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BotaniKafé: um brunch descolado

BotaniKafé: um brunch descolado

Num ambiente cheio de plantas, descubra opções lindas e gostosas para o brunch do sabadão

BotaniKafé

Rodeado por árvores e plantas e com um design interior modernoso, o BotaniKafé traz um ambiente aconchegante como o quintal requintado de uma avó com bom gosto. O lugar é um sobrado localizado na Rua Padre de Carvalho, que agora coleciona vários estabelecimentos interessantes.

Logo na entrada, você se deparará com um balcão e as principais sobremesas da casa – os bolos vem com uma camada honestíssima de recheio e as coberturas são tão reluzentes que dá até dó de pedir para cortar um pedaço. Ao lado, encontra-se uma vitrine-cozinha, por onde é possível observar o preparo dos alimentos. O cheiro dos pratos quentes já começa a aparecer bem ali na entrada e provavelmente alguns clientes são fisgados pelo nariz – você pode ser um deles.

Lá, você tomará o café-da-manhã-almoço ouvindo um som ambiente gostosinho, quase sempre um disco dancing em volume ideal.

 

Quase todas as opções de pratos surpreendem na apresentação e no gosto, como o Cogumelo Toast – pão de fermentação natural, mix de cogumelos, queijo de ovelha, azeite, sal e pimenta calabresa –, uma mistura bacana de texturas e sabores.

Se preferir algo na linha do açaí na tigela, deixe os toasts de lado e peça um dos superbowls com castanhas, pitaya, blueberry, raspas de coco e outros tantos toppings. Outra opção na linha gelado-adocicado são os smoothies de frutas tropicais.

Mas se você é do time que defende que brunch é mais almoço do que café, prove o spicy Nasi Goreng, item do lunchtime da casa: um bowl de arroz com legumes fritos no shoyu, temperos asiáticos, lula, camarão, ovo no ponto perfeito e pepino.

O spicy Nasi Goreng

 

O único detalhe que você precisa saber antes de chegar no BotaniKafé é que, diferente da maioria dos brunchs, que são em estilo bufê, lá é tudo a la carte.

Have a nice brunch!

Bar dos Arcos: o porão do Theatro Municipal também é chique

Bar dos Arcos: o porão do Theatro Municipal também é chique

Espaço ganha ressignificado com o Bar do Arcos

Agora, após sair de um espetáculo do pomposo Theatro Municipal, você tem mais uma missão no endereço: conhecer o Bar dos Arcos. Instalado no subsolo do teatro, ou melhor dizendo, em seu porão, o estabelecimento é um projeto de três anos do empresário da noite paulistana Facundo Guerra.

Ao adentrar o bar, você verá que o ambiente mistura o rústico da arquitetura original de 1911 com objetos e adaptações contemporâneas. Um lugar confortável, descontraído e com clima romântico, bom mesmo para ir em dupla.

O espaço é ocupado por balcões comunitários – que chamam a atenção pela disposição e pelo design iluminado – e segue a proposta principal do lugar que é a criação de uma atmosfera de sociabilidade. Além disso, há um palco desmontável para receber artistas, em sua maioria, de música clássica ou jazz. Porém, esses shows ao vivo não acontecem todos dias, sendo marca das quartas e sextas na casa.

Sob o comando do chef Rodrigo Augusto, o cardápio não apresenta muita variedade, mas isso não quer dizer que as poucas opções que o lugar oferece não valham a pena. As entradas são mais variadas, a maioria delas à base de ingredientes marinhos, os pratos principais são servidos em bowls e existem somente três itens de sobremesa.

Porém, a protagonista da casa é a cartela de drinques e coquetéis, desenvolvida pela renomada bartender argentina Chula Barmaid. Totalmente autoral, a lista possui uma grande variedade de bebidas com ingredientes preparados no próprio espaço, como os xaropes de hibisco e gengibre, além de garnishes muito bem montados, como as aromáticas raspas de laranja.

O lugar já se transformou em um point da “São Paulo downtown” e, dependendo do horário, você poderá enfrentar longas e demoradas filas de espera. Porém, se não quer passar por essa experiência, pode ligar lá e reservar um lugar para você e seus comparsas. Ah, e você também pode reservar algum dos lugares do “lounge”, que possui sofás, poltronas e balcão de bar exclusivo. Lá você terá um pouco mais de privacidade para conversar.

“Tarsila Popular” traz para o MASP obras do mundo inteiro

“Tarsila Popular” traz para o MASP obras do mundo inteiro

 

“Sou profundamente brasileira e vou estudar o gosto e a arte dos nossos caipiras. Espero, no interior, aprender com os que ainda não foram corrompidos pelas academias”. Foi o que Tarsila do Amaral falou quando retornou ao Brasil.

