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23h às 29h: Baze Bar agita as noites em São Paulo com clima de balada

23h às 29h: Baze Bar agita as noites em São Paulo com clima de balada

Ser viúva é a melhor desculpa para viver novos amores. E se na minha última coluna eu estava romântica sobre um certo senhor que me levou para jantar em um restaurante francês, sinto informar que nossa relação não foi para frente.

Acontece que ele era um aficionado por pescaria e todo aquele papo chato sobre vida marinha apenas me fez ter mais vontade de viver na superfície. Então eu fiz o que eu sempre faço quando o coração está à deriva: saí para a noite. Meu neto Antônio trabalha na Av. Juscelino Kubitschek – ele é do mercado financeiro! – e já tinha me comentado de um lugar que enche de moçada. O nome é Baze, com “Z”.

Fui em uma sexta-feira com uma amiga, a senhora Nádia Adil. Quando cheguei, percebi que tinha ido ao lugar certo: só gente jovem e bonita por toda a calçada, com copos e cigarros na mão. E o melhor: a entrada era gratuita.

Achei bárbaro o ambiente. Uma mistura de bar com discoteca (as famosas baladas). Você vê grafites pelas paredes, mesas e bancos feitos de madeira. Tudo iluminado à meia-luz.  Tem até um mezanino no segundo andar com sacada, onde é possível vislumbrar o mar de pessoas alegres.

O cardápio é extenso, mas não quero me estender muito sobre ele. Então, para ir ao ponto: de porção vale o tal do “mac n’cheese balls”, que precisei anotar no meu caderninho para poder escrever sem erro aqui para vocês. É praticamente uma porção de bolinhas de queijo para compartilhar. Para beber: gim tônica Tanqueray e Apperol Spritz. Eu fui de gim, Nádia de Apperol. Ambos R$ 18, ambos ótimos para pedir mais de uma vez.

Enfim, tive uma ótima noite, conheci muita gente. Adorei o clima de balada e os drinques desse lugar, que vale conferir. Beijos!

Baze

Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.082

Horário de funcionamento: aberto de quarta a sábado, a partir das 18h

Lourdes de Sá tem 74 anos, é funcionária pública aposentada e avó de três jovens. Gosta de sair e se intitula uma “notívaga compulsiva”.

donalourdes@yahoo.com

23h-29h: La Tartine, um restô à la parisienne

23h-29h: La Tartine, um restô à la parisienne

Nos tempos da nossa juventude, eu e o meu finado Alfredo adorávamos ir às matinês do Cine Belas Artes assistir aos filmes dirigidos por Jacques Demy, François Truffaut, Agnès Varda e tantos outros mestres. O sotaque de Alain Delon e Catherine Deneuve, as músicas acompanhadas por acordeon, ora melódicas, ora festivas, os bistrôs da avenida Champs Elysées… tudo contribuía para um clima romântico – além da companhia do meu amado companheiro, na época, só um paquera. Poucas vezes me senti tão apaixonada pela vida como naquelas salas de cinema, assistindo aos filmes franceses nas décadas de 1960 e 1970.

Esses dias, no entanto, a vida me trouxe à tona o mesmo sentimento daqueles anos. Dessa vez não no cinema, mas à mesa, no La Tartine. Com uma fachada externa envidraçada, mostrando o interior do local como nos bistrôs que víamos nas telas, ele fica no início da rua Fernando de Albuquerque, entre a Consolação e a Bela Cintra, curiosamente perto do Belas Artes.

A meia luz do abajur, somada aos quadros e pôsteres apinhados nas paredes, proporciona uma intimidade. Os garçons, todos com gravatas-borboletas, têm muitos anos de casa e trazem espontaneidade e tranquilidade ao diminuto estabelecimento comandado por um dono francês.  A trilha sonora com músicas animadas  completa a cena.

Quanto às comidas, o bistrô oferece tudo aquilo que eu observava salivando nos filmes. Pedimos taças de pinot noir, foie gras com pão quentinho fatiado, sopa de cebola, rãs à provençal, profiteroles e, para finalizar, um café seguido de um cigarro – coisa que não fazia há anos. Foi uma noite fria, mas na qual me senti tão viva como aquela jovem moça dos anos 1970. Gastamos neste jantar R$ 200 o casal. Agora, o nome do homem gentil que me acompanhou e me fez sorrir o jantar inteiro fica como mistério para a próxima edição.

