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29HORAS em casa: Ajudar do sofá está valendo

29HORAS em casa: Ajudar do sofá está valendo

O mundo pré-pandemia costumava nos dizer que era necessário levantar do sofá e agir nas ruas se quiséssemos ver alguma mudança nas realidades duras que existem por aí. Não estávamos errados, o “textão” no Facebook, muitas vezes, ficava por ele mesmo. Por mais que romper o silêncio já seja um passo importante. 

Só que hoje, em meio a maior crise sanitária da atualidade, segundo a Organização da Saúde (OMS), é justamente a ajuda que vem de dentro de casa que pode mudar tudo. Diversas campanhas de doações de alimentos, produtos de higiene, entre tantos itens essenciais à vida, além de arrecadação de kits médicos e pressões políticas por financiamento de pesquisas e melhores condições de trabalho para diversos profissionais, estão em todas as redes sociais. Basta um clique ou até mesmo mirar a câmera no QR Code para fazer parte de um movimento. 

As lives de tantos cantores contam com parcerias de empresas que destinaram grandes quantias de dinheiro e alimentos para diversas famílias. A exemplo de Sandy e Júnior, que arrecadaram mais de mil toneladas de alimentos para pessoas em situação de risco por causa do novo coronavírus no Brasil.  A apresentação chegou a ter 2,5 milhões de pessoas assistindo ao mesmo tempo. Para participar da campanha de doação, bastava mirar o celular na tela. 

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, é uma das mais destacada instituições de ciência e tecnologia em saúde da América Latina

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, é uma das mais importantes instituições de Ciência e Tecnologia em Saúde da América Latina

Para além de uma boa ação, existem ainda as mobilizações online. O humorista e ator Gregorio Duvivier lançou em seu programa semanal da HBO, o “Greg News”, a campanha “Mais do que palmas”, para pressionar parlamentares a aprovarem garantias trabalhistas aos profissionais de saúde e na linha de frente contra a Covid-19. A mobilização já gerou resultado e um dos tópicos segue em votação na Câmara. O Projeto de Lei 2007/2020 prevê o pagamento de um auxílio mensal para os dependentes de profissionais de saúde ou de atividades auxiliares à saúde que venham a falecer em decorrência do coronavírus. Ainda dá para continuar pressionando aqui.

Instituições tradicionais de pesquisa do país também estão recebendo doações de pessoas físicas e de empresas para continuarem a todo vapor no estudo de um tratamento e vacina. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, é um exemplo e lançou o programa “Unidos contra a Covid-19”, que lembra a importância da união das esferas pública e privada para o fortalecimento das ações de combate à pandemia. Pelo site, é possível fazer uma doação e fomentar as pesquisas e a compra de kits médicos. 

A ajuda a quem está do lado vale, e muito! Vizinhos continuam mobilizados para fazer compras para pessoas do grupo de risco em seus condomínios. Basta um comunicado para o síndico ou um recado no elevador para saberem que você está disposto a agir. 

E, claro, ficar em casa em si já é a maior contribuição que todos podem fazer para frear a curva de contágio e não sobrecarregar os hospitais do país. Se você pode trabalhar de casa, faça isso. Chamar amigos para uma “house party” está fora de cogitação e passa longe do bom senso, lembre-se. De dentro de casa, é possível fazer muito e, assim, continuarmos unidos nesta luta diária!

29HORAS em casa: Quarentena é para ser refúgio

29HORAS em casa: Quarentena é para ser refúgio

O isolamento social diminui a curva de contágio pelo novo coronavírus (Covid-19), como mostram os dados da Organização da Saúde (OMS). Uma pessoa contamina três, em média. Essas três contaminadas passam o vírus para nove. As nove passam para 27. E assim, a progressão faz os casos explodirem. Uma pessoa que quebre a rede, estando em quarentena, pode evitar milhares de casos.

Se por um lado, todos estão mais seguros ficando em casa neste momento, por outro algumas mulheres sofrem com o aumento da violência doméstica, principalmente em países com taxas de feminicídios anteriormente altas, como Brasil, México, Chile e Argentina. Aqui e nesses lugares a média passa de 10 assassinatos de mulheres por dia. 

Os números são assustadores. Na Argentina, 18 mulheres foram assassinadas por seus companheiros, ou ex-companheiros, nos primeiros 20 dias de quarentena, que começou em 20 de março. Os pedidos de ajuda por telefone aumentaram 39%. Em São Paulo, durante os primeiros dez dias de quarentena, as denúncias de violência doméstica aumentaram em 30%.