A exposição “Tarsila Popular” foca justamente na busca da artista por exibir o “popular” em suas obras. Com 92 obras de uma das maiores artistas brasileiras, a exposição mostra uma parte importante de nossa cultura.

Autorretratos, belas paisagens, o povo caipira/brasileiro, isso tudo você verá na exposição. Só que mais importante do que isso é ver o propósito de Tarsila com esses quadros. Debates sobre uma identidade nacional, sobre o que é de fato a brasilidade são expostos em suas obras. A exibição dessas manifestações da artista é justamente o que buscam Fernando Oliva e Adriano Pedrosa na curadoria da exposição.

Por meio de um recorte temporal – 1921 até 1969 – exibem os diferentes momentos de Tarsila, passando por suas telas iniciais focadas na observação de corpos nus, o interesse por retratar o país por meio de suas paisagens, a busca por retratar o povo caipira e, por fim, o deslocamento para uma visão mais realista e social do Brasil.

A exposição ainda traz uma oportunidade única. Pela primeira vez em um mesmo local, é possível ver quadros importantes como A Negra (1923), que hoje pertence ao Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires) e O Pescador (1925), vendido por Tarsila para o museu Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia – que até então nunca havia sido exposto no Brasil.

Para os interessados, a mostra fica em exibição até o dia 28 de julho, então não precisa ter pressa.

SERVIÇO

Adulto: R$ 40
Estudantes e professores: R$ 20
Maiores de 60 anos: R$ 20
Entrada gratuita: Menores de 11 anos e Amigo MASP
Entrada gratuita às terças-feiras

Terça-feira: 10h-20h (bilheteria aberta até 19:30)
Quarta a domingo10h às 18h (bilheteria aberta até 17:30)
Segunda-feira: fechado

Com exceção das segundas-feiras, o MASP abre normalmente em dias de feriado, exceto nos dias 24 e 25.12 (feriado de Natal) e nos dias 31.12 e 1.1 (feriado do ano novo), dias em que permanece fechado. Qualquer alteração de horário é normalmente comunicada nas mídias sociais do Museu.

 

“Djanira: a memória de seu povo” em cartaz no MASP

“Djanira: a memória de seu povo” em cartaz no MASP

Mostra da artista acontece até dia 19 de maio e traz histórico que quebra estereótipos

Retrato do compositor Luiz Cosmo Paisagem do sítio de Paraty

Orixás Nossa Senhora da Conceição

Inaugurando a programação do ciclo “Histórias das mulheres, histórias feministas”, que se dedicará a expor artistas mulheres no MASP durante todo o ano de 2019, a exposição “Djanira: a memória de seu povo” traz as principais obras da artista e autodidata Djanira da Motta e Silva, considerada um dos mais importantes nomes das arte brasileira, porém pouco conhecida.

O nome da mostra vem de uma reportagem dos anos 1970 escrita por Mary Ventura e remete à história de vida da artista, bem como sua trajetória profissional e suas muitas viagens pelo Brasil, as quais impactam diretamente em sua produção artística.

Diferente da maioria das exposições com influências europeias, as obras da artista do interior paulista mostram cenas do cotidiano, paisagens brasileiras e a cultura popular. Nelas as cenas mais comuns do dia-a-dia são retratadas com um viés reflexivo e impactante.

Durante a exposição você é direcionado e caminhará por todos os períodos da produção de Djanira, que começa por volta dos anos 1940 e vai até o final dos anos 1970.

Seguindo uma ordem cronológica, as obras passam por seu retratos e autorretratos, diversões e festejos populares, o trabalho e os trabalhadores, a religiosidade afro-brasileira e católica, os indígenas Canela do Maranhão e os povos e paisagens brasileiras.

Para que você não fique alheio à tanta informação, a exposição traz explicações e informações que visam esclarecer alguns equívocos e incompreensões que as obras de Djanira geram.

SERVIÇO

Adulto: R$ 40
Estudantes e professores: R$ 20
Maiores de 60 anos: R$ 20
Entrada gratuita: Menores de 11 anos e Amigo MASP
Entrada gratuita às terças-feiras

Terça-feira: 10h-20h (bilheteria aberta até 19:30)
Quarta a domingo10h às 18h (bilheteria aberta até 17:30)
Segunda-feira: fechado

Com exceção das segundas-feiras, o MASP abre normalmente em dias de feriado, exceto nos dias 24 e 25.12 (feriado de Natal) e nos dias 31.12 e 1.1 (feriado do ano novo), dias em que permanece fechado. Qualquer alteração de horário é normalmente comunicada nas mídias sociais do Museu.

