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Pitty: Essência rock’n’roll

Pitty: Essência rock’n’roll

Longe da estrada há anos, desde que deu à luz sua primeira filha, Madalena, a cantora e compositora Pitty volta aos palcos com tudo. Dia 21 de setembro ela apresenta no Audio Club o show “Matriz”, que em breve deve dar origem ao 6º álbum de sua carreira.

“Quero algo diferente para esse tour, fundindo o que é simples e básico na sonoridade, na música e na estética visual, chegando em algo novo que converse mais com o meu momento atual. Um conceito de simplicidade baseado na experiência com a música. Diferente da minha última turnê, que foi mais tecnológica, quero experimentar uma coisa mais humana”, conta Pitty.

A baiana de 40 anos está iniciando um novo ciclo, uma nova forma de trabalhar as músicas. Contrariando os moldes tradicionais, nos quais primeiro é lançado um álbum e depois a turnê, desta vez os shows estão acontecendo simultaneamente ao lançamento das músicas que entrarão no disco.

Entre essas novas canções, três já são grandes sucessos nas rádios e nas plataformas digitais: “Na Pele”, “Contramão” e “Te Conecta”. A primeira foi gravada com a luxuosa participação de Elza Soares. “Contramão” foi interpretada com Emmily Barreto (da banda Far From Alaska) e Tássia Reis. “Compus essa música há anos, e um dia tive um insight, vendo que ela tinha que ter mais vozes, cores, sons e linguagens. Então pensei em outras mulheres pra cantar comigo e chegar nessa mistura. Foi aí que chamei a Emmily e a Tássia”, diz a cantora. E “Te Conecta” traz um ritmo mais próximo do reggae e do dub. “Talvez as pessoas não saibam, mas desde cedo escutei coisas muito diferentes, não apenas rock. Essa canção traz essa coisa do roots, do rústico, da ideia primal do som bem mais orgânico usando alguns elementos da eletrônica”.

Sobre a letra, ela conta que foi escrita num período de muita reflexão pessoal. “Senti a necessidade de encontrar meu tempo e espaço nesse girar rápido do mundo. ‘Te Conecta’ fala sobre isso, sobre achar o silêncio e olhar um pouco para si mesmo. A minha questão nessa letra é: ‘onde é que está o meu lugar?’. Porque eu tenho buscado esse lugar e quero enxergar as coisas sob uma perspectiva menos urgente”.

Após o show em São Paulo, a turnê segue pelo país, passando por Fortaleza (dia 29/9), Natal (12/10), Belo Horizonte (26/10) e Curitiba (10/11).

Kenia Maria, a brasileira entre os 100 negros mais influentes do mundo

Kenia Maria, a brasileira entre os 100 negros mais influentes do mundo

Kenia Maria é a brasileira da prestigiada lista dos 100 negros mais influentes do mundo, segundo o Mipad, a premiação mundial para afrodescendentes.

No próximo dia 30 de setembro, em uma cerimônia em Nova York, Kenia será homenageada ao lado dos brasileiros Rene Silva e Érico Brás, seu marido. O evento homenageia artistas e cidadãos que se posicionam contra o racismo e lutam em defesa dos direitos negros. Neste ano, o trio brasileiro vai se juntar ao time de grandes nomes como Chadwick Boseman (protagonista de Pantera Negra), Meghan Markle (Duquesa), Donald Glover (rapper) e Nbaba Mandela (neto de Nelson Mandela), entre outros.

Carioca de 41 anos, Kenia atua há mais de 20 anos para combater o racismo e o machismo. Ela integrou blocos afro e trabalhou com meninas vítimas de violência. Hoje, além de youtuber, Kenia é defensora na ONU Mulheres e acabou de lançar o livro infantil “Flechinha, o príncipe da floresta”, para dar um novo lugar para os negros nos livros didáticos. Seu objetivo é chamar a atenção para a lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio, mas que ainda não é cumprida.

A trajetória de vida de Kenia Maria tem sido marcada pela valorização da cultura e da arte negra em contraponto ao racismo e às desigualdades de gênero que ainda assolam o Brasil. “É com muito orgulho que lancei esse projeto dos livros. A lei 10.639/03, antirracista, está aí para ser cumprida, embora ainda haja muita resistência por parte das instituições de ensino no Brasil. Temas como a escravidão, por exemplo, devem ser abordados como um dos maiores crimes cometidos contra a humanidade, que comprometeu e segue comprometendo a história, a existência e o desenvolvimento da população negra”, afirma Kenia.