Com o objetivo de proteger mulheres que estão em risco nesse momento, os institutos Justiça de Saia  e Bem Querer Mulher  se uniram para criar a força-tarefa Justiceiras. Para solicitar ajuda ao projeto, mulheres que estejam passando por uma situação de violência devem enviar uma mensagem para o número de whatsapp (11) 99639-1212 e receberão orientações. 

Rihanna e o dono do Twitter, Jack Dorsey, também se mobilizaram lá fora. Os dois doaram 4,2 milhões de dólares para ajudar mulheres em abrigos em Los Angeles, nos EUA. O dinheiro vai cobrir moradia, alimentação e terapia por 10 semanas para 90 pessoas.

A cantora também doou US$ 5 milhões, por meio de sua ONG Clara Lionel, para a OMS

A cantora também doou US$ 5 milhões, por meio de sua ONG Clara Lionel, para a OMS no combate à Covid-19

Vale lembrar

Os casos de violência ou assédio, a qualquer hora do dia ou da noite, devem ser comunicados pelo telefone 190. Qualquer pessoa pode fazer a denúncia: a própria mulher, vizinhos, parentes ou quem estiver presenciando, ouvindo ou que tenha conhecimento do fato. Para os casos não emergenciais, o Disque 180 ou o Disque 100 também recebem denúncias e oferecem orientações.

Em São Paulo, é possível registrar boletins de ocorrência pela Internet aqui. No Rio de Janeiro, a orientação é procurar as Delegacias da Mulher, que atendem urgências como violência física e sexual presencialmente e disponibilizam registro online para os demais casos de violência.

 

29HORAS em casa: Como estão os aeroportos?

29HORAS em casa: Como estão os aeroportos?

Se tem um lugar que eu amo é aeroporto. Tudo ali me remete à liberdade, por mais que seja uma viagem rápida na ponte-aérea. E, por falar em Rio-São Paulo, a 29HORAS fala diretamente com esse público. Estamos com saudades do vai e vem. Não dá para negar.

Mas também estamos nas redes sociais fornecendo todo tipo de conteúdo sobre cultura, gastronomia e bem-estar. Nos siga (@29horas) e a quarentena ficará mais leve. Sou suspeita para falar, mas garanto. 

Mesmo assim me pergunto como estão os aeroportos agora. Neste momento de isolamento social. 

Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro

Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro

Bom, diante de uma pandemia, os aeroportos não param. Isso porque é por meio deles que equipes médicas e equipamentos tão necessários ao combate de uma doença são escoados pelo país. Ainda mais o nosso, que está mais para um continente. A Infraero, então, esclarece que todos os seus 47 aeroportos continuam em funcionamento

O Aeroporto de Campo Grande, por exemplo, recebeu, na tarde deste sábado (18/04), uma aeronave da Força Aérea Brasileira que carregava 15 respiradores hospitalares e 20 mil máscaras de proteção N-95 de uso exclusivo para profissionais da saúde. O ritmo continua intenso, mas agora a corrida é para salvar vidas.

Como se vê, muita coisa mudou. As companhias aéreas também estão agindo. A Latam lembra que, se você tem uma viagem dentro do Brasil ou para um país que tenha fechado suas fronteiras ou declarado estado de emergência, e deseja alterar o seu voo, é possível fazer isso diretamente no site.

Companhia aérea Latam já levou de volta para casa mais de 20 mil passageiros de diferentes cidades do mundo

Companhia aérea Latam já levou de volta para casa mais de 20 mil passageiros de diferentes cidades do mundo em meio à pandemia e continua trabalhando com governos locais

E, como forma de reconhecimento por toda a dedicação nesse período difícil, a companhia está oferecendo a profissionais de saúde envolvidos no combate ao coronavírus passagens gratuitas para deslocamento dentro do Brasil. O benefício é válido para profissionais registrados nos conselhos estaduais e residentes no país com atuação comprovada contra a Covid-19.

Se você precisa viajar mesmo neste período, fique atento às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e acompanhe a situação de cada país atingido pela pandemia aqui. Em caso de dúvidas, procure um funcionário do aeroporto e, se tiver em Congonhas, Santos Dumont ou no aeroporto de Londrina, temos painéis e totens orientando sobre as principais medidas sanitárias para a segurança dos passageiros. Estão espalhados pelas salas de embarque e áreas comuns, você verá.

Continue se cuidando e logo estaremos viajando de novo!

29HORAS em casa: A batalha continua e a mensagem é importante

29HORAS em casa: A batalha continua e a mensagem é importante

Já são duas semanas de batalha. A guerra promete ser longa. E pode demorar mais do que imaginávamos. O inimigo é poderoso e avança rápido. Em silêncio. Sorrateiramente abate muitos de nossos soldados.

