousseff, assim como a polarização dos brasileiros.
Indicações ao Oscar:1
Melhor Documentário
Indústria Americana
Longa é o primeiro da produtora dos Obama a receber uma indicação. Foto: Divulgação
Feito pela Higher Ground Productions, produtora de Michelle e Barack Obama, o documentário está disponível também na Netflix. Por meio da história de um milionário chinês que abriu uma fábrica de vidro em um antigo estabelecimento em Dayton, no estado de Ohio, o filme mostra os choques culturais entre os trabalhadores norte-americanos e os colegas chineses, os abusos dos gerentes e como a automação pode mudar e roubar os empregados de sua ocupação.
Indicações ao Oscar: 1
Melhor Documentário
Perdi Meu Corpo
A animação “Perdi Meu Corpo” tenta destronar a Disney. Imagem: Divulgação
Hora das animações e um dos indicados é “Perdi Meu Corpo“, de Jérémy Clapin. Na história, uma mão decepada escapa do laboratório de dissecação no qual estava presa durante os últimos meses. Com a fuga ela possui um só objetivo: retornar para o restante de seu corpo e voltar a fazer parte de um organismo completo. Enquanto ela vaga pelos arredores de Paris, se lembra dos tempos de quando era apenas uma jovem mão no corpo de um apaixonado rapaz. O filme está disponível na Neftlix.
Indicações ao Oscar:1
Melhor Animação
Klaus
“Klaus” traz uma história diferente de Natal. Imagem: Divulgação
Chegamos ao final da lista com “Klaus“, mais uma produção da Netflix. Dirigido por Sergio Pablos, a animação narra a história de Jesper (Jason Schwartzman), um estudante da Academia Postal em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico. O jovem enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva (Rashida Jones) e no misterioso lenhador Klaus (J.K. Simmons), que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.
Em homenagem ao cineasta japonês Seijun Suzuki (1923-2017), o IMS Paulista apresenta uma retrospectiva do diretor, em cartaz de 21 janeiro a 9 de fevereiro. A mostra, que é correalizada com a Fundação Japão, reunirá 17 filmes. A entrada de todas as sessões é gratuita, com distribuição de senhas 1 hora antes. Em fevereiro, a mostra também será exibida no IMS Rio.
O diretor Seijun Suzuki. Foto: Reprodução
O cineasta começou sua carreira na década de 1950, nos estúdios Nikkatsu, que, na época, se dedicavam a filmes de pequeno orçamento e de alta popularidade, principalmente com histórias de máfia. Conhecidas por seu tom humorístico e marcadas por uma estética surrealista, suas obras destacam-se pelas cores fortes e pelas cenas de ação.
Desse período, a mostra apresenta “Mire na viatura” (1960), longa de ação com influência dos filmes de gângster do cinema americano. Outro destaque é “Tudo vai mal” (1960), filme sobre um grupo de adolescentes que vaga pelas ruas, roubando carros.
“A marca do assassino” (1980) é um dos grandes sucesso do diretor
De 1963 a 1967, Suzuki radicalizou seu estilo, produzindo filmes que recusavam a verossimilhança, com cores chamativas e cortes abruptos. Dessa nova fase, a retrospectiva traz “Detetive Bureau 2-3” (1963), primeiro filme seu protagonizado pelo ator Joe Shishido, e a grande referência de sua carreira, “A marca do assassino”.
Lançado em 1967, “A marca do assassino” conta a história de um matador profissional que vira alvo de uma perseguição. O filme foi taxado como “imcompreensível” pelos estúdios Nikkatsu, que romperam o contrato com Suzuki. Hoje é considerado uma obra de vanguarda.
A seleção traz ainda “Zigeunerweisen (1980) e os dois últimos filmes de Suzuki: “Pistol Ópera (2001) e “Princesa Guaxinim (2005), primeiro de sua famosa “trilogia de Taisho”, que faz referência ao Japão dos anos 1910-1920, e é marcada pelo caráter onírico. O longa venceu quatro prêmios da Academia Japonesa em 1981, incluindo os de Melhor Filme e Melhor Diretor.
Na 15ª edição do Pixel Show, a maior feira de Criatividade da América Latina, Steffen Bärenfänger foi um dos palestrantes convidados. O líder global criativo da Mackevision, considerada como uma das líderes do mercado global em imagens geradas por computador (CGI – Computer Generated Imagery) e Realtime 3D, falou das limitações humanas e como essas tecnologias podem superá-las e moldar a sociedade para um caminho melhor.
O desenhista, músico e cineasta é conhecido por seu trabalho em produções de Hollywood, como nas séries Lost in Space(Perdidos no Espaço) e Game of Thrones, pela qual ganhou o EMMY Outstanding Special Visual Effects “Game of Thrones Season 4″.
Em sua palestra, Bärenfänger exibiu algumas das produções da Mackevision, como o Ocean Mind Experience – experiência que estava disponível para o público presente no evento – além de tratar de alguns assuntos polêmicos envolvendo o uso de forma ilegal do Realtime 3D, e por consequência o VR (virtual reality). Segundo ele, a tecnologia é uma ferramenta, que, no caso, está disponível para todos. As consequências, portanto, são que alguns optam por usá-la para fins “errados”. Para Bäranfänger, é importante ter um “artista” por trás da tecnologia para que isso não ocorra.
Sobre o VR, foi direto. “É algo que chegou para quebrar barreiras. Com a realidade virtual as pessoas podem ser o que quiserem, ir para onde quiserem, aprender sobre diversos assuntos. Com o VR, todas as limitações humanas são superadas, desde a saúde até o social (financeiro)”.
Efeitos especiais feitos pela Mackevision para a série Game of Thrones
Ao final de sua palestra, o alemão apontou para o futuro da tecnologia e que ainda há um longo caminho para percorrer, além de sua expectativa para quando/se a IA (inteligência artificial) se juntar ao CGI e Realtime. Steffen finalizou falando de sua missão ao usar a tecnologia. “Queremos moldar a sociedade para um caminho melhor. Há muito potencial no VR. Pegue o Ocean Mind, por exemplo. Exibimos as baleias de modo tão real que as pessoas realmente se sentem ali do lado delas. Isso levanta a pergunta: precisamos de um zoológico ainda, com todos animais presos? Queremos mudar o comportamento das pessoas a esse nível”.
Após o evento, Bärenfänger concedeu uma entrevista exclusiva à 29HORAS, na qual falou novamente do uso da tecnologia, a importância do “olhar humano” por trás, além de abordar o uso do CGI no cinema.
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