 

Por que Shazam! é um marco no universo cinematográfico da DC

Por que Shazam! é um marco no universo cinematográfico da DC

Em Shazam!, o humor e família são o destaque. Foto: Divulgação

Quando David F. Sandberg, diretor renomado de longas de terror (Annabelle 2: A Criação do Mal, Quando as Luzes se Apagam), foi escalado para dirigir Shazam!, é indiscutível que todos pensaram que a DC optaria por manter o tom sombrio em seus filmes. Para nossa surpresa (e gratidão), foi completamente o oposto.

Em Shazam! os tons sombrios, vilões macabros e cenas longas de lutas são deixados de lado e a comédia, aventura e fantasia entram em cena. Afinal, com uma história leve, seria no mínimo contraditório não manter o filme com um tom leve também. Aqui a comédia e o humor infantil são postos em cheque, e o filme acerta no que propõe ser: divertido e despretensioso.

A pergunta principal é: como um jovem de 14 anos agiria se ganhasse poderes? A escolha é por retratar as ações de Billy Batson (Asher Angel) de uma forma extremamente inocente e boba, mas é por isso que funciona. Até a reta final do filme não há nenhum senso de responsabilidade no herói. Aliás, não há nada que remeta a um herói em Billy. O que é visto é exatamente o que Henry Gayden (roteirista) e Sandberg querem mostrar: um adolescente curtindo seus novos poderes. E isso é retratado de forma perfeita principalmente pela atuação de Zachary Levi (Shazam), que abraça muito bem o caráter bobo do filme.

Uma prova disso são as cenas de ação. Até o confronto final, não vemos Shazam em cenas heróicas, a exemplo de Batman e Superman, em seus respectivos filmes. O primeiro confronto entre o herói e Dr. Sivana (Mark Strong) é uma luta banal, se é que pode se chamar de luta. A proposta aqui não é por algo épico. Poderoso ou não, Billy ainda é apenas um jovem e obviamente agirá como tal.

Shazam/ Billy e Sivana: ambos foram “abandonados” na infância. Foto: Divulgação

Outros grandes temas do filme também são o abandono e a família. Billy Batson perde-se de sua mãe enquanto seus “irmãos” foram abandonados. Já Sivana é rejeitado desde sua infância por seu pai. As consequências desses fatos são vistos no caráter de ambos herói e vilão, mas também são muito presentes nos irmãos. Aqui, não são fracos e abandonados e sim fortes e independentes, em muitos casos, e estão sempre unidos. Freddy Freeman (Jack Dylan Grazer), a adorável Darla Dudley (Faithe Herman), o gamer Eugene Choi (Ian Chen), a inteligente Mary Bromfield (Grace Fulton) e o forte Pedro Peña (Jovan Armand), junto com o casal Rosa (Marta Milans) e Victor Vasquez (Cooper Andrews), formam uma família acolhedora, ensinando o público sobre a diversidade e aceitação.

O destaque no filme é justamente essa interação entre os “órfãos”. As cenas entre Billy/ Shazam e Freddy são as melhores do longa e exibem a influência – previamente anunciada por Sandberg – de Quero Ser Grande (1988) na criação da história.

A interação entre Billy (Asher Angel) e Freddy (Jack Dylan Grazier) reserva o melhor do filme. Foto: Divulgação

Não há uma figura adulta explicando o que é responsabilidade ou o que é ser um herói. Uma comparação possível é com Homem-Aranha. Na trilogia com Tobey Maguire, o tio Ben se torna essa figura com sua frase memorável – “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Já na versão mais recente, com Tom Holland, Tony Stark (Robert Downey Jr.) é responsável por assumir esse papel e mostrar para o jovem o que é ser herói. Em Shazam! a questão de responsabilidade é tratada de outra forma justamente por conta dessa ausência. Billy e Freddy precisam entender sozinhos o que significa ser um herói e quais são seus deveres. Sendo assim, é necessário que esse processo de aprendizado se alongue mais, resultando em um maior tempo de tela para os dois, em detrimento a menos cenas de ação.

É lógico, no entanto, que o filme não é perfeito. A abertura é longa demais. Na tentativa de mostrar a história de origem de Dr. Sivana, Sandberg se alonga em um drama não tão necessário para a história. Aliás, o próprio vilão é questionável. Embora Mark Strong entregue o que é esperado de um ator de seu calibre, o personagem é feito de uma forma superficial. Suas motivações, embora nítidas, não são inteiramente justificáveis e acabam por deixá-lo um tanto quanto previsível.

Após Mulher Maravilha e Aquaman, Shazam! é mais um acerto da DC – um passo no caminho certo. Divertido, emocionante e surpreendente, o filme não é um top de bilheteria, mas mostra que Warner/ DC aprenderam com os erros do passado. Assim, com um tom mais leve, o estúdio vai aos poucos se afastando do clima pesado visto nos filmes de Zack Snyder (Batman v Superman, Homem de Aço) e traçando novas possibilidades para o universo da DC.