O isolamento, a arma mais poderosa que temos, segundo médicos e cientistas, deve continuar. Temos que nos manter saudáveis para cuidar de nossos soldados que mais necessitam de atenção.

Nos quesitos amor e solidariedade, como sempre, estamos nos saindo bem. Mesmo distantes, juntos temos conseguido levar aos mais carentes alimentos, medicamentos, água, sabão, álcool em gel e todas as outras armas que precisamos para enfrentar o Covid-19.

Mas não tem sido fácil. Medo, insegurança, angústia são apenas alguns dos obstáculos que nos afligem e precisamos superar todos os dias. Uma arma poderosa é a informação. Ela chega de todos os lados e de várias formas. Televisão, rádio, internet e redes sociais nos avisam a toda hora sobre os movimentos do inimigo e que caminho devemos seguir. Temos que absorver essas valiosas lições com calma, inteligência e nos preparamos para o que vem pela frente.

E, embora muitos ainda duvidem, as previsões de nossos comandantes são assustadoras. Perderemos muitos soldados pelo caminho. Nossas trincheiras têm que ser mais bem equipadas. Hospitais de campanha estão ficando prontos. Não podemos deixar faltar leitos para atender os pacientes.

Diariamente nossos médicos alertam sobre a carência de equipamentos básicos para se protegerem e cuidar melhor dos soldados. Mais uma vez recorremos a nossa principal arma: a solidariedade.

Empresários, indústrias e o povo se mobilizam. Mais doações e voluntários entram no campo de batalha para suprir nossas necessidades. Respiradores estão sendo consertados. Máscaras são produzidas em casa. Milhões de equipamentos vem do exterior. É assim que vamos ganhar essa guerra e sair fortalecidos. Prontos para um mundo que nunca mais será o mesmo. E nem nós.

Professor de história e autor Yuval Noah Harari

Professor de história e autor Yuval Noah Harari

Peço licença para mandar uma mensagem a quem possa interessar e reproduzir aqui parte de um comentário do professor de história israelense Yuval Harari: “A humanidade precisa fazer uma escolha. Iremos percorrer o caminho da desunião ou adotaremos o caminho da solidariedade global? Se escolhermos a desunião, não apenas prolongaremos a crise, mas provavelmente resultará em catástrofes ainda piores no futuro. Se optarmos pela solidariedade global, será uma vitória não apenas contra o coronavírus, mas contra todas as futuras epidemias e crises que possam assaltar a humanidade no século XXI”.

29HORAS em casa: O cuidado é um afeto necessário na quarentena

29HORAS em casa: O cuidado é um afeto necessário na quarentena

Atividades domésticas nesta quarentena

Atividades domésticas nesta quarentena

O cuidado com o lugar onde vivemos é um afeto com nós mesmos e com aqueles que moram com a gente. Dividir tarefas domésticas é compreender que aquele espaço pertence – no amor, mas também na responsabilidade – a todos que moram debaixo do mesmo teto, de forma igualitária.

Nesta quarentena, reparamos em cada canto da casa. Aquele pó atrás do móvel da televisão, o chão encardido do banheiro e nas louças que se acumulam na pia. Não existe milagre, infelizmente e ainda. É sempre hora de agir e dividir! Afinal, a semana continua tendo sete dias e o dia, 24 horas. 

Na minha casa, hoje (quinta-feira), é dia de arregaçar as mangas e lavar, muito bem lavado, o banheiro. Descobri que essa atividade chata e verdadeiramente braçal tem um potencial terapêutico neste isolamento social. Quem diria? Limpar a casa é limpar um pouco a nossa cabeça, deixar o medo desta pandemia e a saudade dos dias de festa com amigos ir um pouco para o ralo. 

Para aqueles que sempre pagaram alguém para prestar esses serviços em suas casas, é hora de lembrar como se faz algumas tarefas. Todo mundo precisa aprender como se cuida de uma casa. Espero que todos possam ter a sua um dia e, cuidá-la, é ser grato por esse direito e essa conquista. E, quando nossos dias voltarem para o eixo, podemos reconhecer ainda mais o trabalho daquelas e daqueles que nos oferecem esse trabalho. 

A pandemia de coronavírus nos deixa assim, filosóficos sobre atividades tão marginalizadas na rotina das grandes e pequenas cidades. Observar é um privilégio deste momento. Agora, minha irmã me chama para ajudá-la no jantar, vou contar para ela um pouco dessa reflexão.

Até logo!