 

La Tartine

R. Fernando de Albuquerque, 267, Consolação, tel. 3259-2090

Lourdes de Sá tem 74 anos, é funcionária pública aposentada e avó de três jovens. Gosta de sair e se intitula uma “notívaga compulsiva”. E-mail:

23h às 29h: Boas bebidas e jogos no DiceZ

23h às 29h: Boas bebidas e jogos no DiceZ

Esses tempos estava conversando sobre jogos com meus netos mais velhos, Antônio e Maria Júlia. Mencionei o mahjong – jogo chinês milenar, com pedras semelhantes às de dominó – e, para o meu espanto, eles disseram que já conheciam. Maria Júlia sacou o aparelho celular e me mostrou um mahjong na tela. Que fique claro aqui, assim como expliquei a ela, que este tal “aplicativo” que anda circulando por aí com o mesmo nome é bem diferente do original, feito para jogar na mesa concreta e com mais pessoas.

Ao final do parlatório, eles me convenceram a ir a um “game bar” – coisa que eu nem sabia que existia – para experimentar os jogos da moçada de hoje em dia. Fomos ao DiceZ. O local bonitinho e aconchegante é comandado por uma simpática família e tem o tamanho ideal para manter-se agradável. Para beber, pedi um gim-tônica, enquanto Antônio pediu um “Drunken Kong” – feito com banana, cachaça, canela e açúcar – e Majú um genial e elegante “Hum, Apple Pen”, drinque que leva suco de maçã, suco de limão, calda de hortelã, vermute seco, grenadine e twist de laranja. Segundo ela, este nome esquisito é uma referência a um vídeo que bombou na internet.

Feitas as escolhas de bebidas, chamamos o “sommelier de games”, que nos sugeriu algumas opções dentre os quase 150 jogos oferecidos na casa. Primeiro escolhemos “Um império em 8 minutos”, jogo rápido de estratégia em que a proposta é dominar mais territórios no tabuleiro. Depois desse, pedimos o que até agora é o meu queridinho, chamado Dixit. Trata-se de um jogo no qual é preciso adivinhar qual das cartas foi a escolhida pelo adversário a partir do exercício da imaginação de todos os participantes. As cartas são verdadeiras obras de arte (vide imagem acima) e, sem sombra de dúvidas, convencerei a minha maravilhosa turma do crapô a abrir uma exceção para conhecer o moderno e criativo Dixit.

DiceZ

Endereço: Av. Pompéia, 2.549, Vila Pompeia, tel. 3872-5755

Valores: Não há taxa para utilizar os jogos. Paga-se somente o que consumir.

Abertura da casa: 18h.

Lourdes de Sá tem 74 anos, é funcionária pública aposentada e avó de três jovens. Gosta de sair e se intitula uma “notívaga compulsiva”.

Dona Lourdes indica: Porque Sim!

Dona Lourdes indica: Porque Sim!

Toda quinta-feira, eu e minhas amigas dos tempos de ginásio do Colégio Des Oiseaux costumamos nos reunir na casa da Cecília, que mora na Liberdade, para torneios de crapô. Mas, como vocês sabem, sou uma notívaga compulsiva e sempre tento estender o encontro para lugares mais animados, como os karaokês da região – não me leve a mal, Cecília, também me divirto na sua casa.

Graças a esta coluna, consegui convencer a mulherada a me acompanhar e reservamos a sala quatro do Porque Sim, o restaurante-karaokê da Dona Magnólia, uma conhecida que sempre vejo no mercadinho Marukai. O térreo do local abriga o restaurante, enquanto os espaços destinados ao karaokê ficam no andar de cima. Ao todo, são quatro salas, sendo três para até dez pessoas e uma para até vinte.

Como sempre há uma fila de clientes na frente do estabelecimento esperando um cobiçado assento para apreciar o lámen da casa, chegamos com antecedência para provar o prato. Pedi o missô lámen (R$ 25) e recomendo a todos – estava divino e caiu muito bem nessa época de baixas temperaturas.

Na sequência, migramos para a salinha reservada, no andar de cima. (Faço aqui um rápido parênteses para falar da estante de mangás localizada ao pé da escada, pois lembrei do meu neto Gabriel, que ia amar fuçar naquelas prateleiras).
O equipamento de karaokê é fantástico e há quatro fichários de músicas: em português, em inglês, em japonês e em coreano.

Acabamos ficando nos clássicos brasileiros da nossa juventude, tais como Márcio Greyck, Reginaldo Rossi, Waldick Soriano e, claro, Roberto Carlos. Da próxima vez, inclusive, tentarei arrastar as meninas para o karaokê Samurai, na rua da Glória, frequentado pelo Roberto Carlos japonês, uma personalidade do bairro que sempre interpreta as canções do rei com muita presença de palco.

Minha colega Palmyra cantando “Minhas Coisas”, de Odair José, na sala 4

Karaokê Porque Sim

Endereço
Rua Thomaz Gonzaga, 75, Liberdade, 
tel. 3277-1557

Valores do karaokê

Sala para 10 pessoas:

  • 12h – 18h: R$ 30/h
  • 18h ~ 24h: R$ 40/h.

Sala para 20 pessoas:

  • 12h – 18h: R$ 50/h
  • 18h ~ 24h: R$ 80/h.

>Não abre às quartas-feiras

 

Lourdes de Sá tem 74 anos, é funcionária pública aposentada e avó de três jovens. Gosta de sair e se intitula uma “notívaga compulsiva”.

23h às 29h: Tokyo SP surpreende com karaokê e festas em rooftop

23h às 29h: Tokyo SP surpreende com karaokê e festas em rooftop

Outro dia busquei meu neto Antônio numa dessas festinhas noturnas que os jovens se referem como “balada”. Era em um prédio no centro, perto do metrô República e da Casa do Porco, que tinha na fachada uma placa luminosa com o nome “Tokyo”. Fiquei tão curiosa com o lugar que resolvi visitar por conta própria.

Fui em um sábado, depois de sair de um bazar beneficente promovido por umas amigas queridas ali por perto. Entrei às 23h e paguei R$ 35 porque eu não tinha nome numa tal de lista. Logo em seguida fiquei em uma fila que dava para um elevador. Foi aí que uma moça muito simpática que estava na minha frente me explicou: aquele prédio tem nove andares e os quatro últimos são para entretenimento. Parece que os outros andares vão abrigar outras atividades culturais no futuro.

Enfim, comecei pelo último andar. Era uma pista de dança, quase uma discoteca, na cobertura, com vista para o Copan e Edifício Itália. Tomei cuba libre e sacudi o esqueleto ao som de “Maracatu Atômico”. O lugar é todo enfeitado com luzes de neon e referências japonesas, mais ou menos como aqueles filmes que se passam no futuro.

Já o oitavo andar é um restaurante com pratos que eu nunca tinha ouvido falar. O mais simples deles é um delicioso pastelzinho com recheio de porco, o “guioza”. Também gostei do espetinho de frango com um molhinho fabuloso.

Depois desci para o sétimo andar, onde tinha salas de karaokê privativo. O segurança me falou que nas salas cabem até vinte pessoas e que custam R$ 100 a hora para uso.

Então desci mais um lance, para o sexto andar, e aí sim fiquei encantada. O espaço é um karaokê coletivo. Também tem um bar, cheio de copos chiques de vidro, como aqueles que se usa para tomar margarita. Ali as pessoas ficam juntas ouvindo alguém cantar. Se você quiser se arriscar no palco, você pede para uma menina, a Lígia, e ela coloca a sua música em uma fila de espera. E quando chega a sua vez é só soltar a voz.

Confesso que me soltei.

Fiz dueto de “Amigos Para Siempre” com o Said, um moço que conheci no dia.

Beijos!

Tokyo SP

Endereço:
Rua Major Sertório, 110  (Metrô República)

Horários:

Abertura da casa: 18h

Restaurante fecha às 24h

Festa e karaokê coletivo vão até 6h da manhã.

Preços: 
Happy Hour (sem valor de entrada): 18h às 21h
Até 1h: R$ 25 (com nome na lista) ou R$ 35 (sem nome na lista).

Lourdes de Sá tem 74 anos, é funcionária pública aposentada e avó de três jovens. Gosta de sair e se intitula uma “notívaga compulsiva”.

donalourdes@yahoo.com